fbpx

Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Soc. Com. C. Santos discute eletrificação de veículos comerciais ligeiros

A Sociedade Comercial C. Santos promove, na próxima quarta-feira, 18 de janeiro, às 11 horas, uma conversa digital sobre a eletrificação dos veículos comerciais ligeiros.

Com o tema “Desafios da eletrificação no transporte urbano de passageiros e mercadorias”, esta nova SocTaolks irá contar com responsáveis de organismos e empresas com necessidades quotidianas de viaturas comerciais ligeiras: Adelina Rodrigues, chefe da Divisão de Energia e Mobilidade da Câmara Municipal da Maia; Pedro Correia, responsável de formação operacional da DPD Portugal; Tânia Monteiro, diretora de operações da Living Tours; e Aquiles Pinto, relações públicas da Sociedade Comercial C. Santos. A conversa será moderada por Carlos Moura, jornalista e representante português no júri dos prémios ‘International Van of the Year’ e do ‘International Pick-Up Award’.

A ação será transmitida em direto nas redes sociais da Sociedade Comercial C. Santos, canais através dos quais será possível colocar questões aos participantes.

“A eletrificação é discutida há alguns anos nos automóveis de passageiros, mas é um tema mais recente nas viaturas comerciais ligeiras, não obstante este tipo de veículo ter uma utilização muito aplicada ao ambiente urbano, onde as emissões e o ruído serão cada vez mais escrutinadas. Contar com a ajuda de representantes de organismos e empresas que têm grande experiência no recurso a vans para elucidar o público sobre esta temática é excelente”, refere o relações públicas da Sociedade Comercial C. Santos, Aquiles Pinto.

Esta será a sétima edição das SocTalks, os debates digitais e presenciais promovidos pela Sociedade Comercial C. Santos, pequenas conversas informais concebidas para, de forma simples, esclarecer o público sobre questões relevantes para a mobilidade e para a economia. As várias SocTalks estão, também, disponíveis em formato podcast nas redes sociais do concessionário Mercedes-Benz e smart.

Jeep abre encomendas para o novo Avenger 100% elétrico

Depois da versão exclusiva First Edition, que recebeu mais de 10.000 reservas online, a Jeep abriu agora as encomendas para toda a gama Avenger, o seu primeiro SUV totalmente elétrico.

Além de ser o primeiro automóvel Jeep com emissões nulas, o Avenger é o novo ponto de entrada na gama Jeep. De acordo com a marca, o novo SUV é indicado para pessoas ativas que procuram um veículo com dimensões compactas e funcionalidades tecnológicas de vanguarda.

O modelo foi concebido para se adequar às necessidades dos clientes europeus, apresentando-se com um design que integra elementos que reduzem os danos causados por impactos a baixa velocidade, as dimensões mais compactas da gama – 4,08 metros de comprimento –, 34 litros de volume de armazenamento no interior do habitáculo e bagageira de 355 litros e de mais de um metro de largura de acesso.

A bateria de 54 kWh oferece uma autonomia até 404 km no ciclo WLTP, que se estende até 550 km em circuito urbano. Ao utilizar um cabo Mode 4 de 100 kW CC num posto de carregamento rápido, recupera de 20% a 80% da carga em 24 minutos. Três minutos garantem 30 km de autonomia adicional, a distância média diária percorrida pelos condutores europeus.

O Jeep Avenger está equipado com um motor elétrico no eixo dianteiro que oferece 115 kW (156 cv) de potência e binário de 270 Nm. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 9 segundos.

O Avenger é também o primeiro veículo da Jeep equipado de série com Selec-Terrain e Hill Descent Control, sistemas que, em conjunto com a distância ao solo de 200 mm, e os 20 e 32 graus de ângulo de ataque e de saída, respetivamente, conferem “capacidade de todo-o-terreno inesperada no segmento”, nas palavras da marca.

A Jeep garante que a gama foi concebida para reduzir o nível de complexidade nas escolhas do cliente: existem três níveis de equipamento – Longitude, Altitude e o topo de gama Summit –, sete cores de carroçaria e cinco packs de personalização. Está disponível a partir de 37.800 euros e as primeiras entregas estão previstas para o segundo trimestre de 2023.

Suzuki planeia SUV elétrico para 2025

A Suzuki apresentou hoje o eVX, um SUV conceptual totalmente elétrico que deverá evoluir para o primeiro automóvel elétrico estratégico da marca japonesa, a ser introduzido no mercado em 2025.

A apresentação do Suzuki eVX teve lugar na Auto Expo 2023, que decorre em Nova Deli, na Índia. O fabricante japonês não revelou muitos detalhes sobre o conceito: além das dimensões – 4,300 mm de comprimento, 1,800 mm de largura e 1,600 mm de altura –, sabe-se apenas que está equipado com uma bateria de 60 kWh, o que lhe confere uma autonomia de 550 km, de acordo com o ciclo MIDC (Modified Indian Driving Cycle).

A Suzuki oferece modelos SUV com tecnologia híbrida, como o Grand Vitara e o S-Cross, em vários países do mundo. De acordo com a marca japonesa, o eVX é um modelo BEV que combina a tradição da Suzuki no domínio dos 4×4 com os recursos avançados dos mais recentes BEV, trazendo o seu legado offroad para a era elétrica.

Toshihiro Suzuki, CEO da marca nipónica, declarou aos jornalistas estar “muito feliz” com a apresentação do eVX, o primeiro EV estratégico global da Suzuki, acrescentando: “No Grupo Suzuki, abordar o aquecimento global é uma prioridade. Estamos a promover uma série de medidas globais para reduzir as emissões de gases de efeito de estufa. A Suzuki continuará a fornecer produtos valiosos para os nossos clientes em todo o mundo, otimizando-os para a forma como diferentes pessoas vivem e conduzem”.

Grupo Renault e PUNCH Torino colaboram em motores diesel de baixas emissões

A Renault anunciou um acordo vinculativo com a PUNCH Torino, empresa de sistemas de propulsão e eletrónica. As duas entidades vão cooperar no desenvolvmento de motores diesel de baixas emissões para veículos comerciais ligeiros.

As equipas de engenharia do Grupo Renault continuarão a desenvolver motores diesel de baixas emissões para veículos utilitários e também colaborarão com os recursos da engenharia da PUNCH. As duas empresas unem forças para o desenvolvimento das variantes Euro VI e Euro VII dos motores diesel Renault de 4 cilindros para veículos comerciais leves, em produção a partir de 2025.

A PUNCH Torino poderá comprar, utilizar e vender os atuais e futuros motores diesel de 4 cilindros da Renault, que serão produzidos na fábrica de Cléon, na Normandia.

Segundo o comunicado, a PUNCH beneficiará da experiência de longo prazo do Grupo Renault na produção de motores e do conhecimento técnico das equipas em Cléon, oferecendo “os melhores motores a diesel da categoria” de acordo com os regulamentos europeus. Por sua vez, o Grupo Renault beneficia da competência de engenharia e da experiência de mais de quinze anos da PUNCH Torino no desenvolvimento de motores.

Este acordo para os motores diesel insere-se no âmbito do ‘projeto Horse’, enquadradoe na reformulação de unidades de negócio anunciada pela Renault em novembro, que contempla uma joint-venture com a chinesa Geely para motores térmicos e tecnologia híbrida. O fabricante francês procura assim separar as atividades ligadas à eletrificação das suas operações ligadas às tecnologias ‘tradicionais.

A propósito deste acordo de cooperação, o vice-presidente da Renault Engineering, Gilles Le Borgne, comentou: “Temos o prazer de estabelecer uma parceria com a PUNCH Torino, que comprará motores diesel de 4 cilindros Renault para os seus clientes de veículos comerciais ligeiros. É uma prova concreta da relevância do ‘projeto Horse’ que abre novas oportunidades de mercado. Compartilhar competências e investimentos é fundamental para desenvolver motores ICE de baixas emissões que atendam às futuras regulamentações europeias e forneçam aos nossos clientes as melhores soluções da categoria, reduzindo o impacto no meio ambiente”.

Inception Concept: o futuro do automóvel segundo a Peugeot

A Peugeot apresentou recentemente o Inception Concept, um automóvel elétrico conceptual que representa a visão da marca para os seus futuros veículos elétricos.

O manifesto servirá de inspiração para o desenvolvimento dos futuros produtos da marca, incluindo os modelos mais compactos, a partir de 2025, altura em que a Peugeot pretende começar a integrar a maior parte das inovações reveladas no Inception Concept nos veículos de produção.

“A Peugeot está empenhada na eletrificação da sua gama. Em 2023, 100% dos veículos da gama serão eletrificados e, nos próximos dois anos, serão lançados cinco novos modelos 100% elétricos. A nossa ambição é simples: fazer da Peugeot a marca elétrica líder na Europa em 2030. Esta visão objetiva e ambiciosa abre o caminho para uma transformação radical da marca. Ela é representada hoje no Peugeot Inception Concept, que marca o início de uma nova era”, afirmou Linda Jackson, CEO da marca francesa.

O Peugeot Inception Concept foi concebido sobre a plataforma monobloco STLA Large, uma das quatro futuras plataformas BEV-by-design dedicadas do grupo Stellantis – as outras denominam-se STLA Small, STLA Medium e STLA Frame. Apresenta-se com um comprimento de 5.000 mm e 1.340 mm de altura, com um perfil de berlina e linhas elegantes e dinâmicas.

Está equipado com tecnologia de 800 V e uma bateria de 100 kWh, que permite uma autonomia de 800 km graças a níveis médios de consumo na ordem de 12,5 kWh por 100 km.

A bateria carrega o equivalente a 30 km de autonomia por minuto, ou 150 km em cinco minutos. O Inception Concept pode ser carregado por indução, dispensando a utilização de um cabo de ligação.

Dois motores elétricos compactos, um à frente e outro atrás, fazem do Peugeot Inception Concept um veículo de tração integral com uma potência combinada próxima de 500 kW (680 cv). A aceleração de 0 a 100 km/h cumpre-se em menos de 3 segundos.

Os grandes destaques deste manifesto da Peugeot residem contudo nas inovações a nível de design. De acordo com a marca, o desafio reside no contraste entre um perfil dinâmico “para uma postura felina” e o habitáculo Skyspace, concebido como uma cápsula de vidro: 7,25 m2 de superfície vidrada com tratamento multicromático com óxidos metálicos — processo utilizado pela NASA nas viseiras dos capacetes dos astronautas – para criar “uma ligação subtil entre o exterior e o interior” do automóvel.

O para-choques frontal adota uma nova assinatura de luz Peugeot que incorpora as três garras que são emblema da marca. Esta nova face dianteira funde a grelha frontal e a parte de assinatura num único objeto que também recebe os sensores, sendo composta por uma única peça de vidro com o logótipo no centro. Os quatro módulos óticos estão alojados sob esta ‘máscara’ de vidro.

Nas laterais do Peugeot Inception Concept, a ‘Tech Bar’ que atravessa horizontalmente as portas emite mensagens para o exterior do veículo quando o condutor e os passageiros se aproximam. Através de recursos de Inteligência Artificial, o veículo reconhece o condutor, aplicando as configurações de conforto (regulação do banco, temperatura, modo de condução e preferências multimédia) desejadas.

Para além do nível de carga da bateria, a “Tech Bar” integra as habituais mensagens de boas-vindas e de despedida, bem como os numerosos sensores e radares, permitindo que a carroçaria se mantenha completamente lisa, desprovida destes elementos técnicos.

As jantes ‘AeroRim’ do Inception Concept são concebidas sobre uma simetria axial, com inserções forjadas que contribuem para o esforço aerodinâmico. O emblema iluminado no centro da roda permanece estático enquanto a jante e o pneu rodam e, no interior, a pinça do travão é coberta com vidro espelhado.

A tinta exterior do Inception Concept é composta por uma única camada pigmentos metálicos muito finos, que se traduz num menor consumo de energia durante a sua aplicação.

O automóvel adota ainda um elemento de carroçaria móvel em frente ao para-brisas, um pequeno capô que cobre a área técnica do ‘Aero Tech Deck’, que concentra todas as funções de manutenção da parte elétrica, incluindo a tomada de carga e respetiva monitorização.

No interior do habitáculo, a Peugeot renova o seu conceito de arquitetura i-Cockpit. Mais do que o design minimalista que elimina o painel de bordo, os materiais renováveis e os “bancos imersivos”, o destaque vai imediatamente para o sistema de controlo Hypersquare, uma reinvenção do volante tradicional inspirada nos videojogos.

Do tipo Steer-by-Wire, em que a coluna de direção é substituída por comandos eletrónicos, a marca francesa garante que o sistema oferece sensações melhoradas a bordo graças a uma experiência de condução ágil e intuitiva, e uma “ergonomia extrema” que “cria uma forma nova, natural, mais simples e segura de condução”.

O Hypersquare é assim, simultaneamente, o comando de direção – o volante – e um ecrã que inclui células circulares nos quatro cantos, onde estão colocados os comandos elétricos digitais para ativação dos controlos do veículo por impulsos simples do polegar, numa lógica similar à utilização de um smartphone.

O comando Hypersquare – que a Peugeot pretende introduzir num dos seus veículos de produção antes do final da década – é combinado com um ecrã flexível e circular em segundo plano, que exibe informação de condução ou de infoentretenimento a 360°, incluindo aos passageiros que se aproximam da viatura – um conceito de comunicação externa e de partilha e “uma nova visão automóvel”, nas palavras da marca francesa.

Stellantis lança unidade de negócio para impulsionar oferta de serviços conectados e dados

A Stellantis aproveitou a edição de 2023 do CES – Consumer Electronics Show, que terminou ontem em Las Vegas, para anunciar a criação de uma nova unidade de negócio independente, dedicada ao ao desenvolvimento e licenciamento de produtos, aplicações e serviços B2B (Business-to-Business) baseados em dados recolhidos dos seus veículos, de acordo com um modelo de Dados como Serviço (DaaS – Data as a Service)

A nova unidade de negócio, batizada de Mobilisights, explorará os dados dos 34 milhões de veículos conectados que a Stellantis pretende ter na estrada no final da década, para criar um portefólio de produtos e aplicações que estarão disponíveis para entidades distintas, onde se incluem empresas privadas, serviços públicos, e instituições de ensino e investigação.

A Mobilisights é uma das sete unidades de negócio anunciadas no plano estratégico ‘Dare Forward 2030’ da Stellantis e, de acordo com a empresa, representa um passo importante nos seus esforços de crescimento e aceleração dos seus negócios de software e de dados.  

A estratégia de software da Stellantis visa implementar plataformas tecnológicas de última geração, aproveitando os recursos existentes dos veículos conectados para transformar a forma como os clientes interagem com os mesmos. A empresa espera que esta estratégia, da qual a Mobilisights será uma peça fundamental, deverá gerar cerca de 20.000 milhões de euros em receitas anuais suplementares até 2030.

A Mobilisights e os seus parceiros irão operar dentro de uma política de privacidade e de gestão de dados muito rígida, incluindo a utilização de dados anónimos e agregados, apenas partilhando os dados pessoais de clientes com o seu expresso consentimento e apenas para os serviços específicos da sua escolha. Os clientes também poderão optar por cancelar a recolha, utilização ou partilha das informações.

“A Mobilisights tem como visão contribuir para a criação de um mundo mais inteligente, aproveitando as informações que os dados dos veículos fornecem para inspirar o desenvolvimento de aplicações e de serviços inovadores, que podem transformar e melhorar drasticamente a vida quotidiana de utilizadores e de empresas”, afirmou Sanjiv Ghate, CEO da nova empresa do grupo Stellantis.

“Aproveitados de uma forma eficaz, os sensores e outros dados disponíveis a partir de veículos conectados poderão permitir uma ampla gama de serviços e de aplicações com benefícios inegáveis, que vão dos seguros personalizados baseados na utilização, até à deteção de riscos nas estradas, passando pela gestão de tráfego. Com as suas catorze marcas emblemáticas e milhões de veículos conectados, a Stellantis conta com um volume de dados global inigualável, capaz de impulsionar esta área de negócio”, concluiu Ghate.

Renault Kangoo E-Tech 100% Electric disponível para encomenda

A Renault abriu o período de encomendas da versão de passageiros totalmente elétrica do novo Kangoo, que chegará aos concessionários da marca francesa em Portugal no próximo mês de março.

A Renault posiciona o Kangoo E-Tech 100% Electric como um automóvel destinado aos condutores que valorizam os os fins-de-semana e as férias em família ou com os amigos, mas também um automóvel funcional para as deslocações do quotidiano e/ou necessidades profissionais.

Exteriormente, o Renault Kangoo E-Tech 100% Electric apresenta uma nova imagem, estando disponível com a assinatura luminosa em LED, barras de tejadilho longitudinais multifunções e jantes de liga leve de 17 polegadas.

O conceito combi familiar é claramente revelado pela porta lateral traseira deslizante, o espaço interior totalmente modulável, cinco lugares para passageiros que beneficiam de outros tantos bancos individuais, um volume mínimo da bagageira é de 775 litros – pode chegar aos 2.500 litros com o deslizamento da segunda fila de bancos, um exclusivo da versão elétrica – e os 49 litros totalizados pelos vários espaços de arrumação no habitáculo.

A nível de de equipamentos, estão disponíveis, entre outros, o painel de instrumentos digital de 10 polegadasm, o sistema Easy Link, com navegação incluída, associado a um ecrã de oito polegadas, carregador de smartphones por indução; mesas tipo ‘avião’ nas costas dos bancos dianteiros, ar condicionado automático bi-zona e bancos dianteiros aquecidos.

O novo Renault Kangoo E-Tech 100% Electric está equipado com um motor de 90 kW (120cv) de potência e 245 Nm de binário,associado a uma bateria de 45 kWh, que beneficia de uma garantia de 8 anos ou 160.000 km. A autonomia atinge 285 km (ciclo WLTP), sendo que a travagem beneficia do ARBS (Adaptative Regenerative Brake System), um sistema que maximiza a energia recuperada e que disponibiliza três modos de travagem regenerativa.

No capítulo da segurança ativa, o novo Renault Kangoo E-Tech 100% Electric pode disponibilizar 14 sistemas avançados de ajuda à condução, incluindo condução autónoma de nível 2.

Para recarregar a bateria, o novo Kangoo E-Tech Elétrico propõe três tipos de carregadores embarcados: um carregador de 11 kW AC trifásico, adequado para utilização em contexto doméstico, um carregador rápido trifásico de 80 kW DC para carregamentos rápidos nos postos públicos, que permite recuperar 170 km de autonomia (ciclo WLTP) em 30 minutos, e um carregador de 22 kW AC para carregamentos acelerados em estações de carregamento públicas.

Estão disponíveis três versões de equipamento. A versão Authentic, a partir de 48.412 € (IVA incluído), oferece o equipamento essencial necessário para os clientes que procuram uma dupla utilização pessoal/profissional. A versão Equilibre, a partir de 49.470 €, é descrita pela Renault como a solução para as instituições que querem oferecer um serviço de transporte de passageiros de qualidade, confortável e económico. Finalmente, a versão Techno, desde 51.290 €, adequa-se a famílias ou profissionais independentes que procuram conforto e segurança, com um design diferenciador, de acordo com a marca francesa.

‘Vehicle-to-Grid’

Opinião de Stefan Carsten

A mobilidade e a energia estão cada vez mais ligadas. Os veículos elétricos funcionam como dispositivos de armazenamento de energia e servem para estabilizar a rede elétrica. Ao mesmo tempo, estão a emergir novos modelos de negócios resultantes da possibilidade de fornecer energia à rede.

O novo sistema de convergência: mobilidade e energia

A convergência entre mobilidade e energia progride cada vez mais. As razões para isto são óbvias. As duas grandes tendências estão a diversificar-se e a diferenciar-se com um alcance sem precedentes: desde as ofertas centralizadas e descentralizadas, até a uma base energética fóssil e pós-fóssil. Onde antes haviam apenas carros, bicicletas e transportes públicos, existem agora dezenas de alternativas e pontos de acesso num mundo dividido, concebido para a partilha em vez da propriedade. Onde antes haviam apenas centrais nucleares e de carvão, existem agora milhares de centrais fotovoltaicas e turbinas eólicas numa rede baseada em energias renováveis.

Uma perspetiva integrada que tenha estas tendências em conta é fundamental para dar ao eminente sistema de convergência um futuro de sucesso, sucesso este medido pela sua aceitação e sustentabilidade. Neste sentido, um dos elementos mais importantes são as baterias, dos veículos elétricos. É aqui que oferta e procura, produção e consumo, mobilidade e imobilidade se encontram e criam novos acessos.

Este acesso é mais urgente do que qualquer outra alternativa. A mobilidade vehicle-to-grid fornece respostas às questão prementes da nossa era de mobilidade: O que acontece quando cada vez mais automóveis elétricos utilizam a rede elétrica tradicional? O que acontece quanto a rede está já sobrecarregada pelas altas temperaturas do verão ou pelas baixas temperaturas do inverno? O que acontece quando existe pouca energia disponível na rede quando as energias renováveis não conseguem produzir eletricidade suficiente?

Neste contexto, uma rede descentralizada de sistemas de armazenamento de energia e centrais energéticas virtuais baseadas em automóveis elétricos desempenhará um papel decisivo na transição energética e na mobilidade. Isto é a mobilidade V2G.

Vehicle-to-Home, Vehicle-to-Grid, Vehicle-to-X

Os carros já não são apenas um meio de transporte; estão cada vez mais integrados na infraestrutura energética. Quando um veículo elétrico é totalmente carregado numa garagem (os carros passam, por norma, 95% do tempo estacionados) e os moradores ficam sem eletricidade ou esta é demasiado cara, a bateria do automóvel oferece a possibilidade de alimentar os dispositivos de iluminação, o frigorífico, ou garantir até a totalidade do fornecimento de energia através da bateria. E se a procura aumentar subitamente – porque todos querem ligar o ar condicionado numa vaga de calor ou o aquecedor durante uma vaga de frio – as empresas de fornecimento de eletricidade podem pagar aos consumidores pelo excesso de energia armazenado nas baterias através da ligação direta do automóvel à rede.

Isto é denominado de carregamento bidirecional ou vehicle-to-grid, e é encarado com um dos aspetos decisivos da transição energética e da mobilidade: quando os automóveis eléctricos estão ligados à rede em alturas de pico, podem devolver-lhe eletricidade, e aliviá-la e estabilizá-la em períodos de maior procura. Termina assim o debate sobre as centrais nucleares e de carvão como salvaguarda das energias renováveis, quando estas não estão disponíveis.

Estas capacidades energéticas são urgentes – afinal, os cenários otimistas-realistas indicam que o mercado global de automóveis elétricos superará 200 milhões de veículos em 2030. Isto requer um sistema energético inteligente, porque se os automóveis forem carregados e descarregados sem consideração pelas redes de energia e as suas capacidades, põem em risco a estabilidade e fiabilidade da rede geral.

Este interface veículo-rede é atualmente o foco de esforços de investigação e desenvolvimento no campo da sustentabilidade energética. Se a carga e a descarga ocorrerem de forma controlada, o interface pode servir como ferramenta para garantir a estabilidade da rede. Os carregamentos podem ser agendados para períodos em que a eletricidade é mais limpa, mais barata e mais abundante. Estas trocas são a base de novos modelos de negócio e de um novo sistema móvel de energia.

Os carregadores bidirecionais estão longe de se tornarem comuns e são ainda bastante caros, uma vez que necessitam de hardware adicional. Mas os fabricantes de automóveis e outras empresas estão a começar a introduzi-los, para ajudarem os proprietários de veículos elétricos a contribuir para a rede, ou armazenar e depois converter eletricidade para as suas próprias necessidades: o novo Ford F-150 pode fornecer energia a uma casa até três dias – uma vantagem importante na futura distopia das alterações climáticas; a Volkswagen promoveu as capacidades de carregamento bidirecional nos seus mais recentes e nos próximos veículos elétricos; e recentemente, a Nissan aprovou o primeiro carregador bidirecional para o Leaf, um modelo que está à venda há quase 12 anos.

Em resposta às falhas de energia em larga escala que ocorreram na China, no verão de 2022, em virtude das elevadas temperaturas, o fabricante chinês NIO começou a testar a devolução de energia às redes locais através de estações de troca de baterias. O teste envolveu quinze estações em Hefei e, como resultado, a carga de eletricidade desta central elétrica virtual foi ajustada em 8 MWh durante cinco dias, o que equivaleu a uma poupança de eletricidade em tempo real para mais de 3.000 habitações. A NIO opera mais de mil estações de troca de baterias em toda a China. De acordo com a empresa, as suas estações atuais estão equipadas com treze ‘pacotes’ de baterias, que em conjunto fornecem uma capacidade de armazenamento de energia de 600 a 700 kWh, disponível em qualquer altura.

Através destes sistemas V2G, as habitações utilizarão energia armazenada nas baterias dos automóveis elétricos, e os fornecedores de energia podem compensar em picos de procura. Uma sinergia imbatível em tempos de alterações climáticas, de crise energética e de escassez de recursos.

Stefan Carsten, consultor e especialista na área do Futuro das Cidades e Mobilidade, vive o futuro há mais de vinte anos. É um dos responsáveis pelo início da transição da indústria automóvel de um setor centrado no veículo para um setor centrado na mobilidade. Vive e trabalha em Berlim.

Sony confirma produção de um automóvel elétrico

A joint-venture de mobilidade estabelecida em outubro entre a Sony e Honda revelou o seu primeiro veículo elétrico de produção no CES – Consumer Electronics Show, que teve hoje início na cidade norte-americana de Las Vegas.

O automóvel, que chegará ao mercado com a marca Afeela, tem produção confirmada numa das doze fábricas da Honda nos Estados Unidos. O período de pré-encomendas terá início em 2025, com as primeiras entregas a acontecerem naquele país a partir de 2026. Mais tarde, será também comercializado na Europa e no Japão.

O consórcio Sony Honda Mobility não revelou muitos detalhes acerca do protótipo apresentado no CES. Sabe-se apenas que tem um comprimento de 4.895 mm (3.000 mm entre eixos), 1.900 mm de largura e 1.460 mm de altura; suspensão de triângulo duplo à frente e multilink atrás; e tração integral, sendo assim de esperar que as especificações de desempenho não sejam muito diferentes dos protótipos anteriormente apresentados pela Sony: potência de cerca de 400 W, aceleração 0-100 km/h pouco menos de 5 segundos e velocidade máxima de 240 km/h.

Com seria de esperar num automóvel desenvolvido pela Sony, o Afeela procura destacar-se no panorama dos veículos elétricos pelo elevado nível tecnológico, aproveitando o conhecimento e experiência do gigante japonês nas áreas de entretenimento, conectividade e Inteligência Artificial.

O Afeela integra 45 sensores no exterior, incluindo câmaras, radar, sensores ultrassónicos e Lidar, hardware que permitirá a deteção de objetos e um nível avançado de automação.

No interior, a Sony Honda espera oferecer uma experiência ímpar de entretenimento e conectividade 5G, tendo estabelecido parcerias com a com a Qualcomm – o Afeela integra a plataforma Qualcomm Digital Chassis – e a Epic Games. A empresa promete atualizações constantes de software e avançou a ideia de integrar uma plataforma de gaming no automóvel, provavelmente com base na consola PlayStation 5. A Sony espera ainda que seu software inclua serviços de assinatura, portanto, os proprietários terão provavelmente de pagar para ter acesso a determinados recursos.

“O Afeela representa o nosso conceito de relacionamento interativo, onde as pessoas sentem a sensação de mobilidade interativa e onde a mobilidade pode detetar e entender as pessoas e a sociedade, utilizando sensores e tecnologias de IA”, afirmou Yasuhide Mizuno, CEO da Sony Honda Mobility.

Stellantis vai construir aeronaves elétricas

A Stellantis anunciou hoje um acordo para o fabrico do Midnight, um eVTOL (aeronave elétrica de descolagem e aterragem vertical desenvolvido pela Archer Aviation.

De acordo com o comunicado, a Stellantis irá trabalhar com a Archer para a construção da recém-anunciada infraestrutura de produção desta última, localizada em Covington, no estado norte-americano da Geórgia, na qual as duas empresas esperam começar a fabricar a aeronave Midnight em 2024.

O Midnight conta com uma capacidade de carga prevista superior a 1.000 libras (454 kg), podendo transportar quatro passageiros e um piloto. Com uma autonomia de 100 milhas (160 km), foi otimizado para viagens de curta distância, de cerca de 20 milhas (32 km), com um tempo de carregamento de aproximadamente 10 minutos entre elas.

A Stellantis afirma que esta é uma parceria única na indústria de mobilidade aérea urbana, permitindo aproveitar os pontos fortes e competências de cada uma das empresas, de modo a trazer a aeronave Midnight para o mercado: a Archer conta com a sua equipa eVTOL, mecânicas elétricas e especialistas certificados, enquanto a Stellantis contribuirá com tecnologia e experiência de produção, pessoal especializado e capital.

O acordo visa permitir a rápida expansão da produção de aeronaves para ir ao encontro dos planos de comercialização da Archer, permitindo que a empresa fortaleça o seu caminho para a comercialização, ajudando a evitar custos de centenas de milhões de dólares durante a fase de arranque da produção. O objetivo é que a Stellantis produza a aeronave eVTOL da Archer em série como seu fabricante exclusivo.  

Como sinal do seu compromisso nesta parceria, a Stellantis irá fornecerá um máximo de 150 milhões de dólares em capital social para possível utilização por parte da Archer, a seu critério, em 2023 e 2024, sujeito ao alcance de determinados objetivos de negócios que se esperam ser alcançados em 2023. A Stellantis pretende aumentar a sua participação estratégica através da futura aquisição de ações da Archer. Juntamente com os restantes elementos dessa parceria, essas ações permitirão que a Stellantis se torne num investidor de referência a longo prazo na Archer.

“Trabalhámos em estreita colaboração com a Archer nos últimos dois anos e mantenho-me impressionado pelo seu engenho e compromisso inabalável para com a entrega de resultados”, afirmou Carlos Tavares, CEO da Stellantis. “Aprofundar a parceria com a Archer como um investidor estratégico, através de planos de aumento da nossa participação, demonstra como a Stellantis supera os seus limites para providenciar uma liberdade sustentável em termos de mobilidade, das ruas e autoestradas até aos céus. Apoiar a Archer com a nossa experiência de fabrico é outro exemplo de como a Stellantis irá liderar o modo como o mundo se move”.

A Stellantis é parceira estratégica da Archer desde 2020, por via de várias iniciativas de colaboração e como investidora desde 2021. Durante este período, a Archer aproveitou a experiência profunda de fabrico, cadeia de abastecimentos e design da Stellantis, em conjunto com os esforços da Archer para elaborar, desenvolver e comercializar a sua aeronave eVTOL.