Os preços dos carros subiram nos últimos anos, impulsionados pela escassez de semicondutores da era da pandemia e pela mudança resultante das montadoras em direção a veículos de alta margem e alto custo. Nos EUA, novas tarifas estão definidas para empurrar os preços ainda mais altos — o oposto do que é necessário em um mercado onde muitos compradores já estão precificados. Então, o que as montadoras podem fazer para garantir que mais pessoas possam comprar um carro novo decente?

Em março de 2024, explorei essa questão em “Uma Necessidade Crítica de Veículos Menores e Mais Leves”, com foco em tamanho, peso e segurança. Antes disso, em fevereiro de 2023, “Os Minicarros Frugais são o Futuro da Mobilidade Urbana?” Examinei o segmento global de baixo preço (US$ 5 a 15 mil): quadriciclos (Europa), carros Kei (Japão), mini EVs (China) e veículos de baixa velocidade (EUA). Embora promissores para o transporte urbano ou rural, esses veículos de nicho não atendem às amplas necessidades do consumidor.

Nos EUA, o preço médio da transação atingiu US$ 47.462 em fevereiro de 2025 — um aumento de 24% em relação a março de 2020 e 43% na última década, superando em muito o aumento de 34% na inflação acumulada. A França reflete essa tendência: o carro novo médio agora custa 34.732€ (antes das opções e descontos), e os veículos elétricos a bateria (BEVs) têm um prêmio ainda mais íngreme.

Os europeus têm opções abaixo de 25 mil euros

Em toda a Europa, os compradores podem encontrar BEVs abaixo de 25.000€ e modelos movidos a gás mais próximos de 16.000€. Stellantis e Renault estão liderando a carga com o Citroën ë-C3 (a partir de 23k€) e o Renault R5 de estilo retrô (25k€) mostrado abaixo, oferecendo faixas WLTP de mais de 300 km com 44 e 40 kWh, respectivamente. A Primavera da Dacia, feita na China, começa abaixo de 17 mil euros, com 225 km de alcance — longe o suficiente para a maioria das necessidades diárias. Nota: os preços são antes dos incentivos no mercado francês.

A Volkswagen se juntará ao segmento em 2026 com o ID.2 BEV, esperado em torno de 25 mil euros. Enquanto isso, os carros a gasolina convencionais de marcas japonesas, coreanas e europeias permanecem amplamente disponíveis para compradores preocupados com o orçamento, especialmente para dirigir na cidade.

As montadoras chinesas também estão pressionando o mercado europeu com preços ultracompetitivos, embora as tarifas estejam dando às marcas nacionais algum espaço para respirar. Ainda assim, empresas como a BYD já estão construindo plantas europeias para contornar totalmente essas tarifas — um sinal de quão sérias elas são. A concorrência também é boa para os clientes, mas os OEMs europeus precisam de tempo para se ajustar.

Oferta Limitada e Sem BEVs Abaixo de US$ 25 mil nos EUA

A paisagem dos EUA é muito diferente. O número de modelos acessíveis diminuiu drasticamente, com a Ford e a Stellantis tendo deixado principalmente esse segmento. Apenas alguns veículos agora são vendidos abaixo da faixa de US$ 22 a 25 mil, com o Nissan Versa em US$ 17 mil. E qual é o BEV mais barato? Poderia ter sido o “carro de US$ 25 mil” da Tesla, mas infelizmente a empresa optou pelo CyberTruck. Como resultado, é o Nissan Leaf envelhecido a US$ 28 mil com 40 kWh, antes dos incentivos: Nota: os impostos sobre vendas são extras nos EUA, por exemplo, 8,625% em São Francisco.

As montadoras chinesas poderiam preencher a lacuna? Não é provável em um futuro próximo, mas mais provável em algum momento. As tarifas de 102,5% do governo Biden efetivamente os excluíram. Estabelecer a fabricação local pode ser a única rota economicamente viável — mas isso é um jogo longo. Eles teriam que montar uma loja localmente ou no Canadá ou no México (onde já têm uma presença comercial substancial) e atender aos requisitos de conteúdo local do USMCA. Enquanto isso, as montadoras dos EUA correm o risco de ficar para trás na relação custo-benefício e na eficiência do desenvolvimento de produtos, perdendo assim a competitividade no mercado global.

As startups podem trazer produtos com preços mais baixos para os EUA? Mercado?

Startups podem oferecer um caminho a seguir. A Slate, com sede em Detroit, fundada em 2022, está trazendo ao mercado uma picape refrescantemente modesta com uma abordagem modular bem pensada. Apenas 4,45 metros de comprimento com um corpo bastante estreito, “Caminhão” custa menos de US$ 27,5 mil (pré-incentivos), ou seja, metade do preço médio dos EUA. BEBIDA Os recursos são intencionalmente simples: janelas manuais, painéis não pintados e uma abordagem de “traga sua própria tecnologia” para infoentretenimento.

Tive a chance de ver uma maquete pessoalmente em Los Angeles em abril (imagens acima): é uma notícia revigorante e ótima para o mercado dos EUA, onde muitos veículos se tornaram obscenamente grandes e pesados. A Slate planeja aumentar o lucro por meio de acessórios — envoltórios de carroceria, grades frontais, kits para converter a picape em um SUV e muito mais — graças a um design modular. A empresa arrecadou US$ 700 milhões até o momento e precisará de mais financiamento à medida que se aproxima do início da produção em Indiana no final de 2026.

Depois, há também— sim, esse é o nome da empresa — uma empresa de EV acessível que recentemente se separou da robusta fabricante de EV Rivian. Arrecadou US$ 105 milhões, enquanto a Rivian mantém uma participação minoritária substancial. A empresa planeja trazer uma gama de veículos pequenos e leves do tipo “micromobilidade” para o mercado com um alto grau de integração vertical. Estou ansioso para ver o primeiro veículo da Also com vencimento no início de 2026 e espero que ajude a fornecer a mais pessoas acesso a novas rodas (elétricas), claramente neste caso para distâncias curtas.

Marc Amblard.

Diretor Administrativo, Orsay Consulting

O salão automóvel de Barcelona abriu as portas ao público no sábado, dia 10 de maio, com a atenção centrada na vertiginosa evolução que o automóvel tem vindo a experimentar nas últimas décadas. Refletindo, em particular, sobre as incógnitas de um presente em que o conceito tradicional do automóvel e os seus usos parecem estar a ser profundamente revistos.

Sob o nome Automobile Barcelona, o salão mostra o esforço do conjunto de marcas que continuam a apostar no modelo clássico de feira com stands grandiosos, como ferramenta para apresentar a sua oferta completa de veículos. A fórmula baseia-se em stands de grandes dimensões e gigantescos videowalls, que funcionam como antecâmara para os painéis panorâmicos interiores exibidos nos tabliers dos modelos mais recentes das marcas, conferindo-lhes uma aparência de posto de comando de uma nave espacial.

Estão presentes 29 marcas no certame. Destaca-se, sem dúvida, a supremacia das marcas emergentes, principalmente oriundas da China, cuja participação de relevo anuncia, de forma premonitória, o futuro imediato do mercado automóvel — um mercado que já coloca em causa a sobrevivência de algumas grandes marcas históricas, cuja ausência da feira parece confirmar uma fase de retirada, a pensar na reforma, e em como serão referidas nos livros de história do automóvel.

Alpine, Baltasar, BYD, Cupra, DR, Ebro, E-Miles, EVO, Ford, Honda, Hyundai, ICHX, Jaecoo, Kate, KGM, Leapmotor, Lynk&Co, MG, Mobilize, Nissan, Omoda, Renault, Seat, Sportequipe, Suzuki, Tesla, Tiger, Volvo e Xpeng expõem os seus veículos com diferentes tipos de motorização, com uma clara aposta na eletrificação, confiando que a dinamização das vendas do setor virá da rendição do utilizador às vantagens, cada vez mais evidentes, das novas tecnologias aplicadas ao setor automóvel.

O Salão Internacional de Barcelona mostra, assim, a evolução da espécie do veículo motorizado. Neste sentido, destaca-se como eixo central da exposição o espaço dedicado à celebração do 75.º aniversário da SEAT que, para comemorar esta efeméride, levou até ao recinto da Fira o seu museu de veículos completo. A marca apresenta todos os seus modelos icónicos numa instalação que serpenteia pela praça central exterior da Fira, ilustrando a história da empresa desde o seu nascimento até ao presente, onde, metaforicamente, os seus novos veículos — já sob a marca Cupra — se aventuram por um espaço sensorial em que a digitalização impulsiona o futuro tecnológico do automóvel.

Entre os lançamentos que decorrem durante a feira, destacam-se o Ebro S400 e o MG S5. Também merecem referência o Ford Puma Gen-E, o Hyundai Ioniq 9, o Renault 4, o Mobilize Duo e o Mobilize Bento, o Omoda 9 SHS e o Leapmotor C10 REEV.

O Salão Internacional do Automóvel conta com a montagem de boxes das marcas na sua avenida central, onde os visitantes podem realizar test drives ao volante dos modelos de combustão, elétricos, híbridos e híbridos plug-in, no traçado do emblemático circuito urbano de Montjuïc, atualmente integrado na circulação quotidiana da cidade.

O programa de atividades inclui ainda uma zona de exposição dedicada ao mundo do cinema — “Movie Machines” — que conta com a presença de alguns veículos que se tornaram verdadeiros mitos do universo cinematográfico.

O Congresso Anfac-Fecavem, sob o lema “Acelerando para uma mobilidade sustentável”, teve lugar no dia 9 de maio e abordou vários aspetos da nova mobilidade urbana, a sustentabilidade, o desenvolvimento da infraestrutura de carregamento de veículos elétricos em Espanha, e o veículo conectado, autónomo e seguro.

Os 15.ºs Prémios Automobile Barcelona distinguiram iniciativas para o impulso da sustentabilidade no setor da mobilidade. Destacam-se os seguintes prémios:

• Na categoria Be Green, o prémio foi atribuído à MG, pela sua implicação e constância no desenvolvimento da tecnologia híbrida.
• O prémio Be Market foi para a marca Leapmotor, pertencente ao Grupo Stellantis, pela sua rápida e bem-sucedida entrada no mercado.
• O galardão Be Mobility foi atribuído à Mobilize, marca do Grupo Renault, pelo seu firme compromisso com a mobilidade sustentável.
• Na categoria tecnológica, a Omoda-Jaecoo recebeu o prémio Be Technology, pela sua aposta na tecnologia SHS (Super Hybrid System) nos seus modelos híbridos plug-in.
• O Automobile Barcelona quis também reconhecer, nesta edição de 2025, Alejandro Mesonero, atual vice-presidente de design da Alfa Romeo, pela sua carreira profissional e contribuição para o desenvolvimento de novas linguagens estéticas.

O Salão Internacional do Automóvel da Fira de Barcelona celebra a sua 43.ª edição de 9 a 18 de maio, no recinto de Montjuïc. O certame, com o apoio da Associação Espanhola de Fabricantes de Automóveis e Camiões (ANFAC), tem uma clara aposta na promoção da ecomobilidade e no relançamento das vendas no setor automóvel.

José María Quesada – 10 de maio de 2025

Nos meus tempos de adolescente habituei-me a olhar para a Ford como uma marca que lançava viaturas com bom comportamento, alguma desportividade e bastante competentes. A presença da marca  em provas desportivas também ajudava a essa perceção

Hoje, a marca redefiniu-se e acabou com modelos como o Fiesta, Sierra ou Escort, e teve de se posicionar no mercado elétrico. Lançou para isso o Ford Mustang e faltava um SUV – o Explorer – que foi buscar o seu nome ao mercado americano, do modelo com grandes dimensões e sete lugares. Aqui, o novo Explorer compete no segmento C-SUV e somente possui 5 lugares

 Juntamente com isso a marca resolveu fazer uma parceria com a Volkswagen para a utilização da plataforma e alguns componentes. Nada de mais, numa indústria cada vez mais globalizada e onde a tónica também passa pela poupança de custos e rapidez de presença no mercado.

Desenvolver uma plataforma ou alguns componentes demora tempo e tem custos exagerados; porque não optar por algo já com créditos firmados no mercado?

Esteticamente, o Explorer diverge, em minha opinião, um pouco da tradição. Trata-se de um modelo mais quadrado mas sem ser pesado, e isso é um elogio aos designers da marca que conseguiram estruturar um modelo jovial. A frente é bastante sobreelevada com a grelha completamente fechada e os faróis colocados no topo, numa configuração  “muito feliz”. A zona lateral mais convencional termina com as cavas das rodas traseiras mais pronunciadas que lhe dá um certo ar de desportivo. Já o portão traseiro está também bem conseguido, pois, mesmo sendo muito vertical, a assinatura luminosa quadrada dos extremos da carroçaria tornam o seu desenho muito elegante.

No interior encontramos um modelo bastante tradicional com os bancos envolventes em pele sintética, elétricos, com um tablier bastante convencional mas de onde sobressai uma coluna de som quase a ocupar 3/4 do tablier da Bang & Olufsen. Já o volante segue a tónica habitual- não é circular mas retangular na parte superior e inferior – que curiosamente, é prático. Contém os vários botões não físicos no volante para controle das várias funções o que tem detratores e apaixonados. Já o painel central de grandes dimensões, colocado em posiçã vertical incorpora todas as funções do modelo incluindo o ar condicionado e os vários modos de condução. Não há botões fisicos

A posição de condução é boa, a visibilidade também e ergonomia está num bom patamar. Não é um carro em que é necessário, antes de o conduzir, fazer um pequeno curso. O espaço interior é bom, tanto à frente como atrás e a bagageira é ampla

A Ford sempre foi reconhecida por construir modelos que prevalecem pela eficácia do seu comportamento e não tanto no conforto. Aqui nota-se esse compromisso com as afinações da suspensão a privilegiar a eficácia e o comportamento. E  isso significa que o Explorer com a sua tração total e 340cv não abdicou do seu ADN

Também por ser este modelo uma viatura de tração total a sua eficácia sobressai, não tanto em autoestrada, porque não se consegue percecionar mas quando andamos com ele por curvas  encadeadas e notamos o comportamento mais rigoroso do modelo

Em termos de autonomia ela aponta para perto dos 400 quilômetros no painel de instrumentos (do grupo Volkswagen)

O Explorer possui vários modos de condução, desde o eco ao sport, mas mesmo no modo Sport noto a direção algo leve e pouco comunicativa. Nada de relevante, mas pessoalmente prefiro uma direção mais pesada quando conduzo em modo Sport

No cômputo geral, o Explorer tem todos os elementos necessários para ser mais um produto interessante no extenso mercado de viaturas elétricas. Os pontos a favor são muitos e os pontos a melhorar não são extraordinariamente relevantes

Trata-se do modelo que prima pelo seu desenho algo fora do habitual o que joga a seu favor, possui um interior interessante, bem desenhado e construído com vários plásticos moles. Mesmo com a parceria com a VW mantém muitos dos atributos que fizeram da marca Ford um caso de sucesso no passado, na sua habilidade para construir viaturas com bom comportamento dinâmico e mesmo desportivas

Nesta versão topo de gama os preços começam nos €48.000 até perto dos €52.000

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A Volvo Car Portugal lança hoje uma nova campanha de comunicação dedicada ao renovado Volvo XC60, o SUV híbrido plug-in da marca escandinava. Esta é a primeira campanha co-criada com a Initiative pelo que marca o início da colaboração agência de meios do Grupo IPG Mediabrands, que desde 1 de abril é responsável pelo planeamento e compra de media da Volvo em Portugal. 

Com arranque a 12 de maio e presença nos meios até 11 de julho, a campanha terá expressão em televisão, Connected TV — com o inovador formato de carrossel vídeo —, digital programático, redes sociais e search, combinando construção de marca com uma forte orientação para geração de leads. 

O conceito criativo foi desenvolvido em estreita colaboração entre a Volvo e a agência Stendahls, com produção da Bacon. Com uma abordagem emocional e profundamente humana, a campanha convida os consumidores a “Descobrir o renovado Volvo XC60. For Life.” — uma assinatura que encapsula o propósito do modelo: acompanhar os momentos mais autênticos e exigentes da vida real, com tecnologia de ponta, conforto premium e uma estética escandinava intemporal. 

A narrativa da campanha assenta em fragmentos do quotidiano — das rotinas familiares aos desafios profissionais — onde o XC60 surge como uma extensão natural da vida moderna: fiável, seguro, conectado e sempre pronto a responder, seja numa escapadinha, numa reunião importante ou numa simples viagem com os filhos. 

Visualmente aspiracional, mas enraizada na realidade, a campanha destaca quatro pilares do modelo, apresentados como momentos distintos de storytelling: 

• Eletrificação com plano B – A tecnologia híbrida plug-in oferece uma solução versátil para a mobilidade elétrica no dia a dia, com a confiança adicional de um motor a combustão sempre disponível.
• Som premium – A bordo, a experiência sonora é elevada com o sistema de som Bowers & Wilkins.
• Conectividade total– Google integrado para uma vida mais fluida, prática e conectada.
• Segurança de referência – A segurança como assinatura Volvo, com tecnologia de apoio à condução de última geração.

Desde o seu lançamento em 2017, o Volvo XC60 já conquistou mais de 1,5 milhões de condutores em todo o mundo. Em 2024, registou o melhor ano de sempre em vendas e reforçou a sua posição como o modelo mais vendido da marca globalmente. Agora renovado, está preparado para responder às exigências do presente e do futuro.

O Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, vai ter lugar na FIL – Feira Internacional de Lisboa, de 23 a 25 de maio e vai ser realizado num momento de crescimento do mercado de veículos electrificados, de acordo com os dados veiculados pela ACAP, referentes ao mês de abril do corrente. Além disso, esta edição conta ainda com a presença de duas dezenas e meia de novidades, algumas com lançamento marcado para este evento.

No mesmo comunicado, a Associação Automóvel de Portugal informa que “no mês de Abril de 2025 foram matriculados em Portugal 11.138 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, ou seja, mais 36,1 por cento que no mesmo mês do ano anterior.”

“De janeiro a abril de 2025 as matrículas de veículos ligeiros de passageiros deste tipo totalizaram 44.400 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 31,2 por cento relativamente a período homólogo de 2024.”

“Especificamente, observando os veículos elétricos no quarto mês de 2025, registou-se um aumento de 31,8 por cento em comparação com o mesmo mês de 2024, tendo sido matriculados 3.722 ligeiros de passageiros novos.”

“Nos primeiros quatro meses de 2025 verificou-se um aumento de 29,8 por cento, em comparação com o mesmo período do ano anterior, dos veículos ligeiros de passageiros novos elétricos, tendo sido matriculados 15.897 unidades.”

José Oliveira, diretor do Ecar Show, comenta estes dados, referindo que “esta tendência de crescimento é notória e estes dados divulgados só vêm confirmar a perceção que temos, ao consultar os nossos parceiros. Além disso, estes números refletem-se na própria qualidade do salão, pois cada vez mais marcas apostam em estar connosco e em apresentarem as novidades no Ecar Show.” 

Das seis dezenas de expositores que já confirmaram a presença, 40 são marcas automóvel, que vão apresentar duas dezenas e meia de novidades. Neste momento estão já garantidas três estreias absolutas no Ecar Show.

Brevemente será divulgada a lista completa de novidades presentes.

Evento: Ecar Show

Local: FIL – Feira Internacional de Lisboa

Datas: de 23 a 25 de Maio

Horário: das 10:00 às 20:00 horas

A Hyundai Motor Company apresentou o novo camião Hyundai XCIENT Fuel Cell Classe 8 na Advanced Clean Transportation (ACT) Expo 2025 em Anaheim, Califórnia, demonstrando o seu compromisso contínuo de expandir o seu negócio de hidrogénio na América do Norte.

Durante a exposição, de 28 de abril a 1 de maio, a empresa demonstrou a pretensão de consolidar a liderança na transição global da energia do hidrogénio e reforçar a sua posição de mercado no sector dos veículos comerciais na América do Norte. Este objetivo será alcançado aproveitando a vasta experiência e as sólidas capacidades operacionais do Hyundai Motor Group (HMG) para criar um ecossistema mais limpo e mais resistente através da sua marca comercial de hidrogénio HTWO.

Na conferência de imprensa da ACT Expo da Hyundai, Ken Ramirez, Vice-Presidente Executivo e Diretor Global de Veículos Comerciais e Hidrogénio da Hyundai Motor Company, enfatizou o compromisso da empresa em fornecer soluções reais, prontas para o fabrico em massa, que fazemavançar a indústria, com tecnologia, fiabilidade e capacidade de produção.

“Na Hyundai Motor, estamos a redefinir o futuro da logística sem emissões nocivas ao ambiente, com soluções inovadoras que dão prioridade à segurança, eficiência e sustentabilidade”, afirmou Ramirez. “Ao alavancar tecnologias de ponta, como as funcionalidades dos Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS) e ao estabelecer parcerias estratégicas para melhorar as operações e as infraestruturas, estamos a capacitar os nossos parceiros de frota para operar num cenário em rápida mudança e liderar a transição para um futuro mais inteligente e sustentável.”

O alto responsável da Hyundai destacou ainda as capacidades do HMG em toda a cadeia de valor do hidrogénio – da produção ao armazenamento, transporte e utilização – para construir um ecossistema mais sustentável e resiliente, liderando a mudança para um futuro energético sustentável.

Revelado o novo camião Hyundai XCIENT Fuel Cell para a América do Norte

Em linha com o seu compromisso de expandir a logística limpa (zero emissões) através da mobilidade do hidrogénio, a Hyundai Motor apresentou o novo camião pesado Hyundai XCIENT FuelCell juntamente com o seu sistema líder de células de combustível. Este modelo foi apresentado pela primeira vez como um concept na ACT Expo 2024 e foi concebido especificamente para o mercado norte-americano.

O novo Hyundai XCIENT Fuel Cell é o primeiro veículo pesado movido a hidrogénio produzido em série no mundo, promovendo o transporte comercial com emissões zero. Lançado em 2020, o Hyundai XCIENT Fuel Cell foi implantado em 13 países, registando mais de 13 milhões de quilómetros de condução acumulada na Suíça, onde foi inicialmente lançado, destacando a dedicação da Hyundai ao transporte sustentável, auxiliada por parcerias público-privadas.

O novo Hyundai XCIENT apresenta um sistema de célula de combustível de hidrogénio atualizado e, desde 2021, tem sido submetido a testes rigorosos em diversos climas e diferentes tipos de utilização na América do Norte. Esses testes, combinados com a colaboração contínua com operadores de frotas, garantiram que o veículo atendesse a várias necessidades do cliente, incluindo transporte portuário e logística de média distância.

Especificações do Hyundai XCIENT Fuel Cell:

• Alimentado por um sistema de pilha de combustível de hidrogénio de 180 kW;
• Equipado com duas pilhas de 90 kW, assegurando uma produção de energia fiável;
• Equipado com uma bateria de 72 kWh;
• Inclui um motor elétrico de 350 kW, que proporciona um binário máximo de 2.237 Nm;- Oferece uma autonomia máxima de 725 km em condições ótimas;
• Contém 10 depósitos de hidrogénio (capacidade total combinada de aproximadamente 68 kg); – Inclui uma variante de trator Classe 8 adaptada à América do Norte;
• Peso bruto combinado de até 37,2 toneladas, adequado para aplicações pesadas.

O design interior do camião Hyundai XCIENT Fuel Cell foi melhorado para maior comodidade e conforto do condutor. As melhorias no interior incluem um painel de instrumentos totalmente digital de 12,3 polegadas, que oferece aos condutores informações claras e concisas num único olhar, e um sistema de infoentretenimento com ecrã tátil de 12,3 polegadas com botões físicos integrados na consola central para conveniência e ergonomia do condutor.

O novo modelo está também equipado com um conjunto abrangente de Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS) concebidos para melhorar a segurança e minimizar a fadiga do condutor.

Logística zero emissões implementada com sucesso nos EUA ao abrigo de parcerias estratégicas

Na ACT Expo, a Hyundai Motor destacou os seus marcos logísticos e de transporte, sem emissões, movidos a hidrogénio, alcançados em cooperação com várias parcerias e iniciativas estratégicas na América do Norte.

Através do Projeto NorCAL ZERO, um total de 30 camiões Hyundai XCIENT Fuel Cell estão a operar nos Portos de Oakland e Richmond, marcando a maior implantação comercial de camiões a hidrogénio na América do Norte. Esses camiões são utilizados para transporte de carga com emissão zero em circulação, incluindo transporte de contentores, e alcançaram quase 725 mil quilómetros de operação contínua desde setembro de 2023.

A Hyundai Motor também fez parceria com a GLOVIS America para a iniciativa HTWO Logistics, anunciada pela primeira vez na ACT Expo 2024. Com foco na descarbonização da logística em torno da Hyundai Motor Group Metaplant America (HMGMA), produzindo e consumindo hidrogénio no local, 21 camiões de célula de combustível Hyundai XCIENT são agora responsáveis por quase metade da logística de entrega de entrada e saída da fábrica.

Esta demonstração real de um ecossistema de hidrogénio, que engloba a produção, o abastecimento, o reabastecimento e as operações de veículos, na HMGMA, reflete claramente as capacidades operacionais do HMG e o seu compromisso com a execução de uma cadeia de valor logística descarbonizada. Desde o lançamento das operações em outubro de 2024, os parceiros delinearam um plano para replicar globalmente esta bem-sucedida operação comercial movida a hidrogénio.

Na ACT Expo, a Hyundai Motor também revelou a expansão da marca de negócios de hidrogénio HTWO do Grupo para uma plataforma aberta, reunindo parceiros, investidores e indústrias em todaa cadeia de valor.

A empresa anunciou planos para lançar a “HTWO Energy Savannah”, a primeira estação de abastecimento de hidrogénio e recarga elétrica para camiões pesados de classe 8 da indústria, em colaboração com a HydroFleet e a Capital Development Partners, auxiliando o desenvolvimento perto da HMGMA em Savannah, Geórgia. A estação está programada para começar a funcionar no final de 2025.

A Volvo Cars acaba de anunciar a chegada do novo Volvo XC70, um SUV de tamanho médio que representa um marco na sua oferta eletrificada: trata-se do primeiro híbrido plug-in de autonomia alargada da marca, capaz de alcançar até 200 km em modo 100% elétrico — o valor mais elevado alguma vez oferecido pela Volvo Cars neste tipo de automóvel. 

Com capacidade de carregamento rápido, o XC70 permitirá que a maioria das viagens diárias sejam realizadas sem emissões de gases de escape e com custos de utilização reduzidos, mantendo a liberdade para percorrer longas distâncias graças à eficiência do motor de combustão. Esta combinação oferece uma solução prática, versátil e sustentável para os condutores que ainda não estão prontos para uma transição total para o elétrico. 

Construído sobre a nova plataforma SMA, o novo XC70 será uma peça-chave na gama global da Volvo Cars. 

“O XC70 assinala a nossa entrada estratégica no segmento dos híbridos plug-in com autonomia alargada, modelos que representam a ponte perfeita com vista à eletrificação total. Permite-nos manter e desenvolver uma carteira de produtos equilibrada, enquanto oferece uma alternativa altamente atrativa aos clientes que ainda não estão preparados para os automóveis totalmente elétricos. Este modelo é também um exemplo de regionalização, em que nos adaptamos às necessidades do mercado local.” Håkan Samuelsson — CEO, Volvo Cars 

O novo XC70 conjuga espaço, conforto e versatilidade com um design escandinavo moderno, fiel à tradição da Volvo Cars. A sua postura imponente, as linhas fluídas e a silhueta robusta mas dinâmica exprimem uma confiança serena e funcional. 

A frente destaca-se pela grelha fechada em forma de escudo — inspirada nos modelos 100% elétricos —, associada a um obturador ativo que se ajusta automaticamente para otimizar a aerodinâmica, o clima e o arrefecimento, contribuindo assim para melhor eficiência energética e maior autonomia. O emblemático “Martelo de Thor” nos faróis evoluiu para uma expressão mais arrojada, com tecnologia Matrix LED, que se adapta inteligentemente às condições da estrada e do trânsito, reforçando a segurança e a visibilidade.

Na traseira, os farolins verticais em forma de C estão integrados de forma elegante no vidro traseiro, conferindo ao XC70 um aspeto contemporâneo e funcional. 

O nome XC70 remete para um dos modelos mais icónicos da história da Volvo. Quando foi lançado originalmente, o XC70 era uma versão mais aventureira da carrinha V70 — um automóvel familiar versátil, pensado para todo o tipo de aventuras. O novo XC70 honra esse legado num formato SUV de tamanho médio, ligeiramente maior e mais espaçoso do que o atual Volvo XC60. 

O novo modelo será lançado inicialmente na China, com as encomendas previstas ainda para este ano. A Volvo Cars está a avaliar a introdução do XC70 noutros mercados numa fase posterior. 

Mais detalhes sobre o novo Volvo XC70 serão revelados nos próximos meses.

Foi do porto de Waigaoqiao, em Xangai, na China, que a 22 de abril último saíram para os mercados da Europa as primeiras unidades do novo Mazda6e, hatchback de 5 portas 100% eléctrico que o mundo ficou a conhecer em Janeiro último, fruto da sua estreia no Salão Automóvel de Bruxelas.

Foi pelas 10h00 da manhã desse dia que se deu início ao embarque do primeiro lote de 600 Mazda 6e, saídos do alinhamento ordenada que tinham ao lado do gigantesco supercargueiro ro-ro ali ancorado. Accionado o botão de embarque, a primeira unidade do novo Mazda 6e seguiu para o seu interior, sob uma chuva de aplausos das entidades presentes no local, testemunhando o arranque oficial deste processo, não só da Direcção da Changan Mazda Automobile Co., Ltd., como também de representantes do Comité de Gestão do Distrito de Lingang e demais parceiros logísticos. 

Tendo como destino inicial o porto belga de Antuérpia, ali deverão chegar no final deste mês, para depois rumarem aos concessionários dos diversos mercados da Europa, para que assim possam preparar o lançamento, já este verão, desta nova proposta 100% eléctrica, de carregamento rápido, da Mazda. 

O lançamento do novo Mazda 6e – modelo produzido pela Changan Mazda, em Nanjing (China) – é o resultado da combinação de ambas as culturas, japonesa e chinesa, na criação de uma viatura de elevado teor tecnológico, nomeadamente no domínio mecânico, e que espelha a próxima evolução da filosofia de design Kodo – Alma do Movimento, da Mazda. A aposta em linhas suaves e fluidas e características arrojadas conferem ao automóvel uma presença forte, mas requintada, numa silhueta coupé de plataforma curta de visual desportivo, mantendo a funcionalidade de um hatchback de 5 portas. 

O processo de desenvolvimento do novo Mazda6e assentou nas elevadas competências dos engenheiros do Centro de I&D de Produtos da Changan Mazda, em Nanjing (China), da Sede da Mazda Motor Corporation, em Hiroshima (Japão), e do Centro Europeu de I&D da Mazda (MRE), em Oberusel (Alemanha). Do design, à investigação e desenvolvimento, até chegar à produção, o modelo segue, com elevado rigor, os padrões de fabrico globalmente unificados da Mazda. É, simultaneamente, um automóvel chinês e um automóvel global. 

Sendo a única base de produção de novas energias da Mazda na China, a Fábrica da Changan Mazda, em Nanjing, reúne a centenária tecnologia de fabrico de automóveis Mazda e a tecnologia líder de electrificação da Changan Automobile. Recorre a linhas de produção inteligentes e a modelos de lean management para garantir que a qualidade de cada Mazda 6e atinja o mais elevado patamar do mundo.

Hidehisa Matsuda, Presidente da Changan Mazda Automobile Co., Ltd., afirmou: “O Mazda 6e possui um sistema tri-elétrico e um desempenho de segurança em conformidade com os mais recentes regulamentos da UE, o design estético ‘A Alma do Movimento’ com uma resistência ao vento ultra-baixa e o desempenho do controlo de condução elétrico ‘integração homem-cavalo’, que satisfaz, com precisão, as expectativas dos consumidores europeus em relação aos automóveis eléctricos topo de gama. A viagem inaugural do Mazda 6e na Europa representa a transformação da Changan Mazda de uma ‘joint venture’ para uma ‘base global de inovação tecnológica de novas energias’. Apoiando-se na vantagem da China de ser pioneira nos campos da electrificação e da inteligência, a Changan Mazda tornar-se-á um fulcro fundamental para a investigação e desenvolvimento tecnológico global da Mazda no futuro”.

A Nissan e a Stena Recycling estabeleceram uma parceria estratégica para desenvolver e expandir a reutilização de baterias de veículos elétricos usadas na Noruega.

Com mais de 80.000 Nissan LEAF nas estradas norueguesas, a Nissan estabeleceu uma nova cadeia de valor para as baterias que já não são adequadas para utilização em estrada.

A parceria combina a experiência da Stena Recycling em reciclagem e reutilização com a experiência da Nissan em tecnologia de veículos elétricos, lançando as bases para um modelo de negócio circular que maximiza o valor das baterias usadas.

Uma abordagem sustentável à reciclagem

Ao contrário de muitos operadores que se concentram apenas na extração de matérias-primas de baterias inteiras, a Stena Recycling adota uma abordagem mais sustentável. Cada bateria é cuidadosamente diagnosticada nas instalações em Ausenfjellet, perto de Oslo, para determinar que partes podem ser reutilizadas e quais precisam de ser recicladas.

As baterias usadas de veículos elétricos ainda têm um valor substancial, e a parceria entre a Stena Recycling e a Nissan assegura que uma parte significativa dos componentes das baterias obtém uma nova oportunidade de vida – quer como componentes de baterias que necessitam de manutenção e reparação, quer em sistemas de armazenamento de energia durante mais 10 a 15 anos. De acordo com Jon Emil Furuseth, Diretor Nacional de Baterias de Alta Energia da Stena Recycling, esta abordagem pode extrair muito mais valor do que a simples decomposição das baterias em novos materiais e minerais.

A Nissan também vê um grande potencial na parceria. “Desde o lançamento do Nissan LEAF em 2011, desenvolvemos uma experiência única em tecnologia de veículos elétricos. Agora queremos assumir um papel de liderança no tratamento sustentável das baterias usadas de

veículos elétricos”, afirma Alan Low, Diretor de Economia Circular de Baterias de Veículos Elétricos da Nissan Energy. “Através desta parceria, podemos oferecer produtos de segunda vida, ao mesmo tempo que ajudamos a reduzir a pegada ambiental, em linha com as nossas ambições de neutralidade de carbono até 2050.”

Posição de mercado reforçada

O acordo dá à Stena Recycling acesso a um abastecimento constante de baterias usadas, o que é crucial num mercado em que a concorrência pelos recursos está a aumentar. Trata-se de baterias de automóveis desativados devido à idade ou abatidos pelas companhias de seguros, mas que ainda têm potencial para serem reutilizadas durante vários anos.

Com a posição de liderança e a especialização da Nissan em baterias de veículos elétricos, combinadas com a vasta experiência e competência da Stena Recycling em reutilização e reciclagem, as duas empresas estão agora a explorar as possibilidades de comercializar um processo que garante a localização e o transporte seguros, o desmantelamento, a reparação e a reutilização de baterias de veículos elétricos, permitindo-lhes ter uma segunda vida em novas aplicações.

Uma instalação inovadora para a economia circular

A nova instalação em Ausenfjellet, parcialmente financiada pelo Enova, desempenha um papel vital no desenvolvimento de uma economia circular. Aqui, a reciclagem e a reutilização são equilibradas para dar uma nova vida às baterias usadas de veículos elétricos. A colaboração com os parceiros também permite a integração de módulos reparados em novos veículos elétricos ou em sistemas de armazenamento de energia estacionários.

Através do acordo com a Nissan Automotive Europe, a Stena Recycling reforça a sua posição como um fator-chave na reciclagem de baterias de veículos elétricos na Noruega. A parceria contribui para a transição ecológica, reduzindo os resíduos e maximizando a utilização de recursos, ao mesmo tempo que combina a rentabilidade com a sustentabilidade.

O Técnico Fuel Cell (TFC) é um projeto ousado e inovador que surgiu dentro do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, com uma meta clara: fabricar o primeiro carro citadino português movido exclusivamente a hidrogénio e, com isso, garantir presença na prestigiada Shell Eco-marathon, uma das mais reputadas competições internacionais entre estudantes de engenharia e ciências. Nascido em 2019, o TFC é constituído exclusivamente por alunos do IST, e a sua sede é no campus da Alameda, um dos centros de inovação e investigação mais icónicos de Portugal.

A missão da TFC

Empenhada em desenvolver soluções sustentáveis e disruptivas para a mobilidade urbana, a Técnico Fuel Cell tem-se destacado desde a sua fundação. Como foco primordial, a equipa concebeu um automóvel movido a hidrogénio, combustível limpo, destinado a participar na categoria Urban Concept da Shell Eco-marathon, competição que desafia as equipas a desenvolverem veículos capazes de efetuar um determinado percurso despendendo a menor quantidade de energia possível.

O projeto TFC arrancou com a criação do TFC01, um protótipo que foi oficialmente apresentado ao público em março de 2024. Nesta apresentação estiveram presentes várias personalidades ilustres, entre as quais António Costa Silva, ex-Ministro da Economia e do Mar, Manuel Andrade, Head of Open Innovation da Galp, e o Presidente do IST, Prof. Rogério Colaço. Nesta primeira apresentação, assinalou-se não só o início de uma jornada de inovação, mas também o compromisso da equipa com a sustentabilidade e a mobilidade verde.

O TFC01 e o sucesso na Shell Eco-marathon 2024

Terminada a apresentação pública, o TFC01 foi sujeito a criteriosos testes no Autódromo do Estoril, nos quais os elementos da equipa puderam avaliar o desempenho do carro em condições controladas. A competição oficial na Shell Eco-marathon 2024, realizada em Nogaro, França, traduziu-se numa oportunidade decisiva para mostrar ao mundo o potencial do projeto português. Dividido em duas categorias, o grande desafio da competição é percorrer um percurso definido utilizando a menor quantidade de combustível possível, sendo a equipa vencedora aquela que demonstrar maior eficiência no consumo de energia.

Embora com alguns desafios técnicos, o TFC01 obteve um notável 6o lugar na sua categoria, confirmando a eficácia do design e da estratégia da equipa. Esta conquista não só constituiu um importante marco para o TFC, como também fortaleceu o valor do hidrogénio como uma alternativa viável e eficiente para a mobilidade sustentável. Em paralelo, a competição foi também uma plataforma para reforçar vínculos com diversas empresas e parceiros tecnológicos, que suportam a equipa no desenvolvimento do projeto.

O futuro: Autónomo e Elétrico TFC01, Hidrogénio TFC02

O sucesso do TFC01 conduziu a equipa do Technician Fuel Cell a ter uma visão mais ampla do futuro. Para o ano de 2024/2025, a TFC tem em preparação uma grande novidade para a Shell Eco-marathon 2025, que se realizará em Kamień Śląski, na Polónia.

Inovação no TFC01: competir de forma autónoma e elétrica

O TFC01 passará a ser adaptado para competir de uma forma radicalmente diferente, enveredando numa abordagem autónoma e elétrica, sem recurso a uma célula de combustível. Este novo modelo integrará a Inteligência Artificial (IA) para controlar o carro durante o seu percurso, um avanço significativo para a equipa, que visa não só a eficiência energética, mas também a inovação tecnológica. Ao integrar a IA, o TFC não só procura minimizar o consumo de energia, como também pretende explorar novas formas de condução autónoma, a tendência crescente na indústria automóvel.

O TFC02: um novo protótipo com uma estrutura em fibra de carbono

Simultaneamente, a equipa está a desenvolver o TFC02, um novo protótipo que será o carro principal da competição de 2025. Esta versão continuará a basear-se na utilização do hidrogénio como fonte de energia, tendo, no entanto, várias melhorias significativas. O TFC02 sofrerá uma redução substancial de peso, o que facilitará a sua eficiência. Acresce que, pela primeira vez, a equipa utilizará um chassis monocoque em fibra de carbono, uma inovação que garante uma maior rigidez estrutural do carro e uma otimização do seu desempenho em competição.

Patrocinadores e parcerias estratégicas

Para o sucesso do TFC importa destacar o apoio de patrocinadores e parceiros estratégicos que têm permitido o desenvolvimento do projeto. A cooperação com empresas como a Galp, por intermédio da sua divisão de Open Innovation, bem como com outras entidades do setor tecnológico e industrial, tem sido fulcral na garantia dos recursos financeiros e tecnológicos necessários à realização dos protótipos.

Conclusão

O TFC é um exemplo brilhante de como a inovação, a sustentabilidade e o trabalho em equipa poderão criar respostas práticas e eficazes para os desafios do futuro. Desenhando veículos movidos a hidrogénio e investindo em tecnologias avançadas como a inteligência artificial e a utilização de materiais de alto desempenho, o TFC não está apenas a contribuir para o avanço da mobilidade sustentável, mas também a posicionar-se como líder no panorama da engenharia automóvel.

Com o TFC01 e o TFC02, a equipa vê-se perante a oportunidade de ultrapassar os limites do possível e de inspirar as futuras gerações de engenheiros e cientistas a ter uma visão corajosa e criativa para um mundo mais ecológico e eficiente.

Para acompanhar as novidades do projeto e saber mais sobre as suas atividades, pode seguir o TFC nas suas redes sociais aqui.