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Viaturas elétricas

Viaturas Elétricas

Opinião de Bernardo Correia
Consultor da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC)

Tem-se assistido, nos últimos anos, a um aumento no número de viaturas de baixas (ou até mesmo zero) emissões que circulam nas estradas portuguesas. De facto, nas deslocações do nosso quotidiano, é notória a cada vez maior adesão dos portugueses a viaturas totalmente elétricas ou a viaturas híbridas, embora se registe uma maior preferência pelas primeiras.

Esta preferência pode ser explicada, em certa medida, devido aos incentivos fiscais associados às viaturas totalmente elétricas, transversais a quase todos os impostos, mas também devido à comparticipação do Estado na aquisição de uma viatura enquadrável em tal segmento.

Sobre este último tema refira-se que, no passado dia 5 de março, foi publicado o Despacho n.º 2535/2021, que veio regulamentar a atribuição deste apoio durante o presente ano, abrangendo este, atualmente, não só viaturas ligeiras de passageiros, mas também viaturas de mercadorias, bicicletas e ciclomotores.

Ao contrário do que aconteceu na transição de 2019 para 2020, em 2021 não se registou um aumento das verbas do Fundo Ambiental direcionadas para aquisição de viaturas totalmente elétricas, mantendo-se estas verbas, deste modo, nos quatro milhões de euros.

O apoio direcionado à introdução no consumo de viaturas ligeiras de passageiros, cujo custo de aquisição (incluindo impostos e demais despesas) não ultrapasse 62.500 euros, desde que 100% elétricas e novas, é de 3.000 euros, sendo, igualmente, elegíveis neste âmbito as viaturas adquiridas em regime de locação financeira (leasing).

Todavia, salientamos que uma das grandes novidades para 2021 é a exclusão das pessoas coletivas deste apoio, sendo esta comparticipação do Estado, agora, apenas direcionada às pessoas singulares, com um limite máximo total de 700 candidaturas. À data da publicação deste artigo, ainda só tinham sido aprovadas 428 candidaturas.

Este afastamento das pessoas coletivas poderá dever-se ao facto de que, de acordo com o Ministério do Ambiente e da Transição Energética (MATE), cerca de 70% das candidaturas no passado foram referentes a pessoas coletivas. Pretendeu-se, assim, garantir que o menor número de pessoas singulares ficava excluída.

Focando-nos agora na parte fiscal, no tocante ao Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), é do conhecimento público que o IVA suportado na aquisição e demais despesas (exceto os combustíveis) relacionadas com viaturas de turismo, onde se enquadram as viaturas ligeiras de passageiros, em termos gerais, não é dedutível, sem prejuízo de algumas situações excecionais.

Uma destas situações passou a estar contemplada com a entrada em vigor da Lei da Fiscalidade Verde (1 de janeiro de 2015), sendo inteiramente dedutível o IVA suportado na aquisição de viaturas totalmente elétricas e viaturas híbridas plug-in, cujo custo de aquisição não exceda os 62.500 euros e os 50.000 euros, respetivamente. Destes valores deve ser excluído o IVA que, nos termos do Código do IVA (CIVA), seja dedutível.

Com a entrada em vigor da Lei do Orçamento do Estado para 2020 passou, igualmente, a ser dedutível o IVA suportado na aquisição de eletricidade utilizada no carregamento destas viaturas.

Embora esta possibilidade não esteja prevista em nenhum diploma, na Ordem dos Contabilistas Certificados tem-se defendido que o IVA suportado na aquisição dos carregadores das viaturas (wallbox), desde que afetos exclusivamente à atividade e instalados nas respetivas imediações da empresa, poderá igualmente ser dedutível.

Em sede do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), a maior vantagem associada às viaturas totalmente movidas a energia elétrica é a não sujeição a tributação autónoma de quaisquer encargos relativos às mesmas, não havendo, neste caso, limite para o custo de aquisição. Note-se que, para as viaturas movidas a combustíveis fósseis, esta tributação pode chegar aos 35% e incide sobre todos os gastos incorridos nas viaturas.

Em termos de gastos com depreciações aceites fiscalmente, já terá de ser tido novamente em conta o valor de 62.500 euros para as viaturas elétricas (50.000 euros para as viaturas híbridas plug-in), não sendo fiscalmente aceite o gasto com a depreciação do valor resultante da diferença positiva entre o custo de aquisição e este limite.

Por fim, em termos de Imposto sobre Veículos (ISV) e Imposto Único de Circulação (IUC), existe uma não sujeição e uma isenção, respetivamente, aplicáveis às viaturas totalmente elétricas, o que representa mais um incentivo fiscal à aquisição de tais viaturas.

Bernardo Correia, Consultor da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), é Licenciado em Contabilidade e Administração pelo ISCAL e Pós-graduado em Economia Internacional e Estudos Europeus pelo ISEG.

Husqvarna revela as suas primeiras motas elétricas

O fabricante sueco de motociclos Husqvarna corre, como a maioria dos principais concorrentes, para acompanhar uma nova onda de motas elétricas. Nos finais de abril, a empresa exibiu seu primeiro protótipo (Husqvarna E-Pilen) e desvendou algumas das suas primeiras especificações.

O modelo E-Pilen mantém o corpo e painéis semelhantes na área do tanque falso a outras marcas não elétricas da marca, que abriga três conjuntos de baterias amovíveis.

Husqvarna E-Pilon Concept

Com base nas pequenas baterias, com alcance de cerca de 100 quilómetros, a E-Pilen está pensada para circuitos urbanos e não para passeios de longa distância. No entanto, uma vez que as baterias são substituíveis, os usuários podem trocar facilmente as baterias vazias por baterias sobresselentes carregadas.

Por baixo das baterias está o motor de 8 kW (10,7 cavalos), não conferindo à mota valores de velocidade elevados. No entanto, a velocidade não é problema, uma vez que o habitat natural da E-Pilen é a cidade. A marca não revelou a velocidade máxima, mas, pelo motor, espera-se que ronde os 100-120 km/h.

A Husqvarna adianta que o seu objetivo foi sempre “desenvolver novos produtos acessíveis ao mais amplo espectro de pilotos possível”, garantindo ainda que a experiência da marca permitirá que a gama E-Mobility mantenha o prazer de condução e uma dinâmica refinada. 

Não se ficando pela E-Pilen, a Husqvarna revelou, esta semana, o concept de uma nova scooter elétrica, a Vektorr. O protótipo revelado mantém grande parte do design característico da empresa, modernizando-o. 

Também esta scooter está pensada para o mercado urbano, apresentando, por isso, valores de velocidade e autonomia pouco elevados. A velocidade máxima de 45 km/h mantém-na legal como um veículo de classe ciclomotor em grande parte do mundo, o que significa que a maioria dos motociclistas não precisarão de nenhuma licença especial de mota para a utilizar. A baixa velocidade também ajuda a aumentar o alcance para 95 quilómetros.

Husqvarna Vektorr Concept

É improvável que o protótipo esconda algo maior do que um motor de 2-3 kW – nível de potência típico encontrado noutras scooters elétricas com níveis de desempenho semelhantes.

A Vektorr foi desenvolvida em parceria com a empresa indiana Bajaj, que fabrica a sua própria scooter elétrica de estilo Vespa, conhecida como Bajaj Chetak.

Ainda não há notícias sobre a possível chegada da Vektorr à estrada, nem outras informações técnicas, mas a marca sueca promete desvendar mais sobre estes dois novos veículos brevemente. 

Pandemia acelera urgência da implementação das ‘smart cities’

O estudo ‘Smart City Solutions for a Riskier World’ realizado pela ESI ThoughtLab, levado a cabo entre agosto e setembro de 2020, revelou que a pandemia acentuou a necessidade de implementação de programas de smart cities, levando a maioria dos responsáveis municipais (88%) a considerarem urgente o investimento em tecnologia, nomeadamente em plataformas cloud

Patrocinado, entre outras empresas, pela Oracle, Deloitte e Intel, o estudo envolveu um inquérito aos responsáveis de 167 cidades em 82 países, incluindo as regiões da Ásia, da América do Norte e América Latina, da região do Médio Oriente e Norte de África, da Europa e da África subsariana. Estas cidades representam 6,8% da população mundial, com um total de 526 milhões de pessoas. 53% destas metrópoles estão localizadas em países emergentes, enquanto 47% se situam em países desenvolvidos. 

As cidades foram avaliadas e categorizadas com base no seu nível de desenvolvimento em duas categorias: avanço na aplicação de soluções inteligentes, sendo as cidades classificadas neste âmbito como ‘principiantes’, ‘intermediárias’ ou ‘líderes’; e avanços no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), sendo neste caso as cidades classificadas como: ‘implementadoras’, ‘avançadas’ ou ‘sprinters’. As cidades que se destacam em ambas as categorias foram consideradas Cidades 4.0 — definidas como cidades hiperconectadas e sustentáveis, que estão na linha da frente no que concerne à utilização da tecnologia, dos dados e da participação dos cidadãos.

Lisboa e Porto foram as cidades portuguesas que participaram no estudo, tendo as duas obtido a classificação de ‘intermediárias’ na aplicação de programas de smart cities, e ‘avançadas’ no cumprimento dos ODS.

O estudo demonstra que as cidades são sensíveis à necessidade de apostarem em tecnologia, especialmente na cloud e Inteligência Artificial (IA), com 88% dos líderes municipais a identificarem o investimento em plataformas cloud como sendo o requisito mais urgente para alcançar a prestação bem-sucedida de serviços críticos e não críticos aos cidadãos; 66% das cidades estão a investir fortemente em IA e 80% irão fazê-lo nos próximos três anos, especialmente na área dos assistentes digitais e dos chatbots

John Tuohy, diretor, Smart Cities strategy da Oracle, informou que, pelos resultados do estudo, “as cidades mais bem-sucedidas são as que estão focadas em tecnologias emergentes com um impacto direto na prestação de serviços, tais como a computação na nuvem, a IA e os assistentes digitais”, apressando-se, por isso, a adiantar que “disponibilizar e garantir o acesso remoto aos colaboradores e aos residentes nas cidades é crucial para manter a continuidade do negócio e o funcionamento da economia”.

Os responsáveis municipais que participaram nos estudos reconheceram ainda que os programas das smart cities eram essenciais para fazer frente aos obstáculos levantados pela pandemia, com 65% dos líderes dos municípios a admitirem a necessidade de continuarem estes programas no contexto pós-pandemia.

Ainda assim, o estudo demonstrou que a cibersegurança ainda preocupa os líderes municipais, com 60% a considerar que as suas cidades não estão livres dos ciberataques internacionais ou domésticos. Não obstante, 95% das Cidades 4.0 garante que a cibersegurança é um tema considerado desde o início dos projetos (95% dos responsáveis pelas smart cities revelou possuir um maior nível de confiança na sua cibersegurança, comparando aos 8% das cidades classificadas como ‘principiantes’ na jornada das smart cities).

O estudo revelou também uma preocupação com a necessidade de colaboração entre setores e com parceiros, de modo a conquistarem os objetivos traçados para as cidades. Os números mostram que 83% das cidades esperam que os seus parceiros ofereçam soluções que permitam alcançar um elevado nível de inovação, garantindo também a segurança e a proteção (65%). As cidades norte-americanas (92%) e as europeias (92%) são as que mais valorizam a inovação.

Grande parte das cidades (41%) já começam a fazer progressos no cumprimento dos objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas.

A ESI ThoughtLab revelou, através do seu estudo mais recente, que os desafios expostos pela pandemia às cidades impulsionaram a inovação nos municípios, sublinhando o papel vital que a tecnologia, dados, cibersegurança e parcerias público-privadas desempenham no esforço de assegurar um futuro saudável, seguro e próspero no período posterior a esta crise sanitária, e não só, que o mundo enfrenta. 

O estudo completo está disponível em www.riskierworld.com.

Camião elétrico modular ganha terreno na Suécia

O pequeno camião elétrico da empresa sueca Inzile, Pro4, está pronto para entrar no mercado global de veículos elétricos. Com um chassis que pode ser adaptado a um camião basculante ou de cabine, o Pro4 permite que cada utilizador escolha a opção que melhor lhe convém. 

Com uma velocidade máxima de apenas 50 km/h e uma autonomia de 120 quilómetros – que pode ser alargada até 240 quilómetros –, o Pro4 é movido por um motor de 24 kW alimentado por uma bateria de íão lítio. A versão camião basculante/plataforma pode transportar cargas até 1 tonelada, enquanto a versão ‘cabine’ pode transportar cargas até 700 quilos.

Já utilizado por várias empresas na Suécia, o Pro4 é um camião elétrico perfeitamente adaptado para trabalho e distribuição em cidades, áreas urbanas, parques, áreas residenciais e industriais. A Inzile espera agora que clientes na Noruega também adotem o seu e-camião. O CEO Ragnar Åhgren afirmou que “parece natural que comecemos nossa expansão internacional com nosso país vizinho. A Noruega está na vanguarda do uso de veículos elétricos e há muito tempo que solicita os nossos produtos”.

Atualmente, a unidade de produção da Inzile em Västervik, Suécia, tem uma capacidade de produção anual de 1.000 unidades e o diretor da Inzile AS na Noruega espera vender entre 50 e 100 veículos no país, em 2021″.

A Inzile qualificou-se, entre outras oito empresas, ao protocolo de Municípios e Regiões da Suécia (SKR) para a aquisição de veículos elétricos, que visa tornar mais fácil aos municípios adquirirem veículos elétricos de trabalho. 

Ragnar Åhgren diz que “a qualificação para o acordo da SKR mostra que temos uma solução competitiva que ajuda os municípios a mudar para o transporte livre de fósseis e criar cidades sustentáveis”. Acrescentou ainda que o primeiro camião elétrico já foi entregue à cidade de Sundbyberg, mostrando-se confiante na expansão rápida da experiência a outras partes do país.

Porsche Macan 100% elétrico em 2023

A versão 100% elétrica do Porsche Macan chegará em 2023. O novo Macan totalmente elétrico concluiu os testes iniciais no Centro de Desenvolvimento da Porsche, em Weissach, na Alemanha, e os protótipos camuflados da próxima geração do SUV compacto saíram esta semana das instalações da Porsche, para os primeiros testes em condições reais.

Os protótipos do Macan elétrico saem das instalações da Porsche para os primeiros testes em estradas abertas.

Nas palavras do diretor de engenharia da Porsche, Michael Steiner, este novo modelo Macan terá um aspeto mais moderno e desportivo, assegurando que a condução do novo elétrico corresponde ao que é esperado de um carro da marca. “Como o Taycan, o Macan totalmente elétrico, com sua arquitetura de 800 volts, oferecerá a típica Porsche E-Performance“, promete Steiner, referindo objetivos de desenvolvimento como autonomia alargada, carregamento rápido de alto desempenho e o melhor desempenho da classe: “O Macan totalmente elétrico será o modelo mais desportivo do seu segmento”.

Algumas versões deverão estar equipadas com baterias de 100 kWh, recorrendo à plataforma elétrica PPE do Grupo Volkswagen. Steiner descarta uma versão híbrida plug-in (PHEV) do Macan e diz que o principal objetivo da marca é “reduzir o peso e o tempo de carregamento dos atuais 20 minutos”, bem como aumentar ligeiramente a autonomia. Steiner garante que metade das vendas da Porsche, em 2025, serão EV ou PHEV.

Michael Steiner garante que o Macan será o SUV elétrico com melhor performance do mercado.

Quando for lançado, em 2023, o Porsche Macan totalmente elétrico terá percorrido cerca de três milhões de quilómetros de testes, em estradas de todo o mundo.

Mercedes desvenda o monovolume EQT

A Mercedes-Benz revelou o concept de um novo monovolume elétrico, o EQT, não tendo, no entanto, definido prazo para o início da produção.

O conceito divulgado pela Mercedes tem cerca de 4,95 metros de comprimento – apesar de o design afilado o faça parecer mais comprido – e 1,86 de largura. Tem portas deslizantes em ambos os lados e tejadilho panorâmico. Na traseira existe um outra porta que facilita o acesso ao compartimento de carga.

Em caso de necessidade de espaço extra, os bancos da terceira fila podem ser rebatidos ou completamente retirados, deixando espaço suficiente para carga.

O fabricante alemão ainda não divulgou as especificações sobre a propulsão do veículo, mas confirmou os planos de trazer um Classe T para a produção com base neste conceito, com uma versão elétrica que sucederá a uma versão a gasolina.

Marcus Breitschwerdt, diretor da Mercedes-Benz Vans, explicou: “Estamos a expandir o nosso portfólio no segmento das pequenas carrinhas com a próxima Classe T. Esta atrairá famílias e todos os clientes particulares, independentemente da sua idade, que gostam de atividades de lazer e precisam de muito espaço e variabilidade máxima sem renunciar ao conforto e estilo”.

A nova Classe T será lançada no mercado em 2022, complementando o portfólio no segmento das pequenas carrinhas, juntamente com o furgão Citan, que estreia este ano uma versão totalmente elétrica. 

114,5 milhões para modernizar o Metro de Lisboa

O consórcio integrado pela Siemens Mobility e Stadler ganhou um contrato no valor de 114,5 milhões de euros para fornecer um sistema de sinalização de última geração e uma nova frota de carruagens modernas ao Metropolitano de Lisboa.

A Stadler fornecerá 14 carruagens triplas, desenhadas com uma metodologia modular para facilitar a manutenção. A sua carroçaria de aço inoxidável proporciona um baixo peso e uma grande resistência, e cada lado da carruagem terá três portas duplas, possibilitando a entrada e saída dos passageiros, de forma rápida e simples. 

Os veículos têm 49,6 metros de comprimento e 2,78 metros de largura. Estão equipados com 90 assentos – dois para Pessoas de Mobilidade Reduzida –, dispostos numa configuração longitudinal, permitindo uma capacidade para 450 pessoas.

Ansgar Brockmeyer, Vice-Presidente Executivo de Marketing e Vendas do Grupo Stadler não esconde o entusiasmo e orgulho por “ter a oportunidade de, em parceria com a Siemens Mobility, apoiar o Metropolitano de Lisboa nos seus esforços de modernização da frota. Este novo contrato corrobora o êxito da nossa estratégia e posiciona-nos como uma referência mundial no fornecimento de soluções para uma mobilidade urbana sustentável”.

Por sua vez, a Siemens Mobility instalará o seu sistema Communications-Based Train Control (CBTC), Trainguard MT, em 70 unidades da atual frota do Metro de Lisboa e nas novas 14 unidades fornecidas pela Stadler nas linhas Azul, Amarela e Verde, substituindo os atuais equipamentos. Esta tecnologia fornece informação em tempo-real da posição do veículo e condições de velocidade operando no princípio de cantão móvel, permitindo aos operadores do Sistema o aumento seguro do número de veículos por linha e, consequentemente, mais passageiros. 

Para Andre Rodenbeck, CEO da Unidade de Negócio Infraestruturas Ferroviárias da Siemens Mobility “a instalação do sistema CBTC da Siemens aumentará a disponibilidade, fiabilidade e eficiência do serviço prestado pelo Metropolitano de Lisboa, cumprindo com os elevados padrões de qualidade e segurança requeridos pelo operador”.

O contrato inclui a capacitação técnica para a operação e manutenção, bem como a manutenção preventiva e corretiva de todo o equipamento durante os primeiros três anos, assim como o fornecimento de peças de substituição e consumíveis necessários para a manutenção preventiva durante os dois anos seguintes. O período de entrega estabelecido é de 77 meses, com a colocação ao serviço prevista para agosto de 2027.

Este sistema de controlo automático de comboios mais amplamente implementado no mundo e está atualmente em utilização em Singapura, Turquia, Brasil, Espanha e China.

LiveWire: a nova marca ‘elétrica’ da Harley-Davidson

A Harley-Davidson anunciou que as suas motas elétricas passarão a ser comercializadas através da marca LiveWire, uma nova divisão da empresa.

O nome LiveWire deriva da Harley-Davidson LiveWire, a primeira mota elétrica produzida pela marca norte-americana. A mota passou vários anos em desenvolvimento antes do seu lançamento comercial, em 2019. Desde então, tornou-se o modelo elétrico mais vendido nos EUA, de acordo com a empresa. Nos últimos anos, as motas elétricas têm vindo a despertar interesse nos consumidores, sobretudo os mais jovens, tendo um estudo demonstrado que mais de metade dos jovens motociclistas consideraram mudar para a mobilidade elétrica.

O Diretor Executivo da Harley-Davidson Jochen Zeitz admitiu à imprensa que “a Estratégia Hardwire é liderar no setor elétrico – ao lançar a LiveWire como uma marca totalmente elétrica, estamos a aproveitar a oportunidade para liderar e definir o mercado em VE”. 

A Harley-Davidson também anunciou que o lançamento do primeiro produto lançado pela marca LiveWire tem data marcada para o verão, a 8 de julho deste ano, não se sabendo ainda se este será um relançamento da já existente Harley-Davidson LiveWire, agora sob a nova marca, ou se será um modelo elétrico totalmente novo.

A H-D deixou ainda claro que a LiveWire irá concentrar-se no mercado urbano, um movimento que se revelou popular entre os primeiros fabricantes de motociclos e scooters elétricas. Os motociclistas urbanos não precisam de autonomias alargadas, permitindo aos fabricantes conceber veículos em torno de baterias e motores mais pequenos e económicos. Os preços dramaticamente mais baixos deverão ajudar as perspetivas da LiveWire junto dos condutores mais jovens.

A empresa deixa no ar a possibilidade de incluir outros veículos, como scooters elétricas. A Harley-Davidson já revelou um conceito de design de scooters elétricas que foi recebido com interesse significativo, embora o processo de desenvolvimento tenha estado parado, nos últimos anos. 

Esta não é primeira vez que a Harley-Davidson cria uma divisão autónoma dedica a um tipo exclusivo de produtos. O mesmo aconteceu anteriormente, quando a marca norte-americana abriu a Serial 1, dedicada às bicicletas elétricas.

O estado norte-amerciano da Califórnia receberá o primeiro showroom da nova marca que, posteriormente, abrirá em mais locais.

Entrevista: Fernando Diogo, membro da Direção do Ecar Show

Entrevista: Fernando Diogo, membro da Direção do Ecar Show

O Green Future AutoMagazine conversou com Fernando Diogo, membro da Direção do Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico. No final de maio, decorrerá a 3ª edição deste evento no jardim do Arco do Cego, em Lisboa, e na qual o Green Future AutoMagazine é a Revista Oficial.

Como é que surgiu a ideia de criar o Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico? 

Foi o desenvolvimento natural do conceito, que arrancou no Porto em 2017. Além disso, após o sucesso das primeiras edições recebemos solicitações das marcas e do nosso patrocinador principal, a GALP, para desenvolver o conceito em Lisboa

Qual é o maior desafio que a organização de um evento desta dimensão acarreta? 

Nesta altura especifica organizar o evento do ponto de vista das medidas necessárias dada a situação pandémica, sem dúvida e também do ponto de vista da promoção do evento. Temos de encontrar formas eficazes de comunicar que temos implementadas todas as medidas preconizadas pelas autoridades de saúde e procuramos ir mais além, para que todos se sintam seguros.

Os veículos elétricos já são muito comuns, mas ainda há algumas dúvidas e incertezas por parte do público geral sobre eles, principalmente a questão da autonomia, métodos de carregamento e benefícios. Qual o papel de eventos como o Ecar Show no esclarecimento destas e de outras dúvidas, mas também na divulgação e no apoio da transição para estas escolhas mais verdes?

Pelo que julgo saber atingiu-se recentemente 16% de cota de mercado para este tipo de veículos, o que é sem dúvida uma evolução positiva. O evento procura reunir além das marcas que comercializam este tipo de veículos, outros atores do setor que oferecem soluções e repostas aos potenciais interessados. O nosso papel é, assumidamente, o da promoção da mobilidade verde no sentido de trazer novos consumidores para o setor, apesar de a pandemia ter limitado de alguma forma a nossa forma de trabalho, seja pela limitação de lotação dos recintos, seja pela inviabilidade de realizar seminários e outras ações de divulgação e esclarecimento das principais dúvidas dos consumidores.

Relativamente ao que os visitantes poderão encontrar neste Salão, pode adiantar-nos quais as marcas que vão estar presentes? Haverá alguma novidade em comparação com os anos anteriores?

Os interessados poderão encontrar quase todas as marcas que comercializam este tipo de veículos no evento e continuamos a ter o apoio da GALP, como “Main Sponsor” do evento. E sim, teremos algumas novidades quer ao nível de marcas presentes, como são os casos da Toyota, da Lexus, e da Tesla que regressam e também estreias absolutas como a Skoda que apresentará no Salão o seu primeiro modelo elétrico além dos modelos da Peugeot e Mitsubishi.

Para além da exposição dos veículos, há outras atividades a decorrer?

O Test Drive GALP ELECTRIC será a principal atividade a decorrer em paralelo. Trata-se da possibilidade de testar os modelos em exposição em condições reais de condução na cidade. Por razões que se prendem com a atual situação, não teremos como habitualmente, seminários ou conferências de esclarecimento.

Esta é já a 2ª edição do evento a realizar-se no jardim do Arco do Cego, em Lisboa. Porquê este local?

Procuramos um local central, com boas acessibilidades de transportes públicos e a antiga estação de recolha dos elétricos pareceu-nos uma boa solução, até pelas características do edifício, semiaberto, que nesta altura contribui para aumentar a sensação de conforto de todos os intervenientes. Além disso, trata-se de património da cidade o que confere muita personalidade ao conceito.

Este evento acontece numa altura delicada, devido à situação pandémica que vivemos. Que medidas foram adotadas para segurança de todos os membros colaboradores, expositores e visitantes?

Todas as preconizadas pelas autoridades de saúde, como o controlo de lotação, que é efetuado em tempo real com recurso a meios eletrónicos, a desinfeção de mãos e o controlo de temperatura dos visitantes à entrada, a distanciamento social promovida pela sinalética colocada, os percursos dos visitantes controlados por forma a garantir esse mesmo distanciamento, o recursos à venda de ingressos on line assim como os convites fornecidos às empresas expositoras, etc. Todas as medidas enumeradas associadas ao facto de o próprio local ter condições de circulação do ar como se tratasse de um espaço ao ar livre garantem que as melhores condições de segurança estão asseguradas.

MAN testa tecnologia solar no furgão elétrico eTGE

A Sono Motors e a MAN Truck & Bus anunciaram um acordo para explorar a integração da tecnologia solar da Sono na carrinha elétrica eTGE da MAN. As empresas começarão o projeto com três aplicações distintas, incluindo sistemas de ar condicionado e refrigeração. Se for bem-sucedida, esta combinação pode servir outros propósitos em aplicações comerciais e de consumo.

Num comunicado à imprensa, a Sono Motors anunciou que assinou uma carta de intenções com a MAN para “investigar a viabilidade técnica e económica de integrar a tecnologia Sono Solar na carrinha elétrica eTGE da MAN”. As empresas planeiam desenvolver três aplicações distintas de implementação solar na carrinha: um furgão fechado MAN eTGE, um MAN eTGE com um sistema de ar condicionado montado no tejadilho e um MAN eTGE com sistema de refrigeração.

A Sono Motors concentrar-se-á em conseguir uma maior autonomia no caso da carrinha MAN, ou fornecimento de energia autossuficiente para componentes auxiliares, como sistemas de AC e refrigeração. 

Jona Christians, cofundador e CEO da Sono Motors, disse: “A nossa tecnologia Sono Solar oferece uma plataforma leve e adaptável, ideal para veículos comerciais leves, como o eTGE da MAN”.

Devido à maior área de superfície do furgão MAN eTGE em comparação com os veículos de passageiros, os painéis solares da Sono Motors são particularmente adequados para aplicações comerciais, como entregas last mile

Em caso de sucesso, a tecnologia solar pode reduzir potencialmente os requisitos de energia e os intervalos de carregamento necessários, permitindo autonomias substancialmente maiores.