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Green Future-AutoMagazine

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Repsol incorpora mais de 100.000 m3 de biocombustíveis em 2022

A Repsol anunciou que terminou o ano de 2022 com mais de 100.000 m3 de biocombustíveis incorporados nos combustíveis líquidos rodoviários da marca em Portugal, o que permitiu reduzir cerca de 264 quilotoneladas de CO2.

A empresa avança que a sua instalação no Terminal de Líquidos de Banática, no Porto de Lisboa, tem tido um papel crescente na introdução de biocombustíveis no mercado nacional. É nesta unidade, que conta com mais de um século de atividade, que é feita a incorporação de biocombustíveis, que se distinguem dos convencionais pela utilização de resíduos como óleos alimentares usados, gorduras animais e resíduos urbanos, entre outros.

A Repsol afirma acreditar que, no futuro, a utilização de biocombustíveis e combustíveis sintéticos vai ser capaz de reduzir a pegada de carbono em 90% e 100%, respetivamente. Atualmente, são alternativas fundamentais para a redução de emissões de CO2 nos veículos de transporte de passageiros, nos veículos pesados de mercadorias, nos aviões e nas embarcações. De acordo com a empresa, a incorporação de biocombustíveis “está a permitir reduzir as emissões gradualmente, aproveitando a eficiência das soluções, o conhecimento já desenvolvido e o aproveitamento de infraestruturas existentes”. 

“Na Repsol, acreditamos que a transição energética deverá ser gradual, inclusiva e criteriosa. Somos uma empresa multienergética e temos de ser capazes de fornecer os meios necessários para que a sociedade faça essa transição, através de inovação e de várias fontes de energia”, afirma Armando Oliveira, administrador-delegado da Repsol Portuguesa.

A Repsol esclarece que, ao longo desta transição, já analisou mais de 40 tipos de resíduos e tecnologias para promover a produção de biocombustíveis avançados e materiais petroquímicos circulares. A empresa pretende produzir 2 milhões de toneladas de combustíveis com baixo teor de carbono até 2030. 

O ano de 2022 ficou também marcado pelo empréstimo de 120 milhões de euros à Repsol, concedido pelo Banco de Investimento Europeu (BEI), no passado mês de dezembro, para apoiar a construção e operação da primeira fábrica de produção de biocombustíveis avançados nas instalações da empresa em Cartagena, na região de Múrcia, em Espanha. A fábrica irá produzir biocombustíveis avançados e de segunda geração, através de vários tipos de resíduos, principalmente provenientes da indústria agroalimentar, tais como óleos alimentares usados. A construção deverá estar concluída na segunda metade de 2023. 

Segundo a Repsol, o seu Plano Estratégico 2021-2025, apresentado em novembro de 2020, reflete a sua estratégia de multienergia e de redução gradual das emissões. “A mobilidade sustentável requer múltiplas soluções. Temos o dever de continuar a trabalhar na criação de alternativas multienergéticas para uma mobilidade mais amiga do ambiente, inovadora e eficiente”, remata Armando Oliveira.

Galp Solar fecha 2022 com 10 mil instalações na Península Ibérica

A Galp Solar, a unidade de negócios da Galp dedicada às soluções para a produção e consumo descentralizado de energia, anunciou o fecho do ano de 2022 com 10 mil clientes em Espanha e Portugal, graças a uma aceleração das instalações nos últimos oito meses.  

De acordo com a empresa, o número total de instalações realizadas evitou a emissão de 7.200 toneladas de CO2 e permitiu uma poupança anual agregada de 4,8 milhões de euros aos consumidores. Em 2023, a Galp Solar pretende duplicar o número de instalações na Península Ibérica.  

O comunicado avança que a empresa prioriza a experiência do cliente, a necessidade de descarbonizar a economia e de acelerar a transição energética, quer através da instalação de painéis solares, mas também com a disponibilização de soluções integradas com baterias e, no futuro, outras soluções.

Em 2022, uma em cada cinco novas instalações incluiu a adoção de uma bateria, o que permite uma poupança média adicional de 267 euros por ano e por consumidor, proporcionando uma autonomia superior a 60% no consumo final.

“O aumento dos preços da energia representou um agravamento dos custos fixos do tecido produtivo e das famílias, o que fez com que o autoconsumo seja visto como uma oportunidade de reforço do compromisso de energia limpa através de uma gestão flexível, independente do sistema energético”, afirma Alfonso Ortal, CEO da Galp Solar.  

A Galp é o terceiro maior produtor de energia fotovoltaica na Península Ibérica, com uma capacidade instalada em funcionamento de 1,3 GW e uma carteira de projetos em desenvolvimento em Portugal, Espanha e Brasil que totaliza 9,6 GW.

Mercedes-Benz certifica primeiro sistema de Condução Autónoma Nível 3 nos EUA

A Mercedes-Benz anunciou que o estado norte-americano do Nevada autorizou a utilização do seu sistema Drive Pilot, tornando-se assim no primeiro fabricante automóvel do mundo a lançar a condução condicionalmente automatizada SAE Nível 3 nos Estados Unidos.

Em conformidade com os requisitos do Capítulo 482A do estado do Nevada relativo a Veículos Autónomos, o sistema Drive Pilot permite que, em certas condições, o condutor delegue a tarefa de condução dinâmica no veículo. Em troços apropriados de vias rápidas e em situações de elevada densidade de trânsito, o sistema pode assumir a tarefa de condução até à velocidade de 64 km/h.

Quando estão reunidas as condições para a utilização do Drive Pilot, o sistema indica a disponibilidade nos botões de controlo localizados no volante. Depois de ativado, o sistema controla a velocidade, a distância para os outros veículos e mantém o automóvel na sua faixa de rodagem. O perfil do percurso, os eventos que ocorrem durante a viagem e os sinais de trânsito são correspondentemente considerados.

O sistema também reage perante situações de trânsito inesperadas, com as quais lida de forma independente – por exemplo, desvio na faixa de rodagem ou travagem. O condutor deve, contudo, estar permanentemente preparado para assumir o controlo quando for solicitado pelo veículo para intervir. 

O Drive Pilot baseia-se nos sensores do ambiente circundante do pack Assistência à Condução e inclui sensores adicionais que a Mercedes-Benz diz serem indispensáveis para a segurança da condução condicionalmente automatizada: sensor LiDAR, câmara no vidro traseiro e microfones para detetar veículos de emergência médica ou de forças policiais, e um sensor de deteção de estrada molhada instalado na cava de uma roda.

Um veículo equipado com o sistema Drive Pilot opcional também integra atuadores redundantes da direção e dos travões e um sistema elétrico de bordo redundante, assegurando que se mantém manobrável mesmo em caso de avaria de um destes sistemas avariar, para uma transferência segura da tarefa de condução para o condutor. 

Se o condutor não reassumir o controlo mesmo após ser solicitado com urgência e o tempo para assumir o controlo expirar – por exemplo, devido a um problema de saúde – o sistema trava o veículo até à sua imobilização de forma controlada e aciona as luzes de sinalização de perigo. Logo que o veículo se encontre imobilizado, o sistema de chamada de emergência é ativado e as portas são destrancadas para permitir aos profissionais de primeiros-socorros aceder ao interior do veículo.

A Mercedes-Benz explica que a localização exata de um veículo equipado com Drive Pilot é determinada utilizando um sistema de posicionamento de alta precisão, mais avançado do que os sistemas GPS convencionais. Além dos dados anonimizados recolhidos pelo sensor LiDAR, pela câmara, pelos sensores de radar e sensores de ultrassons, um mapa digital de alta definição fornece uma imagem tridimensional da geometria da estrada, as características do percurso, os sinais de trânsito e, através de atualizações permanente, eventuais condicionamentos de trânsito, como acidentes ou obras rodoviárias.

A marca germânica esclarece que este mapa de alta precisão difere dos mapas comuns utilizados em dispositivos de navegação, com uma resolução de centímetros – em vez de metros – e modelos detalhados de cruzamentos e percursos. Os dados do mapa estão armazenados em centros de dados e são atualizados em permanência. Cada veículo também armazena os dados deste mapa a bordo, comparando-os constantemente com os dados no servidor para atualizar o conjunto de dados utilizado pelo sistema Drive Pilot. Desta forma, é garantido um posicionamento estável e rigoroso através de uma representação da zona circundante independente de fatores como sombras ou sujidade dos sensores. 

Uma vez que o Drive Pilot permite que o condutor desvie a sua atenção do trânsito e se concentre em atividades secundárias, o sistema disponibiliza o acesso às aplicações do veículo no ecrã central, o que já não é possível quando o veículo é conduzido pelo condutor. 

Nos EUA, o sistema Drive Pilot está disponível nos modelos Classe S e EQS, com os primeiros veículos a serem entregues aos clientes na segunda metade de 2023.  A Mercedes-Benz espera expandir a aplicação do sistema para a Califórnia no final do ano, tendo já submentido os documentos de certificação às autoridades do estado.

Mobilidade Inclusiva

Opinião de Stefan Carsten

As nossas sociedades são diversas e únicas, mas as necessidades de mobilidade daí resultantes ainda não se refletem no planeamento urbano e dos transportes. O resultado: muitas pessoas experimentam restrições à sua mobilidade. Pessoas com deficiência física, mental ou cognitiva têm requisitos especiais no que diz respeito ao acesso a transportes públicos e espaços públicos. Isto também se aplica a migrantes e membros de minorias religiosas e sexuais, que têm necessidades especiais relacionadas com a sua segurança pessoal. As crianças e os idosos precisam que o trânsito seja mais lento, nas cidades, para que se possam movimentar em segurança. As mulheres, que desempenham muito mais o papel de cuidadoras do que os homens e, por conseguinte, estão envolvidas de forma diferente no mundo do trabalho, têm percursos de viagem mais complexos e necessitam de bons transportes públicos e novos conceitos de veículos para garantir a sua qualidade de vida, mesmo fora das clássicas horas de ponta.

A mobilidade inclusiva é um tópico importante mas é recorrentemente esquecido. São necessários exemplos? Milhares de pessoas viajaram para ver o Mundial de Futebol no Catar – de avião. De acordo com as estimativas, cerca de 6.500 pessoas do Nepal, Bangladesh e outros países morreram durante a construção dos estádios construídos para o torneio. A braçadeira One Love revela uma tentativa de mobilização de valores sociais.

34.000 delegados de todo o mundo viajaram até Sharm el Sheik para a conferência das Nações Unidas sobre o clima. Entre outras coisas, discutiram pagamentos compensatórios aos países mais pobres, que são mais afetados pelas consequências catastróficas das alterações climáticas, pelos países que são largamente responsáveis por essas alterações.

Atualmente temos essencialmente uma mobilidade feita para homens em espaços urbanos feitos para homens. As estradas que moldam as nossas vidas foram construídas para levar o trabalhador masculino até à fábrica, de manhã, e conduzi-lo a casa no final do dia. Apesar de praticamente tudo se ter alterado nos últimos 60 anos, as ruas são essencialmente as mesmas. Novas perspectivas sobre mobilidade, sobre sustentabilidade e sobre as necessidades de todos os grupos sociais estão a alterar isto.

No futuro, a mobilidade será mais fácil para as pessoas com deficiência, mas o progresso tem sido lento. Estão disponíveis cada vez mais produtos e serviços para estes utilizadores. Pessoas com deficiências motoras terão mais alternativas graças a novos conceitos de bicicletas e de micromobilidade, muitas vezes assistidos eletricamente.

Nos Países Baixos, graças a ciclovias suficientemente largas e a percursos velocipédicos seguros, idosos e pessoas com deficiências motoras podem movimentar-se de forma independente. O governo encoraja a compra de veículos adaptados como triciclos, bicicletas tandem, bicicletas de mão ou bicicletas tipo scooter, muitas vezes com assistência elétrica. Bicicletas como estas fazem parte natural da paisagem urbana dos Países Baixos, o que permite que muitas pessoas, de outra forma dependentes do apoio de terceiros, possam viajar de maneira independente e experimentar o prazer de andar de bicicleta.

Ao mesmo tempo, as barreiras físicas nos transportes públicos estão continuamente a ser desmanteladas – mesmo que esta conversão aconteça muito devagar. Existem cada vez mais plataformas elevatórias e as aplicações móveis podem conduzir o utente diretamente ao seu lugar através de sinais sonoros ou sistemas de navegação especiais.

No entanto, existe muitas vezes falta de espaço para cadeiras de rodas ou para pessoas com deficiência, em comboios e autocarros que estão pouco preparados para as receber. O transporte público, em particular, é mais um meio de transporte de massas do que uma oferta para pessoas com necessidades especiais. O bilhete de 9 euros na Alemanha é um triste exemplo disso: ao mesmo tempo que as multidões estavam felizes e contentes com a nova abordagem à mobilidade e os autocarros e os comboios estavam cheios, pessoas em cadeiras de rodas tiveram de ser excluídas. Simplesmente não havia espaço para elas.

Contudo, no futuro, o mais importante meio de transporte será provavelmente o veículo autónomo. Pessoas que não vêem bem ou que têm perturbações físicas ou psicológicas e que, por isso, não podem conduzir em segurança, estão dependentes de terceiros, numa perspetiva pessoal ou organizacional. Como, por exemplo, a Irene, que vive num condomínio fechado na Flórida. A Irene é dependente do marido para a sua mobilidade diária: se ele não está disponível, ela já não pode executar tarefas, encontrar-se com amigos ou ir ao médico, uma vez que é cega. Mas daqui a alguns anos, a Irene já não precisará do seu ‘motorista pessoal’ porque já existem veículos autónomos que ela pode usar para se movimentar pelas redondezas. Estes veículos estarão disponíveis com frequência cada vez maior, no futuro, ao mesmo tempo que os avanços da Inteligência Artificial asseguram que aprendem a compreender novas formas de interação; comunicam com o seu ambiente e com as pessoas. Desta forma, os veículos e os serviços podem adaptar-se às capacidades e necessidades de cada utilizador individual. 

Os veículos autónomos transformar-se-ão portanto no mais importante meio de transporte inclusivo do futuro. Podem ser reservados e solicitados sempre que necessário. Não existem tarifas nem horários que regulam a sua utilização. Serão em geral mais baratos de usar do que as variantes atuais. Podem ser tudo: transporte público, fornecedor de serviços privados ou até o veículo cooperativo de um grupo ou associação.

Mesmo se a sociedade inclusiva e a mobilidade inclusiva são ainda uma realidade distante, devemos hoje continuar no caminho de melhorar significativamente a participação social das pessoas com deficiência. Vamos olhar para este futuro juntos, porque é mais justo do que o sistema atual.

Stefan Carsten, consultor e especialista na área do Futuro das Cidades e Mobilidade, vive o futuro há mais de vinte anos. É um dos responsáveis pelo início da transição da indústria automóvel de um setor centrado no veículo para um setor centrado na mobilidade. Vive e trabalha em Berlim.

BMW volta a reduzir emissões da frota em 2022

O BMW Group anunciou hoje que, em 2022, conseguiu reduzir as emissões de CO2 da sua frota na União Europeia em mais de 9%, relativamente ao ano anterior.

Com base em cálculos internos preliminares, o nível de emissões caiu de 115,9 gramas por quilómetro, registados em 2021, para 105 gramas por quilómetro em 2022. Desta forma, o Grupo supera novamente o limite de 127 gramas por quilómetro estabelecido pela UE27+2 (UE, Noruega e Islândia).

De acordo com o BMW Group, a redução nas emissões foi atingida através da maior eficiência dos veículos e, em grande medida, graças à implementação da estratégia de eletrificação da empresa. O Grupo vendeu mais de 215.000 veículos elétricos a bateria em todo o mundo em 2022 – um aumento de aproximadamente 108% em comparação com o ano anterior.

Os veículos totalmente elétricos representaram quase 9% das vendas totais no ano passado, com que a meta para este ano a subir para 15%. O BMW Group também pretende que mais de 50% de seus volumes de vendas sejam provenientes de veículos totalmente elétricos até 2030.

O BMW Group é o primeiro fabricante alemão a aderir à campanha ‘Business Ambition for 1.5°C’, lançada pela Science-Based Targets Initiative, afirmando-se comprometido com o objetivo de atingir a neutralidade climática total na sua cadeia de valor.

Nesse sentido, o Grupo pretende, até 2030, reduzir as emissões de CO2 em 40% por veículo, no mínimo, durante a totalidade do ciclo de vida – cadeia de fornecimento, produção e utilização – tendo como referência os níveis de 2019.

Cupra City Garage Lisboa arranca 2023 em ‘Forza’

A Cupra City Garage Lisboa abriu portas no dia 20 de janeiro no centro da capital portuguesa, permitindo a fãs e curiosos testar o Cupra UrbanRebel Racing Concept através do videojogo Forza Horizon 5. O ciclo de arte está de regresso com a exposição MOMENTUM, da artista portuguesa Ana Wever, com curadoria by State of the Art (SOTA).

De acordo com a marca espanhola, o Cupra UrbanRebel Racing Concept, inspirado nos desportos motorizados, é a “interpretação mais radical” de um automóvel elétrico urbano e introduz a linguagem de design do seu futuro do veículo elétrico urbano, a lançar em 2025.

Até 18 de fevereiro, os visitantes da Cupra City Garage Lisboa podem sentar-se num banco especial Cupra e experimentar o Cupra UrbanRebel Racing Concept – e o videojogo Forza Horizon 5 – na LED Wall gigante do espaço.

No dia 27 de janeiro, abre portas a exposição MOMENTUM, de Ana Wever, com curadoria by State of the Art (SOTA), que inaugura o ciclo de arte de 2023 da Cupra City Garage Lisboa. Nesta exposição, a artista reúne obras das suas séries ‘Fragility’, uma reflexão sobre o tema da fragilidade humana, e ‘mappa’, na qual explora a relação entre a cidade (resultado da ação humana) e a natureza.

Ana Wever explica: “Na minha prática artística, interessa-me sobretudo explorar temas e conceitos, como a fragilidade, estabelecendo analogias com o Homem e a Natureza, ou entre ambos, numa abordagem multidisciplinar, que engloba várias modalidades das Artes Plásticas e Visuais. No meu processo de exploração gosto de utilizar técnicas e materiais menos usuais, tirando partido das suas características físicas e químicas, de modo a transmitir a ideia sobre o tema e intensificar a carga plástica da intervenção. Outra característica inerente ao meu trabalho, prende-se com a procura da simplicidade, no sentido da extrema subtileza, do que considero ser a essência do tema. Tal como a Cupra proporciona experiências únicas e emocionais, de tal forma marcantes que parecem eternizar-se no tempo, também as minhas obras pretendem perpetuar o momentum, transformando o efémero em infinito”.

A exposição está patente até ao dia 20 de março.

A Cupra City Garage Lisboa localiza-se no centro da cidade, na Rua Áurea 64, e está aberta de segunda a sábado, das 13h00 às 19h00.

Euro NCAP faz balanço de 2022 e carros elétricos dominam as atenções

O Euro NCAP apresentou hoje o resumo do ano de 2022 e reflete nas principais tendências emergentes da indústria automóvel. Num ano em que o programa realizou um número recorde de testes de segurança, 1 em cada 3 automóveis testados foram automóveis elétricos a bateria, e estes também arrecadaram a maior parte dos prémios ‘Melhor da Classe’.

Ao longo de 2022, o Euro NCAP publicou um total de 73 classificações de segurança, 67 das quais para modelos novos. Destes, 65 modelos referiram-se a veículos com a especificação de segurança mais baixa da gama e duas classificações para modelos com equipamento opcional. Seis classificações reportam-se a variantes de modelos testados anteriormente.

O Euro NCAP refere que 2022 foi um ano excepcionalmente desafiador para a indústria, já que o setor teve de lidar com novas regulamentações de segurança, emissões e cibersegurança, e também com as repercussões económicas da invasão da Ucrânia, do Brexit e desafios relacionados com a escassez de semicondutores, matérias-primas e mão-de-obra. Por este motivo, o Euro NCAP adiou a introdução de novos protocolos até o início de 2023.

Em virtude deste ano adicional, o Euro NCAP refere que, na generalidade, os modelos mais recentes pontuaram muito bem nos critérios avaliados: 15 dos 65 novos modelos testados (22%) receberam quatro estrelas, enquanto 50 modelos (78%) receberam a pontuação máxima de cinco estrelas.

Os dados do Euro NCAP confirmam a rápida expansão do mercado de veículos elétricos. 22 dos 65 novos modelos testados (34%) foram automóveis elétricos a bateria.

Estes arrecadaram também cinco das seis categorias dos prémios ‘Melhor da Classe’ do Euro NCAP: o Hyundai IONIQ 6 e o Ora Funky Cat são, respetivamente, o ‘Grande Familiar’ e o ‘Pequeno Familiar’ mais seguros; o Tesla Model S é o melhor ‘Executivo’; e o Tesla Model Y recebeu, simultaneamente, a melhor classificação nas categorias ‘Pequeno Todo-Terreno’ e ‘Puro Elétrico’. A categoria remanescente, ‘Grande Todo-Terreno’, foi ganha pelo híbrido plug-in Coffee 01, da marca chinesa Wey.

Em 2022, sete marcas fizeram a sua estreia no Euro NCAP – seis das quais provenientes exatamente da China –, refletindo a entrada de muitos novos fabricantes no mercado europeu, em grande medida devido à popularidade crescente dos veículos elétricos.

A nível de equipamentos de segurança, o Euro NCAP refere que os airbags centrais para prevenir ferimentos nos ocupantes dos bancos dianteiros em colisões laterais no lado oposto são um elementos que os fabricantes mais têm em conta. Dos 65 automóveis novos examinados, 47 (72%) incluiam já airbags centrais dianteiros de série.

Também os sistemas de monitorização da atenção do condutor são cada vez mais comuns. Em 2022, 61 dos 65 novos automóveis testados (94%) incluía um sistema de deteção deste tipo: 53 atráves da monitorização dos inputs no volante e/ou posição no automóvel na faixa de rodagem, e 9 através do rastreamento direto do olho do condutor ou uma combinação dos dois métodos.

“Para o Euro NCAP, 2022 também marcou 25 anos a tornar os carros mais seguros. Olhando para trás, para o progresso que fizemos com os nossos patrocinadores, laboratórios de teste e parceiros, e como a segurança parece diferente para os consumidores de hoje quando testamos carros – estamos muito orgulhosos do que conquistámos”, refere Michiel van Ratingen, secretário-geral do Euro NCAP. “Em 2023 temos grandes desenvolvimentos pela frente, incluindo um passo real no caminho para a [estratégia de segurança rodoviária] Vision Zero, com novos protocolos em testes de carros que considerarão as implicações mais amplas em utilizadores vulneráveis da estrada, mas também a consideração de um novo grupo-alvo que será anunciado posteriormente durante o ano”, conclui.

Fraca penetração de veículos elétricos em Espanha preocupa indústria

A indústria automóvel espanhola precisa urgentemente de uma revisão para acelerar o processo de eletrificação e alcançar os seus pares europeus, numa fase em que os fabricantes lutam para recuperar da crise induzida pela pandemia de COVID-19, disse a maior associação de fabricantes automóveis de Espanha.

“Não podemos perder mais tempo”, afirmou Wayne Griffiths, o diretor executivo da Seat que também preside à Associação de Fabricantes de Automóveis e Camiões (ANFAC) do país vizinho, na apresentação da estratégia do grupo. “Não podemos deixar passar 2023 sem tomar decisões ambiciosas”, acrescentou. “Medidas cosméticas já não são suficientes”.

A produção de automóveis em Espanha, tal como em outros países europeus, foi prejudicada pela escassez de semicondutores, problemas nas cadeias de fornecimento e encerramentos temporários de fábricas, em virtude da pandemia.

A ANFAC alerta agora para o baixo ritmo da recuperação. De acordo com Wayne Griffiths, a indústria automóvel espanhola enfrenta vários desafios, entre os quais as vendas de veículos elétricos abaixo das previsões, uma infraestrutura de carregamento incipiente e uma frota de automóveis envelhecida, que compromete as metas de redução de emissões e de segurança.

Em 2022, foram vendidos em Espanha cerca de 78.000 veículos híbridos plug-in (PHEV) e elétricos a bateria (BEV), um número muito aquém dos 120.000 necessários ao cumprimento das metas anuais de emissões. Os veículos elétricos representam 9,2% das vendas totais de automóveis no país vizinho, muito abaixo da média da União Europeia, que supera 20%.

“A Europa está a dividir-se em duas, e a Espanha está a ficar cada vez mais atrás de países líderes”, como Alemanha ou Portugal, afirmou Griffiths.

A ANFAC propões várias medidas para impulsionar o setor, incluindo a reformulação dos subsídios à compra de veículos elétricos, de forma a que sejam aplicados diretamente no preço de compra, e metas obrigatórias para a implementação da infraestrutura pública de carregamento, nomedamente a nível de ligações de potência elevada.

De acordo com Griffiths, é necessário encorajar os consumidores espanhóis a optarem por automóveis elétricos, apesar dos preços mais elevados deste tipo de veículos poderem afastar alguns potenciais compradores. Mas é opinião do diretor da Seat e presidente da ANFAC que haverá uma gradual democratização da mobilidade elétrica: “Em 2024 e 2025, sairão novos modelos com preços mais acessíveis”.

Polestar 2 ganha potência e autonomia

A Polestar está a preparar uma atualização alargada do Polestar 2, que verá o fastback 100% elétrico ganhar potência, autonomia e rapidez de carregamento. As versões single motor passam também a ser de tração traseira.

“Tipicamente na indústria automóvel, um facelift introduz mudanças visuais superficiais que muitas vezes destroem a intenção original do tema de design do carro. Com o novo Polestar 2, preferimos ir abaixo da superfície e atualizar componentes tecnológicos e mecânicos substanciais do sistema de transmissão elétrico”, afirma o CEO da Polestar, Thomas Ingenlath.

Todas a versões do Polestar 2 recebem assim novos motores elétricos e inversores, que se traduzem em maiores níveis de eficiência e desempenho.

À semelhança das novas versões dos 100% elétricos Volvo XC40 Recharge e C40 Recharge, as variantes single motor passam a contar com o motor elétrico de ímanes permanentes no eixo traseiro – bem como um novo inversor de carboneto de silício. A potência cresce para 200 kW (272 cv) e 220 kW (299 cv), nas versões standard e long range, respetivamente, e o binário é agora de 490 Nm. Espectavelmente, o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h caiu 1,2 segundos nas duas variantes, para 6,4 e 6,2 segundos, respetivamente.

Por sua vez, a versão de motor duplo vê o motor traseiro ganhar preponderância, graças a uma reconfiguração da taxa de binário. O motor traseiro é assim a principal fonte de propulsão, apoiado por um motor assíncrono no eixo dianteiro. A potência total e binário do sistema crescem, respetivamente, para 310 kW (421 cv) e 740 Nm – dos originais 300 kW e 660 Nm –, com a aceleração dos 0 aos 100 km/h a cumprir-se agora em 4,5 segundos.

Para maior eficiência, o motor dianteiro é desligado quando não estiver a ser necessário, sendo instantaneamente reativado quando o condutor requer mais potência.

O Pack Performance continua a ser também uma opção na versão de 2024 do Polestar 2 dual motor. Esta atualização de software eleva a potência total do sistema para 350 kW (476 cv) e reduz o sprint clássico para 4,2 segundos.

“Mudar de tração dianteira para traseira nas variantes de motor único e recalibrar a taxa de binário na variante de motor duplo para uma maior sensação de tração traseira eleva a experiência de condução do Polestar 2 a um nível totalmente novo”, garante Joakim Rydholm, diretor de desenvolvimento de chassis da Polestar. “O Polestar 2 atualizado é um carro ainda mais divertido e ágil, mantendo sua compactidade e sensação de total controlo, ao mesmo tempo que se torna mais maduro com conforto acrescentado”.

Todas as versões do Polestar 2, na maioria dos mercados, apresentam baterias de ião-lítio atualizadas, com maior capacidade e menores tempos de carregamento. As versões long range integram agora baterias de 82 kWh, com 27 módulos, fornecidas pela CATL. A bateria da versão standard range mantém a capacidade de 69 kWh, com 24 módulos, sendo agora fornecida pela LG Chem.

As baterias atualizadas beneficiam de uma unidade de desconexão (BDU) redesenhada, barramentos atualizados e melhorias a nível da sua química, permitindo taxas de carregamento mais rápidas – até 205 kW DC para as baterias das variantes long range e 135 kW para a bateria standard.

De acordo com a Polestar, a função de desconexão do motor dianteiro na variante de motor duplo é particularmente eficaz na maximização do alcance, que agora é de até 592 km (WLTP), um crescimento de 105 km.

A versão de motor único com bateria standard agora é capaz de atingir até 518 km (WLTP), um aumento de 40 km. Já a variante de motor único com bateria de longo alcance pode agora percorrer até 635 km (WLTP) com uma carga completa, mais 84 km do que a versão anterior.

Apesar das baterias maiores e dos motores mais potentes, as emissões de carbono associadas às versões equipadas com a nova bateria de 82 kWh foram reduzidas em 1,1 toneladas, para 5,9 toneladas por veículo, graças às melhorias a nível da química celular. A Polestar planeia levar a cabo uma avaliação completa do ciclo de vida (LCA) no final de 2023.

Além das melhorias a nível de motores elétricos e baterias, esta atualização do fastback elétrico inclui ainda uma frente redesenhada, que perde a grelha da versão inicial em benefício da SmartZone, inaugurada no Polestar 3, que hospeda alguns dos recursos de segurança ativa do veículo, incluindo a câmara frontal e o radar de médio alcance.

As jantes de liga leve de 20 polegadas incluidas com o Performance Pack também foram redesenhadas.

Finalmente, também o equipamento de série do Polestar 2 foi alvo de uma atualização. Os recursos de alerta ao condutor são padrão, incluindo o sistema de informações de ângulo morto (BLIS) com suporte de direção, o alerta de tráfego cruzado com suporte de travagem e o sistema de aviso e mitigação de colisão traseira. São também padrão, em todas as versões, a câmara 360 graus, espelhos exteriores com escurecimento automático e o carregador de smartphones por indução.

A versão de 2024 do Polestar 2 está já disponível para encomenda em nos mercados europeus. As primeiras entregas estão previstas para o terceiro trimestre de 2023.

EDP volta a premiar investigação académica sobre setor energético

A EDP anunciou a abertura da fase de candidaturas da segunda edição do EDP Labelec Merit Award. Dirigida a universitários que tenham desenvolvido teses de doutoramento sobre o setor energético em qualquer um dos 29 mercados em que a EDP tem atividade, o prémio pretende distinguir a investigação em áreas como o hidrogénio ou a mobilidade elétrica.

Com este objetivo e, em simultâneo, ajudar a encontrar novas abordagens com potencial de aplicação à realidade empresarial, o prémio EDP Labelec Merit Award irá atribuir 20 mil euros à tese de doutoramento vencedora.

Nesta segunda edição, o prémio promovido por EDP Labelec e EDP New – duas empresas do grupo focadas no desenvolvimento de projetos de inovação na área da energia –, procuram os melhores trabalhos de investigação em seis áreas específicas: energia renovável, redes, produção distribuída e mobilidade elétrica, hidrogénio verde, armazenamento de energia e descarbonização.

O processo de seleção de avaliação e seleção dos 20 melhores candidatos será assegurado por uma Comissão Técnica da EDP Labelec e da EDP New, sendo depois escolhidas as cinco melhores teses por uma Comissão de Avaliação da EDP. Na etapa final, um júri constituído por personalidades reconhecidas e externas à empresa fará a escolha da tese de doutoramento vencedora.

Na primeira edição do EDP Labelec Merit Award, que contou com 57 candidaturas, foram premiadas, ex aequo, duas teses de doutoramento com foco nas energias renováveis. Carla Sofia da Silva Gonçalves, doutoranda em Matemática Aplicada na Universidade do Porto, foi distinguida pelo trabalho “Renewable Energy Forecasting – Extreme Quantiles, Data Privacy and Monetization”, uma tese que pretende contribuir para aumentar a quota de fontes de energia renováveis de três formas: ajudar os decisores através da modelação de quantis de potência extrema dadas as previsões meteorológicas; garantir que vários agentes de energia possam realizar previsões colaborativas e desenvolver um mercado de dados para promover tal previsão colaborativa.

A outra distinção foi para Simon Camal, doutorando em Energia e Processos na Escola MINES Paris Tech, Université Paris Science et Lettres, pela tese “Forecasting and Optimization of Ancillary Services Provision by Renewable Energy Sources”, trabalho de investigação que aponta para uma solução que reduz a incerteza em agregar produção renovável dispersa para obter um perfil de produção mais suave e a operação dentro de um sistema de controlo de central virtual. Esta tese propõe métodos de previsão de produção renovável agregada e estratégias para a oferta conjunta de energia e serviços renováveis.

As inscrições para o EDP Labelec Merit Award 2023 arrancam hoje, 24 de janeiro, e prolongam-se até 30 de março. A informação sobre o regulamento e processo de candidaturas pode ser consultada no site da EDP Labelec.