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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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Volvo EX90: o automóvel mais seguro e conectado da marca sueca

A Volvo Cars apresentou hoje o novo Volvo EX90, um SUV 100% elétrico de sete lugares e bagageira, que a marca afirma reforçar o seu compromisso de segurança e apelar a “um estilo de vida mais sustentável”.

De acordo com a Volvo, o novo modelo representa também o início de uma nova era, rumo ao seu futuro totalmente elétrico: o Volvo EX90 é o primeiro de uma série de modelos 100% elétricos que a empresa planeia apresentar, a um ritmo anual, com o objetivo de comercializar apenas automóveis com este tipo de propulsão, até 2030, e atingir a neutralidade climática uma década mais tarde.

O modelo vem juntar-se ao Volvo XC90, que continuará a ser produzido e será a alternativa híbrida plug-in da marca sueca, no segmento dos grandes SUV.

A Volvo descreve o EX90 como “um automóvel familiar versátil, elegante e com proporções modernas, capaz de combinar tecnologia avançada, conectividade e eletrificação para otimizar a segurança, a eficiência e a estética”.

“O Volvo EX90 representa não só onde estamos, mas também onde queremos estar. Um automóvel 100% elétrico com uma autonomia até 600 kms, desenvolvido para elevar, ainda mais, a fasquia da segurança. É o primeiro modelo da Volvo a ser verdadeiramente definido pelo seu nível de software e a fazer parte integrante de um ecossistema mais vasto, capaz de se conectar às casas e a outros aparelhos dos nossos clientes. O Volvo EX90 é, em muitos sentidos, o início de uma nova era para a Volvo Cars”, afirmou o CEO da empresa, Jim Rowan.

Segurança

A Volvo destaca, acima de tudo, o nível de segurança que o EX90 apresenta de série, afirmando que é superior ao de qualquer outro modelo da sua história. De acordo com a marca, o SUV foi desenvolvido para ser capaz de ‘entender’ o condutor e o espaço circundante, e criar permanentemente a situação mais segura para os passageiros e os outros utilizadores do espaço rodoviário.

O Volvo EX90 integra “um escudo de segurança invisível”, com tecnologia de deteção interior e exterior que inclui oito câmaras, dezasseis sensores ultrassónicos, radares e um sensor Lidar, conectados com tecnologia NVidia Drive.

O sistema Lidar faz uma estreia absoluta nos modelos Volvo – deteta a estrada à frente do automóvel e também pequenos objetos a uma distância de centenas de metros. Os sensores do automóvel contribuem também para melhorar o desempenho da função Pilot Assist, que no EX90 inclui um novo sistema de apoio a mudanças de faixa de rodagem.

No interior, o modelo apresenta tecnologia capaz de avaliar se o condutor está distraído ou desatento. Sensores especiais e câmaras, “suportadas pelos algoritmos desenvolvidos pela Volvo”, avaliam a concentração do olhar. O automóvel é então capaz de tomar as medidas adequadas para ajudar o condutor, se necessário: a assistência pode começar com um simples sinal de aviso que cresce conforme a gravidade da situação e, se não houver resposta a avisos cada vez mais óbvios, o automóvel poderá mesmo parar em segurança, ligando as luzes de perigo.

O Volvo EX90 será também o primeiro Volvo a integrar hardware que o prepara para condução totalmente autónoma, no futuro.

Tecnologia

O Volvo EX90 apresenta um sistema central onde se encontram as plataformas Xavier e Orin da Nvidia Drive, e Snapdragon Cockpit da Qualcomm Technologies. Em conjunto com o software desenvolvido pela Volvo, o sistema é responsável pela maior parte das funções-chave do automóvel, desde a segurança ao sistema de infotainment passando pela gestão da bateria. Está ainda dotado com capacidade de receber atualizações remotas, over-the-air (OTA).

A plataforma central da Snapdragon Cockpit, com as capacidades de visualização da Unreal Engine – ferramenta 3D desenvolvida em alguns dos vídeojogos mais famosos do mundo – permite um processamento central rápido e gráficos em alta-definição nos ecrãs e nos head-up displays do Volvo EX90.

O ecrã central de 14,5 polegadas é o ponto de partida para aquele que é, segundo a Volvo, “um dos melhores sistemas de infotainment atualmente no mercado”, com integração Google para funcionalidades como o Google Assistant e o Google Maps, entre outras. O Volvo EX90 é também compatível com Apple CarPlay wireless. Estreia também o sistema áudio da Bowers & Wilkins com Dolby Atmos e colunas integradas nos apoios de cabeça, “para uma experiência de som mais envolvente”.

O Volvo EX90 virá ainda com tecnologia de chave através do telefone, de série – o smartphone serve como chave do automóvel, destrancando as portas de forma automática, iniciando uma sequência de boas-vindas personalizada sempre que o condutor se aproximar, e carregando o seu perfil pessoal, automaticamente, ao entrar no veículo.

600 kms de autonomia

De acordo com os testes WLTP, o Volvo EX90 atinge 600 kms com uma única carga da bateria de 111 kWh, que carrega de 10% a 80% em menos de 30 minutos. É também o primeiro modelo da marca sueca equipado com a tecnologia V2X, permitindo carregamentos bidirecionais – é possível, por exemplo, carregar aparelhos domésticos ou mesmo outro automóvel

Na sua versão de lançamento, apresenta-se com dois motores elétricos (tração integral), que disponibilizam até 380 kW (517 cv) de potência e 910 Nm de binário.

O Volvo EX90 recorre a vários materiais reciclados – 15% de aço e aproximadamente 25% de alumínio, bem como 48 kgs de plástico reciclado e materiais de base biológica, que correspondem a cerca de 15% do total de plástico utilizado no automóvel – o valor mais elevado de sempre num Volvo.

Com início de produção previsto para o próximo ano, nos Estados Unidos, o Volvo EX90 será também posteriormente produzido na China. As duas unidades produtivas serão, nessa altura, ambientalmente neutras.

A Volvo Car Portugal anunciará em breve os preços e as versões disponíveis no mercado nacional, adiantando, desde já, que a versão de lançamento “terá um nível de equipamento especial”.

Renault ‘parte-se’ em cinco

A Renault anunciou hoje uma grande reformulação, que verá o fabricante francês separar as suas atividades em cinco unidades de negócio distintas, com o objetivo de aumentar as suas margens operacionais e restabelecer o pagamento de dividendos aos acionistas, após um hiato de três anos.

O pilar central da estratégia da Renault passa por separar o negócio de motores de combustão e grupos propulsores híbridos – a partir de agora, alojado numa joint-venture detida em partes iguais com a empresa chinesa Geely, que detém também a Volvo Cars – da sua unidade de veículos elétricos.

Esta última, denominada Ampere, deverá abrir o seu capital a outros investidores no segundo semestre de 2023, em Paris, mas a Renault deverá manter uma “forte maioria”. A Qualcomm Technologies deverá ser um dos investidores estratégicos na nova unidade de veículos elétricos, com a colaboração tecnológica entre as duas empresas a ser aprofundada – os planos anunciados hoje prevêm o desenvolvimento de uma nova arquitetura de computação centralizada para a próxima geração de veículos definidos por software da Renault.

Conhecidas como plataformas SDV (Software Defined Vehicle), estas plataformas automóveis “de alto desempenho” serão baseadas nas soluções Snapdragon Digital Chassis da Qualcomm, suportando funcionalidades como cockpit digital, conectividade e sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS).

A Nissan, parceira de longa data da Renault, deverá também ter uma participação na Ampere – as negociações serão concluidas até 15 de novembro. A nova unidade de negócio deverá produzir 1 milhão de veículos para a marca Renault até 2031.

Além das unidades de negócio de veículos elétricos e motores térmicos, a Renault concentrará as suas aspirações desportivas na marca Alpine – que será exclusivamente elétrica – e a prestação de serviços financeiros nas áreas da nova mobilidade, energia e dados na unidade Mobilize. Finalmente, será também inaugurada uma nova unidade de negócio focada na reciclagem.

Com esta reestruturação – a terceira fase da sua iniciativa Renaulution – a marca francesa pretende atingir margens EBIT (antes de juros e impostos) acima de 8% em 2025, e acima de 10% cinco anos mais tarde, bem como um fluxo de caixa acima de 2 mil milhões de euros por ano de 2023 a 2025, subindo para mais de 3 mil milhões entre 2026 e 2030.

A Renault planeia ainda restaurar o pagamento de dividendos aos acionistas a partir de 2023, após um hiato de três anos, até 35% do lucro líquido do grupo. Pretende também aumentar a participação dos seus trabalhadores para 10% até 2030.

Lei de Mobilidade

Opinião de Stefan Carsten

Em 2018 foi aprovada a Lei de Mobilidade de Berlim, iniciativa provavelmente inédita, tanto na Alemanha como no mundo. Fornece as bases para um realinhamento da cidade e da sua estratégia de mobilidade, através da priorização de meios de transporte amigos do ambiente sobre o transporte individual motorizado.

“Esta lei cria o regime legal para um estilo de vida individual que é igual em todas as parte de Berlim e concebida para as necessidades de mobilidade da cidade e das áreas circundantes, sem discriminação de idade, género, nível de rendimento e restrições pessoais de mobilidade, bem como situação de vida, origem étnica ou disponibilidade individual de transporte. A mobilidade regulada por esta lei inclui os requisitos especiais de todos os grupos de mobilidade, dos peões e ciclistas, transportes públicos, transportes comerciais e transporte individual motorizado, e deste modo assegura a prioridade da ecomobilidade – i.e. tráfego pedonal, bicicletas e transporte público” (excerto do preâmbulo da Lei de Mobilidade de Berlim).

A Lei de Mobilidade é a base da estratégia de planeamento abrangente de Berlim. No seu âmbito, foi aprovada legislação ambiciosa: um regulamento pedonal em janeiro de 2021; um plano de desenvolvimento urbano para mobilidade e tráfego em março de 2021; e um regulamento para ciclistas em setembro de 2021.

O plano de desenvolvimento urbano inclui objetivos para a priorização da ecomobilidade: em 2030, 82% de todas as viagens (74% atualmente) deverão ser cumpridas de bicicleta (23%, a partir dos atuais 18%), a pé (manter os atuais 30%) e por transporte público (29% contra os atuais 27%), em prejuízo do transporte motorizado privado (18% contra os 26% atuais).

Entre outras medidas, o regulamento pedonal permite fases de luz verde mais longas nos semáforos para peões, percursos escolares mais seguros e ações mais duras contra o estacionamento ilegal e condução perigosa. Cada um dos doze distritos de Berlim terá agora de desenvolver projetos-piloto correspondentes num período de três anos. Isto deverá permitir fazer justiça à elevada proporção de peões no tráfego rodoviário e reduzir drasticamente o número de mortes em acidentes, 38% das quais são peões.

O regulamento de ciclismo prevê um crescimento significativo do número de ciclistas. Para este propósito, a rede de ciclovias será grandemente expandida: de forma a atingir os objetivos a nível de comportamentos de mobilidade sustentáveis, a rede implementada pela cidade deverá atingir uma extensão de 2.400 km, incluindo 865 km de uma rede prioritária nas principais ligações com uma largura padrão de 2,5 metros. Adicionalmente, serão construídos 550 km de ciclovias adicionais nas estradas principais, que não fazem parte da rede principal mas estão contempladas na Lei de Mobilidade – nestes casos, a largura deverá ser de 2,3 metros. Juntamente com cerca de 100 km de ligações de alta-velocidade para bicicletas, a rede terá uma extensão total de cerca de 3.000 km.

O Senado de Berlim [órgão administrativo local da cidade] implementou responsavelmente a maioria dos projetos contemplados nos primeiros anos da Lei de Mobilidade, com sucesso e de forma atempada. No entanto, os planos para transportes comerciais e novas formas de mobilidade estão em falta ainda hoje.

Inicialmente, o foco estava menos voltado para as adoção de medidas do que para a adaptação do quadro institucional, incluindo o estabelecimento de um organismo de coordenação para tráfego pedonal e de bicicletas. Os recursos de pessoal foram significativamente aumentados, primariamente através da nomeação de coordenadores de tráfego velocipédico nos distritos da cidade, medida necessária para permitir à administração implementar as medidas estruturais. Os planos existentes foram expandidos e a dotação financeira cresceu significativamente, como atesta o aumento de 167% do investimento em transportes públicos.

O exemplo das ‘ciclovias pop-up’ mostra como este tipo de visão claramente definida permite a tomada de decisões políticas e a atuação administrativa, especialmente em tempos de crise como a pandemia de COVID-19. Estas ciclovias, que apareceram ‘do dia para noite’ em vários percursos da cidade em 2021, não só tiveram um elevado nível de aceitação, por parte da população, como aumentaram grandemente o tráfego de bicicletas. Foram possíveis apenas por haver um quadro regulatório fornecido pela Lei de Mobilidade, que forma também a base de planeamento para a continuação estrutural destas ‘ciclovias pop-up’.

Neste sentido, a Lei de Mobilidade de Berlim oferece uma excelente plataforma de transferibilidade internacional em muitos aspetos, tanto a nível legal e político, como também em termos de transporte, de forma a implementar a transformação para a mobilidade sustentável a médio prazo.

Stefan Carsten, consultor e especialista na área do Futuro das Cidades e Mobilidade, vive o futuro há mais de vinte anos. É um dos responsáveis pelo início da transição da indústria automóvel de um setor centrado no veículo para um setor centrado na mobilidade. Atualmente, vive e trabalha em Berlim.

Sines pode receber uma das maiores fábricas de baterias da Europa

O fabricante chinês de baterias China Aviation Lithium Battery Technology (CALB) anunciou recentemente a assinatura de um acordo provisório com vista à criação de uma fábrica de baterias para automóveis elétricos em Portugal.

O memorando de entendimento, não vinculativo, assinado com a AICEP Global Parques – subsidiária da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) –, prevê a aquisição de “direitos de superfície, com o objetivo de montar uma fábrica de ponta mundial, altamente inteligente, informatizada e automatizada, com zero emissões de carbono” na Zona Industrial e Logística de Sines, beneficiando das infraestruturas portuárias locais, bem como das ligações ferroviárias ao resto da Europa.

Os responsáveis da CALB especificam uma área mínima inicial de 100 hectares para a construção desta fábrica, parte da estratégia da empresa para criar “bases industriais na Europa”. Os planos prevêm o início das operações de produção de baterias de ião-lítio em 2025, com uma capacidade de produção inicial de 15 GWh por ano. A CALB espera, nesta fase, que as instalações ocupem cerca de metade da área total especificada, assegurando que será suficiente para fornecer os seus clientes e parceiros europeus.

Em 2028 deverá ter início a segunda fase do projeto, com a ampliação das instalações para a totalidade da área concedida e incrementando a capacidade produtiva anual até 45 GWh, o que a colocaria entre as maiores fábricas de baterias da Europa.

O plano inclui uma terceira fase, ainda sem data prevista, que prevê a duplicação da área de instalação – até 200 hectares – e da capacidade produtiva – até 90 GWh/ano –, igualando a gigafactory que a Tesla instalou recentemente em Berlim, na Alemanha.

Em comunicado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde começou a ser listada desde o início de outubro, a CALB clarifica que o acordo não é ainda legalmente vinculativo, pelo que “a cooperação contemplada no memorando de entendimento pode ou não avançar”, mas diz-se “altamente interessada” em construir a fábrica em território nacional.

A empresa chinesa é o terceiro maior fabricante chinês de baterias – atrás de CATL e BYD – e o sétimo maior fabricante mundial. De acordo com a consultora especializada SNE Research, atingiu, em setembro, uma quota de 3,7% do mercado global de baterias.

Maior produtor de petróleo do mundo vai fabricar carros elétricos

O fundo soberano da Arábia Saudita anunciou que o lançamento da Ceer, a primeira marca automóvel do país, que produzirá carros elétricos como parte do esforço saudita para desenvolver novas indústrias e diminuir a dependência das exportações de petróleo. Os primeiros veículos deverão estar disponíveis em 2025.

A Ceer “é a primeira marca automóvel saudita a produzir veículos elétricos na Arábia Saudita e projetará, fabricará e venderá uma gama de veículos para consumidores na Arábia Saudita e na região MENA [Médio Oriente e Norte de África], incluindo sedans e SUVs”, declarou o Fundo Público de Investimento saudita, em comunicado.

A nova marca resulta de uma joint-venture entre o Fundo e a empresa chinesa Foxconn, um dos principais fornecedores da Apple. De acordo com o comunicado, a Ceer prevê atrair mais de 150 milhões de dólares em investimento direto estrangeiro, criar mais 30.000 empregos diretos e contribuir para o PIB da Arábia Saudita com mais de 8 mil milhões de dólares, até 2034.

O comunicado do Fundo avança ainda que a joint-venture “licenciará a tecnologia de componentes da BMW para uso no processo de desenvolvimento de veículos”. A Foxconn, por seu turno, “desenvolverá a arquitetura elétrica dos veículos, resultando num portfólio de produtos que liderará nas áreas de infoentretenimento, conectividade e tecnologias de condução autónoma”.

“Vamos aproveitar a experiência tecnológica da Foxconn para apoiar a visão da Ceer de criar uma gama de veículos elétricos icónicos que são construídos em torno dos temas de conectividade, infoentretenimento e autonomia”, afirmou o presidente da Foxconn, Young Liu, de acordo com o comunicado. “Queremos tornar os veículos elétricos dominantes, e é isso que a Ceer vai alcançar na Arábia Saudita e em toda a região”.

A nova marca não é a primeira incursão do fundo soberano saudita no domínio da mobilidade elétrica. O Fundo detém mais de 60% do fabricante norte-americano Lucid, que está atualmente a construir uma fábrica de automóveis elétricos em Jeddah, com capacidade para produzir 150.000 veículos por ano. O governo saudita tem ainda um acordo com a Lucid que prevê a aquisição de 100.000 unidades dos modelos da marca, nos próximos dez anos.

Refrigeração solar em África é a ideia vencedora do concurso de ‘start-ups’ da Galp

A Koolboks é a vencedora da grande final do primeiro programa internacional de start-ups lançado pela Galp no âmbito da sua plataforma de open innovation, a ‘Upcoming Energies’, que teve lugar no último dia da Web Summit. A start-up nigeriana propõe uma solução de refrigeração sustentável e acessível para o continente africano, onde 770 milhões de pessoas não têm acesso a electricidade.  

A Koolboks é uma arca que funciona em modo de refrigeração ou congelação, alimentada por painéis solares e baterias de lítio. A energia acumulada durante o dia permite que a Koolboks funcione durante sete dias consecutivos, conservando os alimentos nela mantidos.

Deborah Gael, COO da Koolboks, explicou que esta inovação social permite suprir “grandes desafios que se colocam às populações”, uma vez que 17% das pessoas na África sub-sahariana não têm acesso a fontes de refrigeração. Além de suprir esta lacuna, a Koolboks permite que “as mulheres africanas tenham mais autonomia, gerindo pequenos negócios assentes na venda de alimentos ou refeições”, alargando assim o impacto social desta inovação.

“Todos os projetos finalistas do ‘Startup the Future’ já são vencedores por terem chegado até aqui”, afirmou Georgious Papadimitriou, COO responsável pelas áreas de energias renováveis e inovação da Galp. “Mas a Koolboks é incrível, toca-nos no coração porque é uma resposta imediata às necessidades humanas mais básicas”, acrescentou.

Georgious Papadimitriou, que entregou o prémio de 50.000 euros a Deborah Gael, assinalou a importância da inovação na estratégia da Galp: “A transição energética que estamos a operar exige inovação, exige colaboração e exige pessoas como estes empreendedores que hoje distinguimos”.

De acordo com o comunicado da Galp, o concurso ‘Startup the Future’ “captou a atenção do ecossistema empreendedor global, desafiando-o a encontrar as soluções mais inovadoras e disruptivas” nas áreas de Inovação Social, Mobilidade Elétrica (em parceria com a BMW), Energias Renováveis e Gestão Energética, e Produção e Operações.

Foram recebidas mais de 200 candidaturas de 54 países e quatro continentes. Para além da Koolboks,a vencedora na categoria de ‘Social Innovation’, chegaram à final a Mobilyze, start-up eslovaca que usa tecnologia preditiva para optimizar a localização de pontos de carregamento de veículos eléctricos; a Delfos, start-up brasileira que aplica Inteligência Artificial na produção de energia renovável; e a GreenEnergy, também do Brasil, que propõe produzir hidrogénio verde a partir de lodo das águas residuais.  

A Galp avança ainda que, para além da visita a Lisboa, as quatro empresas finalistas tiveram ainda a oportunidade de fazer o seu pitch na Web Summit e testar as suas soluções de inovação em ambiente de negócio na Galp.

Terminado o ‘Startup the Future’, a Galp afima que a sua plataforma de open innovation da Galp Upcoming Energies continuará aberta a empreendedores de todo o mundo, com o objetivo de alargar o ecossistema de inovação e encontrar novas tecnologias que acelerem a transição energética da empresa.

Marília Machado dos Santos: “Vamos conseguir que um Volkswagen emita cerca de 17 toneladas a menos de CO2”

A indústria automóvel está atualmente a viver um período de grandes mudanças. A par da transição do motor de combustão interna para a mobilidade elétrica, os objetivos de sustentabilidade obrigam os fabricantes a reconfigurarem profundamente as suas cadeias de fornecimento e produção.

O Green Future AutoMagazine conversou com Marília Machado dos Santos, diretora da Volkswagen Portugal, sobre a forma como o maior fabricante automóvel do mundo está a dar resposta com estes desafios.

No ano passado, a Volkswagen apresentou um plano de descarbonização ambicioso, o Way to Zero, que prevê que a empresa elimine a sua pegada carbónica até 2050. Em que consiste este caminho para um balanço neutro em termos de emissões de CO2?

É um caminho ambicioso e com metas traçadas que mostram um compromisso real por parte do Grupo VW que até 2050 será neutro em CO2, incluindo veículos, fábricas e processos.

O Way to Zero é um dos nossos projetos mais ambiciosos pois a mobilidade elétrica é o futuro e vamos todos poder beneficiar dela. É esta a base da Volkswagen para melhorar os seus produtos. De forma resumida, as nossas gamas elétricas são produzidas de forma criteriosa e consciente das necessidades ambientais, através do uso racional dos recursos naturais, de materiais sustentáveis e melhorando a sua reciclabilidade.

De acordo com o que anunciámos na nossa primeira Convenção Way to Zero, queremos a redução de 40% das emissões de CO2 por cada modelo na Europa até 2030. Isto é acima do objetivo de 30% que estabelecemos em 2018. Como resultado, vamos conseguir que um Volkswagen emita cerca de 17 toneladas a menos de dióxido de carbono.

Acreditamos que os colaboradores, clientes e stakeholders vão dar cada vez maior preferência às empresas que coloquem a sua responsabilidade social e ambiental no centro dos seus negócios. A sustentabilidade é cada vez mais um fator crucial para o sucesso empresarial, mas também temos de fazer o alerta de que esta trajetória de descarbonização da mobilidade não pode ser feita de forma unilateral. É necessário que governos, indústria e também a própria sociedade se unam para desenvolver boas ideias e fazer investimentos corajosos.

A Volkswagen espera que, até 2030, os veículos elétricos correspondam a 70% das suas vendas na Europa, além de crescimentos significativos neste segmento na América do Norte e China. Qual é a estratégia da marca para atingir estes objetivos?

Para além do Way to Zero, também a nova estratégia ACCELERATE da Volkswagen conta com um objetivo claro: a eletrificação total da nova frota de veículos. Na Europa, a meta é a de pelo menos 70% das vendas unitárias da Europa serem veículos exclusivamente elétricos até 2030, ou seja, mais de um milhão de veículos, superando assim os requisitos do Acordo Verde europeu. Para isso acontecer comprometemo-nos a lançar, pelo menos, um novo modelo elétrico por ano. Fora da Europa, mais concretamente na América do Norte e na China, a percentagem de veículos elétricos nas vendas deverá ser de pelo menos 50%.

Depois do ID.3 e dos SUV ID.4 e ID.5 – e do ID.6 na China –, este ano é lançado o ID.Buzz. A Volkswagen tem vindo também a revelar vários concept cars elétricos, que deverão orientar o desenvolvimento de futuro modelos. Que novidades podemos esperar nos próximos anos, nesta trajetória de eletrificação?

Estamos a lançar pelo menos um produto elétrico novo todos os anos até 2026. Assistimos em junho à estreia mundial do ID. AERO, o primeiro sedan totalmente elétrico da Volkswagen: Dinâmico, poderoso e com pura aerodinâmica: com a estreia mundial do ID. AERO concept car na China, a Volkswagen está a proporcionar uma antevisão do primeiro sedan totalmente elétrico da marca. O futuro modelo será posicionado no segmento sedan de tamanho médio premium. O seu design progressivo, elegante e aerodinâmico permite que o veículo impressione com um espaço generoso no interior.  A versão para a China deverá estar à venda no segundo semestre de 2023. A Volkswagen também planeia iniciar a produção de uma versão europeia em Emden em 2023.

Estamos perante objetivos ambiciosos no caminho para uma mobilidade universal neutra em termos climáticos.

A transição para a mobilidade elétrica é um grande desafio para os grandes fabricantes automóveis, como a Volkswagen. Além das mais óbvias questões tecnológicas, as suas implicações tocam em aspetos como, por exemplo, a gestão de recursos humanos e a rede de distribuição e serviços pós-venda. Como é que a Volkswagen está a gerir esta transição?

A digitalização e a mobilidade são os pilares da estratégia ACCELERATE, aplicada a toda a marca como um todo. Desta forma, a Volkswagen está a avançar com a transformação da marca e a acelerar o ritmo no caminho para se tornar um fornecedor de mobilidade orientado para o software. Novos modelos de negócio baseados em dados, integração de software no veículo e desenvolvimento de um ecossistema digital tornar-se-ão competências fundamentais da Volkswagen. Desta forma, a Volkswagen sublinha o seu posicionamento como a marca mais atrativa para a mobilidade sustentável, em conjunto com a sua rede de concessionários oficiais.

Globalmente, estamos a falar de mais de 18 mil milhões de euros em mobilidade elétrica, hibridização e digitalização até 2026. Mais do que qualquer outra marca, a Volkswagen irá oferecer experiências digitais de referência aos nossos clientes, novos modelos de negócio e condução autónoma em todo o mercado. A nossa visão: Queremos fazer da Volkswagen a marca mais desejável no que diz respeito à mobilidade sustentável, onde obviamente uma rede de concessões adaptada a esta realidade estará presente.

Regressando ao plano ‘Way to Zero’, o recurso às energias renováveis é seguramente um aspeto fundamental deste esforço de descarbonização, tanto na fase de produção como na fase de utilização dos veículos. Quais são os planos específicos da empresa nesta área?

Com o Way to Zero garantimos um pacote extensivo de medidas destinadas a acelerar a produção e utilização sustentável de automóveis elétricos. Até 2025, planeamos investir 14 mil milhões de euros em descarbonização e iniciativas no âmbito da transição para a mobilidade elétrica que incluem tornar toda a cadeia de produção (incluindo a de abastecimento) e também o funcionamento dos automóveis elétricos neutros em carbono. Com isto, queremos adotar uma abordagem holística da descarbonização: desde a produção, passando pela vida útil, até à reciclagem. E somos o primeiro fabricante de automóveis a apoiar a expansão das energias renováveis a uma escala industrial.

Queremos também ser o primeiro fabricante de automóveis a apoiar diretamente a expansão das energias renováveis em grande escala, através da construção de parques eólicos e centros solares em várias regiões da Europa até 2025. A nossa previsão é de que estes projetos em conjunto cheguem aos cerca de sete terawatts horas adicionais de eletricidade verde até 2025.

Uma outra nota de relevo é de que a partir de 2030, todas as fábricas da Volkswagen, à exceção da China, deverão funcionar inteiramente com eletricidade verde. Apesar de atualmente a eletricidade utilizada nas unidades de produção na Europa terem proveniência de fontes renováveis, o objetivo é o de identificar e reduzir os maiores contribuintes para as emissões de CO2 na nossa cadeia de abastecimento. O modelo a seguir é a produção de células de bateria para o ID.3 e ID.4, que já utiliza apenas eletricidade verde e, por conseguinte, tem uma pegada de carbono substancialmente melhorada.

A gestão do ciclo de vida das baterias dos veículos é um dos aspetos mais complexos da transição para a mobilidade elétrica. Além dos esforços de descarbonização da cadeia de fornecimento e da produção, quais são as medidas que a Volkswagen está a implementar, no que concerne ao final de vida das baterias?

A questão das baterias tem merecido a devida atenção por parte do Grupo Volkswagen e temos como compromisso a reciclagem sistemática das baterias de alta voltagem dos veículos elétricos antigos. Com as medidas que temos vindo a implementar e reforçar, vai permitir-nos a reutilização de mais de 90% das matérias-primas no futuro, com o objetivo a passar por criar um circuito fechado para a vida da bateria e das suas matérias-primas. Para isso, a Volkswagen Group Components está a desenvolver uma instalação de reciclagem inicial em Salzgitter, na Alemanha.

A Volkswagen quer também ser responsável pela produção de eletricidade limpa para carregar as baterias dos veículos elétricos, gerada inteiramente a partir de fontes renováveis.

Uma outra medida importante além das baterias, é a mudança de componentes para alternativas mais sustentáveis, como são os casos das caixas de bateria e jantes feitas de alumínio verde produzidos através de baixas emissões. No total, existem mais de dez componentes que nos permitirão melhorar a pegada de carbono da família ID. em cerca de duas toneladas por veículo.

Como é que a Volkswagen vê o desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal? Quais são os planos da marca para os próximos anos, no país?

Se queremos que Portugal esteja na linha da frente da mobilidade elétrica, ainda há muito para fazer. Se por um lado, temos os operadores privados que têm dado um forte impulso para uma mobilidade cada vez mais sustentável, para além da sociedade que se mostra realmente disponível para acompanhar esta tendência e necessidade, por outro é preciso que o Governo acompanhe esse esforço. Para isso, são necessários mais incentivos, tanto financeiros como de conveniência para particulares e empresas, através, por exemplo, do regresso do apoio ao abate. Depois também é necessária visão a longo prazo, para que um verdadeiro pacote de medidas tenha impacto no curto, médio e longo prazo.

Ainda sobre o desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal, é importante salientar que a SIVA|PHS juntou a MOON ao seu portefólio de marcas. Assim, oferecemos soluções integradas na área da mobilidade elétrica, no que diz respeito ao armazenamento e carregamento, tanto para clientes particulares como empresariais. As soluções da MOON passam não só pela instalação dos carregadores mais adequados, mas também pela preocupação em garantir a melhor utilização possível da potência disponível, podendo até ser incluídas soluções de geração e armazenamento energético, completamente ‘verdes’, de forma a não sobrecarregar o planeta e provocar investimentos desnecessários

A terminar, é importante referir que na Volkswagen acreditamos que a mobilidade elétrica deve ser para todos. E é com base nisto e na campanha Way To Zero que trabalhamos todos os dias: focados em melhorar os nossos produtos, fazendo o bom uso dos materiais e recursos à nossa disposição, conscientes das necessidades ambientais.

Elétricos a bateria continuaram com desempenho notável em outubro

A ACAP (Associação Automóvel de Portugal) divulgou os dados sobre as vendas de veículos elétricos a bateria (BEV), híbridos plug-in (PHEV) e híbridos (HEV) relativos ao mês de outubro.

Neste período, foram matriculados em Portugal 4.907 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, mais 10,3% do que no mesmo mês de 2021.

As matrículas de veículos ligeiros de passageiros eletrificados somam assim, desde o início do ano, 46.843 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 21,6% relativamente aos primeiros dez meses de 2021.

Apesar de terem registado uma quebra de 11,2% relativamente a outubro de 2021, com 1.400 unidades matriculadas, os elétricos a bateria cresceram já 44,4% desde janeiro, comparaticamente ao período homólogo, somando 13.592 unidades.

Inversamente, os híbridos plug-in registaram, em outubro, um crescimento de 9,1% face ao período homólogo – 1.445 unidades vendidas –, mas os números acumulados desde o início do ano revelam uma quebra ligeira de 1,3%, com um total de 12.737 unidades matriculadas.

Já os híbridos puros cresceram 33,5%, face a outubro de 2021, com 2.052 veículos, situação que tem correspondência com o total acumulado dos primeiros dez meses de 2022 – 20.514 matrículas, que correspondem a um crescimento de 26,6% face ao mesmo período do ano passado.

Os ligeiros de mercadorias eletrificados, por seu lado, continuam a registar crescimentos muito significativos. Em outubro foram matriculadas 137 elétricos a bateria, um crescimento de 291,4% relativamente ao mesmo mês de 2021. Desde o início do ano, o total de matrículas atinge 639 unidades, ao que corresponde um crescimento de 253,9%, face ao período homólogo.

No mês que terminou, não foram matriculados quaisquer híbridos ou híbridos plug-in de mercadorias. Os totais anuais são também modestos – 2 unidades PHEV e 14 unidades HEV matriculadas desde janeiro, ao que correspondem, respetivamente, uma quebra de 71,4% e um crescimento de 55,6%, relativamente aos primeiros dez meses de 2021.

A nível de pesados (englobando passageiros e mercadorias), foi matriculado somente um BEV, desde o início do ano, em Portugal.

Mercedes eSprinter ‘carregada’ de brinquedos na Maratona do Porto

A Sociedade Comercial C. Santos e a organização da EDP Maratona do Porto estão a unir esforços para alegrar o Natal de crianças e jovens carenciados.

O representante Mercedes-Benz e smart associou-se à Runporto para ‘carregar’ de brinquedos um Mercedes-Benz eSprinter 100% elétrico, que serão depois cedidos pela ONGD (organização não-governamental para o desenvolvimento) GASPORTO às crianças e jovens a que dá apoio.

O objetivo é que os participantes entreguem brinquedos (novos ou em condições de funcionamento) na Expo Maratona (Centro de Congressos da Alfandega do Porto) nos dias 4 e 5 de novembro (entre as 10h00 e as 19h00) ou no próprio dia da Maratona do Porto, no espaço da Sociedade Comercial C. Santos, na zona da meta, instalada no Queimódromo (junto ao Parque da Cidade)

A Runporto cedeu ainda ao GASPORTO um total de 100 inscrições na EDP Fun Race (6 km) da Maratona do Porto. A ONGD pode promover internamente e convidar os seus utentes, familiares e parceiros e/ou vender as inscrições e ficar com a receita para aplicar nos projetos de apoio social que tem em curso no Porto e em Vila de Macia, em Moçambique.

“É com enorme alegria que nos associamos à Sociedade Comercial C. Santos e à Runporto para a EDP Maratona do Porto, alegria essa que iremos levar até às crianças das instituições nossas parceiras, que irão receber os brinquedos partilhados por cada participante”, explica Joana Lopes, porta-voz da GASPORTO, que também agradece a divulgação do projeto que esta iniciativa permite à ONGD. “É também com profundo orgulho que vemos o nosso GASPORTO chegar a tanta gente, especialmente nesta altura em que estamos a recrutar novos voluntários, cheios de força para transformar, em pequenos gestos, a cidade do Porto num lugar mais feliz”, acrescenta.

“A Runporto sempre procurou associar uma vertente de responsabilidade social aos vários eventos que organiza, pelo que foi com gosto que nos unimos a esta ação e na qual, além da colaboração na recolha de brinquedos, cedemos ao GASPORTO algumas inscrições. Esta fórmula de apoiar as instituições é muito utilizada em várias maratonas no mundo, com elevado sucesso”, afirma o diretor-geral da Runporto, Jorge Teixeira.

“A EDP Maratona do Porto realiza-se menos de dois meses antes do Natal. Esperamos que esta recolha de brinquedos novos ou usados em estado funcional permita que a quadra que se aproxima possa ser mais alegre para mais crianças. Vamos, juntos, fazer um sprint pela solidariedade e carregar uma Mercedes-Benz eSprinter de brinquedos e boa energia para quem mais precisa”, refere, por sua vez, o relações públicas da Sociedade Comercial C. Santos, Aquiles Pinto.

A Maratona do Porto terá este ano para a sua 18ª edição, e integra três distâncias: a EDP Maratona do Porto (42,195 km), a APO Family Race Corrida dos Ossos Saudáveis (10 km) e a EDP Fun Race (caminhada de 6 km para as famílias).

A partida das três provas está marcada para as 8h00 do dia 6 de novembro, junto ao Sea Life Porto, e o local de chegada volta a ser o Queimódromo. Devido aos condicionamentos de circulação no tabuleiro inferior da ponte Luiz I, não será possível, tal como em 2021, atravessar para Vila Nova de Gaia, pelo que o percurso das provas apenas se estende pelos municípios do Porto e Matosinhos.

A Sociedade Comercial C. Santos disponibiliza a viatura oficial do evento.

Galp na Web Summit para promover inovação aplicada à transição energética

O caminho da Galp para atingir a neutralidade carbónica em 2050 passa esta semana pela Web Summit, onde irá dar a conhecer as inovações que vão permitir à empresa acelerar o seu processo de transição energética.

Em comunicado, a Galp afirma que viu crescer o seu ecossistema de empreendedorismo e inovação depois de ter lançado a plataforma de inovação aberta ‘Upcoming Energies’ na edição do ano passado da Web Summit, com o surgimento de novas ideias, novas tecnologias e novas aplicações, “críticas na construção de um novo sistema energético mais justo e mais sustentável, e também no combate às alterações climáticas”.

Hidrogénio verde, battery swapping ou agriPV são tecnologias atualmente em desenvolvimento, através de múltiplos projetos nascidos do ecossistema de inovação Galp, que estarão em destaque na Web Summit.

A empresa afirma que a sua visão será partilhada com os visitantes através de uma experiência de realidade aumentada. No stand da Galp é possível fazer uma viagem pelas energias do futuro, antevendo a forma como elas moldarão a urbe e as interações dos cidadãos com os espaços públicos.

Para além do Galp Booth, a Galp destaca outros pontos de interesse no quadro da sua participação na edição deste ano da Web Summit, durante os quatro dias de evento.

Hoje, 2 de novembro, Teresa Abecasis, COO da Galp, assina com o Presidente da Câmara Muncipal de Lisboa, Carlos Moedas, o acordo que a concretiza a Unicorn Factory, um projeto da autarquia lisboeta para captar e fixar inovadores e empreendedores e posicional a cidade como “capital mundial da inovação”.

Pelas 15h30, a Galp apresenta o piloto AgriPV – projeto de geração de energia fotovoltaica em simbiose com culturas agrícolas –, desenvolvido em colaboração com o Instituto Superior de Agronomia. A tecnologia, em que culturas de bagas, frutos e vegetais crescem protegidas por painéis solares “numa nova abordagem sustententável da agricultura”, poderá ter aplicação não apenas em grandes plantações, mas também em culturas verticais nas cidades.

No dia 3 de novembro, às 14h30, Andy Brown é convidado do Corporate Innovation Stage. A assimilação da inovação no processo de transformação da Galp como empresa líder na transição energética, bem como a necessidade de investimentos sem precedentes em parcerias tecnologias que hoje ainda não existem – mas que serão essenciais para cumprir as metas de neutralidade carbónica até 2050 – serão reflexões em destaque na intervenção do CEO da Galp.

Às 15h00, a Galp apresenta o primeiro centro de inovação social em Portugal da rede do economista Muhammad Yunus, Nobel da Paz em 2006. Criado com o apoio da Galp e da Fundação Santander na Católica Lisbon School of Business and Economics, este é “um instrumento de inovação ao serviço de uma transição energética justa”. Saskia Bruysten, CEO e co-fundadora da rede Yunus Center, vai estar no stand da Galp com Teresa Abecasis, COO da Galp, Filipe Santos, Dean da Católica-Lisbon SBE, e Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander, para abordar o potencial transformador do projeto.

No dia seguinte, 4 de novembro, às 10h00, tem lugar a grande final do primeiro programa internacional de start-ups lançado pela Galp no âmbito da sua plataforma de open innovation ‘Upcoming Energies’, com o projeto vencedor a receber 50.000€, entregues pelo COO da empresa, Georgious Papadimitriou.

De acordo com a Galp, o concurso, denominado ‘Startup the Future’, captou a atenção do ecossistema empreendedor global, desafiando-o a encontrar as soluções mais inovadoras e disruptivas em quatro áreas de intervenção  prioritárias: Impacto Social, Mobilidade Elétrica (em parceria com BMW), Renováveis e Gestão de Energia; e Produção e Operações.

As melhores start-ups internacionais em cada uma das categorias passam uma semana imersiva em Lisboa. As quatro finalistas, provenientes do Brasil, Nigéria e Eslováquia, serão as estrelas do Demo Day Startup the Future. Para além de serem apresentadas na Web Summit, onde farão o seu pitch, vão ter a oportunidade de testar as suas soluções em contexto Galp.

Finalmente, às 11h30, é apresentado o programa de aceleração de start-ups criado pela Casa do Impacto, o Hub de Inovação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: o Triggers Accelerator Program, que conta com o apoio da Galp Upcoming Energies desde a sua primeira edição. Em 2022, o acelerador está de volta para encontrar novas ideias que promovam a economia circular e a ultrapassagem dos desafios ambientais mais prementes.