fbpx

Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

GFAM

Mazda leva gama eletrificada à Alfândega do Porto

A Mazda vai estar presente na sexta edição do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, que tem lugar entre amanhã e domingo, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

Serão quatro os concessionários Mazda envolvidos no SAHE – Auto Sueco Automóveis, MCoutinho, Cardan e Santos da Cunha II – e que irão proporcionar aos visitantes um primeiro contacto com os três modelos que a marca nipónica leva ao certame, não só nas habituais sessões de test-drive, por percursos desenhados nas imediações da Alfândega do Porto, como pela prestação das informações referentes a cada um.

A Mazda apostará assim em três automóveis que, segundo o comunicado, ilustram a sua actual estratégia em Portugal ao nível da hibridização e electrificação: o recém-lançado Mazda CX-60 PHEV, novo porta-estandarte da marca de Hiroshima e a sua primeira proposta na vertente dos modelos plug-in híbridos; o modelo 100% elétrcio Mazda MX-30; e o Mazda2 Hybrid, o mais recente modelo a integrar a sua oferta mild-hibrid.

O Mazda CX-60 2.5 e-Skyactiv PHEV, lançado em Portugal no início de Setembro e apontando ao segmento SUV premium, é o novo topo de gama da marca e representa a sua primeira proposta com tecnologia híbrida plug-in integral. É, de acordo com a Mazda, o automóvel de maior importância que introduz no mercado desde há cerca de uma década, associando o design exterior e interior inspirado no artesanato japonês às inovações tecnológicas “centradas no ser humano”, além de uma motorização “de estatuto mundial”.

Integrada na nova estrutura Skyactiv Multi-Solution Scalable Architecture da Mazda está a nova motorização plug-in híbrida, combinação de uma versão modificada do motor de quatro cilindros Skyactiv-G de 2,5 litros, a gasolina e de injecção direta (potência máxima de 141 kW/191 cv às 6.000 rpm; 261 Nm de binário às 4.000 rpm), com um motor elétrico de grande dimensão (129 kW/175 cv de potência e 270 Nm de binário, também às 4.000 rpm), associado a uma bateria de iões de lítio de 355 V e 17,8 kWh. O conjunto é complementado por uma também nova caixa automática de 8 velocidades. Com uma potência total de 241 kW/327 cv e binário de 500 Nm, o CX-60 PHEV é o modelo de estrada mais potente alguma vez produzido pela Mazda. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 5,8 segundos e atinge uma velocidade máxima (limitada) de 200 km/h. A autonomia elétrica é de 60 km, circulando a 100 km/h ou menos.

O segundo modelo que a Mazda leva ao SAHE é o MX-30 e-Skyactiv, o primeiro veículo de produção 100% eléctrico da marca nipónica. Recentemente, o modelo foi alvo de um upgrade técnico, ao nível dos carregamentos e dos equipamentos inerentes, passando a suportar carregamentos AC trifásicos de 11 kW e evoluindo os carregamentos rápidos DC, com aumento de carga máxima aceite de 40 para 50 kW, reduzindo-se para 26 minutos o tempo de carregamento (cerca de 10 minutos menos do que na anterior versão).

Conta com um bloco eléctrico e-Skyactiv AC síncrono e uma bateria de iões de lítio de 35,5 kWh, com uma potência máxima de 107 Kw/145 cv e um binário máximo de 270,9 Nm. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 9,7 segundos e a sua autonomia é de 200 km (265 km em ambiente urbano).

Finalmente, o Mazda2 Hybrid, disponível em Portugal desde o início do ano, é o primeiro modelo da gama Mazda dotado com tecnologia de propulsão 100% híbrida, resultante da combinação entre o motor a gasolina de três cilindros com 1490 cc e uma potência de 93 cv/68 kW, e o motor eléctrico de 59 kW, para uma potência combinada do sistema de 116 cv/85 kW. Veículo compacto do segmento B, opera, no arranque e automaticamente, em modo 100% eléctrico. Em condução normal, a potência advém do bloco a gasolina e do motor eléctrico, com consumos entre 3,8 aos 4,0 l/100 km.

Jeep inicia ofensiva na Europa com o SUV elétrico Avenger

A Jeep revelou o novo Jeep Avenger, o primeiro veículo elétrico a bateria (BEV) da marca do Grupo Stellantis.

Este compacto de 4,08 metros de comprimento lidera a introdução de um portefólio de veículos totalmente elétricos de dimensão adequada para os mercados da Europa, sendo um elemento-chave na estratégia global de eletrificação da Jeep, marca que procura tornar-se um líder mundial em SUV com zero emissões.

“O novo Jeep Avenger representa um marco fundamental para a marca, uma vez que é o primeiro de um portefólio de veículos BEV da Jeep totalmente novos a ser introduzido na Europa”, disse Christian Meunier, CEO da marca Jeep. “Oferece a típica capacidade da marca Jeep perfeitamente adequada para o mercado europeu e no Salão Automóvel de Paris estamos a mostrar por que razão é uma grande alternativa totalmente elétrica da marca Jeep aos atuais protagonistas do segmento B-SUV”.

Produzido na fábrica da Stellantis em Tychy, na Polónia, o novo Avenger está equipado de série com os sistemas Selec Terrain e Hill Descent Control. A marca afirma que estes sistemas, em conjunto com os ângulos de ataque (20º) e de saída (32º) do Avenger, bem como com a sua distância ao solo (200 mm), “trazem para o segmento um elevado nível de competência”.

O sistema Selec Terrain oferece seis modos de condução. Além dos habituais ‘Normal’, ‘Eco’ e ‘Sport’, existe ainda um modo ‘Snow’ para estradas ou trilhos gelados, ‘Mud+ para otimizar o desempenho sobre lama e melhorar a aderência, e ‘Sand’ para limitar o risco de retenção em solo arenoso.

Em termos de eletrificação, o Jeep Avenger está equipado com um sistema de propulsão elétrica de 400 V, que combina um novo motor elétrico e uma nova bateria. A segunda geração do propulsor elétrico de 400 V é a primeira a ser lançada pela Emotors, uma joint-venture entre a Stellantis e a Nidec Leroy-Somer Holding. Fornece 115 kW, o que corresponde a 156 cv de potência, e 260 Nm de binário máximo.

A nova bateria de 54 kWh, que também é produzida pela Stellantis, é composta por 17 módulos e 102 células que utilizam a química de iões de lítio NMC 811. Permite uma autonomia de 400 km no ciclo WLTP, valor que sobe para 550 km no ciclo urbano.

Utilizando um cabo Mode 4 de 100 kW em corrente contínua ligado a um ponto de carregamento rápido, 3 minutos são suficientes para proporcionar uma autonomia de viagem de 30 km. Em cerca de 24 minutos, é possível carregar as baterias de 20 a 80% da sua carga. Com um cabo Mode 3 de 11 kW para corrente alternada ligado a uma wallbox ou estação pública, é possível carregar de 0 a 100% em 5,5 horas.

Para reduzir os danos causados por impactos a baixa velocidade, que constituem cerca de 70% das ocorrências na Europa, o novo Avenger está equipado com placas e painéis de proteção. A Jeep estima que, graças a estas adições, um cliente pode reduzir os custos de danos potenciais por acidente em cerca de 1.000 euros. Em particular, os faróis dianteiros são embutidos e posicionados em posição elevada para proteção no caso de impactos a baixa velocidade.

O Avenger dispõe ainda de condução autónoma de nível 2, capaz de ajustar automaticamente a velocidade e a trajetória, recorrendo às tecnologias Adaptive Cruise Control e Lane Centering. Inclui o sistema Traffic Jam Assist, para facilitar a condução em tráfego intenso.

O novo modelo também dispõe dos seguintes sistemas de assistência à condução: Traffic Sign Recognition, que lê e interpreta os sinais de trânsito; Automatic Emergency Braking com reconhecimento de peões e ciclistas, capaz de abrandar o veículo até uma imobilização para evitar (ou mitigar) possíveis acidentes; Drowsy Driver Alert, que alerta o condutor quando um momento de sonolência afeta a sua atenção; Blind Spot Monitoring, que monitoriza o ângulo morto do condutor; Lane Keeping Assist, que alerta o condutor quando o veículo sai da faixa; sensores de estacionamento a 360° com Active Park Assist; e câmara traseira a 180° com vista do tipo drone.

O Jeep Avenger chega aos concessionários a partir de março de 2023, mas os clientes podem, a partir de dia 2 de novembro e no website da marca, reservar a Launch Edition, uma versão de lançamento “totalmente equipada”, disponível a partir de 39.500 euros.

‘Todos os Passos Contam’ para ajudar famílias carenciadas

Em ano de mundial de futebol, não é só dentro de campo que os portugueses podem fazer a diferença: é também fora dele. A iniciativa Galp ‘Todos os Passos Contam’ está de regresso a partir de hoje, 19 de outubro, em associação com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Rede de Emergência Alimentar, com o apoio da TVI e da Rádio Comercial.

A ideia é simples: qualquer quilómetro percorrido, por qualquer pessoa, em qualquer altura e em qualquer lugar, é convertido numa refeição doada à Rede de Emergência Alimentar.

O objetivo do movimento solidário é atingir a marca de um milhão de quilómetros, que se traduzirão em um milhão de refeições atribuídas pela Rede de Emergência Alimentar a famílias portuguesas num contexto de dificuldades crescentes.

Pode fazer parte desta equipa a caminhar, a correr ou a pedalar. Mas para que todos os passos contem mesmo, é necessário registar a atividade física com uma aplicação no seu telemóvel e enviar um print screen através da plataforma todosospassoscontam.galp.com

Porque ‘Todos os Passos Contam até à final’, pode transformar os seus passos em ajuda para quem mais precisa até 18 de dezembro, o dia do último jogo do mundial de futebol.

O ‘Todos os Passos Contam’ angariou mais de 1,2 milhões de refeições para a Rede de Emergência Alimentar nas duas edições anteriores que contaram com forte adesão dos portugueses.

A ideia surgiu originalmente como desafio aos colaboradores da Galp, em março de 2021, uma forma de promover o exercício físico e ao mesmo tempo apoiar as famílias mais afetadas pela pandemia. Com o objetivo de chegar aos dois mil quilómetros, o contador dos passos do universo Galp rapidamente atingiu uma marca convertível em mais de dez mil refeições.

Reforçada com a entrada da FPF, a parceria repete-se com o apoio da TVI, Rádio Comercial, e renova-se na ambição de convocar os portugueses para a construção de uma sociedade melhor.

Stellantis em força no Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico

A Stellantis vai estar presente na sexta edição do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico (SAHE), evento que se realiza na Alfândega do Porto nos próximos dias 21, 22 e 23 de outubro.

As marcas Citroën, DS Automobiles, FIAT, Jeep, Opel e Peugeot, através dos seus concessionários do Grande Porto, levarão ao SAHE os mais recentes veículos eletrificados.

Em comunicado, a Stellantis afirma que a eletrificação deve responder às mais diversas necessidades de mobilidade, e a empresa e todas as suas marcas estão empenhadas na transição para uma mobilidade eletrificada. Atualmente, o Grupo é líder do mercado eletrificado em Portugal, com uma quota superior a 20%, e comercializa mais de 40 modelos eletrificados no nosso país – uma gama onde os clientes encontram desde citadinos compactos a berlinas, SUV, 4X4 ou superdesportivos.

Citroën

A Citroën irá expor, no SAHE, o seu inovador AMI, o quadriciclo elétrico “que melhor exprime, de uma forma moderna e ecológica, o conceito de liberdade para a mobilidade urbana”. A marca afirma que o modelo demonstrou como a Citroën se atreve a fazer as coisas de forma diferente, e veio revolucionar a micromobilidade e as vendas dos quadriciclos em Portugal. A seu lado, e também com propulsão 100% elétrica, estará o ë-C4, a versão sem emissões do compacto familiar da Citroën, e a berlina mais vendida do segmento médio. No extremo oposto da gama relativamente ao Ami, estarão os novos topos de gama C5 Aircross Híbrido Plug-in e C5 X Híbrido Plug-in, ambos com motorizações de 225 cv.

DS Automobiles

A DS expõe a sua gama totalmente nova no Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico. O destaque da marca francesa vai para o novo DS 7, cujo lançamento nacional se fará dentro de semanas. O comunicado declara que o DS 7 se destaca no segmento de SUV Premium pelo requinte dos seus acabamentos – que reúnem o melhor da tradição artesanal francesa –, pelo design inovador e pela tecnologia. A sua gama de versões E-Tense inclui três alternativas Híbridas Plug-in: o DS 7 E-Tense 360 4×4, o DS 7 E-Tense 4×4 300 e o DS 7 E-Tense 225.

A seu lado terá o DS 4 E-Tense, a versão híbrida plug-in da berlina do segmento C, e a berlina executiva DS 9 E-Tense, modelos que aproveitam a experiência da marca na Fórmula E para oferecer uma experiência eletrizante em que a tecnologia otimiza tanto a autonomia ‘zero emissões’ como o conforto e o prazer de condução.

Fiat

O Novo 500 será o grande destaque no espaço de exposição da Fiat no SAHE e estará presente na carroçaria mais recente e versátil, 3+1, graças à pequena terceira porta do lado do passageiro. A carroçaria Cabrio estará também em exposição, um exclusivo no seu segmento. Os visitantes poderão ainda realizar um test-drive ao citadino elétrico, disponível para entrega imediata.

Este verdadeiro símbolo de um modo de vida ‘italiano’ traz, assim, a dolce vita até ao Porto, ao Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, depois de já ter conquistado, em pouco mais de dois anos, mais de 30 prémios internacionais em nove países, tornando-o no modelo Fiat mais premiado de sempre.

Jeep

Com o objetivo de se tornar a marcar líder global no segmento de SUV com zero emissões, a Jeep pretende que 100% das suas vendas na Europa sejam exclusivamente de modelos BEV, elétricos alimentados a bateria, já em 2030. O seu primeiro modelo puramente elétrico, o novo Avenger, tem estreia agendada para 2023.

No Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, a Jeep irá expor a totalidade da sua gama 4xe, composta pelos modelos Renegade, Compass – ambos disponíveis para a realização de test-drives – e Wrangler.

Opel

Até 2024, todos os modelos Opel vão dispor de uma versão elétrica, o que é, cada vez mais, o presente da mobilidade mundial, de acordo com o comunicado da Stellantis.

A presença da Opel na sexta edição do SAHE vai estar focada nos mais recentes lançamentos, nomeadamente o Mokka-e e o Grandland Híbrido Plug-in, bem como na apresentação do novo Opel Astra Híbrido Plug-in. Todos os modelos expostos no stand da Opel estarão disponíveis para a realização de test-drives e os visitantes que o façam ficam habilitados a participar num passatempo que lhes dará a possibilidade de ganharem um fim-de-semana, com estadia paga, ao volante de um Opel.

Adicionalmente, destaque para as ofertas especiais Opel em vigor no Salão, como, por exemplo, a oferta de wallbox, juntamente à oferta de 1.800 kWh de eletricidade sem custos para os visitantes do salão que adquiram um automóvel elétrico ou um híbrido plug-in.

Peugeot

No espaço do SAHE, a Peugeot apresenta os seus mais recentes lançamentos com destaque para o novo 308 SW Hybrid, a versão híbrida plug-in do familiar da marca, ao qual se junta o best seller SUV 3008 com a sua declinação HYBRID 300 cv, e a berlina topo de gama 508 Peugeot Sport Engineered, de elevada performance, com a mecânica híbrida plug-in com 360 cv de potência.

Da sua oferta 100% elétrica a bateria, a Peugeot irá expor o SUV e-2008, que, de acordo com a marca, constitui a referência no segmento B e que afirma a sua diferenciação tanto pelo desempenho, como pela vivência a bordo e equipamento tecnológico.

Estarão ainda disponíveis para test-drive o e-208, o novo 308 SW Hybrid e o SUV 3008 HYBRID 225 cv. Os visitantes poderão ainda participar num quiz sobre a marca e habilitar-se a um fim-de-semana numa Pousada de Portugal ao volante do novo 308 SW Hybrid.

Rolls-Royce apresenta o Spectre, o seu primeiro elétrico

Em 2030, a Rolls-Royce terá um portfólio de produtos totalmente elétrico e deu o primeiro passo rumo a esse futuro, apresentando oficialmente o seu primeiro automóvel elétrico a bateria – o Spectre.

Trata-se do Rolls-Royce mais potente de sempre – apesar de a marca britânica afirmar que as especificações estão ainda a ser “refinadas, o Spectre deve atingir 577 cv de potência e um binário de 900 Nm. O arranque parado até aos 100 km/h a cumpre-se em 4,4 segundos e a autonomia WLTP deverá rondar os 520 km.

A suspensão “planar”, aliada aos desenvolvimentos a nível de hardware e software permite, segundo a marca, respostas precisas aos inputs da condução e às condições da estrada. O sistema utiliza a massa do veículo para absorver as vibrações de baixa e alta frequência da estrada. Possibilita o desacoplar das barras estabilizadoras do automóvel, permitindo que cada roda atue de forma independente para responder mais eficazmente às irregularidades do piso.

Quando uma curva é identificada como iminente, o sistema reacopla os componentes e endurece os amortecedores, e o sistema de direção nas quatro rodas é ativado para garantir que a curva é efetuada com o mínimo de esforço – 18 sensores permitem ajustar os parâmetros de direção, travagem, entrega de potência e suspensão para que o Spectre permaneça estável.

A marca confirmou ainda que o Spectre utiliza a mesma plataforma do lendário Phantom, mas a bateria integrada torna-o no Rolls-Royce mais rígido de sempre em aproximadamente 30%.

Este “super-coupé elétrico” apresenta-se com 5,45 metros de comprimento, 2,08 de largura e uma distância entre eixos de 3,21 metros. A nível de design exterior, a Rolls-Royce destaca a grelha frontal, elemento icónico dos modelos da marca, que no Spectre é a maior de sempre (e iluminada) – apesar de ser um elemento dispensável num automóvel elétrico.

Além do design fastback, das jantes de 23 polegadas e das inéditas duas portas, de abertura contrária, o caráter desportivo do Spectre é reforçado ainda pela postura mais baixa do Spirit of Ecstasy – a pequena estatueta que adorna a frente de todos os Rolls-Royce e o símbolo por excelência da marca britânica.

No interior, o Spectre oferece o luxo habitual dos automóveis Rolls-Royce, com possibilidades de personalização virtualmente infinitas. A marca afirma também que é o seu modelo “mais conectado de sempre” – o Spectre está equipado com uma arquitetura digital redesenhada, denominada SPIRIT, que além da gestão das funções do veículo, está também integrado com a aplicação Whispers da marca, permitindo que os clientes interajam remotamente com automóvel.

Pela primeira vez num Rolls-Royce de produção em série, o Spectre está disponível com as portas Starlight, que incorporam 4.796 pequenos pontos de luz, invisíveis quando o automóvel não está em funcionamento. O tema noturno continua com um dossel destas ‘estrelas’ no teto do veículo e em torno da placa de indentificação ‘Spectre’ localizada no painel do passageiro.

O Rolls-Royce Spectre, “declaração de intenções e um símbolo de um futuro brilhante e audaz”, nas palavras da marca, será lançado no mercado no quarto trimestre de 2023.

A transformação profunda das cadeias de fornecimento de veículos elétricos

A eletrificação da mobilidade, para pessoas e mercadorias, passou um ponto de inflexão e continua a ganhar impulso. Em 2021, os veículos elétricos a bateria (BEV) representaram 6% (ou 4,9 milhões de unidades) de todos os veículos ligeiros vendidos, duplicando a penetração registada em 2020. Os volumes continuam a crescer a uma taxa anual bem superior a 50%, suportada cada vez mais pela procura natural do mercado e por uma oferta que cresce rapidamente, apesar de os incentivos continuarem a ser fundamentais em determinadas regiões.

O crescimento continuará elevado nos próximos anos, conduzindo a uma penetração global de 39% em 2030, de acordo com a consultora BCG – espera-se mesmo que atinja 60% na Europa, o que fará desta a região mais eletrificada. Esta expansão de volume de aproximadamente dez vezes, entre 2021 e 2030, não vai acontecer sem dores de crescimento.

Existem dois aspetos muito distintos nesta difícil mas necessária transformação. Por um lado, a indústria tem de se afastar dos motores de combustão interna (ICE), o que levanta um conjunto de grandes questões sociais e industriais. Por outro lado, a totalidade da cadeia de fornecimento, da extração até à reciclagem em fim de vida – tanto para motores como para baterias – tem de se expandir a um ritmo elevado. Têm de ser efetuados esforços massivos para atingir rapidamente a maturidade técnica e económica, em todos os domínios, incorporando objetivos-chave de sustentabilidade. Iremo-nos focar neste segundo aspeto. 

O estado atual das cadeias de fornecimento – baterias e motores elétricos

A cadeia completa de fornecimento de baterias foi desenvolvida pela China de forma estratégica, ao longo dos últimos anos, até a um ponto em que cerca de 70% de todas as baterias de veículos elétricos são produzidas por empresas chinesas. A CATL, líder de mercado global, produziu o equivalente a 71 GWh de baterias na primeira metade de 2022 (um crescimento homólogo de 115%), o equivalente a cerca de 1,2 milhões de veículos. A China detém uma fatia ainda maior do mercado global de refinação e processamento de minerais (e.g. lítio, grafite, cobalto, níquel), apesar de a maioria da extração ocorrer na América Latina, África, Austrália e Sudoeste Asiático – não na China.

Separadamente, a estratégia inicial da maioria dos OEM [Original Equipment Manufacturers – Fabricantes de Equipamento Original] consistiu em subcontratar a produção de motores elétricos, uma vez que esta era uma tecnologia totalmente nova para estas empresas. De forma inversa, a Tesla integrou verticalmente a produção de motores desde o início. A Renault foi outra exceção, tendo desenvolvido e produzido o seu próprio motor para o Zoe desde 2012 (quando o mercado estava ainda a emergir). Fornecedores incumbentes, como a Valeo, produtor de grupos propulsores de voltagem elevada, reuniram muito rapidamente recursos intelectuais e industriais significativos que permitem o crescimento atual do mercado de veículos elétricos. Mas o statu quo não irá durar.

As forças que impulsionam a transformação profunda das cadeias de fornecimento

A combinação das turbulências geopolíticas com a necessidade de controlar melhor e encurtar as cadeias de fornecimento e reduzir a pegada de carbono global colocam pressão no sentido de uma restruturação completa na forma como os OEM adquirem baterias, começando nas minas. Transportar materiais do Chile para a China, levar depois as baterias para a Europa, para potencialmente terminar a montar os veículos nos Estados Unidos não é obviamente sustentável.

A Europa tem, até ao momento, assumido a liderança das iniciativas públicas destinadas a garantir cadeias de fornecimento de matérias-primas e criar o quadro regulatório para gerir as baterias desde a mina até ao ‘cemitério’. Por exemplo, o projeto REESilience da União Europeia tem como objetivo construir um sistema de produção que garanta uma cadeia de fornecimento mais resiliente e sustentável para metais de terras raras e ímanes para motores elétricos.

Com muito mais ambição, a União Europeia está a finalizar o quadro regulatório para baterias, que aguarda ainda aprovação final. Esta abordagem centrada em dados dá resposta a uma série de assuntos críticos, incluindo o CO2 emitido durante a produção das baterias, conteúdo reciclável, desempenho e fiabilidade, gestão de final de ciclo, sistemas de diligência na aquisição de matérias-primas, bem como rotulagem. A implementação iniciar-se-á em meados de 2024, com a rotulagem a incluir informação acerca da pegada de CO2, seguindo-se a introdução, em 2026, de um ‘passaporte da bateria’, i.e. uma identificação digital para cada bateria individual. Este quadro inédito vai exigir esforços significativos ao longo de toda a cadeia de fornecimento de baterias. Deverá também espoletar iniciativas semelhantes noutras partes do mundo.

Nos Estados Unidos, foi aprovado recentemente, pelo governo federal, um texto transformativo. O Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação) aponta a três objetivos, nomeadamente aumentar a penetração de BEV através de incentivos fiscais, desenvolver a produção norte-americana de BEV e reduzir a dependência de países não-amigáveis (essencialmente, China e Rússia) nas cadeias de fornecimento de baterias. O valor do incentivo (até 7.500 dólares por veículo) será ajustado em função da percentagem de matérias-primas/refinadas e componentes de bateria adquiridos a parceiros comerciais amigáveis (até 3.750 dólares para cada segmento). Provar a origem dos materiais irá provavelmente exigir algum tipo de passaporte similar ao que está a aparecer na União Europeia. No entanto, o texto não faz referência a questões criticas, como a pegada de CO2 associada à produção das baterias ou a gestão integral do ciclo de vida.

O que vem a seguir para as baterias?

Foram levadas a cabo múltiplas iniciativas para ‘trazer para casa’ a produção de baterias. Na Europa, as empresas estão essencialmente focados em fabricar células utilizando as tecnologias de outros parceiros, essencialmente empresas asiáticas. Este é, por exemplo, o caso da Northvolt, ACC, Verkor ou Britishvolt, pelo menos numa fase inicial. Comparativamente com os Estados Unidos, a atividade ligada à tecnologia de base das baterias é limitada.

Nos Estados Unidos, emergiram várias start-ups, ao longo dos anos, com o objetivo de levar tecnologias de baterias inovadoras ao mercado. Isto inclui químicas e soluções de produção de ânodos (e.g. baseadas em silício) e cátodos (e.g. fosfato de ferro-lítio, LFP), ou baterias de estado sólido. Contudo, iniciativas intensivas em capital para a produção de células são predominantemente levadas a cabo em conjunto com empresas asiáticas – por exemplo, Panasonic com Tesla e Ford, LG Chem com a GM, Stellantis, Ford e Honda). Os fabricantes estabelecem parcerias com fabricantes de baterias e investem milhões de dólares para assegurarem fornecimentos de longo prazo.

Muito terá ainda de ser feito no que concerne a extração e refinação de minerais, bem como a sua transformação em ânodos e cátodos. No entanto, fabricantes de todo o mundo estão a atrever-se cada vez mais a montante, nas suas cadeias de fornecimento, garantindo contratos de longo prazo para matérias-primas, e por vezes investindo em projetos de extração ou processamento de minerais. A BMW, por exemplo, investiu no Lilac Group, um produtor de lítio. A GM e a Stellantis também investiram 50 milhões de euros na Vulcan Energy Resources, outro fornecedor de lítio; e a GM assegurou remessas de cobalto, a longo prazo, da Glencore. A Tesla, que é já o OEM com maior integração vertical, está até a considerar refinar lítio dentro de portas. Este aspeto assumiu claramente importância estratégica!

Os fabricantes estão também a envolver-se crescentemente a jusante da cadeia de fornecimento, comprometendo-se com parcerias de longo prazo com empresas ligadas à segunda vida das baterias, como é exemplo a Moment Energy no caso da Mercedes e da Nissan. Finalmente, estão também a abordar empresas de reciclagem – e.g. Redwood Materials e Volvo, Ford, Toyota e Grupo Volkswagen.

E sobre os motores elétricos?

Vários OEM reconsideraram recentemente a sua estratégia inicial, que consistia em adquirir motores. Alguns estabeleceram parcerias com fabricantes de motores e trarão uma parte das suas necessidades aquisitivas para dentro de portas, como no caso da Stellantis e Nidec, ou a Renault e Valeo. Outros ainda simplesmente compraram fornecedores de motores ou provedores de tecnologia, como fez a Mercedes com o especialista britânico de motores de fluxo axial Yasa, para os seus veículos de alto desempenho.

Tal como no caso das baterias, existem múltiplas soluções tecnológicas de motores elétricos. Os fabricantes estão a fazer progressivamente estas escolhas de tecnologia com base no posicionamento dos veículos. Vão provavelmente manter uma combinação de produção interna e aquisições externas, num futuro próximo, para otimizar o acesso à tecnologia, equilibrar os recursos humanos com as necessidades de produção de veículos ICE e gerir custos.

A procura de matérias-primas para motores tem também de ser considerada. Metais de terras raras, requisito para motores de ímanes permanentes, continuam a levantar questões similares às dos minerais para baterias. Na União Europeia, o projeto REESilience procura criar cadeias de fornecimento sustentáveis e resilientes para estes materiais. Em alternativa, os motores assíncronos (indução) e os motores síncronos excitados retiram os metais de terras raras da equação, mas têm as suas desvantagens.

Em conclusão, os OEM estão claramente a afastar-se das cadeias de fornecimento tradicionais, multinível, nas quais tinham pouca visibilidade além dos fornecedores de primeiro nível – com algumas exceções, e.g. paletes de plástico e metal. Estão agora a aumentar a transparência ao longo de toda a cadeia de fornecimento (a montante e a jusante) mas estão também a relacionar-se com empresas em posições estratégicas para assegurarem contratos de longo prazo, desde a fase de extração até à reciclagem em final de vida. Além disso, estão a tornar as suas cadeias de fornecimento mais sustentáveis e resilientes, incluindo perante forças geopolíticas, em certa medida sob as diretrizes definidas pelos governos locais. O desafio é significativo mas conduzirá a uma indústria automóvel mais forte.

Marc Amblard é mestre em Engenharia pela Arts et Métiers ParisTech e possui um MBA pela Universidade do Michigan. Radicado atualmente em Silicon Valley, é diretor-executivo da Orsay Consulting, prestando serviços de consultoria a clientes empresariais e a start-ups sobre assuntos relacionados com a transformação do espaço de mobilidade, eletrificação autónoma, veículos partilhados e conectados.

Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico regressa à Alfândega do Porto

Tem início, na sexta-feira, mais uma edição – a sexta – do Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico (SAHE), o maior evento dedicado à mobilidade elétrica e sustentável realizado anualmente em Portugal.

Ao longo de três dias – de sexta a domingo, entre as 10h00 e as 20h00 –, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, os visitantes do Salão têm a oportunidade de, num único espaço, conhecer as últimas novidades do mercado a nível de automóveis elétricos a bateria, híbridos e híbridos plug-in.

Na edição deste ano, o destaque vai para a apresentação nacional do Volkswagen ID.Buzz, a reinterpretação do ‘pão de forma’ para a era da mobilidade elétrica. Os visitantes vão também poder conhecer, pela primeira vez, o novo SUV coupé da marca alemã, o ID.5.

O ‘revivalismo’ não termina no ID.Buzz, já que o Salão será também palco para a estreia em Portugal do NosMoke – o regresso do mítico Morris Moke, agora em versão 100% elétrica.

A Honda apresenta o novo Civic e:HEV, um híbrido que combina dois motores elétricos com um motor a gasolina de 2 litros, para uma potência de sistema de 181 cv (135 kW) e um binário máximo de 315 Nm. A marca nipónica afirma que é o modelo híbrido mais avançado que já construiu.

A lista de novidades do Salão continua com o novo MG4, 100% elétrico, e no novo Opel Astra híbrido plug-in, que fazem também a sua estreia absoluta em Portugal.

A edição de 2022 do SAHE será ainda palco da apresentação à imprensa do novo Nissan X-Trail e-Power, um SUV híbrido de sete lugares, ‘pouco convencional’ na medida em que o motor térmico é usado como fonte de energia para alimentar os dois motores elétricos que fazem a maioria do ‘trabalho pesado’.

A Bentley também marca presença no SAHE pela primeira vez, e a Porsche regressa após um ano de ausência.

Finalmente, a sexta edição do evento contará também com a estreia da marca sueca Polestar, chegada a Portugal na última primavera, e das chinesas Aiways – com o SUV U5 – e Maxus, que se juntam à Tesla para formar o quarteto das marcas exclusivamente elétricas presentes no certame.

Tal como nas edições anteriores, um dos principais destaques do evento é a possibilidade de os visitantes terem a oportunidade de conduzir alguns dos modelos em exibição, que as várias marcas disponibilizam para test-drives no local.

O evento não se limita, no entanto, à mobilidade em quatro rodas. Motas e bicicletas elétricas, carregadores para veículos elétricos e fornecedores de energia têm também o seu lugar no SAHE – ao todo, são cerca de 60 as marcas que marcam presença na edição deste ano.

Entre as novidades de duas rodas, os destaques vão para a estreia, no evento, da Niu e da Kake, bem como a apresentação da nova e-bike topo de gama KTM Massina Aera 671.

Como habitualmente, o Salão vai incluir também um espaço de conferências, para discussão e apresentação de ideias sobre questões ligadas à mobilidade elétrica e sustentável, temas de especial importância numa altura em que a utilização racional de energia marca a atualidade.

Os parques de estacionamento da Empark localizados na Baixa do Porto irão ter trotinetes elétricas para facilitar as deslocações entre estes locais e o Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico. As trotinetes Bird são de utilização gratuita para os visitantes do Salão, através de um código promocional especial.

Os bilhetes têm um custo reduzido de seis euros, se adquiridos online até 20 de outubro. A entrada é livre para as crianças até 12 anos.

Hyundai anuncia roteiro para veículos definidos por software

O Hyundai Motor Group anunciou uma nova estratégia global para transformar todos os seus modelos em veículos definidos por software (Software Defined Vehicles, SDV) até 2025.

A iniciativa, apresentada durante o fórum global online do Grupo, intitulado Unlock the Software Age (“Desbloquear a Era do Software”), proporcionará, de acordo com a empresa sul-coreana, “uma era de mobilidade sem precedentes”, possibilitando a atualização remota de aspetos ligados ao desempenho e a funcionalidade dos veículos.

O Grupo também partilhou planos para transformar a experiência do cliente ao longo de toda a vida útil do veículo, oferecendo “uma nova era de mobilidade através de tecnologia”, com atualizações de software permanentes.

A partir de 2023, todos os modelos recém-lançados do Hyundai Motor Group estarão assim equipados para receber atualizações remotas de software. Essa transformação aplicar-se-á não apenas aos modelos elétricos, mas também aos equipados com motor de combustão interna. Todos os segmentos de veículos do Grupo vendidos em todo o mundo evoluirão para serem definidos por software até 2025.

Os clientes poderão atualizar remotamente o desempenho e a funcionalidade dos seus automóveis sem terem de se deslocar a um concessionário. Uma vez que os veículos podem ser atualizados constantemente, a Hyundai afirma que o seu valor residual aumentará em conformidade. O Grupo introduziu inicialmente este serviço em 2021 e, a partir de 2023, irá expandi-lo para modelos em diversas regiões do mundo que tenham possibilidade de receber serviços de automóveis conectados (Connected Car Services, CCS).

O Grupo oferecerá também serviços de funcionalidade a pedido (Feature on Demand, FoD) a partir do próximo ano, o que permitirá aos clientes selecionar e adquirir funções e funcionalidades que satisfaçam as suas necessidades e gostos, dando-lhes “a liberdade de criar veículos que melhor correspondam aos seus estilos de vida”.

O Grupo espera que 20 milhões de veículos estejam registados no serviço de automóveis conectados em todo o mundo até essa data. Os modelos equipados com funcionalidades avançadas de telecomunicações “criarão valor e possibilidades sem precedentes”, nas palavras da marca.

A grande quantidade de dados gerados por estes 20 milhões de veículos com subscrição dos CCS fornecerá as bases para o desenvolvimento de serviços personalizados. O Grupo planeia oferecer serviços que possam melhorar os requisitos individuais dos clientes e lidar com o grande volume de dados dos veículos de forma rápida e fiável.

Adicionalmente, os dados de automóveis conectados estabelecerão uma rede com futuras soluções de mobilidade do Grupo, incluindo Veículos Construídos para Fins Específicos (Purpose Built Vehicles, PBV), Mobilidade Aérea Avançada (Advanced Air Mobility, AAM), robotáxis e robôs. Através da criação de uma nova plataforma de dados, serão prestados serviços através da conexão e tratamento dos diversos dados gerados ao longo do ciclo de vida dos automóveis, além de se promover a criação de um ecossistema aberto em parceria com diversos setores industriais, tais como a logística e o alojamento.

O Grupo fará também um forte investimento em software, para integrar tecnologias de hardware e software e melhorar e incorporar as capacidades da tecnologia de mobilidade. Até 2030, planeia investir 18 biliões de won (mais de 13 milhões de euros) em recursos, incluindo o estabelecimento de um novo Centro Global de Software, para acelerar o desenvolvimento de SDV.

“Ao transformar todos os modelos em Veículos Definidos por Software até 2025, o Hyundai Motor Group redefinirá totalmente o conceito do automóvel e assumirá a liderança no advento de uma era de mobilidade nunca antes experimentada”, refere o presidente e diretor da Divisão de Investigação e Desenvolvimento do Hyundai Motor Group, Chung Kook Park. “Criar veículos visionários com a capacidade de evoluir através de software permitirá aos clientes manterem os seus veículos atualizados com as funcionalidades e a tecnologia mais recentes, muito depois de saírem da fábrica”, sublinhou.

Plataforma de veículos elétricos para acelerar a transformação dos SDV

O Grupo planeia também reduzir significativamente o tempo necessário para todos os processos de produção em massa, incluindo planeamento, design e fabrico, desenvolvendo uma plataforma partilhada de hardware e software para automóveis. Isso permitirá que os componentes das viaturas sejam partilhados em diferentes segmentos de veículos, levando a um desenvolvimento mais eficiente dos diferentes modelos e a uma maior redução de custos.

O software de veículos permanentemente atualizável reforçará a capacidade de o Hyundai Motor Group garantir fluxos de receita diversificados e estáveis. A rentabilidade do Grupo também registará uma melhoria, reduzindo o tempo de desenvolvimento dos veículos e os custos, através da padronização das plataformas.

Em 2025, o Grupo irá lançar veículos com base nas suas duas novas plataformas de EV, designadas eM e eS. Estas novas plataformas serão criadas de acordo com o sistema de Arquitetura Modular Integrada (Integrated Modular Architecture, IMA) do Grupo.

A plataforma eM está a ser desenvolvida especificamente para EV em todos os segmentos, e fornecerá uma melhoria de 50% na autonomia de condução com um único carregamento, comparativamente aos EV atuais. A plataforma eM também está a ser desenvolvida para suportar tecnologia de condução autónoma de Nível 3 ou superior, assim como funcionalidades de atualização de software OTA.

A plataforma eS do Grupo será desenvolvida como um skate de EV exclusivamente para veículos para fins específicos, com uma estrutura flexível, de forma a ser capaz de satisfazer necessidades B2B e fornecer soluções à medida para empresas que atuam nos setores de distribuição, logística e TVDE.

“Em 2025, o Hyundai Motor Group apresentará veículos com dois tipos de plataforma: eM, uma plataforma específica para os EV de passageiros; e eS, uma plataforma exclusiva para veículos construídos para fins específicos”, explica o vice-presidente executivo do Centro de Desenvolvimento de Eletrónica e Infotainment do Hyundai Motor Group, Paul Choo. “Estas novas plataformas estão a evoluir de acordo com a Arquitetura Modular Integrada do Hyundai Motor Group, o que levará a uma maior padronização e modularização dos componentes principais dos veículos elétricos, como baterias e motores, oferecendo ao mesmo tempo vantagens em setores adicionais aos veículos elétricos”.

A Hyndai avança que a sua Arquitetura Modular Integrada facilitará a padronização e a modularização dos principais componentes de EV. Por exemplo, ao padronizar as baterias e motores elétricos que atualmente variam em cada modelo de EV, o Grupo aplicará componentes comuns aos diferentes veículos de forma flexível, expandindo a gama de forma eficiente.

De igual forma, está também a proceder à integração do controlador do veículo, para atualizar o sistema de software de forma mais eficiente. Dessa forma, o número total de controladores pode ser reduzido de forma significativa, ao integrar os componentes elétricos de nível inferior geridos por controladores de nível superior.

O controlador integrado permitirá o desenvolvimento eficiente de diversos segmentos de veículos e modelos estratégicos otimizados para cada região, e facilitará o processo de adição de novas funcionalidades e a melhoria do desempenho. O ciclo de atualizações de software será encurtado, ao passo que a frequência aumentará. A tecnologia também permite agir mais rapidamente para satisfazer as necessidades do mercado e dos clientes.

O infotainment e o Sistema Avançado de Assistência à Condução (Advanced Driving Assistance System, ADAS) estão atualmente a ser submetidos a melhorias de funcionamento com a introdução da tecnologia de controlador integrado. Até 2025, tanto o controlador de conforto como o de condução também serão integrados gradualmente.

Audi cria filtro de partículas capaz de limpar o ar

A Audi está a trabalhar com o seu fornecedor Mann+Hummel num projeto-piloto para desenvolver um filtro para carros elétricos que recolhe partículas da atmosfera circundante. A tecnologia está a ser demonstrada no Greentech Festival, a decorrer em Londres.

A carca germânica avança que, independentemente do sistema de propulsão de um veículo, 85% das poeiras finas resultantes do tráfego rodoviário são causada por travões, pneus ou abrasão da estrada. As partículas mais pequenas, dificilmente perceptíveis a olho nu, têm diâmetros na ordem de 10 micrómetros, podendo ser facilmente inaladas.

No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a adoção de limites de material particulado significativamente mais baixos do que no passado, mas, segundo especialistas, na Alemanha estes novos valores seriam impossíveis de cumprir em muitas áreas urbanas.

O novo filtro de partículas da Audi funciona de forma semelhante aos sistemas estacionários que já estão em uso em algumas cidades. A versão móvel, instalada na parte frontal do automóvel, garante a absorção das emissões de partículas de um carro como o Audi e-tron, mas também as de outros veículos, exatamente onde são geradas.

O projeto piloto foi lançado em 2020 e será executado por um período de quatro anos. O filtro é integrado no fluxo de ar existente no veículo, na frente do radiador, pelo que são necessárias poucas modificações no automóvel, de forma a reduzir custos. O elemento filtrante é controlado através da entrada de ar de refrigeração comutável e a sua função mecânica é comparável à de um aspirador convencional. Por um princípio semelhante, as partículas finas de poeira permanecem presas ao filtro e o ar ainda pode fluir através dele.

Até agora, o filtro foi usado em veículos de teste Audi e-tron. Durante a condução, filtra passivamente por meio do movimento do veículo; o ar flui através do sistema de filtro, que captura até as partículas de menores dimensões.

Outra possibilidade é filtrar durante o carregamento estacionário. Uma ventoinha já incorporada em cada veículo elétrico capta o ar ambiente através do radiador – o sistema tira partido deste processo e pode assim filtrar ativamente o ar que passa através dele, garantindo que as partículas mais pequenas sejam absorvidas. Esta capacidade é, segundo a Audi, especialmente vantajosa em ambientes urbanos, onde a poluição tende a ser maior do que em áreas rurais.

As avaliações realizadas procuraram determinar também se a tecnologia afeta o uso geral do veículo. A marca germânica anuncia que, após mais de 50.000 quilómetros de testes de resistência no Audi e-tron, os filtros demonstraram não ter efeitos negativos sobre o funcionamento do veículo elétrico, inclusive em dias quentes de verão ou durante o carregamento rápido.

A Audi afirma que o sistema mostra-se tão eficaz que, dependendo do cenário de utilização, as partículas do e-tron são completamente filtradas numa cidade altamente poluída como Estugarda. Para tornar o sistema ainda mais eficiente, a marca está a trabalhar com Mann+Hummel para se ligar a sensores existentes, como estações meteorológicas, além de desenvolver uma forma de exibir, no painel do veículo, informações sobre a atividade do sistema.

O filtro é de fácil manutenção e só deve ser substituído quando o intervalo de manutenção regular for atingido. A análise do ciclo de vida de todo o sistema de filtragem mostrou que é capaz de captar 14,9 kg de equivalentes de CO2. O próprio filtro consiste em 15% de material reciclado e todo o sistema é 60% reciclado.

Opel convida jovens designers a conceber um ‘concept’ Rocks-e

A Opel anunciou que planeia construir um exemplar “especial e único” do seu elétrico Rocks-e SUM (Sustainable Urban Mobility). O Rocks-e é um quadriciclo sem emissões locais que pode ser conduzido por jovens a partir dos 16 anos, em Portugal. A Opel lança o desafio a jovens de todo o mundo de conceberem um concept Rocks-e.

O concurso Rocks-e Design Challenge acontece nas redes sociais. Jovens talentos criativos são convidados a conceber um concept inédito, baseado no quadriciclo de dois lugares da Opel.

O concurso está aberto a estudantes não profissionais de design entre os 18 e os 27 anos de idade. Os participantes podem apresentar as suas criações em opeldesignhack.com, sendo encorajados a partilhar as suas propostas, de forma a reunirem ‘gostos’ que serão depois tomados em consideração por um júri de profissionais da indústria e executivos da Opel.

A marca germânica anunciou ainda que irá avançar com a construção do concept vencedor no próximo ano.

O vice-presidente de Design da Opel, Mark Adams, afirma que “o Rocks-e Design Challenge é uma forma inédita do público jovem se envolver com a Opel. O concurso de design participativo irá também gerar mais consciência e entusiasmo para o original Rocks-e”. O executivo está, também, pessoalmente envolvido através do Instagram.