No dia 22 de Setembro, o Dia Europeu Sem Carros, foi inaugurada a Escola de Mobilidade da Amadora, o primeiro equipamento com este curriculum pedagógico no país.
Uma evolução da anterior Escola Fixa de Trânsito, já existente no mesmo local, o espaço passou agora a juntar a vertente da sustentabilidade, em reforço às da cidadania e da segurança rodoviária.
Assim, com vertentes teórica e prática, as crianças do 1º e 2º ciclos passarão agora a ser sensibilizadas, de forma divertida e eficaz, para melhores comportamentos em ambiente rodoviário e também para a mobilidade sustentável. Seguir-se-ão os jovens, os adultos e as empresas, formação certificada e também uma segunda estrutura móvel, para visitar as escolas de todo o país.
Carla Tavares, presidente da Câmara Municipal da Amadora, com o presidente da ANSR, Rui Ribeiro.
Cumprindo as regras de saúde pública, a Câmara Municipal da Amadora limitou os convites para esta inauguração ao mínimo. Ainda assim, além dos anfitriões – Câmara Municipal da Amadora e Junta de Freguesia da Falagueira–Venda Nova), estiveram presentes o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, representantes do Automóvel Clube de Portugal, membros das Eco-Escolas, e representantes da Ecomood Portugal, parceira do projecto, além de algumas instituições escolares e municipais locais.
O novo Mazda MX-30 irá apresentar-se ao público durante os três dias do Ecar Show 2020, que terá lugar este fim-de-semana, na zona do Arco do Cego, em Lisboa.
Serão quatro os concessionários Mazda – Auto Sueco Queluz, Oneshop, Santogal e Xanauto – que irão proporcionar aos interessados um primeiro contacto com o novo Mazda MX-30, em sessões de test-drives em circuitos desenhados nas imediações do evento, prestando-lhes informações detalhadas sobre o novo modelo, o primeiro Mazda 100% eléctrico, de tração dianteira.
O modelo estreia o bloco e-Skyactiv integralmente a electricidade, tecnologia que combina um motor eléctrico e uma bateria de iões de lítio de 35,5 kWh, proporcionando, de acordo com a marca nipónica, “uma experiência de condução Jimba Ittai exclusiva, suave, silenciosa e perfeita, que pode tornar-se ainda mais requintada com a adopção do sistema electric G-Vectoring Control Plus (e-GVC Plus)”.
Com uma potência máxima de 107 kW (145 cv) e um binário máximo de 270,9 Nm, o bloco permite acelerar dos 0 aos 100 km/h em 9,7 segundos, com um consumo energético de 19 kWh/100 km, que confere ao MX-30 uma autonomia de 200 km (265 km em cidade, WLTP), largamente superior aos 48 quilómetros que os condutores europeus percorrem, em média, no seu quotidiano.
Exteriormente, o novo MX-30 assume uma “nova interpretação do design Kodo”. Entre vários detalhes, destacam-se a adopção de portas de abertura oposta e sem pilar central, “num conceito ‘Human Modern’ que também invade o habitáculo deste SUV”. Aqui destaca-se a consola central flutuante, com o primeiro painel touchscreen da Mazda de controlo do sistema de ar condicionado, assim como um conjunto de materiais projetados para minimizar o impacto ambiental, como os forros das portas concebidos a partir de fibras obtidas de garrafas plásticas recicladas, ou os detalhes em cortiça, recolhida de sobreiros portugueses.
O MX-30 integra ainda uma ampla gama de funções i-Activsense, num extra de segurança que, apesar da inexistência do pilar central, se conjuga na perfeição com uma estrutura de elevada robustez e resistência, nomeadamente na protecção da bateria de elevada voltagem, sendo eficiente na capacidade de absorção da energia decorrente de eventuais colisões.
A gama Mazda MX-30 em Portugal
O novo Mazda MX-30 está disponível em dois níveis de equipamento, complementando-se os alargados conteúdos do habitual topo de gama Excellence, a que se pode acrescentar um conjunto de packs, com uma proposta denominada de First Edition, limitada e de conteúdos exclusivos.
Em termos de preços, o nível First Editon é proposto por um valor único de 34 540 euros, independentemente do pack Modern Confidence ou Vintage Leatherette associado, inerente à configuração de estofos e acabamentos no interior. Do equipamento fazem parte, entre outros, as jantes de liga leve de 18 polegadas, brilhantes, Adaptive LED Headlights (inclui luzes diurnas DRL e luzes de assinatura) e vidros traseiros escurecidos, para além de bancos dianteiros aquecidos e eléctricos (do condutor com oito definições e regulação lombar) e memória da posição de condução, retrovisores exteriores aquecidos, com recolhimento automático e memória.
Para o nível Excellence o leque de preços varia entre os 35 250 e os 39 760 euros, consoante os packs adicionais que os clientes podem escolher (Plus, Premium, Modern Confidence, Vintage Leatherette e TAE). De base, integra jantes de liga leve de 18 polegadas específicas, estofos dos bancos em tecido preto/cinza, ajustes eléctricos do banco do condutor (altura e profundidade) e do passageiro (altura), ecrã TFT central de 8,8 polegadas a cores (MZD Connect), conjunto de mostradores TFT de 7 polegadas, Hill Hold Assist, e-GVC-Plus, monitor de apoio, Mazda Radar Cruise Control, sistemas de abertura sem chave, de navegação e de áudio DAB.
No domínio das cores há cinco tons integrais – Cinza Ceramic (de série nas versões First Edition), Polymetal Gray, Machine Grey, Branco e Preto – e três acabamentos ‘3-Tone’, em que se conjugam as cores Soul Red Crystal, Cinza Ceramic e Polymetal Gray com um tejadilho em preto e a respectiva moldura em cinza maquinado.
Um Mazda MX-30 por menos de 30 000 euros
Em suporte ao lançamento da sua novidade maior para o ano de 2020, a Mazda Motor de Portugal e a sua rede de concessionários permitem a aquisição, através de financiamento, do novo MX-30 por um valor de 29 790 euros (chave na mão), sendo a mesma válida para clientes particulares ou profissionais, e uma vez cumpridos determinados pressupostos.
O processo decorre através de uma campanha de financiamento a 120 meses, com uma mensalidade de 357 euros. A campanha prevê a oferta de um voucher de valor equivalente às prestações de 2020 até um valor máximo de 1 000 euros. Informações complementares poderão ser consultadas em www.mazda.pt.
O Ecar Show 2020
Organizado pela Zest Eventos, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto Superior Técnico, a segunda edição do Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Eléctrico – irá decorrer na Estação do Arco do Cego da Carris, espaço onde, até 1997, os eléctricos do operador se recolhiam, e na proximidade do Instituto Superior Técnico, permitindo uma comunicação mais directa com o público universitário, futuros potenciais consumidores, interessados no sector da mobilidade sustentável. Ali se irão expor os mais variados veículos electrificados (automóveis, bicicletas, trotinetes e motos), numa clara aposta na vertente da descarbonização, bem como realizar diversas conferências e fóruns, abordando e discutindo as tendências deste sector, soluções destinadas à mobilidade eco sustentável, nomeadamente em contexto citadino.
Estando o território de Portugal Continental em estado de contingência desde o passado dia 15 de Setembro, o evento irá decorrer com as inerentes disposições legais emanadas pela Direcção Geral de Saúde, em termos de número máximo de visitantes no espaço e distanciamento social, para além da obrigatoriedade no uso de máscara e desinfecção das mãos. Mais informações em www.ecarshow.pt.
A Kia Motors registou a sua maior quota de mercado de sempre na Europa, nos primeiros oito meses deste ano, graças ao crescimento acelerado das vendas dos seus modelos híbridos plug-in e elétricos.
Segundo os últimos dados revelados pela Associação Europeia de Construtores de Automóveis (ACEA), relativos ao acumulado de janeiro a agosto, a quota de mercado da marca na Europa (que inclui os territórios da UE, EFTA e Reino Unido) situa-se agora nos 3,6%, representando um aumento face aos 3,1% registados em igual período de 2019.
Com 259 442 unidades vendidas na Europa entre janeiro e agosto (-23,4% em relação ao período homólogo de 2019, que registou vendas-recorde), a Kia ultrapassou a quota de mercado de várias marcas historicamente consagradas na Europa. De referir ainda que, desde o início do ano, o mercado europeu sofreu uma retração de -32,9% na sua globalidade.
As vendas de modelos eletrificados da Kia aumentaram significativamente nos primeiros oito meses do ano, chegando às 68 611 unidades. Neste número inclui-se a cada vez maior gama de grupos motopropulsores semi-híbridos (MHEV), híbridos paralelos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e 100% elétricos (VE) da marca. Este sucesso significa que os eletrificados representam agora mais de um em cada quatro automóveis (26,4%) vendidos pela Kia na Europa.
Emilio Herrera, Chief Operating Officer da Kia Motors Europe, refere: “O mercado está a travar uma difícil luta contra a forte quebra nas vendas provocada pelos efeitos da pandemia, e a Kia não está imune a estes efeitos. No entanto, o rápido crescimento das vendas dos nossos modelos elétricos e híbridos contribuiu para que, nos primeiros oito meses deste ano, alcançássemos uma quota de mercado que nunca até aqui conseguíramos atingir, graças à nossa estratégia de longo prazo, que implica a disponibilização de uma vasta gama de motorizações avançadas e eficientes. Isto oferece-nos sem dúvida uma forte base para um crescimento sustentado assim que o mercado começar a recuperar”.
As vendas dos dois modelos 100% elétricos da marca, o e-Niro e o e-Soul, mais do que duplicaram face ao período homólogo do ano anterior. Em 2020, a Kia já vendeu 20 649 VE na Europa, contra 9 303 nos primeiros oito meses de 2019. Como resultado, os modelos deste tipo são agora responsáveis por 8% do total de vendas da marca no mercado compreendido pela UE, EFTA e Reino Unido, número que irá sem dúvida aumentar com a introdução de novos VE nos próximos anos.
As vendas de modelos PHEV aumentaram 61,1% (para as 18 868 unidades) após a introdução do Ceed Sportswagon e do XCeed híbridos plug-in, registando-se igualmente um acréscimo no Niro PHEV. Desde o início do ano, as vendas de MHEV também se cifram em mais de 9 000 unidades, um recorde da marca que surge na sequência da introdução da tecnologia semi-híbrida ‘EcoDynamics+’ na família Ceed e nas gamas Picanto, Rio e Stonic. A Kia regista também um aumento das vendas dos modelos Sportage equipados com EcoDynamics+.
A procura pelas versões eletrificadas do Niro (que inclui os modelos HEV, PHEV e EV) aumentou também (para as 43 846 unidades, mais 12,7% em relação ao mesmo período do ano passado), apesar da contração no mercado europeu. A gama de modelos Niro eletrificados é agora a terceira mais vendida da Kia nesta região, à frente do Stonic (35 950 unidades) e do Picanto (30 502 unidades) e atrás do Sportage (53 906 unidades).
Os modelos mais vendidos da marca, a família Ceed, também registaram um crescimento este ano (para as 71 500 unidades, face às 70 110 de 2019), graças ao lançamento do XCeed, do XCeed Plug-in Hybrid e da Ceed Sportswagon Plug-in Hybrid, assim como à introdução das novas motorizações semi-híbridas EcoDynamics+.
Em Portugal: 1 em cada 4 das vendas totais
A tendência internacional é também uma realidade no nosso país, onde as versões eletrificadas representam igualmente cerca de um quarto do total das vendas. A Kia Portugal lançou este mês a versão PHEV do XCeed, que se juntou à igual proposta da Ceed Sportwagon, tornando ainda mais diversa aquela que já era uma das gamas ecológicas e mais extensas do mercado nacional.
A Kia estará presente no Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico 2020, que se realiza entre os próximos dias 25 e 27, na antiga estação da Carris do Arco do Cego, em Lisboa. O evento será uma oportunidade para conhecer o novo XCeed PHEV First Edition, bem como o e-Niro (eleito Melhor Carro Elétrico em Portugal) e o e-Soul (World Urban Car of the Year).
Quando avaliei o provável impacto da crise atual no crescimento de veículos elétricos (VE), antecipei que seria a Europa que mais beneficiaria. Previ que os EUA seriam afetados negativamente – com a possível exceção da Califórnia –, enquanto a China permaneceria nos níveis anteriores à crise, ou seja, estável em relação a 2018 e 2019.
Esperava que a Europa introduzisse incentivos com o objetivo de impulsionar a indústria automóvel, com foco na energia limpa. A Europa fez exatamente isso, o que teve um impacto significativo nas vendas. As vendas de VE plug-in (VE a bateria e híbridos plug-in) atingiram 7,2% do total das vendas de carros na UE, no segundo trimestre de 2020, três vezes a penetração alcançada no mesmo período do ano passado. Num mercado deprimido, a França e a Alemanha, os dois maiores mercados de veículos na Europa, viram as vendas de VE a bateria (BEV) aumentarem 82% e 21%, respetivamente, em relação ao período homólogo.
Os incentivos dirigidos aos VE aumentaram significativamente na Europa
Os incentivos têm impacto, mas não durarão para sempre. Na França, os compradores privados de veículos com emissões de CO2 inferiores a 20 g/km e preço de mercado inferior a 45 000 euros beneficiam de um incentivo de 6 000 euros – 5 000 antes de 1 de junho. O bónus cai para 3 000 euros no intervalo de preços entre 45 000 e 60 000 euros. Se o novo veículo limpo substituir um veículo matriculado antes de 1997, os 6 000 euros tornam-se 11 000 euros!
Na Alemanha, os compradores de BEV que custam menos de 40 000 euros beneficiam de um incentivo de 9 000 euros, contra 6 000 antes da crise. É importante notar que os fabricantes cobrem 3 000 euros deste incentivo. A Itália também oferece incentivos generosos no valor de 6 000 euros para veículos que emitem menos de 20 g/km de CO2, e 10 000 euros se um veículo mais antigo for eliminado, contra 4 000 e 6 000 euros pré-crise – os fabricantes também co-financiam estes incentivos.
Os incentivos generosos resultaram em picos na quota de mercado dos VE plug-in. Atingiu 13% em julho, na Alemanha, e 10,5% em agosto, em França (dos quais 5,4% eram BEV).
Na Europa (UE, Reino Unido, Noruega, Suíça, Islândia, Turquia), os BEV e os híbridos plug-in alcançaram, respectivamente, 4% e 3,7% no acumulado do ano, para um total de 7,7%, em contraste com 2,4% e 1,3% nos doze meses de 2019.
Europa ultrapassa a China e assume a liderança dos VE plug-in
No ano passado, a China estava à frente da Europa nas vendas de VE plug-in, numa proporção de 2:1. Quando os volumes aumentam na Europa num mercado global em queda, diminuem na China, em comparação com 2019. As vendas de ‘veículos de nova energia’ (NEV) caíram 33% no acumulado do ano, quando o mercado global de veículos de passageiros caiu ‘apenas’ 15%.
Como resultado, a Europa ultrapassou a China nos volumes de VE plug-in, no período entre janeiro e julho de 2020, com mais de 500 mil unidades vendidas. Na China, isto resulta numa quebra de quota de mercado de 5,2%, para todo o ano de 2019, com 3,9% no acumulado do ano. No entanto, a China ainda domina nos BEV, uma vez que os PHEV são menos comuns. A quota de mercado de VE plug-in caiu, apesar da decisão de Pequim, tomada em meados de 2019, de prolongar os incentivos que expirariam no final desse ano.
Quanto aos EUA, infelizmente não existe uma compilação regular de dados de vendas de VE. No entanto, com base na introdução de um único produto significativo (o Tesla Model Y) e nenhuma mudança nos incentivos, a participação de mercado dos VE plug-in no primeiro semestre de 2020 será provavelmente estável em relação ao ano passado. Assim sendo, ficou em apenas 1,9%, representando 327 mil unidades. Considerando a quebra global do mercado, veremos volumes menores, no futuro. Os fabricantes, bem como as administrações federais e estaduais, devem tomar iniciativas (como fez a General Motors) para acelerar a adoção de VE. Caso contrário, o mercado dos EUA ficará significativamente desligado do resto do mundo, e os fabricantes domésticos perderão competitividade.
Oportunidades perdidas
Alguns dos BEV introduzidos recentemente por alguns construtores não atingiram os volumes que poderíamos esperar. Este é, particularmente, o caso do Mercedes EQC, do Audi e-tron e do Jaguar iPace, mais antigo, em grande parte por causa da sua autonomia pouco competitiva (e preços elevados). A Volkswagen falhou uma grande janela de oportunidade com a introdução tardia do promissor ID.3. Estes fabricantes duplicarão seguramente os seus programas de VE para responderem às expectativas do mercado.
Entretanto, a Tesla assume (ou mantém) a liderança global, nos EUA e na China, enquanto a Renault é número um na Europa – o Zoe, lançado em 2012, alcançou 9% do total de plug-ins vendidos no acumulado do ano.
O que esperar a seguir?
O impulso dos incentivos europeus teve início no final do primeiro semestre de 2020. O seu impacto será mais significativo no segundo semestre, aumentando a liderança do velho continente nas vendas de VE. Isto vai acelerar o percurso para tornar a frota mais verde – a frota plug-in global situa-se em cerca de 8 milhões de unidades, ainda menos de 1% do total. Os incentivos também aumentarão a visibilidade, e assim, a atenção do público para os VE, bem como a atenção dos retalhistas automóveis. Estes últimos têm-se mostrado relutantes em promover VE devido a falta de conhecimento, uma expectativa (justificada) de que a mudança terá um impacto negativo nos seus negócios de manutenção automóvel, e pelo facto de que são necessários investimentos em infraestruturas, ferramentas e formação. Não podem, contudo, continuar a ignorar a tendência.
Esta tendência também aumentou o apetite dos mercados financeiros por tudo o que se relaciona com VE. O melhor exemplo é a Tesla, com sua capitalização de 400 mil milhões de dólares [aproximadamente 340 mil milhões de euros], quando os grupos de maior valor – Toyota Motor e Grupo Volkswagen – valem em conjunto 300 mil milhões [260 mil milhões de euros]. Mas a Tesla não é apenas um fabricante. Da mesma forma, grandes quantidades foram ‘despejadas’ em fabricantes de VE emergentes, como a Rivian – 2,5 mil milhões de dólares em meados de 2020, que se somam aos 3 mil milhões de rondas de investimento anteriores. À medida que os VE continuam a ganhar impulso e os governos nacionais e locais impõem restrições aos veículos que usam hidrocarbonetos, devemos esperar que mais dinheiro flua para negócios relacionados com VE, como a infraestrutura de carregamento.
Os esforços de I&D têm sido amplamente orientados para baterias, com foco no custo e na densidade de energia. Prevejo que a parcela dos orçamentos de I&D dedicados a esta atividade continue a aumentar, já que os BEV estão agora a alguns anos de distância da paridade de custo total em relação aos veículos com motores de combustão interna, com um custo por kWh atualmente em torno de 120 dólares [103 euros]. A Tesla acaba de apresentar o seu plano para reduzir o custo da bateria em 50% durante os próximos três anos.
Os incentivos não vão durar – em França, estarão de volta ao nível pré-crise no dia 1 de janeiro –, nem deveriam. Dada a necessidade de alcançar as metas do Acordo de Paris e reiniciar as nossas economias, espero que os incentivos específicos para VE sejam progressivamente retirados, de forma a conseguir uma ‘aterragem suave’. Suspeito que, na Europa, chegarão a zero nos próximos dois a quatro anos, pois o preço dos VE chegará suficientemente perto da paridade em relação aos veículos de combustão interna, e a oferta geral de produtos cobre a maioria dos segmentos e formas de utilização.
Em suma, a crise atual está a baralhar as cartas dos VE entre os três principais mercados. O significativo impacto positivo na Europa irá beneficiar a competitividade de médio prazo dos fabricantes locais. Isto tornar-se-á uma vantagem estratégica, pois todas as regiões terão de, eventualmente, tornar as suas frotas mais verdes.
Marc Amblard é mestre em Engenharia pela Arts et Métiers ParisTech e possui um MBA pela Universidade do Michigan. Radicado atualmente em Silicon Valley, é diretor executivo da Orsay Consulting, prestando serviços de consultoria a clientes empresariais e a ‘start-ups’ sobre assuntos relacionados com a transformação profunda do espaço de mobilidade, eletrificação autónoma, veículos partilhados e conectados. Publica mensalmente uma newsletter relacionada com a revolução da mobilidade.
A segunda edição do Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico – terá início amanhã e decorrerá até domingo, prometendo uma visão abrangente e alargada do mercado da mobilidade descarbonizada, ao mesmo tempo que devolverá à cidade de Lisboa um dos seus espaços mais carismáticos: a antiga estão de recolha da Carris no Jardim do Arco do Cego. O evento pautar-se-á também pelos mais rigorosos procedimentos de higiene e segurança.
Com três dezenas de marcas presentes, o Ecar Show é um espelho privilegiado do mercado da mobilidade, desde os carregadores aos barcos e automóveis, e um espaço no qual as marcas mostram as suas novidades e modelos mais recentes.
O evento pretende responder às necessidades de informação do público, que procura respostas para um novo paradigma da mobilidade, tema que está cada vez mais na ordem do dia e no centro das preocupações dos cidadãos e dos responsáveis políticos e económicos.
“A adesão dos expositores é óptima, o que reflecte a confiança que as marcas depositam no Salão. A primeira edição, que se realizou em 2019, teve uma adesão de expositores e de público que excedeu as expectativas, e por isso esperamos que, em 2020, apesar de este não ser um ano normal, seja ainda melhor”, afirmou José Oliveira, diretor do certame.
Estação da Carris do Arco do Cego
“Entendemos que estamos a devolver um espaço que faz parte da história desta cidade. Aqui era o espaço de recolha de um meio de transporte com emissões zero, completamente central, de fácil acesso e próximo do [Instituto Superior] Técnico, onde reside um público a que este tema é próximo. Por isso, mudamos para este espaço e estamos com grandes expectativas em redor da realização do segundo Ecar Show. Entendemos ainda que reinventar e reutilizar, sejam espaços ou produtos, é também uma forma de garantir a sustentabilidade ambiental”, rematou o diretor do evento.
O Jardim do Arco do Cego tem uma localização central, de muito fácil acessibilidade, servido pela estação de Metro do Saldanha, onde se cruzam as linhas Vermelha e Amarela, e pelos autocarros das linhas 716, 720, 726, 738 e 742. Além disso, é também um local com múltiplas opções de estacionamento, com vários parques nas redondezas.
A primeira edição do Ecar Show, em 2019.
Segurança
O Ecar Show implementou um plano de contingência para responder às necessidades criadas pela atual situação pandémica, permitindo assim ao público usufruir de um espaço seguro, que cumpre todas as regras necessárias para a realização deste tipo de eventos. Obrigatoriedade do uso da máscara, existência de dispensadores de gel desinfectante, medição de temperatura corporal, local para isolamento de eventuais casos suspeitos e o balcão de check-in isolado e localizado no exterior são algumas das medidas que serão implementados e facilmente visíveis.
As principais novidades e destaques do mercado nacional
Entre os destaques do segundo Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico são de salientar o Mazda MX-30, o Volkswagen ID.3, o Honda E – a nova estrela da marca japonesa –, os Renault Captur e Mégane Hybrid, o Volvo XC40 T5 Plug-in, o Opel Corsa-e, o Suzuki S-Cross e o Kia XCeed PHEV, ainda em fase de lançamento no mercado.
Ainda em termos de novidades, a Galp afirma a sua posição de vanguarda nos sistemas ligados à mobilidade descarbonizada e às necessidades dos seus utilizadores, mostrando o seu novo sistema de carregamento portátil de veículos elétricos. Trata-se de um projeto-piloto que permite aos condutores de veículos elétricos recarregarem as baterias dos seus automóveis através de um powerbank móvel, uma solução técnica que foi desenvolvida pela start-up portuguesa AddVolt.
O sistema de carregamento portátil da Galp.
Além destas novidades, são ainda de destacar as participações especiais do PSEM – Projeto de Sustentabilidade Energética Móvel, bem como o Técnico Solar Boat, uma embarcação movida exclusivamente a energia solar.
A Galp é o main sponsor do evento, que conta ainda com os Hotéis Vila Galé e a OK! Teleseguros como, respetivamente, cadeia hoteleira e seguradora oficiais do evento. O apoio institucional é da Câmara Municipal de Lisboa.
O Ecar Show – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, vai ter as suas portas abertas entre as 10.00 e as 20.00 horas, durante os dias 25, 26 e 27 de setembro. Os bilhetes podem ser comprados no local ou online.
A Renault acaba de lançar o Arkana, tornando-se a primeira marca generalista a disponibilizar um SUV coupé na Europa, complementando assim a sua oferta no segmento dos familiares compactos, que conta já com os modelos Mégane, Kadjar e Scénic.
O novo Renault Arkana combina as caraterísticas de um SUV e de um coupé, oferecendo tecnologias híbridas nas diferentes versões. Baseado na plataforma modular CMF-B, a mesma que também equipa as últimas gerações do Clio e do Captur, o Arkana chegará ao mercado no primeiro semestre de 2021.
Seguindo as pegadas do Clio, Captur e Mégane, a Renault vai adotar a mesma estratégia e integrar o sistema híbrido E-TECH no novo Arkana. A motorização híbrida é a mesma que está disponível no Clio E-TECH Hybrid, que assegura que o Arkana arranca sempre no modo elétrico. De acordo com a marca francesa, esta motorização oferece excelente rendimento energético, graças à caixa multi-modo, ao sistema de recuperação da energia em travagem e à alta capacidade do sistema automático de carregamento da bateria.
Com o sistema E-TECH, o Arkana pode rodar até 80% do tempo em cidade no modo elétrico, reduzindo assim até 40% as emissões de CO2 e o consumo de combustível, quando comparado com uma motorização convencional a combustão. O condutor pode ainda tirar partido do sistema MULTI-SENSE, que permite selecionar modos de utilização distintos: My Sense para a condução diária, ECO para garantir consumos e emissões mais reduzidos e Sport, que combina a potência dos motores para garantir melhores prestações dinâmicas. A versão E-TECH Hybrid estará disponível em toda a gama Arkana em 2021, incluindo no nível de equipamento R.S. Line.
A motorização E-TECH Hybrid é original e exclusiva, tendo sido objeto de mais de 150 patentes. É baseada numa arquitetura conhecida como ‘série-paralelo’, que assegura o maior número possível de combinações entre os diferentes motores e os menores valores de emissões de CO2. Este sistema é composto pelo mais recente motor 1.6 a gasolina, devidamente adaptado para a tecnologia híbrida, dois motores elétricos – um elétrico e um motor de arranque/gerador de alta voltagem – e uma caixa de velocidades muti-modos sem embraiagem. Esta combinação dos motores elétricos com a caixa sem embraiagem otimiza e suaviza as passagens de caixa, enquanto a arquitetura – fruto do trabalho e experiência da Equipa Renault de Fórmula 1 – proporciona maior eficiência energética.
A gama Arkana também inclui o motor de quatro cilindros 1.3 TCe, com injeção direta de gasolina. Combinado com a caixa automática de dupla embraiagem EDC, o 1.3 TCe estará disponível, numa primeira fase, na versão de 140 cv e, posteriormente, na mais potente de 160 cv. Este bloco encontra-se associado a um sistema mild-hybrid, com um alternador/motor de arranque associado a uma bateria de iões de lítio de 12V, posicionada sob o assento do passageiro, assistindo o motor de combustão durante as fases em que o consumo de combustível é maior, quando o 1.3 TCe arranca ou acelera, permitindo reduzir os consumos de combustível e as emissões de CO2, ao mesmo tempo que assegura uma maior suavidade sempre que o motor reinicia a marcha e garante um maior conforto na condução.
“O novo Arkana é mais um exemplo de que como a modernidade e a inovação estão imbuídas no ADN da Renault. É, a todos os níveis, um híbrido, e agrega, na perfeição, as caraterísticas intrínsecas de um coupé e de um SUV, combinando a agilidade com a versatilidade. A tecnologia híbrida do Arkana, com o inovador sistema E-TECH no topo da oferta, garante uma experiência de condução única, assegurando o prazer de condução, mas com reduzidas emissões de CO2 e uma maior economia e eficiência nos gastos de combustível”, afirma o diretor do programa Arkana, François Laurent.
Depois de ser reconhecido pelo Eurostat como o maior produtor de bicicletas da Europa e de ser galardoado com os European Enterprise Promotion Awards (EEPA), o setor das duas rodas nacional detém agora mais um título, depois da vitória da equipa Miranda Factory Team no Campeonato do Mundo de Enduro World Series-E 2020.
O EWS – Enduro World Series-E 2020 é uma competição de BTT em tudo similar às provas de enduro tradicionais, mas utilizando bicicletas elétricas. A equipa Miranda Factory Team partia como uma das favoritas para a derradeira prova da temporada, disputada no passado fim-de-semana de 19 e 20 de setembro em Pietra Ligure, em Itália.
O bom desempenho que a equipa nacional tinha tido na jornada anterior, na Suiça, permitia ao atletas nacionais encararem a prova decisiva com grande expectativa. Os lugares no pódio de Emanuel Pombo (segundo lugar) e José Borges (terceiro lugar) no setor Masculino, e o terceiro lugar de Maaris Meier no setor Feminino foram suficientes para a formação Miranda Factory Team garantir o título mundial.
Esta jornada contou com um total de nove etapas – duas de subida designadas por ‘Power Stage’ e aproximadamente 60 quilómetros de extensão.
Este é um resultado histórico, uma vez que a vitória na estreia deste Campeonato do Mundo de E-Bike, representa uma conquista importante da Miranda Factory Team num ano particularmente difícil.
Tendo todas as ferramentas e componentes ao dispor, a equipa está pronta para fazer a montagem final do veículo, para o levar aos testes.
Primeiramente, trata-se da parte estrutural dos protótipos, assegurando que as anteparas são posicionadas corretamente. Para tal, construímos um jig de montagem, maquinado em MDF na CNC-Router, onde montamos as anteparas e aplicamos cola estrutural. Depois disso, colamos as anteparas à secção inferior da carroçaria para formar o monocoque. Colocamos a espuma de amortecimento ao impacto no nariz do carro, à frente da antepara frontal, e montamos as rollbars. Findada a parte estrutural, podemos prosseguir com a montagem dos sistemas em si.
Começamos por tratar do sistema de direção: colocamos os rolamentos e aparafusamos o disco do travão aos semi-eixos, montamos os semi-eixos no porta-cubos e finalmente montamo-lo nos suportes que estão ligados ao monocoque. Por fim, colocamos o braço da direção, os tirantes, as manetes ou volante (dependendo do sistema implementado) e as pinças dos travões.
A montagem do sistema de transmissão é ligeiramente mais complicada. Primeiro colocamos o motor já com o cooler, e só depois montamos o suporte dos veios traseiros, já com os veios, rolamentos e polia montados. De seguida, ajustamos a polia e a correia no veio do motor e tensionamos. Posteriormente, a equipa de eletrónica entra em ação e coloca as baterias, sensores de temperatura, corrente, tensão, velocidade e posição. Conecta também o controlador de potência, dashboard, sistema de aquisição de dados, sistema de telemetria, luzes de travagem e toda a cablagem essencial. Cerca de 45min depois e já com os espelhos bem posicionados, temos finalmente o protótipo completo!
As rodas e os pneus são os últimos componentes a ser colocados. Montam-se os pneus enchidos à pressão de 7bar na jante e encaixam-se nos respetivos semi-eixos. Dada a influência que estes têm no consumo das baterias, devido à composição da borracha e à pressão, é necessário proceder previamente com uma investigação para selecionar os pneus indicados.
Temos finalmente o carro montado, e seguramente não há nada mais gratificante do que ver o resultado de longos e vários meses de árduo trabalho completo!
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A Daimler Trucks apresentou recentemente a sua estratégia para a eletrificação dos seus veículos, desde a distribuição urbana até o transporte internacional de longa distância, reafirmando seu compromisso com os objetivos do Acordo de Paris. O evento de lançamento teve como foco a tecnologia para camiões a célula de combustível à base de hidrogénio para o segmento de transportes de longa distância.
O Mercedes-Benz GenH2 Truck, o novo concept vehicle do fabricante alemão, teve aqui a sua estreia mundial. É o primeiro veículo a célula de combustível da Daimler Trucks, uma demonstração das tecnologias específicas que o fabricante está a desenvolver para camiões de transporte de longa distância, com autonomia de cerca de 1 000 km por depósito de hidrogénio.
Os testes com clientes, nos quais o GenH2 será pela primeira vez utilizado em condições reais, iniciar-se-ão em 2023, e a produção em série deverá começar na segunda metade da década. Graças ao uso de hidrogénio líquido, com uma densidade energética superior à do hidrogénio gasoso, o desempenho do veículo será semelhante ao de um camião diesel convencional.
Mercedes-Benz GenH2
A Daimler Trucks apresentou também, pela primeira vez, um conceito de camião de longa distância movido a bateria, o Mercedes-Benz eActros LongHaul, projetado para efetuar viagens em rotas regulares de maneira eficiente em termos energéticos. A Daimler Trucks prevê que a produção em série do eActros LongHaul comece em 2024. A autonomia será de aproximadamente 500 quilómetros.
A versão para transporte de distribuição, o Mercedes-Benz eActros, foi já apresentado em 2018, e tem sido testado desde essa data por alguns clientes nas suas operações quotidianas de transporte. A Daimler Trucks iniciará a produção em série do eActros, o seu primeiro veículo pesado movido a bateria, no próximo ano. A autonomia dos eActros produzidos em série será superior em cerca de 200 quilómetros à dos protótipos.
Mercedes-Benz eActros LongHaul
A Daimler Trucks está a desenvolver calendarizações semelhantes para os mercados norte-americano e japonês. Até o ano de 2022, o portfólio do fabricante nas suas principais regiões de vendas – Europa, EUA e Japão – incluirá veículos produzidos em série com propulsão elétrica a bateria. Até 2039, a empresa tem a ambição de apenas disponibilizar veículos novos que sejam neutros em CO2 na totalidade das suas operações –’do depósito à roda’ – nestes três mercados.
Como uma nova arquitetura de plataforma modular, o denominado ePowertrain será a base tecnológica de todos os camiões totalmente elétricos para serviços médios e pesados produzidos em série pela Daimler Trucks – alimentados exclusivamente por baterias ou por hidrogénio –, com altos níveis de desempenho, eficiência e durabilidade. Com o ePowertrain, a empresa planeia obter sinergias importantes e economias de escala para todos os veículos e mercados relevantes.
Mercedes-Benz eActros
Martin Daum, presidente do Conselho de Administração da Daimler Trucks AG e membro do Conselho de Administração da Daimler AG, afirma: “Estamos consistentemente a definir a nossa visão de transporte neutro em CO2, com foco nas tecnologias genuinamente locais de energia de bateria neutra em CO2 e células de combustível à base de hidrogénio, que têm potencial de sucesso no mercado a longo prazo. Esta combinação permite-nos oferecer aos nossos clientes as melhores opções de veículos, dependendo da aplicação. A energia da bateria será mais usada para cargas de peso mais baixo e para distâncias mais curtas. A energia da célula de combustível tende a ser a opção preferencial para cargas mais pesadas e distâncias mais longas”.
A Kia acaba introduzir no mercado nacional a versão híbrida plug-in do crossover Kia XCeed. De acordo com a marca, é mais um passo fundamental na estratégia de eletrificação da Kia em Portugal.
Com uma autonomia máxima em modo elétrico de 59 km (urbano WLTP), o Kia XCeed PHEV chega ao mercado nacional com uma versão de lançamento denominada ‘First Edition’, limitada a cem unidades e com preço promocional de 34 490 euros, para clientes particulares. Destaca-se, igualmente, a campanha especial para empresas por 27 490 euros + IVA, com o atrativo suplementar do escalão mínimo de tributação autónoma de 5%.
O XCeed PHEV ‘First Edition’ alinha pelas versões de topo de equipamento oferecendo, de série, dotações como Rádio e Sistema Navegação com monitor tátil de 10,25” (compatível com Android Auto e CarPlay), painel de instrumentos digital SuperVision com ecrã de 12,3”, carregador de smartphone por indução, porta-bagagens inteligente, faróis full LED, luzes de máximos automáticas, câmara de estacionamento traseira, chave inteligente (acesso hands free), a par de equipamentos de segurança ativa, como assistente de manutenção na faixa de rodagem, alerta de colisão frontal, entre outros.
Segundo a Kia, o XCeed PHEV mantém intacto o conceito de crossover utility vehicle (CUV), que combina o carácter prático de um SUV compacto com a arquitetura desportiva e a condução envolvente de um hatchback. Foi concebido como um projeto autónomo dentro da gama Ceed, um dos fatores que o torna único no mercado. De acordo com a marca coreana, os sinais de exclusividade são claros e demarcam este CUV de outras propostas cuja diferenciação se resume a detalhes estéticos: a carroçaria estilo coupé foi desenvolvida de raiz – apenas as portas dianteiras são herdadas das versões Hatchback e SW – ao mesmo tempo que a sua distância ao solo o coloca ao nível de muitos SUV, conferindo-lhe versatilidade. Entre os sinais do cuidado especial que a Kia teve neste modelo, conta-se igualmente a suspensão, com afinação exclusiva e batentes hidráulicos na dianteira, que permitem melhor absorção das irregularidades e, assim, maior conforto em pisos mais degradados, características que se mantêm nas unidades PHEV.
João Seabra, diretor-geral da Kia Portugal, afirma: “A Kia é já uma das marcas com a maior gama ecológica em Portugal e a chegada do XCeed PHEV vem dar um impulso decisivo a esta estratégia, uma vez que combina todos os benefícios da tecnologia plug-in híbrida com o estilo de um SUV compacto, e que já lhe mereceu vários prémios nacionais e internacionais”. O Kia XCeed foi considerado ‘SUV Compacto do Ano’ em Portugal, no âmbito do Troféu Volante de Cristal.
“É uma proposta única, quer para particulares que procuram uma alternativa ao diesel ou gasolina convencionais, quer para as empresas que procuram maior eficiência da sua frota, e revela a aposta da Kia num futuro que prevemos auspicioso. Recordo que a Kia registou, no primeiro semestre deste ano, as melhores vendas de sempre em veículos híbridos e elétricos em Portugal, apesar da desaceleração global do mercado. Refletindo a robusta oferta da marca em diesel semi-híbridos (MHEV), híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e veículos elétricos (VE), uma em cada quatro vendas da Kia no nosso país recaiu precisamente nas motorizações eletrificadas”, sublinhou João Seabra.
Motorização e transmissão
O sistema de propulsão do novo XCeed híbrido plug-in combina a bateria de polímero de iões de lítio de 8,9 kWh com um motor elétrico de 44,5 kW e um motor de combustão de 1,6 litros Kappa de 4 cilindros GDI (injeção direta de gasolina). Estes elementos garantem uma potência e um binário totais de 141 cv e 265 Nm, respetivamente, e permitem ao XCeed PHEV acelerar dos 0 aos 100 km/h em 11 segundos.
O sistema de propulsão é acompanhado por uma caixa de 6 velocidades de dupla embraiagem (6DCT), que possibilita ao condutor engrenar as mudanças, assegurando uma experiência de condução mais agradável do que outros veículos híbridos equipados com caixas de velocidades de transmissão eletrónica de variação contínua (e-CVT). Ao contrário dos híbridos com e-CVT convencionais, que convertem uma parte da potência oriunda do motor de combustão através do motor elétrico (o que resulta em perdas de potência devido à transformação da energia), o híbrido da Kia equipado com 6DCT permite a transferência da totalidade da potência de ambos os motores em paralelo, através da transmissão, com perdas mínimas de energia.
O XCeed PHEV está equipado com o Sistema de Som Virtual do Motor, que emite um som com um volume até 59 dBA quando em modo elétrico (a velocidades baixas ou em marcha-atrás), alertando assim os peões para a sua presença.
O equipamento de série inclui Controlo Eletrónico de Estabilidade (ESC) e o sistema de Gestão da Estabilidade do Veículo (VSM) da Kia, bem como a Vetorização de Binário por Travagem, que trava automaticamente as rodas interiores para diminuir a subviragem.
Equipamento
O XCeed PHEV First Edition surge equipado de série com um ecrã tátil de 10,25 polegadas para o infotainment e para o sistema de navegação. Criado especificamente para os novos modelos híbridos plug-in, este sistema de visualização incorpora novas funcionalidades, para ajudar os condutores a localizar pontos de carregamento nas suas proximidades, ou no percurso até ao seu destino. O ecrã também pode mostrar informações relevantes sobre o sistema de propulsão, como o nível de carga restante na bateria e gráficos de utilização de energia. Os utilizadores podem ainda usar o ecrã tátil para marcar as horas a que o seu veículo deve carregar quando ligado à tomada doméstica, o que lhes permite tirar partido do período em que o preço da energia é mais baixo. O sistema de infotainment está equipado com múltiplas ligações Bluetooth, que oferecem aos ocupantes a possibilidade de ligar dois dispositivos móveis em simultâneo.
O painel de instrumentos conta com elementos de visualização desenvolvidos em exclusivo para os sistemas de propulsão híbridos plug-in da Kia, e que permitem ver, por exemplo, o nível da carga restante, a autonomia prevista em modo exclusivamente elétrico e o fluxo de energia entre o conjunto da bateria, o motor de combustão e o motor elétrico. O novo e totalmente digital painel de instrumentos Supervision da Kia, de 12,3” de alta resolução, com 1920 x 720 pixéis, consistindo num só mostrador sem interferências visuais, que substitui os mostradores do velocímetro e do conta-rotações convencionais que atualmente encontramos nos veículos de passageiros da Kia.
O sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado ‘Driver Only’ (ativado através de um novo botão no tabliê) desativa instantaneamente a distribuição de ar para todas as saídas, exceto a que está mais próxima do condutor. Concebido para diminuir a retirada de energia da bateria por parte do sistema de ventilação, mantém ao mesmo tempo o condutor à temperatura desejada. Contrariamente aos sistemas de ventilação convencionais, o sistema ‘Driver Only’ da Kia não restringe o direcionamento do ar para certas saídas, reencaminhando-o para outras. Em vez disso, desliga as próprias ventoinhas, reduzindo assim a utilização da energia na fonte.
A gama de modelos Ceed foi desenvolvida de raiz para albergar novos sistemas propulsores híbridos, com uma estrutura concebida no sentido de albergar o conjunto da bateria do grupo motopropulsor. Com os seus 8,9 kWh, as baterias encontram-se sob o banco traseiro. Na sua versão híbrida plug-in, o XCeed oferece um espaço de bagageira de 291 litros, que pode aumentar até aos 1243 litros com os bancos traseiros rebatidos. Além da bagageira e dos espaços de arrumação, existe um compartimento dedicado sob o piso da bagageira de cada um destes modelos destinado à arrumação do cabo de carregamento quando este não estiver a ser utilizado.
O novo XCeed híbrido plug-in é produzido na fábrica europeia da Kia em Zilina, na Eslováquia. Foi criado exclusivamente para a Europa, tendo iniciado agora a fase de comercialização, com garantia, de série, de sete anos ou 150 000 km.
Fonte: Kia
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