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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Pneus Bridgestone no primeiro carro elétrico solar de longo alcance

O Lightyear One é um veículo elétrico solar com um alcance de 725 quilómetros e até três vezes mais eficiente, em termos energéticos, do que os veículos elétricos atualmente existentes. Prevê-se que esteja disponível no mercado até o final deste ano.

O veículo pode ser carregado diretamente por energia solar, através de painéis instalados no tejadilho, diminuindo as emissões de CO2 e as necessidades de carregamento e maximizando, assim, a eficiência. Uma hora de exposição solar permite carregar energia suficiente para 12 quilómetros e, dependendo do tipo de utilização, o Lightyear One pode circular durante meses sem necessidade de carregamentos convencionais.

Há 8 anos que a Bridgestone colabora com a Eindhoven Technical University e as pessoas por trás da Lightyear, depois do veículo ter sido lançado durante o Bridgestone World Solar Challenge, uma corrida de 3.000 quilómetros pelo outback australiano.

Lex Hoefsloot, CEO da Lightyear, afirma: “Estamos particularmente felizes em ver esta colaboração entre a Bridgestone e a Lightyear, duas empresas que partilham uma visão de mobilidade sustentável”.

O Lightyear One

Para apoiar o seu desempenho único e melhorar ainda mais a sua eficiência, a Lightyear procurou pneus de atrito reduzido e leves, de forma a preservar a vida útil da bateria, maximizar o alcance do veículo e reduzir o impacto ambiental.

Neste sentido, a Bridgestone desenvolveu os pneus Turanza Eco, com engenharia personalizada para o Lightyear One, combinando pela primeira vez o seu revolucionário ENLITEN leve e as tecnologias ologic, que reduzem o peso através do uso de menos matérias primas ao longo do processo de produção.

Como resultado, os pneus Turanza Eco são projetados para aumentar o alcance, tendo havido também uma redução geral de 3,6 quilogramas (cerca de 10%) no peso de pneus por veículo, sem comprometer o desgaste da quilometragem e aderência.

Pela primeira vez, os pneus Turanza Eco contam com uma marcação EV da Bridgestone, aplicada a pneus feitos sob medida para VE. Esta marcação indica que os pneus passaram por um processo de teste rigoroso para receber a aprovação dos fabricantes de automóveis. Como resultado, esses pneus suportam as características exclusivas dos veículos elétricos e correspondem aos requisitos do fabricante quanto à autonomia da bateria, controlo do veículo e vida útil do pneu.

A Bridgestone também utilizou sua tecnologia Virtual Tire Development, que permite a modelagem precisa do desempenho de um pneu sem ter que o produzir fisicamente e testá-lo, economizando até 40.000 km em testes. Isto vai ao encontro dos objetivos da empresa em comprometer-se com uma redução de 50% nas emissões de CO2 até 2030 e materiais 100% sustentáveis ​​até 2050. Emilio Tiberio, COO & CTO da Bridgestone EMIA, reconhece ainda que “as parcerias estratégicas são fundamentais para atingir estes objetivos”.

Leixões: Um porto mais verde e sustentável

Leixões: Um porto mais verde e sustentável

Nuno Araújo
Presidente do Conselho de Administração da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo

A ambição de um porto mais verde e sustentável é um desígnio que atravessa toda a atividade portuária e que a APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo está empenhada em concretizar com efeitos imediatos.

Antecipando o compromisso europeu, subscrito por Portugal, desde cedo assumimos a postura participativa para o cumprimento dos objetivos comuns e entendemos lançar o mote para a criação de um Road Map para a descarbonização e transição energética, das quais não estará desligado o processo de digitalização do negócio em curso no Porto de Leixões, de modo a programar um amplo plano de ação que venha reduzir significativamente a pegada ambiental associada a este porto.

Somos sensíveis ao impacto da atividade portuária sobre a comunidade local, que decorre da localização geográfica de Leixões, no Município de Matosinhos, e por essa razão procuramos, conjuntamente com as entidades municipais, identificar as fragilidades do ponto de vista ambiental e da compatibilização com a vida urbana, como forma de avançar com o processo de renovação das operações e de substituição de meios e equipamentos para uma versão mais moderna e objetivamente menos poluente.

Atendendo à relevância estratégica conferida a este propósito, a APDL optou por iniciar a construção deste Road Map em parceria com todos os players envolvidos no ecossistema portuário, nomeadamente os concessionários, as comunidades portuárias e especialistas, agilizando a implementação de diversas medidas diferenciadoras e tornando o plano mais flexível no tempo e no espaço, o que viabilizará que Leixões seja pioneiro no quadro europeu das emissões zero.

Ainda no início de 2021, focados na mobilidade mais sustentável e verde, anunciamos a proibição de circulação de veículos pesados até Euro IV, correspondente à frota de maior antiguidade, o que até 2023 nos vai permitir reduzir as emissões poluentes em 50%. Uma descida significativa com repercussões não só na atmosfera do porto, como também na malha urbana circundante e por todo o país, já que a circulação rodoviária contará progressivamente com veículos menos poluentes, o que no universo de mais de 1500 camiões que entram diariamente em Leixões, representará um assinalável contributo para o meio ambiente.

Em paralelo e a par da aposta na intermodalidade no transporte de mercadorias, em particular da ferrovia, com evidentes externalidades ambientais positivas, na área interior do porto estamos a incentivar a redução dos veículos ligeiros, encontrando-se, neste momento, em curso, sob coordenação de um grupo de trabalho constituído por todas as entidades com influência direta neste pressuposto, a viabilizar ações que venham a confluir para o objetivo final de promover a qualidade do ar e regular a mobilidade interna.

Simultaneamente, pretendemos dar um sinal à economia portuária, recorrendo a shuttles movidos a energias renováveis para as operações de transporte no Porto de Leixões, tal como o faremos com a aquisição de dois novos rebocadores de última geração, que reduzirão as emissões poluentes em 80%, verificando-se já conversações com todos os operadores, e consequentes ações, no sentido de contribuírem positivamente para um porto mais limpo e tendencialmente verde, no que diz respeito aos sistemas de transporte que complementam a sua atividade.

A par da renovação da frota para uma mobilidade mais sustentável, perspetivamos que as fontes de abastecimento para esta lógica mais verde sejam também adaptadas a uma versão renovável, reforçando a tónica menos poluente em toda a cadeia associada. Com esse propósito, temos procurado proceder ao mix energético do Porto de Leixões, convertendo gradualmente a tipologia de energia consumida nas suas infraestruturas.

A mobilidade do setor marítimo acompanha a preocupação da APDL, que tem colocado amplos desafios na agenda do setor, com a aposta no green shipping,, destacando-se o recurso ao abastecimento a GNL de navios, operações já executadas com grande sucesso na Via Navegável do Douro e no Porto de Viana do Castelo, onde, neste último caso, se estabeleceu a adaptação pioneira do navio para este fim nos estaleiros da West Sea e se pretende continuar a estimular e tornar recorrente num futuro próximo.

Este exercício de transição energética e descarbonização da atividade portuária, com impacto quer nas infraestruturas e equipamentos, quer nas fontes de abastecimento de energia, fará cumprir a ambição da neutralidade carbónica, com repercussões no contexto europeu da mobilidade, o que representa o alcance de um dos mais importantes objetivos estratégicos desta administração portuária e de todo o universo da APDL.

Nuno Miguel da Costa Araújo é licenciado em Engenharia Mecânica, pela Universidade do Minho. O seu percurso académico prosseguiu, tendo ingressado, posteriormente, no Instituto de Soldadura e Qualidade, em Vila Nova de Gaia e na Porto Business School, da Universidade do Porto, local onde completou o Master of Business Administration (MBA) Executivo. 

Dentre o seu percurso profissional diversificado e extenso, no setor privado e no público, destaca-se Presidente do Conselho de Administração da Fundação para Divulgação das Tecnologias de Informação FDTI, Diretor de Desenvolvimento de Negócio e Internacionalização na EQS, Sócio Gerente e Diretor da Divisão Industrial da EQS, Perito Especializado na SGS Portugal. Na qualidade de Deputado à Assembleia da República, cargo que exerceu entre 2009 e 2011, integrou a Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Energia, Comissão de Educação e Ciência, Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações e, finalmente, a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à atuação do Governo em relação à Fundação para as Comunicações Móveis. 

Entre 2015 e 2018, Nuno Araújo foi Chefe de Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, do XXI Governo Constitucional, assumindo a partir dessa data, o Conselho de Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), na qualidade de Vogal. 

A partir de 1 de julho, assume a presidência do Conselho de Administração da APDL. 

Maserati apresenta SUV Levante Hybrid

Depois do seu primeiro passo rumo à eletrificação, com o lançamento do modelo Ghibli Hybrid, a Maserati apresentou, no Salão Automóvel de Xangai, o Levante Hybrid, o seu primeiro SUV híbrido.

Este novo modelo da marca italiana combina um motor de quatro cilindros com um sistema híbrido de 48 volts para recuperar energia durante a desaceleração e travagem. Comparativamente com os irmãos movidos a diesel e gasolina, com motores de seis cilindros, o Levante Hybrid pesa menos e oferece melhor distribuição de peso, pois a bateria está colocada na parte traseira sem comprometer a capacidade de carga, equilibrando o peso do veículo. 

Com uma potência máxima de 330 cavalos e um binário de 450 Nm, este SUV híbrido – disponível apenas com tração às quatro rodas – regista uma velocidade máxima de 240 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 6 segundos.

Em termos de aparência, o Levante Hybrid detém uma nova cor chamada Azzurro Astro, disponível como parte do programa de personalização da marca, Maserati Fuoriserie. Este modelo conta ainda com detalhes no exterior e interior em azul, o tom escolhido para identificar os carros híbridos, já usados ​​pela Maserati no Ghibli Hybrid.

Este novo modelo é mais um passo na estratégia de eletrificação do fabricante italiano, que já anunciou um futuro no qual todos os seus modelos serão elétricos.

Há 50 anos, a Opel batia recordes com o 'Elektro GT'

Há 50 anos, a Opel batia recordes com o ‘Elektro GT’

Em 1971, o Opel GT provou que os motores elétricos não serviam apenas para carrinhos de golfe, estabelecendo novos recordes de velocidade para automóveis elétricos, no circuito de Hockenheim, na Alemanha.

Hockenheimring, 17./18 Mai 1971. Georg von Opel no Opel Elektro GT

Georg von Opel, neto de Adam Opel, fundador da Opel, ao volante de um modelo desportivo especialmente preparado e modificado, o ‘Elektro GT’, bateu seis recordes mundiais em dois dias. A 17 de maio de 1971, bateu os recordes do quilómetro, do quilómetro e meio quilómetro com arranque parado, e ainda o quarto de milha (cerca de 400 metros) em arranque parado.

No dia seguinte, 18 de maio, conseguiu conquistar mais dois recordes, , ambos realizados com arranque parado: dez quilómetros e dez milhas (cerca de 16 quilómetros).

O Opel ‘Elektro GT’ contava com dois motores elétricos Bosch de corrente contínua (DC) que, em conjunto, debitavam 88 kW (120 cavalos) de potência contínua e uma potência de pico máxima de 118 kW (160 cavalos). A empresa Varta forneceu as quatro baterias de níquel-cádmio instaladas ao lado e atrás do condutor. Compostas por 360 células, necessárias para atingir um recorde de longa distância, estas baterias adicionaram 740 kg ao GT, perfazendo um total de 1700 quilos na balança. Este peso exigiu molas mais tensas e a Continental desenvolveu pneus especiais de alta pressão, que minimizaram ao mínimo o atrito de rolamento.

Motores elétricos Bosch no Opel Elektro GT

O trabalho aerodinâmico realizado na carroçaria envolveu a cobertura de todas as entradas e saídas de ar à frente, um capô plano, sem a saliência para o carburador existente no GT de produção, a remoção dos pára-choques, espelhos e puxadores das portas, bem como a remoção completa dos conteúdos dos compartimentos do motor e do passageiro.

O sistema eletrónico de gestão ocupava toda a bagageira, as luzes traseiras foram removidas e a respetivas furações foram simplesmente tapadas. O silenciador do sistema de escape foi substituído por um permutador de calor.

A alimentação elétrica do sistema de gestão eletrónica estava a cargo de uma bateria convencional de automóvel, alojada à frente, no compartimento do motor, onde os motores elétricos substituíam o original a gasolina. Montadas em suportes especiais, as baterias de alimentação dos motores – mais comuns nos aviões a jato – ocupavam todo o espaço disponível ao lado e atrás do habitual lugar do condutor, deixando-lhe apenas espaço suficiente para se sentar num banco normal.

A baixa capacidade de energia das baterias de níquel-cádmio impediu que se batesse um outro recorde mundial, para os 100 quilómetros realizados a uma velocidade constante de 100 km/h.

Ainda assim, o ‘Elektro GT’ demonstrou que um veículo elétrico a bateria poderia igualar a velocidade de um modelo desportivo seu contemporâneo.

Hoje, após 50 anos de desenvolvimento e inovação, o Elektro GT transformou-se no Opel Corsa-e, um veículo versátil capaz de cumprir o sprint dos 0 aos 100 km/h em 8,1 segundos, e de cobrir uma distância máxima de 337 km (WLTP2) com uma única carga da sua bateria de iões de lítio.

Fiat lança a nova E-Ducato 100% elétrica

A Fiat Professional lançou a nova carrinha Fiat E-Ducato, totalmente elétrica, que já havia sido anunciada em meados de 2020.

A E-Ducato estará disponível em várias versões com um volume de carga entre 10 e 17 m3, dependendo da versão e dispõe de carga útil até 1.950 kg.

No que toca à bateria, será possível optar por uma de 47 kWh com autonomia até 170 km (WLTP), ou uma de 79 kWh que percorre até 280 quilómetros. As unidades e baterias elétricas completas são fornecidas pela SolarEdge Technologies. A E-Ducato tem a bordo um carregador standard de 7 kW monofásico ou 11 kW trifásico (dependendo da versão), com um carregados de 22 kW trifásico como opção. Está ainda disponível a opção de carga rápida DC até 50 kW, com 100 quilómetros de autonomia carregados em 30 minutos.

De acordo com a Fiat Professional, o custo total de propriedade (TCO) entre as carrinhas E-Ducato e as convencionais será semelhante, graças aos baixos preços de manutenção (cerca de 40% inferiores) e aos baixos custos de energia/combustível para a versão EV.

A Fiat reconhece que a E-Ducato é “um grande resultado, tornando o veículo sustentável não só do ponto de vista ambiental, mas também económico, proporcionando uma solução orientada para o negócio”.

Com base numa utilização de 20.000 quilómetros por ano, a Fiat revela que é possível conseguir a equidade de custos com um veículo a diesel em apenas 48 meses, tendo em conta as condições de incentivo atuais e as taxas de mercado.

A propósito do lançamento do E-Ducato, a Fiat anunciou também uma parceria com a DHL, que irá adquirir 100 das primeiras E-Ducato. Na Europa, já operam cerca de 500 carrinhas elétricas da DHL Express. Até 2030, a empresa tem planos para expandir a sua frota global para 20.000 e utilizar mais de 14.000 VE. Muito depende do lançamento do Fiat E-Ducato, uma vez que o potencial de vendas é enorme.

Kenguru: um carro elétrico com um propósito especial

Kenguru: um carro elétrico com um propósito especial

O mercado dos veículos elétricos conheceu um crescimento notável na última década, com modelos novos a surgirem constantemente e o Kenguru é, certamente, um dos mais intrigantes.

Num mercado inovador e competitivo, o Kenguru consegue destacar-se dos outros veículos de zero emissões. Apesar de não ser o VE mais rápido, ou com a maior autonomia, tem uma reconhecida pretensão à fama, pois é o primeiro modelo elétrico do mundo feito especificamente para utilizadores de cadeiras de rodas.

O Kenguru tem apenas uma porta, que ocupa todo o painel traseiro do veículo. Ao clique de um botão, a porta levanta e uma rampa estende-se automaticamente. Quando os condutores ligam a ignição, a rampa retrai-se, e a porta fecha-se.

Entrada para o veículo

Em vez de um volante e pedais tradicionais, o Kenguru tem um guiador, semelhante a uma mota, que dispõe de botões, permitindo aos condutores acelerar e travar sem utilizar os pés. Há também um mecanismo de bloqueio de cadeira de rodas que não deixa o carro ligar até que a mesma esteja firme no lugar.

Interior do Kenguru EV

Os veículos acessíveis a cadeiras de rodas já existem há algum tempo, contudo o preço torna-se inacessível para muitas pessoas. Pelo contrário, o preço do Kenguru ronda os 21 mil euros (cerca de metade), e os utilizadores podem obtê-lo ainda a um preço mais baixo, já que, sendo um veículo totalmente elétrico, é elegível para créditos fiscais em vários mercados.

O Kenguru é também tão pequeno e leve que se classifica como uma scooter elétrica. Isso significa que não precisa de carta de condução para o operar, tornando-o ainda mais acessível.

Em comparação com outros VE, o Kenguru não é particularmente rápido ou rico em características: tem uma velocidade máxima de 45 km/h e uma autonomia de 69 a 109 quilómetros, mas carrega totalmente em apenas 8 horas, tornando o alcance limitado numa preocupação menor. Além disto, não há espaço para quaisquer passageiros e o de armazenamento é limitado.

Embora o Kenguru possa não ser comparável a um carro comum, faz precisamente aquilo que é suposto fazer: proporciona aos utilizadores de cadeiras de rodas uma forma acessível de se deslocarem pela cidade.

O Kenguru pode ser um carro minúsculo, mas representa um grande passo em frente para na mobilidade sem emissões para pessoas com incapacidade motora.

Universal Hydrogen tem um plano para o futuro da aviação

A Universal Hydrogen anunciou a angariação de 20,5 milhões de dólares, para acelerar o desenvolvimento da sua rede logística de hidrogénio e dos seus kits de conversão para aviões regionais, permitindo também a expansão das atividades comerciais da empresa. 

A empresa americana, fundada por Paul Eremenko, John-Paul Clarke, Jon Gordon, e Jason Chua, veteranos da aviação, está a desenvolver uma rede de distribuição de combustível que liga a produção de hidrogénio diretamente ao avião, usando cápsulas modulares que são transportadas nas redes viárias já existentes, evitando, assim, a necessidade de novas infraestruturas de de transporte e armazenamento.

Para acelerar a adoção da tecnologia por parte do mercado, a empresa está também a desenvolver equipamentos para reequipar aviões regionais já existentes, de 40-60 passageiros, com um motopropulsor alimentado por célula de combustível a hidrogénio. 

Os primeiros voos comerciais estão previstos até 2025, com custos de operação equivalentes aos aviões convencionais, com previsão de rápida descida dos preços. 

Para Paul Eremenko, Universal Hydrogen cofundador e CEO, “a descarbonização a curto prazo da aviação regional [é] o primeiro passo que coloca a indústria no caminho para cumprimento das metas de emissões estabelecidas no Acordo de Paris”, e acrescentou que “o hidrogénio é, hoje, o único combustível viável para se alcançar as emissões zero reais na aviação comercial”.

O objetivo é diminuir o risco de decisão de companhias aéreas como a Boeing, Airbus e COMAC no desenvolvimento de um avião movido a hidrogénio. Para isso, a Universal Hydrogen tornará o hidrogénio económico e universalmente disponível em aeroportos e trabalhará com reguladores para desenvolver certificações e padrões de segurança apropriados. 

Matrycs em Portugal para melhorar a eficiência energética dos edifícios

O projeto europeu Matrycs dispõe de 4,5 milhões de euros para estabelecer as melhores práticas para a digitalização do setor energético e testar ferramentas inovadoras em diferentes países da União Europeia. O objetivo é acelerar a transição energética e, assim, garantir a sustentabilidade dos edifícios europeus. O projeto integra onze projetos-piloto em vários países comunitários.

O Matrycs tem como objetivo capitalizar e combinar os avanços tecnológicos nas áreas de Inteligência Artifical e big data para desenvolver novas soluções de análise de dados e processos de tomada de decisões para edificios energeticamente eficientes. A longo prazo, o projeto permitirá a formulação de políticas mais efetivas e apoiará a criação e exploração de serviços inovadores através da utilização de uma ampla variedade de dados, para um funcionamento seguro e eficiente dos edificios.

Em Portugal, a Coopérnico (cooperativa portuguesa de energias renováveis e coordenadora do Matrycs em Portugal) vai lançar o seu projeto no final de 2021, que irá envolver 850 cidadãos no desenvolvimento de soluções focadas em facilitar a instalação de novos sistemas de produção fotovoltaica, reduzir os consumos elétricos e encontrar sinergias entre membros de comunidades locais.

De acordo com Ana Rita Antunes, coordenadora executiva da Coopérnico, “As entidades e pessoas envolvidas vão partilhar dados de consumo elétricos com os parceiros do projeto, que irão transformá-los em informações e dicas para reduzir os consumos dos prédios”. A Coopérnico irá, ainda, acompanhar o desenvolvimento de novos serviços, desde a definição das necessidades até o envolvimento dos utilizadores finais.

Até 2023, o projeto ambiciona analisar mais de 350 TB (terabytes) de dados provenientes de mais de 60 fontes diferentes de dados para, no fim, facilitar a descarbonização de toda a cadeia de valor dos edifícios, incluindo cidadãos, PME e governos locais.

Kia apresenta nova identidade e revela pormenores da nova gama nacional do EV6

Kia apresenta nova identidade e revela pormenores da gama nacional do EV6

A Kia revelou na semana passada, em Portugal, a sua nova identidade e estratégia orientada para a mobilidade sustentável, anunciando ainda o primeiro veículo elétrico da marca com plataforma específica, o EV6.

A nova estratégia da fabricante sul-coreana passa pela criação de soluções de mobilidade sustentável para os clientes, “numa altura em que o mundo procura modelos de desenvolvimento mais sustentáveis, em que os consumidores estão a mudar e a relacionar-se com a mobilidade de forma cada vez mais consciente, a Kia aposta em liderar esta transformação”, explica João Seabra, Diretor-Geral da Kia em Portugal.

O primeiro grande sinal visível da mudança em Portugal é a estreia do EV6, cujo lançamento está previsto para o mês de outubro, mas as pré-reservas iniciam-se já este mês.

A gama do EV6 será constituída por três versões: Concept (com bateria de 58 kWh), GT-Line (77,4 kWh) e GT (AWD, 77,4 kWh). Os preços começam nos 43 950€ do Concept, enquanto o GT-Line será lançado por 49 950€ e o topo de gama GT por 64 950€. Para clientes empresariais, a Kia preparou uma oferta de gama especial, constituída pelo Concept, por 35 950€ + IVA.

O EV6, movido exclusivamente a energia elétrica, oferece um leque diversificado de configurações de motorização com grande autonomia e zero emissões. A capacidade de carregamento de 800 V permite à bateria passar dos 10 para os 80% de carga em apenas 18 minutos, enquanto a versão GT, projetada para inspirar os entusiastas da condução desportiva, oferece uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,5 segundos e uma velocidade máxima de 260 km/h. O EV6 é o primeiro veículo totalmente elétrico da Kia a usar a nova Plataforma Modular Global Elétrica (E-GMP).

Os primeiros modelos com o novo logo estão previstos chegarem já no terceiro trimestre. A gama de elétricos será reforçada com 11 novos modelos até 2026. Já em 2022, a marca irá revelar o seu primeiro Veículo para Fins Específicos (PBV), enquanto os serviços de mobilidade vão ganhar expressão a partir de 2023, focando-se em áreas-chave: no B2C, a Kia irá expandir os serviços já existentes, enquanto no B2G (Business to Government) e no B2B, lançará um serviço baseado nos veículos elétricos, que combina as assinaturas com o car-sharing.

A marca, que detém já hoje uma das gamas ecológicas (VE, PHEV e HEV) mais abrangentes do mercado, pretende chegar a 2024 no Top 5 das marcas eletrificadas em Portugal, estimando que este tipo de motorizações venha a representar, nesse ano, 43% das suas vendas.

Nestlé com frota 100% elétrica até 2024

Nestlé com frota 100% elétrica até 2024

A Nestlé deu início ao projeto de transformação de toda a sua frota automóvel para veículos elétricos e híbridos, uma iniciativa pioneira que está inserida no compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Esta é a primeira etapa de um projeto que estará concluído até finais de 2024 com uma frota automóvel, comercial e não-comercial, elétrica/híbrida.  Desta forma, até dezembro de 2024, as viaturas que atualmente possuem com motor de combustão interna, serão progressivamente substituídas por veículos  elétricos ou híbridos  plug-in. 

Este projeto dará um relevante contributo para o objetivo global de redução do impacto ambiental das operações da companhia, com uma redução estimada de, aproximadamente, 1800 toneladas de CO2 por ano.

Mario Lopes Pereira. Linda-a-Velha, 20 de Abril de 2021. Entrega de Viaturas Eléctricas aos Colaboradores da Nestlé

De acordo com Alexis Pinheiro, Manager da Nestlé Portugal, “somos o exemplo de que é possível tirar partido da tecnologia já existente e colocá-la ao serviço da sustentabilidade das operações das empresas e, com isso, reduzir substancialmente os seus impactos ambientais”.

Nos últimos anos, a Nestlé tem reforçado o seu caminho para atingir a neutralidade carbónica em 2050 de várias formas, nomeadamente pela redução dos consumos de energia em 22%, de água em 69% e de emissões de CO2 em 39%. A empresa encontra-se também a operar uma transformação ao nível dos seus materiais de embalagens, com vista a torná-los totalmente recicláveis ou reutilizáveis até 2025.