Apresentação internacional e a GreenFuture esteve presente
A Alpine sempre foi uma marca com um legado importante no desporto automóvel, atualmente cada vez mais interessada em incrementar esse prestígio, notoriedade e know-how adquirido e, o A290 faz parte dessa estratégia.
A marca possui três pilares que não abdica: experiência de condução emocionante, leveza e o savoir-faire da marca.
A Dream Garage 100% elétrica da marca abre as suas portas com o A290 e, futuramente, com o novo A110 e o A390. Esta entrada da marca com um elétrico urbano permite captar todo um novo perfil de consumidor – jovem, menos jovem, urbano ou não, que se revê numa marca que olha de frente para a inovação e que pretende um pequeno desportivo de quatro lugares sem perder o que Antony Villain, Vice-presidente de design diz do A290 ” concebido como uma variante ultra compacta do A110 ao mais puro estilo dos pequenos desportivos ou hot hatches“.
O Alpine socorre-se por isso da plataforma para elétricos da marca Ampere – AmpRsmall – mas alargada em 60 mm nas vias, para reforçar a presencial de uma viatura musculada e pronta a entrar em ação.
O Alpine segue o A290_β e, nunca é por demais salientar que, desde sempre a marca soube interpretar muito bem o conceito desportivo que era necessário colocar nos seus modelos, alterando-os em termos mecânicos, funcionais e visuais. Reconhecível pelos seus quatro faróis com motivos em forma de X que reforça o legado da marca nos ralis, a que se juntam as cavas das rodas alargadas, as saias laterais e a linha do tejadilho numa cor diferente, demonstrativos de que se trata de um automóvel diferente. Já na traseira, a marca optou por não ter grandes spoilers que prejudicavam o fluxo traseiro e consequentemente a autonomia, para ter um “rabo de pato”.
No interior, a marca optou por criar um conceito em que o cockpit está claramente orientado para o condutor, a que se juntam os bancos envolventes e uma consola central inspirada no A110, onde o volante chama a atenção pela sua especificidade: com diâmetro e pega correta, que incorpora o botão com os vários modos de condução, um botão rotativo para selecionar o nível de regeneração e, um terceiro – uma patilha – para, por momentos, colocar a potência ao nível máximo; estes dois últimos, claramente inspiração na F1.
Se, visualmente as alterações cativam, já os amortecedores com batentes hidráulicos e os motores trazido do segmento superior ajudam: 180 cv e 220cv; ambos com 26 sistemas de assistência à condução (ADAS), com pneus Michelin construídos de propósito para a marca – e alterados na sua rigidez , flancos e padrão do piso. Já a travagem, foi entregue à reputada Brembo.
Na apresentação internacional, a marca quis nos demonstrar a viabilidade do projeto, e por isso, foi possível conduzir o A290 em três cenários: cidade, estrada e pista. E, se nos dois primeiros, deu pra perceber que se trata de uma viatura ágil, previsível, competente e (ainda) confortável, é em pista que melhor se explora o potencial do produto. Aqui, e dentro dos meus limites, foi possível comprovar que se trata de um automóvel rápido, com um comportamento muito eficaz e preciso, sem necessidade de correções à entrada e saída das curvas; com uma repartição de pesos quase perfeita (com maior incidência no eixo traseiro, multilink – o que não é usual no segmento).
O equilíbrio que se nota em pista mostra a experiência da marca em competição, seja nos rallies seja na F1. Para quem pretende continuar a ouvir o som dos antigos Alpine a marca proporciona também essa hipótese. Maravilhas da tecnologia atual.
O mercado onde entra pode até parecer de nicho mas é suficientemente amplo para o tornar um projeto bastante sério para os indefetíveis da marca mas também para os novos consumidores, tanto mais que o conjunto no total convence.
Embora não tenha sido testado, mas a marca anuncia uma autonomia superior a 400km. Os preços começam nos 38.700€, até os 46.200 do GPS Premiere Edition (só com 1995 unidades disponíveis).