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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Tesla e Fastned abrem ‘Energy Superhub’ no Reino Unido

A Tesla e a Fastned, uma rede de carregamento holandesa, estão a criar uma grande estação de carregamento – Energy Superhub – em Oxford, no Reino Unido.

Os proprietários de modelos Tesla tendem a utilizar apenas as estações de carregamento da marca. Por esta razão, a Fastned tentou apelar, desde o início, aos condutores de automóveis da amrca norte-americana, adicionando adaptadores Tesla CHAdeMO às suas estações.

Agora que a Tesla usa o padrão CCS na Europa, a cooperação é ainda mais fácil, e a Fastned abriu uma estação de carregamento rápido gigante na Alemanha, no ano passado. Seguindo o mesmo conceito, as duas empresas anunciaram agora um novo Energy Superhub em Oxford.

As empresas anunciaram que a estação Fastned terá até 14 carregadores rápidos e 12 super-rápidos Tesla no local. Será um dos centros de carregamento de veículos elétricos mais potentes da Europa, com até 10 MW de energia disponível e possibilidade de expansão futura. Esta estação é a primeira de uma série de outras semelhantes planeadas no Reino Unido. A abertura está prevista para o final de 2021.

Michiel Langezaal, CEO da Fastned, comentou sobre o novo anúncio: “A nossa missão é acelerar a transição para a mobilidade elétrica, dando liberdade aos utilizadores de VE, quando estes sabem que o carregamento rápido e conveniente é omnipresente. O Energy Superhub Oxford é uma grande iniciativa das autoridades municipais que nos ajuda a trabalhar nesse sentido. Precisamos de centenas mais e, portanto, continuaremos a envolver-nos com proprietários de terras e parceiros como a Pivot Power em todo o Reino Unido”. 

A Fastned já implantou 137 estações de carregamento rápido na Europa e Langezaal reconhece que “as grandes estações são a única maneira de fornecer capacidade de carregamento para o número exponencialmente crescente de VEs que chegam às nossas estradas”.

Quanto à Tesla, a rede de Supercharger da fabricante atingiu recentemente a marca de 25.000 Superchargers instalados em mais de 2.700 estações em todo o mundo.

Daimler Truck e Shell impulsionam camiões com pilha de combustível

A Daimler Truck e a Shell New Energies são parceiras na missão de impulsionar a adoção de camiões com pilha de combustível à base de hidrogénio na Europa. 

As empresas planeiam apoiar a descarbonização do transporte rodoviário, construindo uma infraestrutura de reabastecimento de hidrogénio e colocando camiões com pilhas de combustível nas mãos dos clientes.

A Shell pretende inicialmente lançar uma rede de reabastecimento de hidrogénio, unindo três centros de produção de hidrogénio verde no porto de Roterdão, Colónia e Hamburgo. A partir de 2024, a Shell pretende lançar postos de abastecimento para veículos pesados ​​entre os três locais e a Daimler Truck entregará os primeiros camiões ​​a hidrogénio aos clientes, posteriormente, em 2025.

O plano passa por expandir continuamente um corredor de carga de hidrogénio, que cobrirá 1.200 quilómetros até 2025, a fim de entregar 150 postos de abastecimento de hidrogénio e cerca de 5.000 camiões pesados ​​Mercedes-Benz com pilha a combustível até 2030.

A Shell e a Daimler Truck tencionam fornecer a rede de infraestrutura ideal de hidrogénio, projetando a rede com base nas necessidades do cliente e nos padrões de uso. Ambas as empresas convidam outros parceiros para se juntar aos seus esforços.

Martin Daum, Presidente do Conselho de Administração da Daimler Truck, firma que “a Shell e a Daimler Truck estão convencidas de que os camiões movidos a hidrogénio serão a chave para o transporte neutro em CO2 no futuro”. 

Tanto a Daimler Truck como a Shell são membros fundadores do recém-lançado consórcio H2Accelerate e consideram o grupo um veículo-chave para apoiar a implementação do transporte movido a hidrogénio na Europa. A Daimler Truck e a Shell permanecem comprometidas com o consórcio e pretendem trabalhar por meio da H2Accelerate para viabilizar seus planos de implantação na próxima década. Nas palavras de Martin Daum: “com esta colaboração entre dois grandes players do setor, somos os pioneiros a abordar a questão do que deve vir primeiro: infraestrutura ou veículos. A resposta é que ambos devem andar de mãos dadas e estamos entusiasmados com este passo importante”.

Japão trabalha em legislação para regulamentar a utilização de ‘carros voadores’

O futuro chegou e com ele surgem os VTOL (vertical take-off and landing), aeronaves que descolam e aterram verticalmente, sem necessidade de uma pista, levando o Japão a trabalhar numa nova legislação que permita passageiros viajarem neste tipo de veículos na Exposição Mundial em Osaka, em 2025. 

O governo japonês espera que os ‘carros voadores’ sejam lançados em grande escala nas áreas urbanas até 2030 e pretende usar a exposição para promover a tecnologia de ponta e facilitar o caminho para sua adoção no quotidiano.

Estes veículos inovadores são uma opção de transporte conveniente para a área que rodeia Yumeshima, a ilha artificial onde a Expo Osaka será realizada. A exposição deve apresentar modelos tripulados e não tripulados de vários fabricantes, que os participantes podem ter a oportunidade de experimentar.

No entanto, estes veículos são legalmente classificados como aeronaves no Japão e exigirão uma nova legislação para permitir a sua operação. Por esta razão, um grupo de trabalho público-privado começará, já em junho, a traçar um plano sobre o uso dos veículos no evento, incluindo regras detalhadas sobre plataformas de lançamento e a altura máxima que os carros podem atingir.

Os VTOL são considerados uma parte crucial para aliviar o congestionamento urbano. Poderão ser usados ​​como táxis aéreos para transportar passageiros entre cidades, no turismo e o Japão prevê usar estes veículos, principalmente, para o transporte de carga a partir de 2023. 

A notícia pode soar a novidade, mas a verdade é que já há outros países que deram passos significativos no desenvolvimento de ‘carros voadores’, como é o caso do Estados Unidos e da China, que até já iniciou a construção de uma instalação de produção em massa deste tipo de veículos.

Audi vai abrir estações de carregamento ‘premium’

A Audi planeia aumentar os seus esforços na mobilidade elétrica até 2025 com uma ampla gama de mais de 20 modelos totalmente elétricos.

A ofensiva elétrica da Audi está a ganhar velocidade e, pela primeira vez, mais de metade dos modelos introduzidos em 2021 são eletrificados. A par do número crescente de modelos elétricos, aumentam também os requisitos para a infraestrutura de carregamento.

A chave para o seu sucesso e o ponto crucial dessa transformação é a disponibilidade de infraestruturas de carregamento. Por isso mesmo, a Audi está a trabalhar num conceito flexível e modular de carregamento rápido premium para veículos elétricos, uma solução para atender às exigências do futuro.

O conceito exige estações de carregamento de alta potência (HPC) que podem ser reservadas com antecedência para fornecer segurança no planeamento de viagens. Uma área de lazer próxima proporcionará um lugar conveniente para passar o tempo.

A base do centro de carregamento da Audi é formada por cubos – contentores flexíveis que cumprem vários requisitos técnicos e alojam os pilares de carregamento, assim como as baterias de ião lítio usadas para armazenamento de energia. A utilização de módulos de segunda vida, provientes de veículos elétricos abatidos dá às células das baterias um novo propósito sustentável e proporciona também vantagens no armazenamento auxiliar para corrente contínua, sendo assim dispensáveis infraestruturas complexas com linhas de alta tensão e transformadores dispendiosos.

Graças a uma enorme capacidade de armazenamento temporário – cerca de 2,45 MWh – as seis estações de carregamento, que têm uma saída de carga de até 300 kW, precisam apenas de uma ligação de alta tensão padrão de 400 volts. Painéis fotovoltaicos no telhado fornecem energia verde adicional. Desta forma, o hub pode ser facilmente transportado, instalado e adaptado à sua localização específica, independentemente, em grande medida, da capacidade da rede local.

Oliver Hoffmann, membro do Conselho de Desenvolvimento Técnico da Audi AG afirma que este centro de carregamento está em sintonia com a ambição da empresa alemã para a era da mobilidade elétrica e destaca o compromisso da Audi com a descarbonização, acrescentando ainda que “um centro de carregamento HPC flexível de alto desempenho como este não exige muito da rede elétrica local e usa um conceito de bateria sustentável. Os nossos clientes beneficiam de várias formas: desde a capacidade de fazer reservas exclusivas, uma área de lounge e tempos de espera curtos graças ao carregamento de alto desempenho. Isso é consistente com o conceito premium“.

O Audi e-tron GT, por exemplo, atinge uma capacidade de carga de até 270 kW, permitindo que carregue energia suficiente para até 100 quilómetros em apenas cinco minutos. Para tornar a espera uma experiência “verdadeiramente premium“, os clientes terão à sua disposição um espaço com vários equipamentos e serviços para fazer da paragem de carregamento uma experiência agradável.

A procura de uma localização na Alemanha para o projeto piloto do centro de carregamento da Audi está em curso, com a entrada em operação prevista para o segundo semestre do ano. Hoffmann esclarece que “o foco deste projeto está ligado às necessidades dos nossos clientes”. 

O plano para a fase piloto também prevê que os condutores de automóveis de outras marcas possam usar estações de carregamento abertas e não reservadas, bem como partes do espaço de lazer e repouso.

Lamborghini lança o primeiro 100% elétrico em 2025

A Lamborghini tem sido reticente em entrar na realidade da eletrificação, mas está finalmente a mudar a sua posição, tendo agora anunciado um modelo totalmente elétrico. 

Durante muito tempo, o fabricante italiano de supercarros rejeitou a ideia de que os veículos elétricos a bateria pudessem ser uma opção viável para carros de alto desempenho. No entanto, depois de outras marcas terem lançado supercarros totalmente elétricos, a Lamborghini anunciou finalmente um plano de eletrificação, confirmando que terá um carro totalmente elétrico na segunda metade da década.

O percurso de transição começará com uma linha híbrida até 2024 e com uma meta interna definida de menos 50% de emissões de CO2 até o início de 2025.

A Automobili Lamborghini apresentou o plano “Direzione Cor Tauri” (Em direção à Cor Tauri), um percurso para a descarbonização e eletrificação de futuros modelos Lamborghini. Ao longo do processo de eletrificação do produto, a Lamborghini concentrar-se-á continuamente na identificação de tecnologias e soluções que garantam o melhor desempenho e uma dinâmica de condução que corresponda fielmente à tradição da marca.

O CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, anunicou que o “plano de eletrificação é um plano recente, necessário no contexto de um mundo em mudança radical, onde queremos dar a nossa contribuição, continuando a reduzir o impacto ambiental por meio de projetos concretos”.

O processo de eletrificação do projeto Cor Tauri dar-se-á em três fases, sendo que é na segunda que se iniciará a transição híbrida (no final de 2024): em 2023 a Lamborghini lançará o seu primeiro carro de produção da série híbrida e, no final de 2024, toda a linha estará eletrificada. 

Na terceira fase sairá o primeiro Lamborghini totalmente elétrico, na segunda metade da década. Tal como na fase anterior, a inovação tecnológica também será orientada para garantir um desempenho notável e posicionar o novo produto no topo do seu segmento. É assim que a Lamborghini vê o culminar desta sua jornada: Cor Tauri, a estrela mais brilhante da constelação para a qual aponta o percurso da empresa, é representada por um quarto modelo totalmente elétrico.

O programa da Lamborghini para 2030 começa com uma visão holística da estratégia de sustentabilidade da empresa: uma abordagem integrada que abrange o produto e as instalações em Sant’Agata Bolognese, das linhas de produção aos escritórios. A área de 160.000 metros quadrados alcançou a certificação de CO2 neutro em 2015, que foi mantida mesmo depois de o local de produção ter duplicado de tamanho nos últimos anos. Além da redução das emissões de CO2, a proteção do meio ambiente, a sustentabilidade na cadeia de fornecimento, a atenção aos colaboradores e a responsabilidade social corporativa fazem também parte da estratégia da marca italiana.

Parlamento Europeu apoia hidrogénio com baixo teor de carbono

A estratégia da Comissão Europeia para o hidrogénio conquistou o apoio do Parlamento Europeu, numa votação realizada na quarta-feira, 19 de maio.

A proposta foi aprovada com 411 votos a favor, 135 contra e 149 abstenções. O Parlamento Europeu dá assim ‘luz verde’ à produção de hidrogénio com baixo teor de carbono, apesar da oposição do Partido Verde.

A estratégia da UE para o hidrogénio, revelada em julho do ano passado, visa promover o hidrogénio inteiramente baseado em eletricidade renovável, como a eólica e solar, mas também apoia o ‘hidrogénio de baixo carbono’ para aumentar a produção a curto prazo.

O relatório do Parlamento reconhece a necessidade de fazer crescer o mercado europeu o mais rapidamente possível, afirmando que isso exigirá “hidrogénio com baixo teor de carbono” como ponte para uma produção 100% renovável.

Na opinião do Parlamento, “baixo carbono” inclui o chamado hidrogénio ‘azul’, que é produzido com recurso a combustíveis fósseis em combinação com tecnologia de captura e armazenamento de carbono, para armazenar as emissões de CO2 associadas no subsolo.

Embora o relatório não faça nenhuma menção explícita, entende-se que a definição de “baixo carbono” também abrange o hidrogénio ‘amarelo’, produzido a partir da energia nuclear.

Jeep Wrangler 4xe disponível para encomenda

As encomendas para a versão Híbrida Plug-in 4xe do ícone da Jeep, o Wrangler, já se encontram abertas no mercado nacional.

De acordo com a Jeep, esta é a “mais potente, eficiente, ecológica e tecnologicamente avançada versão do Wrangler” e representa um marco na evolução rumo à eletrificação de toda a gama. A marca pretende introduzir no mercado pelo menos uma versão elétrica ou eletrificada de cada modelo Jeep nos próximos anos. 

Tecnologicamente mais avançado do que as versões com motor de combustão interna (ICE), o 4xe Híbrido Plug-in é o Wrangler “mais capaz” até agora lançado na Europa. Oferece potência combinada máxima de 380 cavalos, graças ao acoplamento de dois motores elétricos, um pacote de baterias de alta tensão, um motor a gasolina de 2 litros sobrealimentado e transmissão automática de oito velocidades TorqueFlite. O grupo motopropulsor híbrido plug-in oferece opção de condução em modo 100% elétrico com autonomia até 50 quilómetros. Com um consumo de combustível de cerca de 3,5 litros/100 km em modo híbrido, o modelo consegue acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de 6,4 segundos.

A tecnologia 4xe abre novas possibilidades off-road, com tração integral em modo exclusivamente elétrico e conteúdos técnicos ‘Trail Rated’ que, dependendo do nível de equipamento, incluem dois sistemas de tração integral permanente, ativa e selecionável, com Command-Trac e Rock Trac, eixos Dana de última geração, bloqueio elétrico dos eixos dianteiro e traseiro Tru-Lock, diferencial autoblocante Trac-Lok e desconexão eletrónica da barra estabilizadora dianteira.

O equipamento tecnológico de série inclui sistema UconnectTM NAV com ecrã tátil de 8,4”, integração de smartphone com Apple CarPlay e Android Auto para conectividade a bordo (como monitorização no smartphone de parâmetros do veículo por meio da app MY Uconnect) e visor TFT de 7”.

Os conteúdos de segurança de série incluem Monitorização do Ângulo Morto com Deteção de Veículos em Aproximação Posterior, Câmara de Marcha Atrás, Controlo de Estabilidade Eletrónico (ESC) com Sistema Reboque com Anticapotamento (ERM), Assistente de Estacionamento dianteiro e traseiro e Keyless Enter ‘N Go™. Os conteúdos opcionais incluem Cruise Control Adaptativo, Prevenção de Colisão Frontal Plus e nova câmara dianteira (de série no Rubicon). 

Uma plataforma digital específica, que oferecia aos primeiros clientes de mercados europeus selecionados a oportunidade de manifestarem antecipadamente o seu interesse na versão exclusiva ‘First Edition’, viu cerca de dois mil clientes europeus efetuarem a pré-reserva da versão de lançamento do Jeep Wrangler 4xe Híbrido Plug-in.

O modelo está disponível em três níveis de equipamento – Sahara 4xe e Rubicon 4xe, além da exclusiva edição ’80th Anniversary’–, com novos modos de condução eletrificados (Hybrid, Electric e E-Save) e soluções para carregamento público e doméstico com easyWallbox. No preço do Jeep Wrangler 4xe Híbrido Plug-in está ainda incluído o ‘Jeep Wave’, o novo programa de fidelização e apoio ao cliente que oferece uma série de serviços e benefícios, incluindo as quatro primeiras intervenções de manutenção programada nos concessionários Jeep e assistência em viagem 24/7.

Uber, Nissan e LeasePlan juntam forças para acelerar mobilidade sustentável

A Uber anunciou mais uma iniciativa do seu programa de sustentabilidade, permitindo agora aos motoristas parceiros de Portugal terem a possibilidade de aceder a veículos elétricos a preços mais vantajosos, através das soluções leasing da Nissan e de renting da LeasePlan.

Em 2020, a Uber anunciou o compromisso global de tornar-se numa plataforma de mobilidade de zero emissões até 2040, em 10.000 cidades e seis continentes, com 100% das viagens a serem realizadas através de Veículos Zero Emissões (VZE), transportes públicos e micromobilidade. Até 2025, 50% do total dos quilómetros percorridos na plataforma da Uber em sete capitais europeias (Lisboa, Amsterdão, Berlim, Bruxelas, Londres, Madrid e Paris) serão realizados em VZE.

Desde julho de 2020 que a Uber apenas aceita novos operadores que utilizem veículos elétricos nas maiores cidades do país, como é o caso das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, e distritos de Braga e Faro.

Em 2016 a Uber lançou pela primeira vez o produto Uber Green, com veículos 100% elétricos, e escolheu Portugal para a sua estreia. A empresa irá continuar a expansão do Uber Green em toda a Europa, crescendo das atuais 37 cidades para 60 cidades até ao final de 2021. Atualmente, o Uber Green está disponível nas cidades de Lisboa, Porto, Algarve, Coimbra, Braga e Aveiro. Esta opção oferece aos passageiros viagens 100% elétricas, serviço que apresenta o mesmo preço de um UberX.

Em Portugal, já foram realizadas mais de 7 milhões de viagens 100% elétricas através do Uber Green e a empresa estima que as viagens feitas por veículos elétricos através da aplicação já pouparam 9 mil toneladas de emissões CO2, o que equivale a 37 mil viagens de avião entre Lisboa e Nova Iorque.

Agora, em parceria com a Nissan e a LeasePlan, com o objetivo de acelerar a mobilidade sustentável em Portugal, o novo programa irá permitir aos motoristas parceiros de todo o país acederem de a veículos elétricos, como o Nissan Leaf, em condições mais vantajosas, através das soluções leasing da Nissan e de renting da LeasePlan, com todos os serviços incluídos e ainda a oferta de um pacote de 1.700 minutos grátis nos postos de carregamento da startup portuguesa Power Dot.

A Uber oferecerá também incentivos até 850 euros por cada veículo elétrico adicionado na plataforma. Este incentivo está disponível para a substituição de veículos a combustão por qualquer modelo de veículo elétrico.

Schneider Electric luta contra a perda de biodiversidade

A Schneider Electric, empresa líder global na transformação digital da gestão de energia e automação, anunciou recentemente um conjunto de ações destinadas a proteger e a restaurar a biodiversidade, ameaçada em muitas zonas do planeta.

No ano passado, o Grupo comprometeu-se a lutar contra a perda de biodiversidade, tendo sido reconhecida pela Corporate Knights como a empresa mais sustentável do mundo. Agora, no âmbito do Dia Internacional da Biodiversidade, apresentou os passos concretos que pretende tomar relativamente a esse compromisso, nomeadamente alcançar uma perda líquida nula de biodiversidade nas suas operações até 2030, bem como a implementar programas de preservação e reparação da biodiversidade nas várias instalações da empresa.

O ritmo preocupante a que ocorre a perda de biodiversidade e degradação do meio ambiente, juntamente com as alterações climáticas, têm-se tornado temas cada vez mais urgentes – que não só prejudicam ecossistemas locais e espécies em particular, como também, em última análise, pode levar a graves problemas a nível de segurança alimentar e a outros desafios para as sociedades, economias e empresas de todo o mundo.

De acordo com a Schneider Electric, enfrentar este tema requer uma ação concertada – e as empresas têm a responsabilidade de assumir um papel nela. Na perspetiva de Oliver Blum, Chief Strategy and Sustainability Officer da empresa, é urgente “fazer um balanço do impacto que temos na natureza e na biodiversidade, mas será preciso muito mais do que isso para preservar e recuperar o nosso ecossistema”. Blum acrescenta que também é “fundamental quantificar a utilização de recursos e estabelecer metas ambiciosas, mas o sucesso virá de ações concretas e imediatas que não comprometam as nossas necessidades nem as das gerações futuras”.

Assim, a Schneider Electric compromete-se a quantificar e publicar regularmente o seu impacto na biodiversidade; alcançar uma perda de biodiversidade nula nas suas operações diretas até 2030, e alinhar os objetivos de biodiversidade com a ciência e desenvolver soluções e tecnologias que contribuam para a preservação da biodiversidade, otimizando a utilização de recursos ao longo de todo o seu ciclo de vida.

Além disto, estão dispostos a estabelecer parcerias com fornecedores para eliminar os plásticos de utilização única das embalagens, promover o recurso a cartão reciclado e ajudá-los a reduzir significativamente as suas emissões de CO2 e, ainda, estabelecer parcerias com ONGs e fundos de investimento, bem como envolver colaboradores e parceiros em iniciativas locais – tais como assegurar que todas as suas infraestruturas implementam programas de preservação e restauração da biodiversidade, e que as instalações localizadas em áreas com escassez de água implementam planos de conservação de água.

Desafios da mobilidade elétrica – uma resenha mais GREEN! - Opinião de José Carlos Pereira

Desafios da mobilidade elétrica – uma resenha mais GREEN!

Opinião de José Carlos Pereira

A Greenfuture assume-se hoje como um dos maiores ‘veículos’ de conteúdo da mobilidade elétrica e de um futuro mais verde em Portugal. E eu tento, no que sei, simplificar o complicado nestas temáticas; e isso é servir. Na brincadeira, digo muitas vezes que são os meus “3 cêntimos de contributo”!

Acima de tudo, tento que pensemos um pouco mais sobre estes temas – seja em termos de conceitos seja de comportamentos. Quais são realmente os drivers desta transformação? É a esta pergunta que tento dar resposta nos meus artigos de opinião.

Ora, vejamos: nada acontece por acaso. Mais do que uma ‘era de mudança’, será que estamos a atravessar uma ‘mudança de era’? Eu julgo que sim! Daí que, neste artigo, faça esta resenha dos meus contributos (se me permitem!). Já dizia Henry Ford: “Pensar é capaz de ser o trabalho mais difícil que existe, talvez por isso tão poucos o façam”.

Claro que ninguém se distingue dos outros por saber ou pensar, mas sim por fazer. É na ação e na execução que estão o valor e os resultados. Vamos a isto?

Não ser um ‘ecoxiita’: ‘Sustentabilidade’ implica deixar o planeta e os seus recursos a um nível que não comprometa a sua utilização pelas gerações vindouras. E eu, desde que me cruzei com este conceito há 30 anos, inverto sempre esta frase para: “deixem pessoas melhores e, de certeza, deixarão um mundo melhor”.

Mobilidade e criatividade: Há muito a fazer no que diz respeito à sustentabilidade, e quem identificar e conseguir ler as tendências poderá ter grandes oportunidades para aproveitar (as melhores oportunidades surgem da resolução de grandes problemas). A falta de espaço nas cidades é um problema; a mobilidade elétrica não é suficiente como solução, mas a mobilidade partilhada e os transportes públicos podem ser um caminho nesse sentido. Os tempos que estamos a viver podem fazer com que utilizemos os nossos recursos de forma mais racional, além de que há soluções que a tecnologia já nos faculta, mas que não estamos ainda a vislumbrar.

A maturidade da mobilidade elétrica: Uma vez que tenho uma veia ligada à formação e qualificação, diagnostico uma carência (logo, oportunidade) na formação de recursos humanos altamente qualificados nesta área da ME (Mobilidade Elétrica), e este recurso será extremamente importante para o sucesso do setor em Portugal. Assim, torna-se necessário que o país tenha a capacidade de, nas várias modalidades formativas, efetuar ajustes que permitam capacitar e formar recursos humanos que respondam às atuais exigências. 

Os automóveis e o mundo pós-pandémico: O excesso de pessoas a conduzir o seu automóvel privado, evitando o transporte público, pode significar mais do que apenas impactos ambientais e de infraestrutura. No limite, pode até ser mais uma barreira à recuperação de economias. Será, por isso, fundamental encontrar, em 2021, formas de incentivar a utilização mais ativa do transporte público. Poderemos, então, afirmar que esta pandemia afetou diretamente a forma como utilizamos os automóveis: a tendência será aumentar a circulação de veículos individuais devido a questões de distanciamento físico, ignorando, assim, a mobilidade e a sustentabilidade.

Como vender automóveis no ‘novo hoje’?: Temos de ter um novo modelo de abordagem comercial. Novos canais de venda. A transformação digital terá de ser abrupta. O estar em vários canais e no online é um caminho – trabalhar o virtual selling e o social selling. E nada de lentidão: a velocidade de adaptação é muito importante. O que não fizermos na reformulação de processos comerciais, hoje, pode provocar resultados dramáticos amanhã, pois estes tempos incertos e voláteis vão continuar por muitos meses. Existe, então, uma clara oportunidade para repensar a estrutura, o controlo da operação, o que gera fluxos de caixa e liquidez (modelos, marcas, equilíbrio entre novos, combustão, elétricos, usados e seminovos); reestruturar a oferta por segmento ou rentabilidade; adaptar as condições comerciais… alterar o modelo de abordagem.

O ‘carro elétrico’ é rei e ‘menos energia’ é rainha: Antes mesmo de uma eletrificação massiva, convém colocar a questão: de onde virá toda a energia para alimentar os VE (Veículos Elétricos)? Eles são, efetivamente, mais verdes no seu modelo atual de cadeia de consumo de energia, mas a adoção massiva que se pretende só pode fazer sentido como parte de uma reformulação de todo o sistema de energia. Porque estudei (muito lá atrás!) termodinâmica, relembro de forma simples a sua segunda lei: para cada unidade de energia térmica que realmente se coloca em operação de algum equipamento, aproximadamente outras duas unidades acabam por ser desperdiçadas (perdidas) na forma de calor. Logo, a forma como não utilizamos energia é quase tão importante como a forma como a utilizamos. Já tinha pensado nisto?

Qual é a questão: veículos elétricos, ou utilização de veículos?: Nem uma coisa nem outra. O desafio – que prefiro não chamar ‘problema’, para ser mais soft – são mesmo as pessoas e os seus comportamentos. E o comportamento humano, no que diz respeito à necessidade de posse e de utilização intensiva de veículos individuais, é difícil de explicar. A libertação da cultura do carro requer pensar a mobilidade, das bicicletas ao pedonal, com ênfase muito maior no transporte público. E, acima de tudo, um reconhecimento de que o espaço das cidades mais inteligentes (smart cities) deve pertencer às pessoas, não aos veículos. Ou seja, políticas que reduzam a quantidade de veículos em certas zonas podem ser mais eficazes do que políticas que incentivem a adoção dos VE. E não estou a ser cínico nem a tentar colocar em causa a estratégia dos fabricantes e das grandes marcas automóveis. Bem pelo contrário: sei que têm investido umas centenas de milhares de milhões de euros para criar um futuro mais elétrico e, para os próximos anos, têm em plano lançar centenas de novos modelos elétricos. 

Faz sentido? Se fizer, vamos então juntos nesta viagem em segurança, confortáveis e, preferencialmente, com uma mobilidade mais green. A decisão é sempre sua, porque, como diz António Damásio, “somos máquinas de sentimentos que pensam, e não máquinas racionais que se emocionam”.