É inquestionável o nervosismo existente no ensaio deste automóvel pois desperta sensações tão díspares de quem com ele conviveu durante muitos anos. Não que na altura tivesse um, mas pelo que lia nas revistas do setor, pela evolução que trouxe ao mercado, pelo que via nas ruas da minha cidade, o mesmo veio revolucionar de certo modo a indústria automóvel.
Tentava condensar num automóvel do segmento B o conforto francês, o reduzido consumo e a conciliação inteligente entre espaço disponível em contidas dimensões.
Também no desporto automóvel a Renault conseguiu eternizar o modelo com o icónico GT turbo. A par disso, fez uma carreira comercial de grande sucesso.
Volvidos vários anos e com a crescente eletrificação do mercado a Renault resolveu fazer renascer o mítico nome, mas o desenho original, seja na dianteira com os faróis quadrados seja na traseira com a iluminação vertical. Certo é que olhámos para o R5 e claramente nos identificamos com ele, sendo hoje mais jovial, mais robusto, mais elegante e, obviamente, como todos os automóveis atuais, com maiores dimensões.
Para isso, o novo modelo faz usa de uma plataforma específica AmpR Small e também algo não habitual no segmento B – a suspensão independente às 4 rodas que lhe permite o comportamento muito rigoroso em qualquer piso, principalmente em estradas sinuosas.
Num modelo do segmento B não é de esperar materiais premium mas a marca soube cativar muito bem o consumidor com o tablier que, em determinadas zonas apresenta plásticos moles e forrados a pele sintética e também faz o recurso a materiais que imitam os tecidos do icónico R5 a combustão, como seja, no forro das portas ou nos envolventes bancos, de boa qualidade e ergonómicos.
O tablier não segue as linhas tradicionais da indústria pois é composto por 2 níveis o que o torna bastante jovial e alegre. O painel de instrumentos e o ecrã central fazem parte de uma única peça onde possuem um software muito simples e intuitivo de utilizar com toda a informação necessária. O volante contém os vários modos de personalização da condução e também obviamente da reação do motor elétrico com 150 cavalos. Ciente, que nem todos os consumidores gostam de ter todas as funções concentradas no painel central, a marca mantém o sistema de ar-condicionado ainda com botões físicos.
Em termos de espaço interior o mesmo é bastante agradável à frente e mais acanhado atrás. Gostei sobretudo da posição de condução e da ergonomia do conjunto.
Num modelo que começa nos 25 000€ e termina 36.000€ da versão de ensaio, o R5 perdeu aquele comportamento que beneficiava o conforto em detrimento da eficácia do modelo original, mas ganhou na criação de um modelo muito dinâmico, responsivo, confortável, até mesmo desportivo, com uma afinação do chassis e suspensões que privilegia essa dinâmica.
Na condução no dia a dia revela agilidade e facilidade de utilização. É intuitiva a sua condução; mas é sobretudo ágil e muito simples de utilizar. A direção é comunicativa e reativa e o R5 reage prontamente. Não é um modelo que adorna nas curvas, a direção é bastante direta e o chassis acompanha as trajetórias da estrada incolumemente.
Será seguramente um bom automóvel para quem procura um modelo do segmento B, com oferta de qualidade e competência na sua utilização. Em termos de publico alvo, ou da persona que o pode utilizar, diria que serve vários. Desde o jovem que pretende uma viatura reativa, confortável e com uma estética que cativa; o publico feminino pelas suas linhas, mas também o publico mais sénior que pretende um veículo para o dia a dia sem as dimensões de um familiar pois já não precisam de transportar os filhos.
Uma aposta certeira da marca num mercado onde hoje a oferta é cada vez maior, desde alemã, francesa, italiana, japonesa e chinesa.
A Nissan encomendou à Economist Impact um inquérito que tem como foco as futuras escolhas de mobilidade dos jovens residentes em zonas urbanas*1. Os resultados, baseados em repostas de 3750 participantes de 15 cidades globais*2, revelam a preferência das gerações mais jovens por veículos elétricos, reforçando os esforços contínuos da Nissan na eletrificação e o seu compromisso com soluções sustentáveis para responder às necessidades em constante evolução.
Principais conclusões do inquérito:
A maioria (57%) dos jovens residentes em cidades está disposta a mudar os seus hábitos de viagem para reduzir a pegada de carbono; quem vive em cidades emergentes, vê as preocupações ambientais como uma questão urgente para as escolhas de mobilidade.
Os veículos elétricos (EV) surgem como o modo de mobilidade preferido. Prevê-se que a posse de EV entre os inquiridos deverá aumentar dos atuais 23% para mais de 35% na próxima década.
O entusiasmo é mais forte nas cidades emergentes, onde 44% dos inquiridos acreditam que estarão a conduzir EV nos próximos cinco anos, em comparação com 31% nas cidades desenvolvidas; a poluição leva os inquiridos a considerar a sustentabilidade.
Os jovens demonstram um forte interesse por inovações como armazenamento de energia, combustíveis alternativos e tecnologia “vehicle-to-everything” (V2X), com cerca de metade (mais de 40%) a indicar que estas tecnologias influenciarão as suas escolhas de mobilidade.
“Esta investigação explora como as gerações mais jovens imaginam o futuro da mobilidade— uma perspetiva essencial, uma vez que as suas escolhas irão moldar diretamente o panorama da mobilidade em evolução”, afirmou Ritu Bhandari, líder de Sustentabilidade da Ásia-Pacífico na Economist Impact. “Os nossos resultados revelam que, para que a mobilidade sustentável tenha sucesso, as cidades precisam de equilibrar os objetivos ambientais com prioridades reais dos passageiros, como acessibilidade financeira, conveniência e inclusão. Para isso, são necessárias soluções flexíveis e multimodais que integrem, de forma fluída, o transporte público, os veículos elétricos, a mobilidade partilhada e o transporte ativo numa rede conectada e acessível para todos os residentes com necessidades diversas.”
“Acreditamos numa mobilidade eletrificada e sustentável—é uma expectativa fundamental que molda o futuro dos transportes”, afirmou Lavanya Wadgaonkar, vice-presidente corporativa de Comunicações Globais da Nissan. “Este inquérito reafirma a crescente procura pela eletrificação e a necessidade de criar mais consciencialização, mas o sucesso a longo prazo depende de tornar a adoção dos elétricos simples, prática e economicamente viável. Na Nissan, utilizamos investigação baseada em dados e inovação para colmatar lacunas, garantindo que a eletrificação não é apenas uma opção, mas um elemento central no panorama da mobilidade.”
Gerações mais jovens escolhem veículos elétricos como o modo de mobilidade preferido
O otimismo mantém-se elevado entre os inquiridos, com mais de um terço a esperar utilizar um veículo elétrico próprio dentro de uma década, um aumento de 23% em relação à atualidade. Na projeção a dez anos, a preferência pela posse de elétricos aumentou mais de 50%. O entusiasmo é mais forte nas cidades emergentes, onde 44% dos inquiridos preveem conduzir EV nos próximos cinco anos, comparativamente a 31% nas cidades desenvolvidas. O crescente interesse nos elétricos em cidades como Xangai, São Paulo e Cidade do México é impulsionado pelas crescentes preocupações ambientais, como poluição e congestionamento.
A adoção dos elétricos depende fortemente do desempenho das baterias, da infraestrutura de carregamento e dos custos. Os inquiridos nas cidades emergentes demonstram maior preocupação com as baterias dos EV, enquanto os das cidades desenvolvidas focam-se no custo de adquirir um elétrico, já que o preço ainda é superior ao dos veículos com motor de combustão.
O entusiasmo com os EV vai além da mobilidade
Mais de 40% dos inquiridos demonstram entusiasmo com as novas tecnologias dos elétricos e reconhecem o seu potencial para influenciar o quotidiano. Metade dos inquiridos sabe que os EV podem tanto alimentar dispositivos externos como armazenar energia renovável excedente,
transformando-se de simples meios de transporte em potenciais ferramentas de gestão de energia. Os inquiridos nas cidades emergentes demonstram maior entusiasmo pela aplicação dos EV para além da mobilidade, como o uso, partilha e transporte de eletricidade em situações de emergência.
Os resultados do inquérito estão alinhados com a visão da Nissan de desenvolver e promover uma mobilidade mais limpa, segura e inclusiva para todos, em qualquer lugar. A Nissan continua a avançar na sua estratégia de eletrificação para tornar os veículos elétricos mais acessíveis e competitivos, trabalhando para melhorar a infraestrutura de carregamento, aperfeiçoar a tecnologia das baterias e desenvolver soluções de EV mais económicas.
Através da integração de soluções de carregamento inteligente, inovações no armazenamento de energia das baterias e tecnologia vehicle-to-everything (V2X), a Nissan pretende criar um ecossistema energético mais eficiente e sustentável para os veículos elétricos.
A Nissan continua a oferecer soluções práticas para as necessidades globais de transporte e energia, mantendo-se focada no investimento em soluções preparadas para o futuro, de forma a moldar um sistema de transporte mais sustentável e resiliente.
Nos últimos anos, os fabricantes de automóveis chineses fizeram avanços significativos na esfera global, ganhando proeminência nos mercados de veículos tradicionais e elétricos. Empresas como a BYD, a Geely e a SAIC registaram um crescimento substancial, tendo a BYD emergido para se tornar o maior produtor mundial de veículos eléctricos a bateria e um dos maiores OEM. Estas empresas estão não só a redesenhar o seu mercado interno, mas também a expandir a sua presença na Europa, no Sudeste Asiático e noutras regiões. Uma vez que a capacidade de produção da China excede largamente a procura local, estes fabricantes de automóveis estão a exportar ativamente veículos e a estabelecer alianças estratégicas com fabricantes ocidentais. A ascensão dos fabricantes de automóveis chineses é também impulsionada por inovações na tecnologia, eletrónica e software dos veículos eléctricos, bem como por uma cadeia de abastecimento de baterias líder a nível mundial. Com um forte apoio do governo chinês, estas empresas estão a posicionar-se como concorrentes formidáveis dos antigos gigantes mundiais do sector automóvel, numa indústria cada vez mais eléctrica e orientada para a tecnologia. Para uma opinião anterior sobre este tema, leia China’s Global EV Ambitions – The West Must Act, um artigo que publiquei em abril de 2024.
A BYD subiu rapidamente para o topo do ranking global
A BYD e suas marcas de propriedade integral Denza, Yangwang e Fangchen Bao conseguiram uma corrida surpreendente nos últimos anos, crescendo de cerca de 35 mil unidades por mês em 2020 para mais de 500 mil por mês no final de 2024. No ano passado, a BYD vendeu 4,3 milhões de veículos, um aumento de 41% em relação a 2023, o que posiciona a empresa como a sétima maior OEM em volume.
O OEM foi o líder global de BEV em 2024 (enquanto também vendia EVs plug-in), à frente da Tesla por apenas alguns milhares de unidades. Cada uma das duas empresas controlava cerca de 16,5% do mercado global de BEV — vendendo 1,8 milhão de unidades no ano passado — seguidas pela Geely Holdings com 8,5% (de acordo com a Cleantechnica).
Considerando o maior mercado global de plug-ins, a BYD teve uma enorme liderança em 2024, atingindo 25% das vendas globais de acordo com a mesma fonte — e 34% do mercado chinês. Os OEMs ocidentais mais próximos são o ranking #2 da Tesla com uma participação de mercado global de 10%, a BMW #5 com 3,1% e o VW Group #7 com 2,6%.
Além disso, a BYD ocupa o segundo lugar na produção de baterias EV com 17% dos volumes globais em 2024, logo atrás da CATL com 38%. Esta forte posição participa da profunda integração vertical da BYD, que também inclui motores e eletrônicos de potência. Falando em tecnologia, a BYD anunciou recentemente que estava implantando ADAS de Nível 2 em toda a sua gama. Até mesmo o modelo básico Seagull, que é vendido por menos de US$ 10 mil, será equipado com 12 câmeras e radares de onda de 5 mm.
Não muito atrás da BYD está a Geely Holdings, outra OEM de propriedade privada que fez sua estreia no cenário internacional quando adquiriu a Volvo Cars da Ford em 2010. Sugiro ler meu artigo Geely: Creation of a Global Automotive Empire (dez 2022) para um mergulho profundo na empresa.
O grupo Geely experimentou um crescimento substancial para atingir 3,4 milhão de unidades em 2024 com várias marcas como Geely Auto, Polestar, Zeekr, Lynk & Co, Geometry, Radar, Galaxy, London EV Company ou Farizon (veículos comerciais). A empresa também detém participações na Mercedes-Benz, Smart, Lotus, Aston Martin, Proton e Volvo Group, e tem uma ampla parceria com a Renault (mais abaixo).
OEMs chineses emergentes na vara da inovação
Dezenas de OEMs surgiram na última década. Alguns deles devem ser mencionados, pois demonstram até que ponto os OEMs chineses estão ultrapassando os limites da inovação.
Fundada em 2014, a Xpeng começou a vender carros em 2018 e desde então introduziu seis modelos. As vendas atingiram 190 mil unidades em 2024, incluindo exportações para a Europa, embora o volume permaneça marginal. Mesmo assim, a Xpeng supostamente está procurando um local para produzir no continente. As capacidades técnicas da empresa são tais que o Grupo VW agora está confiando fortemente na arquitetura eletrônica e no pacote de software da Xpeng para seus futuros produtos na China (mais abaixo).
A Xiaomi, uma grande fornecedora de smartphones e outros eletrônicos de consumo, fez com sucesso o que a Apple recusou (ou falhou) em fazer, apesar dos pesados investimentos. A empresa lançou seu primeiro carro, o grande sedã SU7, em maio de 2024. Este veículo é particularmente interessante por sua impressionante integração veículo-smartphone, entre outros recursos. No final do ano, a Xiaomi já havia vendido 135 mil unidades, superando o Modelo 3 da Tesla na China, e anunciou um segundo modelo, o YU7 SUV. Essa velocidade de desenvolvimento e crescimento é impressionante para uma empresa sem experiência automotiva anterior.
O Excesso De Capacidade Da China Alimenta o Aumento Das Exportações
A capacidade de produção na China cresceu nos últimos anos, atingindo mais de 45 milhões de unidades, excedendo em muito os 31 milhões de veículos vendidos em 2024. A exportação não é apenas uma oportunidade para os OEMs chineses, mas claramente uma necessidade se eles quiserem aliviar a já forte pressão sobre os preços em seu mercado doméstico. Para aumentar a utilização da capacidade, as montadoras estão visando a Europa, S.E. Ásia, México, Brasil e até Rússia. Em 2024, a China exportou 5 milhões de veículos de passageiros, o dobro do volume enviado em 2022. E a ambição permanece alta. A BYD está prestes a lançar sua quinta transportadora de carros com capacidade para 9.200 veículos.
A Europa representa um foco importante para as marcas chinesas. Em 2024, eles venderam 394 mil veículos no continente, atingindo uma participação de mercado de 3,4%. No entanto, a penetração específica do BEV foi significativamente maior, atingindo 11% no segundo trimestre. De acordo com a Schmidt Automotive Research, 60% dos veículos de marca chinesa vendidos na Europa vão atualmente para três mercados: Reino Unido, Itália e Espanha.
Ainda assim, as vendas na Europa parecem estar sobando após um aumento acentuado nos direitos de importação impostos às importações chinesas a partir de outubro de 2024. Eles agora variam de 17% para BYD a 38,1% para SAIC (o maior player da Europa com a marca MG), além dos 10% pré-existentes.
Consequentemente, a BYD acelera sua localização para contornar as tarifas e anunciou planos para uma terceira usina de montagem na Europa. Com sede na Hungria, o primeiro começará a enviar carros em 2025. O segundo, na Turquia, começará no próximo ano, enquanto a localização do terceiro ainda não foi finalizada.
Os EUA praticamente fecharam seu mercado para veículos de marca chinesa com direitos de importação aumentados para 102,5% pelo governo Biden em 2024. Como resultado, os OEMs chineses consideraram entrar no mercado dos EUA por meio de bases industriais no México (ou Canadá). Os únicos sinais de veículos de marca chinesa nos EUA neste momento são alguns robôs Zeekr agora vagando pelas ruas de São Francisco passando por testes na frota da Waymo. Não espero ver outros modelos chineses nos EUA tão cedo.
OEMs ocidentais alavancando jogadores chineses
Se você não pode vencê-los, junte-os! Vários OEMs europeus formaram parceria com jogadores chineses nos últimos anos. Em 2020, a Mercedes-Benz vendeu uma participação de 50% na Smart para a Geely Holdings. Como resultado, os produtos da marca agora são desenvolvidos pela Geely em uma plataforma Geely, produzidos na China e vendidos em vários mercados.
A Renault começou a colaborar com a Geely Holdings em 2022, quando esta adquiriu uma participação de 34% na Renault Motors Korea, dando à OEM chinesa acesso à capacidade na Ásia. Desde então, a Geely fez uma parceria com a Renault para possuir conjuntamente a Horse Powertrain, uma JV que hospeda seus respectivos recursos de desenvolvimento e fabricação de motores de combustão – os dois possuem 45% cada e a Aramco 10%. No início deste ano, Geely também anunciou que investirána Renault do Brasil como acionista minoritário, fornecendo aos chineses produção local e uma rede de distribuição. Essa colaboração claramente se tornou global.
Em 2023, o VW Group investiu US$ 700 milhões para uma participação de 5% na Xpeng, com planos de construir veículos com destino à China na plataforma existente desta última. No ano passado, a colaboração foi expandida para alavancar a experiência da Xpeng e desenvolver em conjunto arquiteturas eletrônicas e SW para o mercado chinês. Espera-se que os produtos resultantes equipem EVs da marca VW a partir de 2026.
Stellantis gastou 1,5 bilhões de euros por uma participação de 21% na Leapmotor em 2023. Juntos, eles montaram uma JV para lidar com os negócios deste último fora da China, sendo a Stellantis a maioria das partes interessadas. Os dois jogadores rapidamente começaram a produzir o pequeno EV T03 da Leapmotor na fábrica polonesa da Stellantis para o mercado europeu. Devemos esperar mais colaborações transfronteiriças entre OEMs, assim como elas estão sendo cada vez mais formadas entre OEMs e empresas de tecnologia chinesas.
O novo Hyundai INSTER está nomeado finalista do ‘Top 3’ nos Prémios Carro do Ano Mundial 2025 (“World Car Awards”), marcando o quarto ano consecutivo em que a Hyundai foi reconhecida nesta conceituada competição global.
O inovador modelo urbano 100% elétrico novo Hyundai INSTER está selecionado para três prémios, na edição dos World Car Awards 2025, para além da nomeação para o Top3 candidato à vitória geral como “Carro Mundial do Ano 2025”, está ainda no lote de veículos selecionados para “Carro Urbano Mundial” e “Carro Elétrico Mundial do Ano”.
A Hyundai tem tido um desempenho consistentemente forte nos últimos três anos nos World Car Awards. Em 2024, o Hyundai IONIQ 5 N foi coroado World Performance Car, enquanto o Hyundai IONIQ 6 e o HyundaiIONIQ 5 obtiveram um hattrick de títulos em 2023 e 2022, respetivamente, obtendo vitórias nas categorias “Veículo Elétrico Mundial”, “Design de automóvel do ano a nível mundial” e a coroação à geral como “Carro Mundial do Ano”, para ambos os modelos.
Este reconhecimento consistente sublinha a liderança da Hyundai na inovação automóvel, particularmente no sector dos veículos elétricos, uma vez que a marca continua a ultrapassar os limites do design e da tecnologia.
Um painel (jurados) com 96 jornalistas internacionais do sector automóvel de 30 países, incluindo em Portugal o jornalista Guilherme Costa, da Razão Automóvel, selecionou os finalistas através de uma votação selada. Os vencedores serão anunciados no Salão Internacional do Automóvel de Nova Iorque de 2025, na quarta-feira, 16 de abril de 2025.
Novo Hyundai INSTER já disponível em Portugal a partir de 19.250* euros
O novo Hyundai INSTER é um inovador modelo urbano 100% elétrico, que lidera o seu segmento com um design distinto, uma autonomia superior (de até 360 quilómetros em ciclo WLTP, no modelo com bateria de 49 kWh) e tecnologia avançada capaz de permitir um carregamento rápido, atingindo uma carga de 10 a 80 por cento em cerca de 30 minutos.
Eleito recentemente o “Melhor Veículo Elétrico Citadino” pela prestigiada revista What Car?, o novo Hyundai INSTER é o primeiro veículo elétrico compacto urbano da marca para o mercado europeu e combina umestilo SUV robusto, mas compacto, com uma condução citadina sem esforço e um forte desempenho em viagens mais longas.
O novo Hyundai INSTER chega a Portugal em duas versões, com bateria de 42 kWh ou 49 kWh e motorização de 71,7 kW (97 cv) e 84,5 kW (115 cv), com várias tecnologias de segurança e equipamentos de topo, como equipamento de série, num formato SUV compacto e sustentável.
O novo Hyundai INSTER já está disponível por encomenda em Portugal, com preço a partir de 19.250* euros (+IVA) numa campanha, com condições especiais e válida para empresas e ENI.
A Volvo Cars está a levar a segurança automóvel para um novo patamar com o poder da Inteligência Artificial (IA). A marca sueca recorre agora a cenários virtuais hiper-realistas para desenvolver software de segurança automóvel de forma mais rápida e eficaz, garantindo veículos ainda mais seguros e preparados para enfrentar qualquer situação.
Graças a esta inovação, a Volvo Cars consegue sintetizar dados reais recolhidos pelos sensores dos seus automóveis – como travagens de emergência ou mudanças bruscas de direção – para analisar, reconstruir e antecipar situações de risco. A grande revolução está no uso da técnica Gaussian splatting, uma abordagem computacional avançada que permite criar ambientes 3D ultrarrealistas a partir de imagens do mundo real.
O resultado? Um espaço de testes ilimitado, onde é possível manipular variáveis – adicionar ou remover utentes da estrada, alterar o comportamento do tráfego ou criar obstáculos inesperados. Isto significa que o software de segurança da Volvo Cars pode ser treinado e validado em dias, em vez de meses, permitindo simular até os cenários mais extremos e raros, aqueles que no mundo real podem fazer toda a diferença.
Já temos milhões de dados de momentos que nunca aconteceram e que utilizamos para desenvolver o nosso software. Graças ao Gaussian splatting, podemos pegar num desses casos raros e replicá-lo em milhares de novas variações do cenário para treinar e validar os nossos modelos. Isto tem o potencial de desbloquear uma escala que nunca tivemos antes e até de identificar casos extremos antes que estes aconteçam no mundo real.” Alwin Bakkenes, Head of Global Software Engineering da Volvo Cars.
Com efeito, a Volvo Cars sempre combinou testes no mundo real com simulação virtual. Mas agora eleva esse processo a um nível totalmente novo. Em parceria com a Zenseact, empresa de IA e software fundada pela Volvo Cars, esta inovação faz parte de um programa de doutoramento das principais universidades suecas, explorando como a renderização neural pode revolucionar a segurança automóvel. O estudo é patrocinado pelo Programa Wallenberg de IA, Sistemas Autónomos e Software (WASP).
Além disso, a Volvo Cars conta com a NVIDIA, cuja tecnologia de computação acelerada permite processar volumes massivos de dados em supercomputadores IA. Este investimento não só acelera o desenvolvimento da inteligência artificial, como também fortalece a capacidade da Volvo Cars de antecipar cenários de risco antes que estes se tornem acidentes reais.
Com um legado de inovação e um compromisso inabalável com a segurança, a Volvo Cars continua a desafiar os limites da tecnologia para tornar as estradas mais seguras para todos.
A BYD, fabricante líder mundial de veículos movidos a novas energias (EV e PHEV), apresenta uma nova e revolucionária plataforma para veículos elétricos que promete acabar com a ansiedade de carregamento, igualando as velocidades de reabastecimento dos veículos com motor de combustão. Denominada BYD Super e-Platform, a nova arquitetura introduz uma série de tecnologias inovadoras que estabelecem recordes mundiais no ecossistema dos veículos elétricos produzidos em série.
Os principais componentes elétricos da Super e-Platform – motor, controlo eletrónico e bateria – foram todos melhorados de forma abrangente em comparação com as configurações existentes. A plataforma atinge uma potência de carregamento de um megawatt (1000 kW), a maior velocidade de carregamento para veículos de produção em série. Em termos práticos, isto significa que a BYD Super e-Platform pode adicionar dois quilómetros de autonomia por segundo e a velocidade de carregamento de produção em série mais rápida do mundo: um carregamento rápido de cinco minutos para 400 quilómetros de autonomia.
A arquitetura apresenta um único motor com potência de 580 kW, que permite uma velocidade máxima de mais de 300 km/h nos dois modelos iniciais, o HAN L e o TANG L, comercializados na China. Esta elevada velocidade máxima e a rápida aceleração são alcançadas através de um novo motor capaz de funcionar até 30000 rotações por minuto – outro novo marco na produção em série.
No evento de lançamento em Shenzhen, Wang Chuanfu, Presidente do Conselho de Administração e Presidente do Grupo BYD, afirmou que a nova tecnologia ajudaria a eliminar a maior “dor de cabeça” dos utilizadores de veículos elétricos. O responsável comentou: “Para eliminar completamente a ansiedade dos utilizadores em relação ao carregamento, o nosso objetivo é tornar o carregamento dos veículos elétricos tão rápido como o reabastecimento de um automóvel a gasolina – alcançando a ‘paridade combustível-eletricidade’ na velocidade de carregamento.”
Para que esta paridade seja alcançada, o carregamento precisa combinar tanto uma tensão ultraelevada quanto uma corrente alta. A BYD Super e-Platform é a primeira plataforma de produção em série de automóveis de passageiros do mundo a apresentar uma “arquitetura de alta tensão de todos os domínios em kV”, permitindo uma capacidade de nível de kV na bateria, no motor, na fonte de alimentação e no ar condicionado.
A BYD Super e-Platform também introduz a “Flash Charging Battery” da BYD, que apresenta um canal de iões ultrarrápido do ânodo da bateria para o cátodo para uma corrente de carga máxima de 1000 A e uma taxa de carga máxima de 10 C – ambas referências para veículos de produção em série.
Para suportar estas taxas, a BYD desenvolveu e produziu em série uma nova geração de chips de potência de carboneto de silício (SiC) para automóveis com uma tensão nominal de até 1500 V – o primeiro chip de potência SiC produzido em série na indústria, com a tensão nominal mais elevada até à data.
Carregamento de 1 megawatt precisa de carregadores flash de megawatt
A nova tecnologia de carregamento ultrarrápido requer estações de carregamento avançadas para funcionar na sua capacidade máxima. Por isso, o Vice-Presidente Executivo da BYD e Presidente do Instituto de Investigação de Engenharia Automóvel, Lian Yubo, anunciou, no mesmo evento de lançamento, que a BYD desenvolveu um sistema de terminal de carregamento flash de megawatt, totalmente arrefecido a líquido, que pode fornecer uma potência máxima de 1360 kW.
Olhando para o futuro, a BYD planeia construir mais de 4000 estações de carregamento flash de megawatt em toda a China. Mas, para além das suas próprias estações, a BYD também desenvolveu uma tecnologia inovadora de “carregamento duplo” que pode atualizar instantaneamente os carregadores rápidos para carregadores ultrarrápidos e os supercarregadoresparacarregadoresflash.Estatecnologia“intelligentboost”,outranovidade mundial, assegura a compatibilidade com estações de carregamento públicas, permitindo um carregamento conveniente numa grande variedade de locais.
A BYD acredita que esta interação com a infraestrutura existente, combinada com os terminais de carregamento flash desenvolvidos pela própria empresa e com a inovadora BYD Super e- Platform, redefine a mobilidade elétrica, reforçando a liderança da China na tecnologia de eletrificação global.
Nesta edição, testamos o Polestar 2 Long Range Dual motor perfomance. Pelo nome sabemos que se trata da melhor versão do modelo 2, que tem 472 cavalos e os 0 aos 100 km/h são feitos em 4.2 segundos!!! Vamos ver quais são os argumentos deste chocolate branco sueco, que promete muito!
Em 2019, foi quando a Polestar decidiu entrar no jogo dos elétricos, com o seu segundo modelo, o Polestar 2, um carro 100% elétrico. Um carro versátil, de 4 portas e uma mala. Este foi o primeiro carro da Polestar a ter uma produção em massa. O segundo foi o primeiro carro elétrico da marca de Gotemburgo e também o primeiro carro a ser fabricado em Luqiao, na China. Este Polestar só chegou a Portugal a meio de 2022, devido à estratégia da marca que queria lançar os seus modelos gradualmente nos mercados, mas nos mercados mais importantes foi lançado em 2021.Quando saiu, foi dos primeiros carros a ter um sistema Android, o que nessa altura era uma novidade na indústria automóvel, agora parece uma coisa muito normal, mas em 2021 não era comum.
Em 2024, tivemos um facelift com poucas mudanças: na frente deixamos de ter uma grelha e passamos a ter uma peça de plástico, a que a Polestar chama a smart zone. Esta zona agrega todos os sensores da frente do carro. Na minha opinião, esta frente ficou mais bonita que a anterior, pois dá-lhe um design mais clean. Outra alteração que tivemos, foi a tração que passou para trás, ao contrário do modelo de 2021 que tinha tração à frente. Mas a maior novidade não está visível, são as baterias. Estas tiveram um aumento na sua capacidade, pois no passado, tínhamos baterias de 63 kWh e de 78 kWh, temos agora 72 kWh e de 82 kWh, consequentemente, as potências também aumentaram. Antes começavam nos 163 kW, agora começam nos 200kW. As autonomias também aumentaram. Continuando nas mudanças, temos novas cores, novas jantes e com nomes novos, No interior também há novidades.
Exterior
O exterior do carro é muito bem conseguido. Temos um automóvel mais alto que os seus concorrentes, pois a Polestar, sabendo que o mercado gosta de carros altos, decidiu tentar agradar a gregos e a troianos. Na frente, continuamos a ter o mesmo formato de faróis do Polestar 1, temos uns vincos nas partes laterais do capot que lhe dão um design de robustez. Uma das imagens de marca do Polestar é o sítio onde coloca a denominação do modelo/capacidade da bateira e potência em quilowatts que é no fundo das portas da frente, é um sítio bastante diferente para colocar, mas destaca-se pela diferença. Temos uns vincos nas cavas das rodas que lhe dão um certo charme e vinco muito pronunciado nas partes inferiores das portas. Um detalhe muito polémico é o puxador de porta! Acredito que o leitor está a pensar, mas o que é que o puxador de porta tem assim de tão polémico? Como sabemos um carro elétrico tem que ser hiper eficiente, tudo num carro elétrico tem de ser otimizado para ser eficiente e os puxadores de porta são uma peça chave para essa eficiência. Vejamos, então, os seus concorrentes: Tesla Model 3, puxadores “escondidos” na porta; Bmw I4, estão embutidos na porta; Byd Seal, estão “escondidos”, mas o 2 tem-nos para fora. Até o Polestar 3 tem os puxadores “escondidos”, sem falar do Polestar 4 que segue a mesma filosofia. O que é certo é que os puxadores de porta ajudam a ter eficiência.
Na mala, temos 405 litros de capacidade, é um espaço amplo. Na frente, temos um frunk de 41 litros ideal para colocar os cabos. Rebatendo os bancos, temos 1049 litros. Podemos abrir a mala de quatro
formas: chave, botão no interior, pé e da maneira convencional.
Interior
Nos bancos traseiros, temos um espaço q.b.. Eu, com o meu humilde 1,74m, não tive problemas no que toca ao espaço para as pernas, quanto ao espaço para a cabeça, podia ser melhor, pois, como temos um teto panorâmico, a habitabilidade da cabeça sai um bocadinho prejudicada, mas, durante os dias que tive o 2. andei com um ocupante com 1,85m e ele não teve problemas. Temos saídas de ar traseiras e podemos ter bancos aquecidos. Na frente, somos brindados com uma qualidade de construção muito boa e um requinte a bordo. A começar pelo bater de porta (e se há coisa a que eu dou muita importância é ao bater de porta), é sólido, muito sólido. O carro é bem construído, é um carro sueco. Todas as zonas onde tocamos têm um ótimo material, ou é tecido ou é material emborrachado, ou então é pele, só nas zonas inferiores do interior é que plástico duro. Todos os compartimentos para guardar as coisas têm uma borracha, os das portas são revestidos com veludo. Consola central, não mexe um milímetro, é bem montada! Mas também há críticas, nomeadamente as saídas de ar do tabliê não fazem jus às saídas de ar do lado do passageiro e do condutor; enquanto estas últimas são feitas de um material muitíssimo bom e com um design de carro de segmento superior, as saídas de ar do tabliê são de plástico e têm uma qualidade discutível, além de darem uma impressão de serem “frágeis”… outra critica é a bolsa do airbag do volante que é em plástico… que não faz jus ao resto do interior que é muito bem montado e sólido. Nesta versão, os quatro cintos são em amarelo.
Tecnologia e carregamentos
Na parte tecnológica, temos um sistema feito pela Google (mais uma vez). É um sistema fácil e intuitivo de usar, bons grafismos. Temos Apple car play e android auto, mas com fio. Sendo um sistema feito pela Google, escusado será dizer que temos google Maps e que este nos dá uma ajuda muito grande no que toca a programar as viagens, pois informa onde vamos ter que parar. Temos um painel digital que peca por
ser muito simples, pois não podemos personalizar ao nosso gosto. As personalizações são: com mapa ou sem mapa, nada mais, mas os gráficos do painel são muito bons.
No tema dos carregamentos, também há novidades: temos velocidades de carregamento mais rápidas que a versão de 2021! Isso é uma ótima novidade, em corrente alternada, todas as versões carregam a 11kW, agora em corrente contínua, as potencias de carregamento podem chegar aos 205 kW, para as versões de 82kWh, para versão de 70kWh temos uma velocidade 135 kHw.
Chocolate na estrada
A posição de condução é boa, temos uns bons ajustes, tanto no banco com no volante. Temos três modos da dureza da direção: leve, standart e firme. O carro tem uma direção comunicativa, sabemos sempre o que se passa nas rodas da frente. Para concluir, temos o one pedal drive que pode ser ajustado em três níveis: off, leve, standard. Estes três modos mexem com o nível de regeneração da bateria. A insonorização do carro é muito boa, pois não ouvimos muitos barulhos do exterior.
Dispomos de dois modos de condução, o Standard e o dynamic, mas verdade seja dita que não há grande diferença entre eles. O carro tem um curvar muito linear, temos sempre o carro na mão, e um dos fatores que contribui para isso é a tração integral. O controlo de estabilidade é bastante permissivo, e não gosta muito de se meter na condução, mesmo quando estamos a abusar, um ponto muito positivo. As transferências de massa são percetíveis, nomeadamente quando temos curva, contra curva. O carro é muito confortável, embora seja um bocadinho saltitão em alguns pisos, mas consegue absorver as irregularidades do piso muito bem. Temos uns discos ventilados à frente, o carro trava bem com as pinças em amarelo a dizer Polestar, e tem uma travagem muito competente.
O 2 promete uma autonomia de 430km, quando está carregado a 100 por cento, se os faz? Não… o valor mais aproximado que fizemos foram 370km, em circuito misto. Diga-se de passagem que é um valor bastante aceitável. Em cidade, acredito que se consiga fazer 420km sem problemas. No campo dos consumos, não baixei dos 18.8 kWh/h e o máximo foram 22.3 kWh/h. C o m o j á foi informado, esta versão é a top do 2, temos uma tração integral, uma bateria de 82 kWh, mas só 78 kHw úteis, que produzem 472 cavalos e 740NM de binário, que, como sabemos, é instantâneo, e sim, ficamos colados ao banco com o poder da aceleração. Os 0 aos 100Km/h são feitos em 4.6 segundos e o top speed é de 206 km/h.
Concluindo, o Polestar é um excelente carro, e temos que dar os parabéns à marca sueca. O 2 é uma proposta muito interessante para quem quer ter um elétrico! Agora, a versão pela qual deve optar é aLong Range Single motor, pois tem uma autonomia de 530km e consegue fazer 410 km sem ter que pensar em carregamentos!
A XPENG, marca chinesa de veículos elétricos líder em mobilidade de Inteligência Artificial e alta tecnologia, está a conquistar cada vez mais o mercado português, com o XPENG G9 a entrar no TOP 2 de viaturas mais vendidas do segmento E-SUV no mês de fevereiro.
O XPENG G9 foi o segundo E-SUV mais vendido em Portugal, em fevereiro, de acordo com dados da ACAP. Este feito é uma prova da inovação, tecnologia e performance que fazem deste modelo uma referência no mercado dos grandes SUVs.
O XPENG G9 é um SUV elétrico familiar de luxo, altamente tecnológico e com um design elegante, desenvolvido para uma experiência de condução única. Para além de um sistema ímpar de infoentretenimento e assistência ao condutor, equipado com avançados sistemas desenvolvidos pela própria marca como o Xmart OS e o XPILOT 2.5, o XPENG G9 conta com funcionalidades de assistência ao condutor topo de gama, permitindo-lhe lidar com picos de trânsito em ambientes urbanos de forma eficiente e confortável para o condutor.
Disponível em três versões, este modelo oferece uma autonomia de até 787 km (WLTP urbano), suportada por uma bateria de 98 kWh na versão topo de gama. Vem equipado com um sistema de carregamento ultrarrápido, permitindo carregar 200 km em apenas 5 minutos e indo de 10% aos 80% em apenas 20 minutos.
Atualmente a XPENG comercializa no mercado nacional três veículos elétricos (EV) inovadores – o SUV Coupé G6 – o modelo mais vendido em Portugal -, o SUV familiar XPENG G9, e o desportivo sedan P7 – cada um dos quais reconhecido com a prestigiada classificação de segurança de 5 estrelas do Euro NCAP.
A inovação tecnológica e a sustentabilidade estão cada vez mais de mãos dadas na construção do futuro da mobilidade. No centro desta revolução está o Técnico Fuel Cell (TFC), um projeto pioneiro do Instituto Superior Técnico, cuja ambição vai muito além do desenvolvimento de um veículo movido a hidrogénio.
Nesta entrevista, exploramos os bastidores do projeto, os desafios tecnológicos que moldam o seu futuro e o impacto que tem na comunidade académica e na indústria. Como é que a equipa do Técnico Fuel Cell vê o caminho para um futuro mais sustentável? Que obstáculos e oportunidades surgem pelo caminho? E, acima de tudo, como é que a engenharia pode inspirar uma mudança real?
O Técnico Fuel Cell (TFC) nasceu com o objetivo pioneiro de criar o primeiro carro urbano português movido exclusivamente a hidrogénio. Como tem sido para a vossa equipa aliar a inovação tecnológica à visão sustentável que querem transmitir ao público?
O Técnico Fuel Cell não é só sobre engenharia – é também sobre inspirar uma mudança. Queremos que os nossos membros e equipa e as pessoas que vejam o nosso projeto, olhem para o hidrogénio como uma alternativa viável e promissora. Por isso, além do desenvolvimento do carro, dedicamo-nos também a sensibilizar o público e a criar parcerias que nos ajudem a tornar este futuro mais próximo.
Em 2024, apresentaram o primeiro protótipo – o TFC01 – na presença de personalidades importantes, como o antigo Ministro da Economia e do Mar e o Presidente do IST. Que impacto teve este apoio institucional e empresarial no desenvolvimento do projeto e na imagem do TFC?
O RollOut do TFC01 foi um momento inesquecível para a nossa equipa e marcou um verdadeiro ponto de viragem, tanto dentro como fora do IST. Nos primeiros anos, o TFC ainda era pouco conhecido na nossa instituição, pois, apesar do trabalho intenso, não tínhamos ainda um protótipo para apresentar.
Foram cerca de cinco anos de desafios, aprendizagens e muita dedicação até conseguirmos criar o nosso primeiro veículo. Foi em março de 2024 que finalmente tivemos a oportunidade de o apresentar ao público. Esse momento não foi apenas a concretização de um sonho, mas sim a prova de que somos uma equipa determinada, com ambição e objetivos bem definidos. O RollOut não só reafirmou a nossa presença no IST, como nos deu ainda mais motivação para continuar a inovar e a crescer.
Além disso, o RollOut foi a melhor forma de mostrarmos a nossa gratidão a todos os patrocinadores que tornaram este projeto possível.
Após a Shell Eco-marathon 2024, onde obtiveram um honroso 6º lugar, decidiram evoluir o TFC01 para uma versão autónoma e elétrica, integrada com Inteligência Artificial, ao mesmo tempo que construíram o TFC02 movido a hidrogénio com um chassis monocoque em fibra de carbono. Quais são os principais desafios tecnológicos nesta nova fase do projeto?
Quanto ao TFC01, o nosso maior desafio neste momento é, sem dúvida, a incorporação da condução autónoma. Na Shell Eco-marathon, a competição de veículos autónomos tem requisitos diferentes da prova convencional com piloto, o que nos obriga a explorar um mundo completamente novo para nós.
Além da otimização do peso já feita no TFC01, estamos agora a trabalhar numa tecnologia que representa um grande salto para a nossa equipa. Para enfrentar este desafio, criámos o novo departamento de Sistemas Autónomos, cuja missão principal é transformar o nosso primeiro protótipo num veículo 100% autónomo.
Acerca do TFC02, temos também muitos desafios pela frente. Prometemo-nos a nós próprios que, para alcançar a melhor eficiência energética, iríamos de ter de reduzir abruptamente o peso do carro, daí avançarmos com o monocoque de fibra de carbono (muito menos denso que o aço usado no TFC01).
Sabemos que o vosso próximo destino é a Shell Eco-marathon 2025, desta vez na Polónia. De que forma é que o percurso internacional e as exigências de cada competição contribuem para a maturidade e projeção futura da equipa TFC, tanto a nível nacional como internacional?
A Shell Eco-marathon faz com que o Técnico Fuel Cell defina bem os seus objetivos e que una os membros de equipa para alcançar os seus objetivos. Cada competição internacional desafia-nos não só a elevar o nível técnico do nosso protótipo, mas também a crescer enquanto equipa. No último ano, a oportunidade de realizar testes no Autódromo do Estoril, participar em reportagens para a revista ACP, apresentar o RollOut e competir oficialmente fortaleceu ainda mais os nossos membros como equipa. Acreditamos que, a partir deste patamar, não há limites para o que podemos alcançar!
Olhando para o futuro e para a crescente relevância da mobilidade sustentável, como pensa a equipa do TFC continuar a inovar em projetos de hidrogénio e inteligência artificial, e como pretende inspirar novos talentos do Instituto Superior Técnico e de outras instituições a seguir o mesmo caminho?
Para além de ter criado o 1º carro citadino Português movido 100% a Hidrogénio, nós ambicionamos, num futuro breve, também criar o 1º carro da Europa 100% autónomo e 100% a Hidrogénio!Acreditamos que o Técnico Fuel Cell tem sido uma fonte de inspiração para muitos jovens, incentivando-os a juntarem-se à nossa jornada. Isso reflete-se no sucesso dos nossos recrutamentos, que têm atraído um grande número de alunos interessados em fazer parte deste projeto.
O Técnico Fuel Cell (TFC) confirma que a inovação e a sustentabilidade caminham lado a lado na mobilidade do futuro. Inspira novos talentos e coloca Portugal na vanguarda da transição energética.
A questão mantém-se: estamos preparados para acelerar esta revolução?
A Nissan Motor Co., Ltd. apresentou a sua mais recente tecnologia de condução autónoma (AD) na área de Mianto Mirai, em Yokohama, Japão. Pela primeira vez no país, um veículo de teste sem condutor movimentou-se numa via pública, num ambiente urbano complexo*1. A Nissan desenvolveu esta tecnologia proprietária para um serviço de mobilidade que planeia lançar no Japão.
Este é um passo importante para capacitar a mobilidade, resolvendo desafios nos serviços de transporte em comunidades locais, como a falta de condutores devido ao envelhecimento da população. Ao aproveitar a sua tecnologia, a Nissan irá fornecer uma vasta gama de novos serviços que permitem a liberdade de mobilidade.
A Nissan está a maximizar os seus esforços para estabelecer e verificar os níveis de segurança da tecnologia de condução autónoma adaptada a diferentes condições de tráfego em todo o mundo. Para isso, está a utilizar conhecimentos e tecnologias obtidos através de investigação no Japão, investigação em Silicon Valley levada a cabo pelo Centro de Tecnologia Avançada da Nissan, e participação no projeto evolvAD do Reino Unido.
Os veículos de teste mais recentes são baseados no Serena – a carrinha mais vendida no Japão – e incorporam 14 câmaras, nove radares e seis sensores LiDAR. Os sensores montados no tejadilho oferecem uma perceção significativamente aumentada, aproveitando a altura do Serena e permitindo uma identificação mais precisa do seu ambiente em comparação com veículos usados em testes anteriores. Além disso, o uso de IA melhorou o reconhecimento, a previsão comportamental e a capacidade de avaliação, bem como o controlo, proporcionando um funcionamento suave numa variedade de cenários complexos. Para garantir a máxima segurança na demonstração do veículo de teste, os engenheiros da Nissan verificaram um extenso número de cenários possíveis ao longo da rota de condução, adicionaram uma função de paragem imediata para emergências e introduziram redundâncias intencionais.
Desde o ano fiscal*2 de 2017, a Nissan tem vindo a demonstrar e testar tecnologia de condução autónoma. Atualmente, a Nissan está a planear testes de demonstração de serviços com
aproximadamente 20 veículos a decorrer em Yokohama nos anos fiscais de 2025 a 2026 e está a construir uma estrutura operacional e um ecossistema de serviços com as partes interessadas. Aproveitando os resultados dos testes, no ano fiscal de 2027, a Nissan pretende fornecer serviços de mobilidade de condução autónoma, em colaboração com municípios e operadores de transporte, com monitorização remota.
Esta iniciativa será promovida em estreita cooperação com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão; o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo; outros ministérios governamentais e a Cidade de Yokohama. Os ministérios também promoverão iniciativas para criar novos serviços de mobilidade autónoma através do Comité de Aceleração da Mobilidade de Nível 4.
A Nissan continuará a avançar com a sua tecnologia enquanto estabelece serviços em Yokohama com base nos resultados de desenvolvimento e verificação tanto no Japão como no estrangeiro.
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