A Stellantis N.V. e a Factorial Inc. (Factorial) revelaram o próximo capítulo da sua parceria para acelerar o desenvolvimento e a implantação de Veículos Elétricos (VE) de próxima geração, alimentados pela tecnologia de baterias de estado sólido da Factorial. Esta iniciativa decorre do investimento de 75 milhões de dólares que a Stellantis fez na Factorial em 2021.

A Stellantis irá lançar uma frota de demonstração de veículos Dodge Charger Daytona novos em 2026, equipados com baterias de estado sólido da Factorial, o que representa um passo importante na comercialização desta tecnologia promissora. Esta frota de demonstração permitirá validar a tecnologia da Factorial e a avaliar o seu desempenho em condições de condução reais.

A Factorial fornecerá à Stellantis células baseadas na sua tecnologia patenteada de baterias de estado sólido FEST^®, que permite uma densidade energética específica e superior a 390 Wh/kg. As baterias FEST^® da Factorial oferecem vantagens substanciais em relação às baterias de iões de lítio tradicionais, incluindo maior densidade energética, peso reduzido, melhor desempenho e a possibilidade de reduzir ainda mais o custo total do veículo ao longo do tempo. Isto torna-as candidatas ideais para alimentar a próxima geração de Veículos Elétricos.

A Stellantis selecionou a plataforma multienergia STLA Large para esta tecnologia inovadora devido à sua orientação para os SUV elétricos de grande volume e os veículos de elevada performance. A plataforma STLA Large, pedra angular do plano estratégico “Dare Forward 2030” da Stellantis, inclui marcas como a Jeep_®, Dodge, Chrysler, Alfa Romeo e Maserati. Foi concebida para permitir equipar até dois milhões de veículos a nível mundial, o que a torna perfeitamente adequada para esta inovadora tecnologia de baterias.

“Esta frota de demonstração é um marco importante na nossa parceria com a Factorial”, afirmou Ned Curic, Chief Engineering and Technology Officer da Stellantis. “Ao integrar a inovadora solução de baterias da Factorial na plataforma STLA Large, estamos a validar o seu potencial para melhorar a nossa linha de VE, garantindo que os clientes beneficiam de um melhor desempenho, maiores autonomias elétricas e tempos de carregamento mais rápidos nos próximos anos”.

“Estamos honrados em fazer parte deste percurso com a Stellantis para acelerar a adoção de veículos elétricos”, disse Siyu Huang, CEO e cofundador da Factorial. “Acreditamos que a tecnologia de estado sólido pode desempenhar um papel crucial para permitir a próxima geração de VE com desempenho aprimorado e custos reduzidos.”

A parceria da Stellantis com a Factorial destaca a importância crescente das baterias de estado sólido no cenário dos VE. Esta colaboração, que começou em 2021, reflete um compromisso partilhado com a inovação tecnológica e o transporte sustentável.

A gama do novo PEUGEOT 3008 inclui duas versões com elevadas autonomias elétricas. O E-3008 230 Long Range – cujos preços em Portugal foram anunciados na passada sexta-feira – oferece uma autonomia WLTP, líder no segmento, até 700 km. O 3008 Plug-In Hybrid, que chegará a Portugal no final do ano, pode percorrer até 87 km em modo totalmente elétrico.

Ambas as versões têm por base a plataforma STLA Medium da Stellantis, capaz de acomodar baterias de diferentes dimensões e permitir grandes melhorias nos tempos de carregamento e na eficiência, com um comportamento dinâmico de referência.

A aerodinâmica, a elevada capacidade de recuperação de energia, os pneus e os diferentes sistemas tecnológicos são aspetos fundamentais que permitem utilizar o sistema elétrico em todo o seu potencial e atingir valores de autonomia elevados.

Os PEUGEOT E-3008 e 3008 Plug-In Hybrid são dois campeões da autonomia elétrica: podem percorrer um elevado número de quilómetros entre carregamentos sem gerar quaisquer emissões. O seu elevado desempenho elétrico resulta de uma ampla combinação de tecnologias concebidas para alcançar a máxima eficiência e capacidade energética.

1. Plataforma STLA Medium

O novo 3008 tem por base a plataforma modular STLA Medium da Stellantis, a primeira de quatro plataformas mundiaisde vanguarda, especialmente concebidas para veículos eletrificados. Os especialistas em engenharia e produção da Stellantis concentraram-se em tornar tão eficiente quanto possível a instalação do conjunto de baterias modulares de camada única e de elevada densidade energética na fábrica de montagem, maximizando o espaço no interior do veículo e melhorando a condução e a maneabilidade, com um centro de gravidade baixo. Os componentes da plataforma, como o sistema de aquecimento/arrefecimento do habitáculo, direção, assistência à travagem e propulsão, foram concebidos para minimizar o consumo de energia. A plataforma STLA Medium proporciona a melhor eficiência energética da sua classe, bem como uma conectividade a um ecossistema de carregamento e serviços que melhoram a cada viagem, além de permitir a integração de baterias de grande capacidade, o que se traduz diretamente numa maior autonomia dos modelos.

2. A bateria recordista do segmento

O PEUGEOT E-3008 pode ser equipado com uma bateria de iões de lítio de 400 V com uma capacidade útil até 96,9 kWh, o que lhe confere uma autonomia de até 700 km, no ciclo WLTP. Este valor coloca o PEUGEOT E-3008 à frente dos seus concorrentes e significa que, com apenas dois carregamentos completos por mês, um utilizador pode percorrer mais de 15.000 km por ano.

O PEUGEOT E-3008 permite uma potência de carregamento de até 160 kW nas tomadas de corrente contínua, o que se traduz num carregamento de 20 a 80% da capacidade da bateria de 96,9 kWh em menos de 30 minutos. Em corrente alterna, a potência de saída pode chegar aos 22 kW. Em termos de arrefecimento, a temperatura da bateria é mantida sob controlo graças ao líquido que circula em seu redor, garantindo uma autonomia optimizada, carregamentos rápidos e estáveis e uma vida útil mais longa.

No caso do PEUGEOT 3008 Plug-In Hybrid, a plataforma STLA Medium associa um motor 1.6 turbo a gasolina de 150 cv e um motor elétrico de 92 Kw / 125 cv (para uma potência combinada de 194 cv) a uma bateria de 17,9 kWh, o que lhe permite uma autonomia 100% elétrica de até 87 km no ciclo WLTP.

Além disso, a plataforma STLA Medium não apenas minimiza o tamanho da bateria, mas também optimiza o espaço interior do veículo, proporcionando aos passageiros o nível de espaço esperado num SUV desta classe.

3. Aerodinâmica

O PEUGEOT 3008 é um SUV com carroçaria fastback que o torna imediatamente reconhecível. Com um coeficiente aerodinâmico de 0,28, atinge um elevado nível de eficácia face à ação do vento. A inclinação do tejadilho a partir do pilar C e a utilização de um spoiler flutuante contribuem igualmente para reduzir a sua resistência ao ar. As jantes de liga leve de 19” ou 20” apresentam igualmente um desenho específico capaz de reduzir a turbulência na parte inferior do veículo e melhorar o seu desempenho.

4. Materiais leves

Para além destas evoluções no design exterior, a PEUGEOT incorporou materiais leves na construção do automóvel de forma a reduzir o seu peso sem comprometer a segurança ou o conforto. Esta combinação de peso e aerodinâmica assegura uma utilização mais eficaz da energia, contribuindo para prolongar a vida útil da bateria e aumentar a autonomia entre carregamentos.

5. Regeneração de energia

Outro componente crucial para maximizar a autonomia elétrica é a capacidade de regenerar energia através do sistema de travagem. Tanto o PEUGEOT E-3008 como o 3008 Plug-In Hybrid possuem um sistema de travagem regenerativa ajustável, que permite ao condutor escolher entre diferentes níveis de intensidade de regeneração, ativados através das patilhas atrás do volante (a da esquerda aumenta a regeneração; a da direita diminui a regeneração).

No nível mais baixo, a experiência de condução é mais próxima da de um veículo com motor de combustão; no nível mais elevado, o sistema converte mais energia cinética em energia elétrica sempre que o condutor levanta o pé do acelerador ou trava. Esta energia é armazenada na bateria, aumentando a autonomia do veículo, especialmente em ambientes urbanos onde as paragens frequentes permitem que esta função seja totalmente explorada.

6. Navegação inteligente

A navegação inteligente desempenha um papel importante na gestão da autonomia, designadamente em trajectos longos. A navegação TomTom do PEUGEOT 3008 integra uma função capaz de planear percursos otimizados, sugerindo paragens em função da localização dos pontos de carregamento disponíveis e do estado da bateria em tempo real. Este sistema permite ao condutor antecipar as necessidades de carregamento, tornando as viagens longas mais eficientes e relaxantes. Para calcular o trajeto ideal, o sistema tem em conta uma vasta gama de informações, incluindo a distância a percorrer, o nível de carga da bateria à partida, o nível de carga da bateria desejado à chegada, a velocidade, o consumo de energia, o tráfego, o tipo de estrada, o declive, entre outras. A integração com o sistema de infotainment garante que a experiência do utilizador seja tão perfeita quanto possível, facilitando o planeamento de cada viagem.

O smartphone também é útil para tirar o máximo partido dos PEUGEOT 3008 zero emissões, uma vez que a aplicação MyPeugeot permite ao utilizador conectar-se ao veículo e aceder remotamente a diferentes funções, como a que inicia o pré-condicionamento térmico, que não só aumenta o conforto como também coloca a bateria à temperatura ideal quando o veículo está ligado à corrente, ajudando a otimizar a autonomia.

7. Modos de condução

Outro destaque são os diferentes modos de condução que permitem ao condutor ajustar o comportamento do veículo de acordo com as suas necessidades. O modo Eco centra-se na maximização da eficiência energética, limitando a potência e o binário, bem como regulando o funcionamento do controlo da climatização, tudo com o objetivo de maximizar a autonomia. O modo Normal oferece um excelente equilíbrio entre desempenho e eficiência; a potência e o binário são ligeiramente reduzidos quando o pedal do acelerador é premido entre 0 e 70% (acima de 70% está disponível o desempenho máximo). O modo Sport proporciona uma condução mais dinâmica através de regulações específicas da direção assistida, da resposta do acelerador e do funcionamento da caixa de velocidades.

8. Pneus

Para maximizar a eficácia do sistema elétrico, a Peugeot equipou o E-3008 e o 3008 Plug-In Hybrid com pneus Michelin e.PRIMACY de baixa resistência ao rolamento. Estes pneus, concebidos para uma condução suave, reduzem o esforço exigido pelo motor elétrico para mover o veículo, o que, por sua vez, reduz o consumo de energia e aumenta a autonomia até 7%. Quando novos, os pneus MICHELIN e.PRIMACY geram, em média, menos 2 kg/t de resistência ao rolamento do que os pneus da concorrência, o que se traduz numa melhoria da autonomia até 7%.

O ID. Buzz é um veículo elétrico de características únicas que alia um design icónico a um talento inato de versatilidade. A Volkswagen Veículos Comerciais está agora a atualizar a gama com duas novas e atraentes versões de seis ou sete lugares, duas distâncias entre eixos e duas novas baterias (79 kWh e 86 kWh) que permitem alcançar autonomias para, respetivamente, 445 e 467 km. A atualização técnica da gama também beneficia a versão Cargo, que será igualmente equipada com o novo motor de 210 kW e a bateria de 79 kWh (anteriormente, motor de 150 kW e bateria de 77 kWh).

Duas carroçarias. A nova versão ID. Buzz de sete lugares tem um comprimento total de 4.962 mm, representando um aumento de 250 mm na distância entre eixos face à carroçaria mais curta da variante de agora seis lugares. O comprimento adicional cria espaço para mais dois ocupantes, numa configuração de dois à frente, três na segunda fila e dois na terceira fila de bancos (2/3/2), ainda mais espaço para bagagem e a nova e maior bateria de 86 kWh. Com cinco pessoas a bordo, a capacidade máxima da bagageira é de 1.340 litros (carregada até aos encostos dos bancos traseiros). Mesmo com sete pessoas a bordo, a 

capacidade da bagageira continua a ser generosa, com 306 litros. Se os encostos dos cinco bancos da segunda e terceira filas forem rebatidos, o volume da bagageira aumenta para uns impressionantes 2.469 litros, valores recordistas para viaturas de passageiros 100% elétricas.

O ID. Buzz de seis lugares, com carroçaria de 4.712 mm de comprimento, apresenta-se na configuração 2/2/2 – recorde-se que até agora esta variante de carroçaria só estava disponível como veículo de cinco lugares.

Software e hardware otimizados. A nova gama ID. Buzz acolheu uma importante atualização de hardware e de software, com uma geração completamente nova de sistemas de Infotainment (de série) com navegação ainda mais intuitiva entre menus e uma superior capacidade de processamento de dados. O ecrã tátil do sistema surge agora com 12,9’’ em vez das anteriores 12,0’’ (33 cm de diagonal em vez de 30 cm). Também nova é a barra tátil iluminada para controlo da temperatura e do volume. O novo assistente de voz IDAé acionado por comandos de voz naturais que não só permite o controlo de inúmeras funções do veículo, como também fornece respostas a perguntas de conhecimento geral utilizando a ligação online a bases de dados como a Wikipedia. O inovador assistente de voz IDA inclui ainda a integração de ChatGPT (IA/inteligência artificial). Outra novidade é a aplicação Wellness que utiliza programas pré-configurados para ajustar várias funções do veículo com o objetivo de melhorar o bem-estar durante a condução ou o carregamento. Além disso, o ID. Buzz pode agora ser encomendado com um head-up display. Existem também novos sistemas de assistência, incluindo o Park Assist Pro com uma função de estacionamento remoto através de smartphone: é agora possível estacionar o ID. Buzz fora da viatura utilizando o telemóvel. O sistema de aviso de saída é outra novidade e avisa sobre a aproximação de veículos motorizados e bicicletas pela retaguarda mediante a abertura de uma porta.

Equipamento de série alargado. Entre outros itens, todos os novos ID. Buzz Pro estão equipados com duas portas traseiras laterais deslizantes, faróis e farolins traseiros com tecnologia LED, câmara frontal para sistemas de assistência ao condutor, volante multifunções, sistema de manutenção na faixa de rodagem (Lane Assist), sistema de travagem de emergência (Front Assist), cruise control, Reconhecimento de sinais de trânsito, sensores de estacionamento, sistema de infotainment (Ready 2 Discover), App-Connect (incl. App-Connect Wireless) para Apple CarPlay e Android Auto, ar condicionado automático e sistema de arranque sem chave (Keyless Start).

O maior teto panorâmico. Um novo teto panorâmico de alta tecnologia, com vidro inteligente, está disponível para ambas as versões. As várias camadas do vidro que compõem o teto integram uma película de cristais líquidos que pode ser comutada eletronicamente de modo a ficar transparente ou opaca (modo de privacidade com proteção contra a luz e o calor). Este é o maior teto panorâmico alguma vez utilizado num Volkswagen.

Motorização mais eficiente. Com o novo motor elétrico de 210 kW (286 cv) montado no eixo traseiro, a nova geração do ID. Buzz destaca-se pela performance superior, mas também pelos consumos mais baixos. Juntamente com as novas baterias de 79 kWh (6 Lugares e Cargo) e de 86 kWh (7 Lugares), os valores homologados de autonomia média (WLTP) possibilitam jornadas de até 467 km sem paragens para carregamento. Com a bateria de 86 kWh, a versão de 7 Lugares está preparada para carregamentos rápidos até 200 kW, sendo possível elevar a carga dos 10% ao 80% em apenas 26 minutos – se ligada a uma wallbox de 11 kWh, serão necessárias 7,5 horas para uma carga total da bateria. A velocidade máxima está limitada a 160 km/h, ao passo que a aceleração de 0 a 100 km/h cumpre-se agora em 7,6 s (6 Lugares) e 7,9 s (7 Lugares).

Um novo ID. Buzz ainda mais acessível. Apesar da lotação adicional da carroçaria de maiores dimensões, das novas motorizações e das baterias mais eficientes; da autonomia alargada e do sistema infotainment de última geração, o novo ID. Buzz de sete lugares é mais barato face ao modelo anterior de 5 lugares. A versão de 6 lugares apresenta-se com preços a partir de 48.102 € (sem IVA), enquanto a versão de 7 lugares com carroçaria de distância entre eixos alongada tem preços a partir de 49.589 € (sem IVA).

Entre os principais equipamentos de personalização, os novos ID. Buzz podem contar com quatro combinações de pintura bi-color, jantes de 19’’, 20’’ ou 21’’ ou várias tonalidades e revestimentos para os bancos e portas. Entre os equipamentos tecnológicos, o ID.Buzz pode incluir, carregador indutivo para telemóvel, head up display, sistema de som Harman Kardon com subwoofer e 700 W, iluminação ambiente com 30 cores, bancos dianteiros com ajustes elétricos, entre outros. 

No final do ano estará disponível a estreante versão GTX de pretensões mais desportivas, com dois motores elétricos e 340 cv.

Preços recomendados gama ID. Buzz:

ID. Buzz Pro 6 lugares 79 kWh (286 cv) – Desde 59.165 € (48.102 € sem IVA)

ID. Buzz Pro 7 lugares 86 kWh (286 cv) – Desde 60.994 € (49.589 € sem IVA)

ID. Buzz Pro Cargo 79 kWh (286 cv) – Desde 57.009 € (46.350 € sem IVA)

O Mercedes-Benz Vans eSprinter Furgão, versão 100% elétrica do automóvel comercial, recebeu novos argumentos. O modelo chegou à Sociedade Comercial C. Santos.

O novo Mercedes-Benz eSprinter, já disponível para test-drive na Sociedade Comercial C. Santos, representa valor acrescentado para os clientes. Vantagem mais visível desta renovação é o ganho de autonomia. “A eletrificação das frotas de veículos comerciais ligeiros é uma realidade e a oferta ajusta-se a cada vez mais necessidades de utilização das empresas clientes. O novo Mercedes-Benz eSprinter representa um salto significativo na escolha disponível no mercado”, afirma Patrícia Almeida, a chefe de vendas de veículos comerciais ligeiros da Sociedade Comercial C.  Santos. 

O Mercedes-Benz eSprinter passa a ter dois formatos e comprimentos de carroçaria, três tamanhos de bateria (mais do que triplica a autonomia) e uma elevada carga útil fazem do novo eSprinter o veículo ideal para uma vasta gama de aplicações. Dependendo das suas necessidades, o cliente pode optar por maior autonomia ou maior carga útil (+30%, para 14 m3). 

Mais autonomia e carregamento rápido

O modelo Mercedes-Benz Vans 100% elétrico, com motorização com potência de até 204 cv e tração traseira (dianteira no antecessor), está disponível para encomenda em combinação bateria com capacidade útil de 56 kWh ou 113 kWh. Uma terceira variante de bateria, com 81 kWh será lançada em breve. Em termos de autonomias combinadas (WLTP), as três capacidades de bateria representam, respetivamente, até 221 km, 310 km e 443 km. O carregamento da bateria pode ser feito a 11 kW (em breve haverá a opção de 22 kW) em corrente alternada e até 115 kW (50 kW de série) em corrente contínua (carregadores rápidos).

Além disso, o novo eSprinter também estará disponível pela primeira vez como chassis cabine simples. Isto torna o eSprinter um veículo atraente para inúmeras novas indústrias, bem como para transformadores de carroçarias. O modelo conta, além disso, com vários novos sistemas de segurança e de tecnologia a bordo, como MBUX (Mercedes-Benz User Experience), que, com recurso a inteligência artificial, apresenta um novo mundo do infotainment.

O novo Mercedes-Benz eSprinter tem preços a partir de 58 120 euros (+IVA). Este valor refere-se à versão eSprinter Furgão BASE. 

No decurso da mesa redonda subordinada ao tema “A estratégia industrial da Europa: A Mobilidade é uma Oportunidade para a Reindustrialização da Europa?”, realizada na semana passada na EuMo Expo em Estrasburgo, Domenico Nucera, Presidente da IVECO BUS, uma marca do Iveco Group (EXM: IVG), e Presidente da divisão de Autocarros da Associação Europeia dos Construtores de Automóveis (ACEA), salientou os principais desafios que todas as partes interessadas no sector dos autocarros devem abordar para apoiar a aceleração da transição para veículos com emissões zero e cumprir os ambiciosos regulamentos europeus. Até 2030, 90% dos novos autocarros urbanos terão de ser de emissões zero, um desafio que exige investimentos industriais significativos para os construtores que pretendem assegurar à Europa uma produção competitiva de veículos com emissões zero.

Neste sentido, a IVECO BUS decidiu eletrificar este ano a sua fábrica histórica francesa de Annonay, para integrar a produção dos modelos elétricos HEULIEZ GX ELEC e IVECO E-WAY nas suas linhas de montagem, que, até agora, eram apenas asseguradas pela unidade de Rorthais, também localizada em França. As linhas de montagem permitirão igualmente a produção dos novos modelos E-WAY-H2 a célula de combustível. Além disso, foi também introduzida nas instalações uma unidade dedicada à montagem de baterias elétricas de última geração, permitindo à IVECO BUS controlar toda a sua cadeia de valor para melhor servir os seus clientes franceses e europeus. O construtor estará, assim, mais bem posicionado do que nunca para enfrentar os desafios da necessária transição energética.

“Manter uma produção competitiva na Europa é um desafio, mas também uma oportunidade para a reindustrialização”, afirmou Domenico Nucera. “Estamos a enfrentar o desafio da transição energética investindo maciçamente nas nossas unidades de produção em França, bem como em Itália e na República Checa.”

O construtor tem também a decorrer um plano de investimentos de 600 milhões de euros para os próximos anos, como já foi anunciado durante o Dia do Mercado de Capitais do Iveco Group, em março. 

A maior parte destes investimentos será dedicada ao desenvolvimento de uma nova plataforma de veículos de emissões zero para os segmentos urbano e interurbano na Europa, capitalizando as fábricas existentes e o centro de I&D em França.

Embora os esforços dos construtores sejam essenciais, o êxito desta nova revolução industrial vai exigir a mobilização de todas as partes interessadas. O apoio financeiro dos Estados e da União Europeia será crucial para esta transformação, bem como o reforço da cooperação com os operadores de transportes públicos.

“Se todos nós, enquanto partes interessadas, atuarmos eficazmente em conjunto, poderemos enfrentar com êxito estes desafios e obter o máximo partido das oportunidades que estes apresentam para a reindustrialização da Europa”, concluiu Domenico Nucera.

No âmbito do SAHE Porto, o principal evento dedicado à sustentabilidade e à transição energética no setor automóvel, tivemos a oportunidade de falar com a BYD, uma empresa que se destaca a nível mundial no desenvolvimento de veículos movidos a novas energias. Com uma sólida aposta na inovação, a BYD encontra-se na vanguarda da mobilidade elétrica, oferecendo uma gama diversificada de modelos 100% elétricos e híbridos que refletem a sua missão de tornar a mobilidade elétrica acessível a todos.

Nesta entrevista, exploramos as expetativas da BYD para a sua participação no evento, bem como o seu papel na revolução automóvel a que estamos a assistir.

1- O SAHE Porto posiciona-se como um dos principais eventos focados na sustentabilidade e na transição energética no setor automóvel. Quais são as principais expetativas da BYD relativamente à sua participação no certame?

A BYD é uma empresa líder mundial em tecnologias de veículos movidos a novas energias que sempre acreditou na utilização da inovação para tornar a tecnologia acessível e fazer dela um motor para a transição energética. A expetativa é conseguir reforçar este posicionamento e mostrar que a BYD está empenhada em tornar a mobilidade elétrica acessível a todos os consumidores e contribuir para a transformação e o progresso da indústria automóvel através da implementação de tecnologias altamente inovadoras.

Naturalmente, afirmamos a nossa filosofia através da nossa gama e o SAHE serve para aproximar os nossos modelos dos visitantes. Atualmente, a marca apresenta em Portugal uma gama composta por seis modelos 100% elétricos e um plug-in híbrido. Sendo esta composta pelo citadino BYD DOLPHIN, o expressivo e dinâmico SUV BYD ATTO 3, o elegante sedan BYD HAN, o SUV familiar de sete lugares BYD TANG, o sedan desportivo BYD SEAL e o SUV BYD SEAL U, este último, recém-lançado em solo nacional e também disponível em versão DM-i (tecnologia plug-in híbrida). A BYD conta ainda em Portugal com o ETP3 um veículo comercial ligeiro 100% elétrico.

Por último, trouxemos ao SAHE, em absoluta estreia nacional, o Yangwang U8, o SUV Híbrido Plug-in off road da submarca de luxo da BYD – Yangwang. Yangwang, é uma marca premium que prospera com tecnologias inovadoras e produtos revolucionários focada em criar carros de sonho sem precedentes para pioneiros que procuram o melhor. O Yangwang U8 demonstra todo o potencial tecnológico da fabricante líder mundial BYD, alcançando novos patamares de tecnologia e inovação.

2- O setor automóvel está a atravessar um período de profunda transformação, com a convergência de tecnologias disruptivas como a eletrificação, a condução autónoma e a conetividade. De que forma a BYD se posiciona nesta revolução e como vê o impacto destas tendências na mobilidade global?

A nossa visão para o futuro passa por tornar a mobilidade elétrica acessível a todos, sendo a nossa missão contribuir ativamente para o arrefecimento do planeta em 1°C, impulsionando assim o desenvolvimento sustentável global. Acreditamos que a inovação e as novas tendências da mobilidade vão conseguir criar esse impacto positivo. A inovação está no nosso ADN e temos a maior equipa de I&D do mundo, com mais de 102 000 engenheiros e 11 institutos de investigação, pelo que estamos otimistas no impacto que a transição energética do setor automóvel pode ter.

3- A BYD diferencia-se pelo desenvolvimento de baterias e outras soluções energéticas. De que forma é que o papel da gestão de energia é visto pelo grupo no futuro da mobilidade elétrica e quais são as maiores barreiras que a indústria enfrenta na adoção em larga escala destas tecnologias?

Acreditamos firmemente na eletrificação como paradigma da sustentabilidade e estamos empenhados em contribuir para promover esta tecnologia e ajudar a eliminar as barreiras que forem surgindo.
Sabemos que Portugal está a fazer um caminho de aceleração através de políticas de incentivo na aquisição de veículos elétricos e das infraestruturas de carregamento, mantendo-se no pelotão da frente a nível europeu, sendo, no entanto, essencial manter e acelerar estes esforços com vista à massificação da adoção de veículos elétricos no país.

4- A sustentabilidade é um dos pilares centrais da estratégia da BYD.
Qual o equilíbrio entre o crescimento global da marca e os desafios ambientais e sociais associados à produção em larga escala de veículos e baterias? Que medidas estão a ser tomadas para garantir que o impacto da expansão é positivo?

Estamos empenhados em investir para desenvolver soluções sustentáveis e a melhor medida do nosso compromisso é o valor do investimento que fazemos. No último ano a BYD investiu cerca de 5 mil milhões de euros em R&D (Investigação e Desenvolvimento), em onze centros de pesquisa, mais do que duplicando o investimento do período homólogo. A empresa conta com mais de 100 mil funcionários dedicados a esta área e contabiliza um registo global de mais de 48.000 patentes, contribuindo de forma sólida para avanço da tecnologia e acesso a uma mobilidade mais sustentável.

5- O SAHE Porto tem um forte apelo para discutir não só a tecnologia em si, mas também as implicações sociais da transição para a mobilidade elétrica. Como é que a BYD vê o papel deste tipo de eventos na sensibilização e captação de públicos não técnicos, e como é que pretendem utilizar esta plataforma para promover uma maior aceitação social das vossas soluções?

Através de eventos como o SAHE, essenciais para a promoção da mobilidade elétrica, queremos dar a conhecer os nossos modelos e tecnologias que, acreditamos, que podem contribuir para a aceleração da adoção desta tipologia de veículos.

A nível mundial, a BYD é, atualmente, a marca no1 de vendas de veículos movidos a novas energias, com 22% de quota e 1.920.968 unidades vendidas, entre janeiro e julho de 2024, tendo celebrado em setembro a produção de 9 milhões de veículos movidos a novas energias. Foram apenas necessários seis meses para passar dos sete milhões para os nove milhões de veículos produzidos.

O nosso percurso, em Portugal, está alinhado com a trajetória de sucesso internacional da marca e continuamos altamente motivados pela excelente aceitação e resultados que a BYD está a ter no nosso país.

A IAA Transportation 2024, em Hannover, demonstrou de forma impressionante que a eletrificação dos transportes pesados não é apenas uma visão do futuro, mas já uma realidade. Os camiões eléctricos alimentados por bateria (camiões BEV) desempenham um papel central neste contexto e foram apresentados como importantes blocos de construção para a descarbonização do sector dos transportes. Vários fabricantes apresentaram novos modelos e inovações tecnológicas que tornam claro que a transição para um mundo de transportes com emissões zero está em pleno andamento.

Crescente importância dos camiões BEV
Em comparação com os eventos anteriores, a presença de camiões eléctricos no IAA 2024 foi bastante alargada. Estes veículos estão a tornar-se cada vez mais importantes, uma vez que os regulamentos políticos e os crescentes requisitos ambientais estão a forçar as empresas a mudar para alternativas amigas do ambiente. Os camiões BEV não só oferecem uma solução para reduzir as emissões de CO₂, mas também vantagens como custos operacionais mais baixos, menos emissões de ruído e um regime de manutenção simplificado em comparação com os veículos a diesel convencionais. Os camiões eléctricos desempenham um papel fundamental, especialmente na logística urbana, mas cada vez mais também no transporte de longa distância.

Camiões BEV na IAA 2024

1. Daimler eActros 600: Um dos camiões mais falados foi o eActros 600 da Daimler Trucks, que impressionou pela sua longa autonomia e desempenho. O eActros 600 está equipado com uma bateria com capacidade superior a 600 kWh e pode atingir uma autonomia de até 500 quilómetros. Testes intensivos mostraram que o camião pode percorrer mais de 1.000 quilómetros num dia, o que também o torna atrativo para o transporte de longa distância. Isto é possível graças à interação eficiente entre a tecnologia das baterias e o design aerodinâmico do veículo. A Daimler já recebeu mais de 2.000 pré-encomendas e o início da produção em série está previsto para o final de 2024.
2. Tesla Semi: A Tesla também apresentou o seu camião Semi totalmente elétrico na feira. Este foi a suposta estrela da feira, uma vez que o stand esteve sempre cheio de jornalistas, transitários e concorrentes. O Tesla Semi é considerado um pioneiro no campo dos camiões eléctricos e já é utilizado na prática nos EUA, incluindo pela PepsiCo. O camião impressiona pela sua enorme potência e autonomia, bem como pelo carregamento rápido em estações Megacharger especialmente desenvolvidas, que a Tesla também apresentou na IAA. Com uma autonomia de mais de 800 quilómetros e uma aceleração impressionante para um veículo desta dimensão, o Tesla Semi impressionou muitos visitantes da feira. Um destaque foi a apresentação de um estudo de caso em colaboração com a PepsiCo, que apresentou a experiência prática da empresa com a tecnologia Tesla.

3. Scania BEV 45 S: A Scania apresentou o BEV 45 S na IAA, um modelo desenvolvido para utilização regional e urbana. O camião impressiona pela sua versatilidade e pela elevada eficiência da sua bateria, que oferece uma autonomia fiável para a utilização diária. A Scania tem vindo a expandir continuamente a sua frota eléctrica nos últimos anos e apresentou não só veículos, mas também conceitos de infra-estruturas de carregamento na feira comercial. O BEV 45 S é mais um passo da empresa em direção a um sector de transportes com impacto neutro no clima

Carregamento de megawatts como tecnologia do futuro
Um dos factores-chave para o sucesso dos camiões eléctricos no transporte de longa distância é a infraestrutura de carregamento. Na IAA 2024, ficou claro que o desenvolvimento de sistemas de carregamento de megawatts (MCS) é um passo crucial para otimizar a autonomia e os tempos de carregamento dos camiões BEV. A nova tecnologia de carregamento de megawatt, que foi apresentada por vários fornecedores na feira, permite uma potência de carregamento de até 1,44 MW (1.500 A a 960 V). Isto pode reduzir drasticamente os tempos de carregamento dos camiões eléctricos pesados – de 10% a 80% em apenas cerca de 30 minutos. Este desenvolvimento é particularmente importante para o transporte de longa distância, onde os longos tempos de carregamento têm sido até agora um dos maiores obstáculos à utilização de camiões eléctricos

A Milence, uma joint-venture entre a Daimler Truck, o Grupo TRATON e o Grupo Volvo, apresentou na IAA uma rede europeia de centros de carregamento para camiões eléctricos, que se destina a impulsionar a introdução do carregamento por megawatt. A Milence planeia operar mais de 70 centros com mais de 570 estações de carregamento de alto desempenho até 2025. Estes centros estão estrategicamente localizados ao longo de importantes corredores de transporte na Europa, como a rota de Antuérpia para Duisburg ou de Paris para Le Havre. Estes centros de carregamento facilitarão significativamente a eletrificação do transporte rodoviário de mercadorias na Europa e ajudarão a garantir que os camiões eléctricos também possam ser utilizados de forma económica em longas distâncias.

Desafios e perspectivas
Apesar dos progressos impressionantes, subsistem desafios. Uma infraestrutura de carregamento abrangente é crucial para o sucesso a curto prazo dos camiões eléctricos. No transporte de longo curso, em particular, devem estar disponíveis estações de carregamento de megawatts suficientes para garantir o funcionamento contínuo. Os investimentos públicos e privados desempenham aqui um papel importante. Além disso, os custos de aquisição dos camiões BEV ainda são atualmente mais elevados do que os dos camiões a diesel, o que faz com que muitas empresas de transportes hesitem em eletrificar as suas frotas. Ao mesmo tempo, os custos de funcionamento são significativamente mais baixos.

Um test drive na Alemanha mostra isso de forma impressionante:
Com uma distância de 868 quilômetros e uma carga útil de 10 t de plantas e árvores (peso total: 28,5 t), um E-truck teve que fazer duas pausas obrigatórias devido aos tempos de condução e descanso. Esses intervalos foram usados para realizar dois processos de carregamento (o segundo não teria sido necessário). A velocidade sempre foi baseada no limite de velocidade, mesmo em subidas nas baixas montanhas alemãs. A extensão do tempo de condução devido às pausas para carregamento foi, portanto, de 0 horas e 0 minutos. A energia consumida, incluindo as perdas de carga: 1.090 kWh a um custo total de 395,83 euros (custo por quilômetro: 0,46 euros). Emissões locais de CO2 iguais a 0, emissões de CO2 em 2023 por kWh: 380 gramas, com 414,26 kg no total (teoricamente).

Em comparação, os custos e as emissões de um diesel comparável. O pedágio do diesel na Alemanha (= 32,4 centavos de dólar por km) é, portanto, de 281,23 euros. O combustível diesel (25 litros consumidos a 1,58 euros cada) chega a 342,86 euros, portanto, os custos por quilômetro são de 0,72 euros. As emissões de CO2 do diesel queimaram 575,05 kg.

E isso reflete a situação atual. Com o aumento da demanda e da produção em massa, espera-se que os preços dos caminhões eletrônicos caiam nos próximos anos. Outro aspecto importante é a questão da origem da eletricidade. Somente se ela for proveniente de fontes de energia renováveis é que o uso de caminhões BEV pode ser considerado realmente favorável ao clima. A integração de estações de recarga alimentadas por eletricidade verde e a conexão de centros de recarga com usinas de energia solar e eólica podem fazer a diferença decisiva aqui.

Conclusão
O IAA Transportation 2024 deixou claro que o futuro do transporte rodoviário de cargas é elétrico. Caminhões elétricos movidos a bateria, como o Daimler eActros 600, o Tesla Semi e o Scania BEV 45 S, estão na vanguarda desse movimento. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento da tecnologia de carregamento de megawatts mostra que o setor está no caminho certo para enfrentar os maiores desafios – alcance e tempo de carregamento. A eletrificação do transporte de cargas pesadas continuará a ganhar impulso nos próximos anos, e o IAA 2024 estabeleceu as bases para que essa mudança ocorra mais rapidamente do que o esperado.

A Volvo Car Portugal acaba de anunciar a adesão à Carta Europeia da Segurança Rodoviária, a maior plataforma da sociedade civil sobre Segurança Rodoviária, liderada pela Comissão Europeia e representada, em Portugal, pela Prevenção Rodoviária Portuguesa.

Reconhecida pelo seu compromisso histórico e ímpar em segurança automóvel, a Volvo Car Portugal compromete-se a realizar ações e iniciativas de Segurança Rodoviária e a partilhar conhecimentos e ações com vista a fortalecer a cultura de segurança rodoviária em Portugal, melhorando o conhecimento comum sobre as causas dos acidentes e auxiliando na criação de medidas e soluções preventivas. 

“A nossa adesão à Carta Europeia da Segurança Rodoviária é um passo natural para a Volvo já que entendemos serem essenciais todos os movimentos que possam contribuir para uma melhor cultura de segurança nas estradas nacionais.” Aira de Mello, Consumer Experience, Marketing & Communications Director – Volvo Car Portugal

A participação da Astara no Salão Automóvel Híbrido e Elétrico (SAHE), no Porto, foi um marco importante para o grupo, reafirmando a sua posição como líder em soluções de mobilidade sustentável. Com grandes expectativas, a Astara aproveitou o evento para apresentar as mais recentes novidades das marcas que representa – Kia, Mitsubishi, KGM, Maxus e Fuso – e para reforçar o seu compromisso com a transição para a mobilidade eletrificada, que já representa quase metade das vendas em Portugal. Em entrevista, analisamos o impacto do evento, os destaques de cada marca e como a SAHE contribuiu para reforçar a presença da Astara no mercado nacional e internacional.

• A Astara está presente no Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico (SAHE) no Porto. Que expectativas têm para este evento?

As expectativas são elevadas, o que decorre em grande medida do sucesso da nossa participação no ano passado, mas também da força das nossas marcas, que mais uma vez aqui fica bem expressa.  A mobilidade eletrificada, que já representa praticamente 50% das vendas em Portugal, é uma realidade cada vez mais próxima do consumidor e das empresas portuguesas. Eventos como o SAHE tornam-se, por isso, especialmente atrativos nesta fase de mudança que estamos a atravessar, tanto para as marcas como para o público. 

Para a Astara, esta é mais uma oportunidade de reafirmar o seu posicionamento enquanto fornecedor de soluções de mobilidade sustentável, assente em grande parte na notável dinâmica das marcas que representa, dando a conhecer um portefólio de produtos muito alargado que inclui propostas para os mais variados segmentos e necessidades de utilização. 

• Relativamente às marcas, estão a representar 5 fabricantes: Kia, Mitsubishi, KGM, Maxus e Fuso. O que é que podemos esperar de cada uma delas? Pode destacar também algumas das grandes novidades que os visitantes poderão encontrar?

Um dos grandes destaques absolutos do SAHE é seguramente o novo Kia EV3, primeiro SUV compacto 100% elétrico da marca e uma das mais aguardadas novidades do mercado europeu, que vem disputar um segmento muito popular e competitivo. As primeiras unidades deste modelo, que incorpora muitos dos conceitos e tecnologias do nosso topo de gama EV9 – outra das estrelas deste evento, começam a chegar já no mês de novembro.

No espaço da Kia temos também o EV6, Carro do Ano Europeu em 2022, na variante GT-Line, além do recentemente renovado Sorento PHEV, Sportage PHEV e Xceed PHEV.

Outros dos maiores destaques da nossa participação é o KGM Torres EVX, o ponta de lança desta marca sul-coreana que iniciou recentemente a sua operação em Portugal. A designação EVX diz respeito à versão 100% elétrica deste SUV posicionado entre os segmentos C e D-SUV. É um modelo que reúne um conjunto de argumentos muito valorizados no mercado nacional, como o design expressivo e o caráter SUV muito vincado, isto para além de um outro benefício muito relevante: 10 anos ou 1 milhão de km para a bateria de tração, a par com a garantia geral de 7 anos ou 150 mil km.

No espaço da Astara destaque ainda para o Mitsubishi Eclipse Cross PHEV, um verdadeiro concentrado de tecnologia, que inclui um sistema avançado de tração integral permanente nascido nos troços de rali, tirando partido da tradição desportiva e ampla experiência da Mitsubishi nesta área.

Para o segmento profissional, esta participação no SAHE é mais uma reafirmação da capacidade da Astara em oferecer soluções de mobilidade sustentável para logística e transporte de mercadorias, contribuindo para as metas de descarbonização das empresas e, ao mesmo tempo, para a diminuição dos seus custos operacionais.

Do lado da Maxus, marca que em poucos anos já conquistou um lugar de destaque na classe de furgões, mostramos o eDeliver 3 e eDeliver9. Realce também para a presença da nova T90, a primeira pick-up 100% elétrica do mercado nacional, que estabelece um novo paradigma neste segmento. 

Quanto à FUSO, fica bem representada pelo e-Canter, versão totalmente elétrica do conhecido camião ligeiro Canter, modelo fabricado em Portugal com décadas de sucesso no mercado nacional.

Várias unidades deste amplo lote de modelos das nossas diferentes marcas estão disponíveis para test-drive, o que constitui sempre um atrativo adicional para os visitantes.

• Qual é a importância de eventos como o SAHE Porto para a Astara e para o setor automóvel em geral, particularmente num panorama de transição da mobilidade elétrica?

Consideramos que se reveste de enorme importância, na medida em que constituem oportunidades excelentes para contactar de perto com um universo alargado de consumidores. Isto é tão mais importante numa fase em que todos estamos a atravessar um período de aprofundamento de conhecimento relativamente a uma nova era da indústria automóvel. 

Há certamente – e ainda bem! – muitas perguntas a fazer por parte de quem pretende transitar para a mobilidade elétrica, tal como as marcas têm muito a retirar sobre o feedback e as opiniões de quem, na realidade, vai utilizar o automóvel no dia-a-dia.

As novas soluções tecnológicas trazem todo um mundo novo, mas há um caminho conjunto a percorrer e eventos como SAHE são excelentes palcos para promover esta dialética.

• Estrategicamente, de que forma a presença da Astara no SAHE Porto contribui para a concretização de objetivos de negócio em Portugal e no mercado global?

O perfil de visitante do SAHE é muito diverso e normalmente informado, o que acaba por combinar na perfeição com o posicionamento da Astara. Poucos players neste mercado terão a nossa capacidade de responder a diferentes necessidades, gostos ou tendências. A nossa oferta é muito abrangente, tanto para o segmento de particulares como frotista, incluindo soluções que vão desde os sistemas de combustão tradicional aos expoentes máximos que o mercado pode oferecer em matéria de tecnologia de mobilidade elétrica. 

Neste contexto, é evidente que, além da componente reputacional da empresa, a presença neste importante evento pode sempre abrir novas oportunidades de negócio. 

Além dos modelos em exposição, nesta edição do SAHE damos também destaque ao recém-lançado serviço de subscrição da Astara, uma proposta com cobertura nacional baseada numa plataforma 100% digital, que se distingue pela elevada flexibilidade e capacidade de adaptação a diferentes exigências. 

• No futuro próximo, e para além dos modelos elétricos e híbridos que serão apresentados, podemos contar com mais novidades da Astara ao nível da mobilidade sustentável?

Em 2025 a Astara vai prosseguir o alargamento da sua oferta, quer através de novos modelos, quer da atualização de modelos já em comercialização. 

Na Kia, um dos grandes destaques do próximo ano será o já referido EV3, que mais tarde será acompanhado pela nova berlina EV4 e um outro SUV de dimensão superior, o EV5. Todos eles partilham a plataforma dedicada da Kia para veículos elétricos, designada E-GMP, que veio trazer um novo nível de flexibilidade e capacidade de desenvolvimento nesta área. Esta linha de modelos, da qual já conhecemos o EV6 e o EV9, fazem parte do plano de lançamentos integrado na nossa estratégia global de médio/longo prazo, sobretudo focado na eletrificação e que contempla um reforço da gama para 15 modelos EV até 2027, para diferentes segmentos, impulsionando a transição para os veículos elétricos e a expansão dos serviços de mobilidade do futuro.

Ainda na Kia, teremos o lançamento do PBV5, primeiro modelo da disruptiva gama PBV, que significa “Platform Beyond Vehicle. Será a primeira etapa de um passo muito relevante para a marca, revelador do seu espírito pioneirismo, e que ao mesmo tempo assinala a entrada da marca no segmento VCL. A gama PBV é constituída por veículos totalmente elétricos e customizáveis em função da solução pretendida pelos clientes, inaugurado uma nova era em termos de versatilidade, sobretudo no campo profissional. Estes veículos vêm contribuir para resolver a pressão ambiental nas grandes cidades, onde as atividades de delivery – ou last mile delivery – colocam desafios complexos em termos de emissões associadas ao setor transportador.

Finalmente, contaremos com uma geração renovada do EV6, que introduz diversos melhoramentos num modelo de elevado reconhecimento e que conta no seu curriculum com o título de Carro do Ano Europeu em 2022.

Na Mitsubishi, teremos também várias novidades, reforçando a forte ofensiva de produto que consubstancia a reentrada da marca na Europa, que tem sido muito bem-sucedida. A começar pelo novo Outlander PHEV, um modelo com um lugar bem vincado na indústria automóvel, por ser pioneiro no formato PHEV + SUV. A nova geração deste modelo emblemático da marca japonesa traz níveis sem precedentes para a marca em termos de conforto, segurança e sistemas de conectividade, destacando-se ainda por um aumento significativo da sua autonomia exclusivamente elétrica.

Realce também para a recente introdução das versões a GPL dos modelos Colt e ASX, que incorporam um sistema de alimentação combinado a gasolina e GPL, cuja adesão tem sido crescente em Portugal pela economia de utilização que representa. 

A Škoda, reconhecida pela sua abordagem inovadora à mobilidade sustentável, marca a sua presença no SAHE Porto 2024. O evento, que se tem afirmado como um importante ponto de encontro entre marcas e consumidores, oferece à Škoda a oportunidade de apresentar as suas mais recentes inovações, incluindo as novas gerações do Škoda Superb e do Kodiaq, bem como o deslumbrante Enyaq Coupé. Nesta entrevista, exploramos as expectativas da marca para o evento, o seu compromisso com a mobilidade elétrica e a visão para o futuro dos transportes. Junte-se a nós para uma conversa sobre a relevância do SAHE Porto e o papel vital que a Škoda desempenha na transição para um futuro mais sustentável.

• • A Škoda marcará presença no SAHE Porto. Que resultados espera a marca com esta participação?

Ao longo dos últimos anos o SAHE Porto tem desempenhado um papel relevante na divulgação das novas possibilidades de mobilidade sustentável aproximando um publico avido de conhecimento às marcas que, têm neste evento, a oportunidade de exibir as suas novidades.

A Škoda, que tem sido uma presença assídua ao longo das várias edições, considera, portanto, que este evento tem como principal propósito transmitir conhecimento ao publico contribuindo desse modo para o reforço da sua notoriedade.

• Com que novidades a Škoda estará presente no SAHE Porto?

Na edição de 2024, a Škoda apresenta as novas gerações do Škoda Superb e Škoda Kodiaq lançadas recentemente no nosso país, dando natural destaque à variante plug-in hybrid com bateria de segunda geração que permite uma autonomia, em modo exclusivamente elétrico, até 130km.

Mas é claro que um dos ex-libris da Škoda, o Enyaq, não podia faltar. Assim aproveitámos este evento para apresentar o 100% elétrico Škoda Enyaq Coupé Sportline Advanced de 286 cv que permite atingir uma autonomia até 589 km em ciclo combinado (732km em ciclo urbano).

• A Škoda posiciona-se enquanto uma marca que defende a mobilidade elétrica. Consegue explicitar de que forma o grupo tem vindo a adaptar-se a esta transição e qual o papel dos veículos elétricos na estratégia de longo prazo da marca?

A Škoda já manifestou o seu forte compromisso rumo à mobilidade sustentável e tem, inclusive, o inabalável propósito de atingir a neutralidade carbónica já em 2030. 

Mas a Škoda ouve os seus clientes e sabe que a transição para uma mobilidade sustentável irá ocorrer a diferentes velocidades. Assim para além do lançamento de 6 novos modelos 100% elétricos até 2027, irá continua a oferecer o melhor de dois mundos enquanto a legislação europeia assim o permitir, ou seja, continuará a lançar modelos plug-in hybrig e modelos de combustão ultra eficientes.

• Perspetivando o futuro, como imagina que será a mobilidade nos próximos 10 a 20 anos? Qual é a visão da Škoda para a integração dos veículos elétricos no ecossistema de transportes e como é que a marca tenciona adaptar-se às tendências emergentes, como a condução autónoma e a conetividade?

A transição para uma mobilidade mais sustentável irá continuar a acelerar. Mas para que essa aceleração possa ser efetiva será determinante um forte investimento numa infraestrutura de carregamento capilar. Por outro lado, os fabricantes terão de continuar a investir fortemente em tecnologia para que a autonomia e a experiência de carregamento fiquem mais alinhadas com as expectativas do consumidor. Sobre a acessibilidade chegaremos brevemente a um momento em que o custo de aquisição de um carro a combustão ficará nivelado com o custo de aquisição de um carro elétrico, mas, infelizmente, essa equiparação será nivelada por cima. Isto significa que os incentivos do estado, nomeadamente, incentivos relacionados com o apoio ao abate terão de fazer parte da agenda política pois só assim poderá haver a expectativa para uma transição mais rápida e suave.

Sobre as tendências a Škoda tem uma estratégia de transformação bem estruturada e com objetivos muito bem definidos. Vamos continuar a expandir a marca de forma consistente e estruturada. Naturalmente que a transição do mercado para a mobilidade elétrica é um dos principais desafios que antevemos para um futuro que se aproxima a passos largos. Claro que esses desafios irão trazer mais oportunidades ao nível da conetividade e digitalização já que irão reforçar a ligação emocional dos clientes à marca criando um ecossistema digital onde a interação entre a marcas e os seus clientes passará para um nível superior. 

• Para concluir, que balanço faz da importância do SAHE Porto para a Škoda e para a indústria automóvel na generalidade? Que resultados ou lições espera a marca retirar deste evento, seja ao nível do contacto com os consumidores, seja na promoção da mobilidade elétrica?

Conforme já referi, entendemos que a SAHE Porto tem sido um interveniente decisivo para a divulgação das diversas soluções de mobilidade sustentável que a indústria automóvel tem para apresentar estabelecendo assim uma ponte de conhecimento entre as marcas e o publico. 

Na Škoda encaramos este evento com muito entusiasmo não só porque temos uma oportunidade para apresentar os nossos excelentes produtos, mas também porque entendemos que este evento nos traz boas oportunidades para trocar conhecimento com os nossos clientes.