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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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DeLorean regressa ao futuro com um novo carro elétrico

A DeLorean Motor Company divulgou algumas imagens teaser do seu veículo elétrico e anunciou uma nova data para a revelação do protótipo. O novo DeLorean elétrico será apresentado no dia 18 de agosto, na Entrega de Prémios do Pebble Beach Concours d’Elegance.

A marca DeLorean foi lançada em 1975 por John DeLorean, tendo-se tornado famosa pelo design rebelde e pioneiro do DMC-12, de 1981, totalmente construído em aço inoxidável. O automóvel foi depois transformado numa máquina do tempo conduzida por Marty McFly (Michael J. Fox) e pelo Professor Emmett Brown (Christopher Lloyd) na trilogia ‘Regresso ao Futuro’, tornando-se assim um carro incontornável da iconografia dos anos 80.

Para ser exato, o DeLorean Motors Inc., agora uma empresa de mobilidade sediada no estado norte-americano do Texas, não é já a marca original, que teve um final tumultuoso em 1981. Após anos a restaurar DeLoreans originais, a nova empresa embarcou agora num novo caminho, construíndo de raíz um automóvel 100% elétrico.

Troy Beetz, CMO da DeLorean Motor Company Inc, com o aproximar da revelação do novo veículo fala no “aumento da emoção”, já que o passado, o presente e o futuro da marca DeLorean encontrar-se-ão durante a Monterey Car Week, através de vários eventos de apresentação. Só aí será revelado o nome do novo DeLorean elétrico.

Como agosto ainda se mantém distante, a DeLorean lançou um teaser da primeira imagem oficial do modelo elétrico, ainda que tenha contribuído para aguçar mais a curiosidade. O tão esperado protótipo – que manterá as famosas portas asas de gaivota do DMC-12 – é o culminar de uma história de mais de 40 anos com a prestigiosa empresa de design Italdesign e a interpretação moderna de um ícone.

Programa de empreendedorismo Blue Bio Value abre candidaturas para a quinta edição

A Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian anunciaram o início da 5a edição do Programa Blue Bio Value Aceleração. Com este Programa, a duas fundações, em parceria com a Bluebio Alliance, pretendem contribuir para o desenvolvimento de novos modelos económicos mais responsáveis, com impacto positivo na sustentabilidade do oceano, assentes no aproveitamento de biorecursos marinhos, segundo princípios de circularidade, desperdício zero e descarbonização. 

Implementado pela MAZE e aberto a participantes de todo o mundo, o programa pretende atrair e capacitar negócios com criação de valor a partir de aplicações que incorporem recursos biológicos marinhos, com destaque para a biotecnologia marinha,  acelerando o desenvolvimento de produtos ou serviços sustentáveis, que valorizem o Oceano e tenham um impacto positivo na descarbonização das indústrias. 

Cerâmica feita a partir de escamas de peixe, plásticos biodegradáveis criados com espinhas e outros restos de processamento de pescado, têxtil obtido a partir de plantas halófitas encontradas em sapais ou cosméticos com compostos ativos extraídos de algas são alguns dos exemplos de soluções sustentáveis que as duas fundações já promoveram em edições anteriores.

O Blue Bio Value Aceleração é o primeiro programa de empreendedorismo no mundo focado na bioeconomia azul. Incide no desenvolvimento de competências de gestão e acesso a investidores e infraestruturas, criando mais oportunidades de crescimento para negócios sustentáveis e economicamente viáveis. As candidaturas selecionadas terão acesso a uma rede única de mentores nacionais e internacionais, parceiros especialistas no setor, potenciais clientes e contactos comerciais.

“O Blue Bio Value é um passo importante para o crescimento de uma bioeconomia azul. Só assim poderemos chegar a um novo modelo de desenvolvimento não destrutivo do capital natural, que contribua para a sustentabilidade do oceano e que, em simultâneo, seja economicamente viável”, afirma José Soares dos Santos, Presidente da Fundação Oceano Azul. 

Para Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, “[o] Programa Blue Bio Value tem apostado na valorização do capital natural azul no apoio a iniciativas dedicadas à descoberta de novas utilizações sustentáveis dos recursos marinhos, criando ainda condições para que o mercado absorva as soluções mais inovadoras na área da biotecnologia azul. É um programa que tem colocado Portugal não só num papel de destaque entre os impulsionadores do enorme potencial do oceano, mas também na liderança mundial da bioeconomia e biotecnologia azul”.

Lançado em 2018, o Blue Bio Value já acelerou 59 empresas de 19 nacionalidades que adquiriram competências de gestão de negócios e receberam orientação de mais de 50 mentores.

As candidaturas para esta 5a edição deverão ser submetidas em www.bluebiovalue.com até ao próximo dia 30 de maio.

NOS compensa emissões da frota automóvel com projetos de reflorestação

No âmbito da sua estratégia climática, a NOS aprovou em 2021 um plano para a eletrificação total da sua frota até 2030, de forma a reduzir estruturalmente as emissões diretas da empresa. Até essa data, a empresa compromete-se a compensar de forma voluntária as emissões de carbono não evitáveis que são geradas pela sua frota automóvel.

A compensação voluntária de emissões materializa-se num projeto de arborização de zonas florestais dos concelhos de Fundão, Mangualde, Meda e Pampilhosa da Serra, atingidas por incêndios, removendo da atmosfera uma quantidade de CO2 equivalente às emissões diretas originadas pelo consumo de combustível da frota, que correspondem a cerca de 3 miltoneladas/ano de CO2 (dados de 2021). 

Todos os anos é efetuado o cálculo dos hectares de arborização necessários para compensar as emissões associadas à deslocação da frota de viaturas de serviço e de colaboradores da NOS, adotando-se um modelo de plantação misto de pinheiro bravo, carvalho roble, castanheiro e outras espécies, sendo depois considerado um período de 30 anos para o sequestro de CO2 após a arborização. Por exemplo, a compensação voluntária de cerca de 3 mil toneladas de emissões relativas à operação de 2021, equivale à plantação de cerca de 38 mil árvores, numa área aproximada de 23 hectares.

De acordo com a empresa, este projeto de reflorestação alia a captação de carbono, proteção da biodiversidade e resistência natural a incêndios florestais, através da plantação de diversas espécies nativas mais resistentes ao fogo, recuperando também linhas de água e corredores ecológicos, contribuindo para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas nº 15, bem como para o princípio nº 8  da UN Global Compact, que incentiva as empresas a realizar iniciativas para promover a responsabilidade ambiental.

A NOS assumiu o compromisso de atingir a neutralidade carbónica das operações próprias já a partir de 2022, utilizando apenas eletricidade proveniente de fontes renováveis. Em paralelo, a empresa está a tornar a sua frota 100% elétrica e a implementar medidas para reduzir estruturalmente o consumo de energia e emissões da sua rede e data centres.

A NOS tem igualmente como objetivo reduzir, até 2030, as suas emissões de âmbito 1 e 2 (emissões associadas à operação própria) em 90%, em relação aos valores de 2019. No mesmo período, a empresa compromete-se também a reduzir as emissões de âmbito 3 (emissões que ocorrem a montante e a jusante, na cadeia de valor) em 30%.

O comunicado afirma ainda que as metas assumidas pela NOS foram aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi), organização internacional que avalia e aprova metas de redução do setor empresarial, e estão alinhadas com as trajetórias de redução de emissões, definidas pela ciência climática como necessárias para limitar o aumento da temperatura global a 1,5º C, objetivo fundamental do Acordo de Paris

Novo BMW Série 3 elétrico será exclusivo para a China

A BMW vai lançar um novo i3, mas não aquele a que estamos habituados: a marca vai expandir o seu portfólio de veículos elétricos com um novo BMW Série 3 totalmente elétrico, mas exclusivo para o mercado chinês, onde chegará no próximo mês.

Baseado no BMW Série 3, líder de vendas no segmento de compactos premium na China, em 2021, o BMW i3 eDrive35L foi desenvolvido especificamente para dar resposta aos requisitos dos clientes chineses.  

Com uma distância entre eixos 11 cm mais longa do que um Série 3 padrão, o BMW i3 eDrive35L combina, segundo a marca, toda a dinâmica de condução desportiva, conforto em longas distâncias e ampla gama de opções de personalização.

O sedan de quatro portas totalmente elétrico anuncia 400 Nm de binário, uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,2 segundos e uma autonomia de cerca de 530 km. Carrega dos 10-80% em 35 minutos com uma ligação DC.

O BMW i3 eDrive35L estará equipado com os componentes de propulsão BMW Gen5 eDrive, já presentes no BMW iX3, BMW i4 e BMW iX. Além disso, integra o sistema operacional BMW OS8 e uma gama de recursos e serviços digitais – por exemplo, a Chave Digital – fazem a estreia absoluta neste novo Série 3. Os sistemas de suspensão serão ajustados às condições das estradas chinesas.

Com este BMW i3 eDrive35L, a gama de carros 100% elétricos da BMW conta, agora, com seis modelos. A empresa alemã pretende que os totalmente elétricos representem 50% das suas vendas globais até 2030.

Bridgestone anuncia ‘Compromisso’ com uma sociedade sustentável para cumprir até 2030

A Bridgestone Corporation anunciou o lançamento do ‘Compromisso Bridgestone E8’, um conjunto de objetivos empresariais para 2030 que consiste em 8 valores: Energia, Ecologia, Eficiência, Extensão, Economia, Emoção, Facilidade (Ease) e Empoderamento. que o Grupo se comprometerá a criar através do “propósito” e “processo” da Bridgestone para tornar real uma sociedade sustentável.

Este compromisso é, de acordo com a marca, o mote para realizar a sua visão de, em 2050, “continuar a favorecer valor social e ao cliente como uma empresa de soluções sustentáveis”.

Em termos energéticos, a Bridgestone Corporation afirma que o plano passa por tornar real uma mobilidade neutra em carbono e em termos ecológicos com o avanço de tecnologias e soluções de pneus sustentáveis que preservem o ambiente.

Além disto, os valores do ‘Compromisso Bridgestone E8’ passam também por maximizar a produtividade através do avanço da mobilidade, maximizar o valor económico da mobilidade e das operações comerciais e contribuir para uma sociedade que garanta acessibilidade e dignidade para todos.

Shuichi Ishibashi, CEO Global da Bridgestone Corporation comenta o lançamento do ‘Compromisso Bridgestone E8’: “Conduziremos o reforço da ‘estratégia empresarial’ e a transformação da ‘cultura empresarial’ ao longo deste compromisso, e faremos progredir a nossa jornada em conjunto com os nossos 130.000 colegas de equipa a nível global”. E acrescenta que “o ‘Compromisso Bridgestone E8’ não pode ser cumprido apenas pelo Grupo. Acreditamos que ganhar a empatia de muitas partes interessadas tais como a sociedade, os nossos parceiros e clientes, e co-criar valor com eles, permitir-nos-á tornar real e apoiar uma sociedade sustentável”.

Stellantis testa sistema 5G que alerta condutores para perigos em tempo real

A Stellantis participou no live trial da 5G Automotive Association (5GAA), realizado em Blacksburg, no estado norte-americano da Virginia, com um conceito no domínio da comunicação 5G de veículos conectados e da tecnologia de vanguarda de computação multi-acesso (MEC). No ensaio ao vivo deste novo conceito de segurança de condutor e peões testaram-se novas tecnologias de roaming, para aplicação na segurança rodoviária.

Segundo Ned Curic, Chief Technology Officer da Stellantis, o objetivo principal destas tecnologias é tornar as estradas mais seguras para os condutores e para os peões e acrescentou que o “Jeep Wrangler 4xe plug-in hybrid é o veículo perfeito para estes testes ao vivo, por estar equipado com tecnologias vehicle-to-everything (V2X) e alertas de segurança ao condutor. Com a 5GAA, estamos a trabalhar com líderes do setor em todo o mundo, para ajudar a preparar o caminho para que a tecnologia autónoma possa beneficiar os nossos produtos e, em última análise, os nossos clientes”.

A Stellantis encontra-se envolvida noutras iniciativas a nível global, incluindo um programa de testes semelhante, realizado em Turim, Itália, destinado a avaliar a tecnologia 5G e a gestão de grandes volumes de dados, incluindo o dimensionamento e a configuração de capacidades de computação dentro das viaturas. A comunicação sem fios a alta velocidade é considerada pela empresa como um elemento-chave para permitir um aumento dos níveis de autonomia dos veículos, bem como de futuros serviços conectados e tecnologias de mobilidade.

O pacote de tecnologias de teste instalado no Jeep Wrangler 4xe plug-in hybrid permite ao veículo prevenir as infraestruturas próximas da sua posição, de modo a alertar os peões e outros veículos, mas também receber notificações de emergência da rede de telecomunicações.

Este concept car conectado utilizado na 5GAA usa câmaras e sensores fixos nas infraestruturas para recolher dados detalhados que completam o que um veículo pode ‘ver’ usando os seus próprios sistemas. Com uma ligação 5G de alta velocidade e tecnologia MEC, o sistema pode rapidamente tomar decisões no momento e local onde os dados são recolhidos, um cruzamento, por exemplo, de modo a poder comunicar eventuais riscos de segurança para os peões e veículos que se aproximem.

No programa de testes realizado na Virginia participaram ainda a Intel, Verizon, American Tower, CapGemini, Telus, Harman, Virginia Tech Transportation Institute e Virginia Department of Transportation, como parceiros da 5GAA.

Volvo investe em materiais sustentáveis para o interior dos seus automóveis

A Volvo Cars vai investir na Bcomp, uma empresa suíça que desenvolve materiais leves de alto desempenho com base em fibras naturais.

A empresa sueca está empenhada em encontrar fontes sustentáveis e de elevada qualidade que se apresentem como alternativas a muitos dos materiais utilizados atualmente na indústria automóvel e, na senda desta ambição, pretende que até 2025, 25% do material do interior dos seus novos modelos seja constituído por uma base biológica ou reciclada. A Volvo justifica desta forma a entrada no capital da Bcomp, através do fundo de investimento Volvo Cars Tech Fund, orientado para start-ups e novas tendências, 

Depois de ter anunciado, recentemente, o abandono da pele animal nos componentes dos seus automóveis, a Volvo está a explorar a utilização de compósitos de fibra natural na sua próxima geração de automóveis puramente elétricos, uma medida extensível à afiliada estratégica, Polestar. Neste sentido, a Volvo continua a sua política de procurar ativamente introduzir novos padrões no design de interiores para automóveis premium, reforçando assim a imagem de líder da indústria em questões de sustentabilidade.

A Bcomp utiliza fibras de linho, um material de base biológica que proporciona poupanças significativas em termos de peso, utilização de energia e emissões em comparação com as peças de plástico normais. Os materiais também permitem variadas opções de design.

Os materiais desenvolvidos pela Bcomp incorporaram já o mais recente protótipo da Volvo, o Concept Recharge. Os dados da Bcomp mostram que, quando comparados com as peças de plástico normais, os compósitos à base de fibras naturais são até 50% mais leves, utilizam até 70% menos plástico e geram até 62% menos emissões de CO2.

No interior do Concept Recharge, a Volvo Cars utilizou um composto de linho nas áreas de armazenamento inferior, na parte de trás do apoio de cabeça e no apoio para os pés. No exterior, os pára-choques dianteiro e traseiro, bem como os moldes da soleira da porta consistem em compósitos de linho.

Alexander Petrofski, da Volvo Cars Tech Fund, explicou que este investimento é mais um exemplo do “compromisso [da Volvo] com a sustentabilidade e foco estratégico na redução da nossa pegada de carbono. Temos uma longa tradição de parcerias com empresas tecnológicas de referência, como a Bcomp, uma vez que vemos benefícios conjuntos em ajudá-las a escalar e a desenvolver os seus produtos inovadores nos mercados mundiais”.

A Volvo Cars pretende reduzir de forma consistente as emissões de carbono e tornar-se ambientalmente neutra até 2040. Já em 2025, a empresa pretende reduzir as emissões de CO2 do ciclo de vida por automóvel em 40% quando comparadas com 2018. 

Cortiça portuguesa no avião elétrico mais rápido do mundo

O avião elétrico mais rápido do mundo, ‘Spirit of Innovation’, utiliza aglomerados de cortiça no revestimento isolante da sua caixa de bateria. A matéria-prima foi fornecida pela Amorim Cork Composites, unidade de negócio da Corticeira Amorim.

O ‘Spirit of Innovation’ tornou-se oficialmente o veículo 100% elétrico mais rápido do mundo em janeiro de 2022, quando a velocidade de 387,4 mph alcançada durante os voos de teste, realizados em novembro de 2021, foi oficialmente homolgada pela Federação Aeronáutica Internacional – quebrando assim três recordes mundiais de velocidade diferentes.

O avião resulta de uma parceria de longo prazo entre a Rolls-Royce, a YASA, fabricante inglês de motores elétricos, e a Electroflight, especialista britânico em armazenamento de energia para aviação e o cliente da Corticeira Amorim neste projeto.

A Electroflight projetou todo o sistema de propulsão (powertrain) e o sistema de bateria integrado para o ‘Spirit of Innovation’, usando três motores elétricos de fluxo axial YASA 750 R, e mais de 6.000 células cilíndricas Murata VTC6 18650 NCA. A empresa necessitava ainda de um material para a caixa da bateria que não fosse apenas estruturalmente robusto, mas também leve e extremamente resistente ao fogo.

A parceria com a Amorim Cork Composites resultou no desenvolvimento de um aglomerado de cortiça à prova de fogo para o interior da caixa da bateria. A invenção, agora patenteada, têm o benefício adicional de integrar materiais naturais sustentáveis – um aspeto vital, tendo em conta o objetivo geral do projeto governamental do Reino Unido, denominado ACCEL, que procura formas de acelerar a descarbonização da aviação.

“A caixa da bateria foi uma peça de engenharia extremamente desafiadora, pois todo o sistema de propulsão está conectado com a frente da aeronave. A caixa da bateria está, portanto, a fazer um trabalho extremamente importante, não apenas fornecendo contenção no caso de um incêndio na bateria, mas também mantendo a frente da aeronave conectada à estrutura da fuselagem. Além disso, tivemos que manter o peso no mínimo absoluto e garantir que o produto usado para a caixa da bateria fosse altamente resistente ao fogo”, explicou Douglas Campbell, diretor técnico da Electroflight.

António Rios de Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, declarou: “No seguimento da COP26 realizada em novembro passado, a necessidade da eletrificação nunca foi tão evidente, estando a aviação no topo das prioridades. Tem sido uma honra trabalhar com empresas de classe mundial como a Electroflight e a Rolls-Royce para progredir ainda mais no caminho para a descarbonização da aviação. O facto de termos criado uma nova solução que agora pode ajudar outros nesse caminho é extremamente gratificante. Esperamos mais projetos nesta área que defendam o uso da cortiça, um dos mais sustentáveis produtos da Natureza”.

Biden usa Lei de Defesa para garantir capacidade dos EUA na produção de baterias

O presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou a aplicação do Título III da Lei de Produção de Defesa (Defense Production Act), com o objetivo de acelerar a produção de minerais nos EUA para as baterias de veículos elétricos.

A Lei de Produção de Defesa, de 1950, é o principal instrumento das autoridades presidenciais para agilizarem e expandirem o fornecimento de materiais e serviços de base industrial necessários para promover a defesa nacional. Em particular, o Título III da DPA integra várias medidas financeiras, como empréstimos, garantias de empréstimos, compras e compromissos de compra, para melhorar, expandir e manter as capacidades de produção interna necessárias para apoiar a defesa nacional e segurança interna. Por outras palavras, as empresas devem dar prioridade aos contratos nacionais.

De acordo com um comunicado emitido pela Casa Branca, “o presidente autoriza a aplicação da Lei de Produção de Defesa para garantir a produção americana de materiais críticos para reforçar a economia de energia limpa, reduzindo a dependência da China e de outros países”. Especificamente, o DPA será autorizado a apoiar a produção e processamento de minerais e materiais como o lítio, o níquel, o cobalto, o grafite e o manganês.

A invocação desta lei é a resposta do governo de Biden à escalada de preços da energia, à invasão da Ucrânia pela Rússia e também um meio para atingir uma rede energética limpa até 2035.

Vários especialistas alertam contudo que a libertação das reservas norte-americanas, colocando mais 1 milhão de barris no mercado diariamente durante os próximos seis meses traz um risco acrescido de dar prioridade ao consumo de petróleo no caminho para a independência energética. Antes de mais, é urgente pressionar por melhorias na eficiência energética e na eletrificação, e garantir que o fornecimento dos minerais necessários para fabricar as baterias elétricas cumpra critérios de fiabilidade, durabilidade e sustentabilidade.

Hertz e Polestar celebram aliança global

A Hertz e a Polestar, o fabricante sueco de automóveis de performance elétrica premium, anunciaram um nova acordo global que inclui a compra de até 65.000 veículos elétricos (EV) durante cinco anos. Espera-se que as primeiras unidades sejam entregues na primavera de 2022 na Europa e no final do ano na América do Norte e Austrália.

Para a Hertz, o acordo é parte do seu compromisso de liderar a eletrificação no setor do aluguer automóvel, baseando-se no anúncio da empresa, em outubro, de oferecer aos seus clientes a maior frota de aluguer de veículos elétricos da América do Norte e uma das maiores do mundo. Além de colocar esta frota eletrificada à disposição dos seus clientes comerciais e de lazer, a Hertz estende esta opção aos condutores de viagens partilhadas.

“Estamos entusiasmados por nos associarmos à Polestar e esperamos apresentar os seus produtos EV premium nas nossas frotas de retalho e de viagens partilhadas”, afirmou Stephen Scherr, CEO da Hertz. “O acordo (…) baseia-se ainda mais na nossa ambição de nos convertemos num participante líder no ecossistema de mobilidade moderno e fazê-lo como uma empresa que respeita o meio ambiente. Ao trabalharmos com líderes da indústria de veículos elétricos como a Polestar, podemos ajudar a acelerar a adoção da eletrificação ao mesmo tempo que brindamos aos arrendatários, clientes corporativos e associados de viagens partilhadas um produto EV premium, uma experiência excepcional e uma menor pegada de carbono”.

“A Polestar compromete-se a acelerar a transição para a mobilidade elétrica com uma carteira de produtos fascinante e inovadora”, declarou, por seu lado, o CEO da Polestar, Thomas Ingenlath. “Estamos encantados que a Hertz tenha escolhido a Polestar como parceiro estratégico no seu caminho para a eletrificação. O acordo com um pioneiro mundial como a Hertz trará a incrível experiência de conduzir um automóvel elétrico a um público mais alargado, satisfazendo uma ampla variedade de requisitos de mobilidade a curto e longlo prazo dos nossos clientes mútuos. Para muitos, pode ser a primeira vez que conduzem um veículo elétrico, e será um Polestar”.

A Hertz receberá inicialmente o Polestar 2, um veículo elétrico galardoado que inclui o primeiro sistema de infoentretenimento do mundo construído com base no sistema operativo Android Automotive da Google. A marca sueca, que praticamente triplicou os volumes de vendas em 2021, antecipa um crescimento próximo de 100% para este ano, no caminho para alcançar vendas de cerca de 290.00 veículos por ano no final de 2025.