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Green Future-AutoMagazine

O novo portal que leva até si artigos de opinião, crónicas, novidades e estreias do mundo da mobilidade sustentável

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IX. Odisseia TSB

IX. Odisseia TSB

Nas rubricas anteriores estivemos a explicar os vários sistemas integrados nos dois protótipos em desenvolvimento, o SR03, movido a energia solar, e o SM01, movido a hidrogénio. Nesta peça e na próxima rubrica vamos abordar dois dos eventos que ocorrem na temporada TSB: Odisseia TSB e ‘Monaco Solar & Energy Boat Challenge’.

O evento Odisseia TSB nasceu da vontade de mostrar o trabalho desenvolvido e todas as otimizações feitas ao longo da época 19/20 e da enorme vontade de promovermos as energias renováveis e a mobilidade elétrica e verde, uma vez que, devido à pandemia, não tivemos oportunidade de competir a nível internacional.

Desta forma, a primeira edição da Odisseia TSB , que decorreu no verão de 2020, consistiu no conjunto de travessias de Norte a Sul de Portugal que colocaram o protótipo SR02 em diversos ambientes. Começámos por descer as calmas águas do rio Douro, desde Entre-os-Rios até à cidade do Porto, num total de 24 milhas náuticas. Seguiu-se a etapa de Lisboa, saindo de Algés, passando pelo o Terreiro do Paço, de onde depois navegámos até à Marina de Cascais. Na terceira etapa, cruzámos o Parque Natural da Arrábida, numa travessia que se verificou mais difícil do que o esperado devido ao nevoeiro no início da etapa. Por fim, chegou o Algarve, onde enfrentamos águas agitadas mas que, mesmo assim, não nos impossibilitaram de navegar 16 milhas náuticas entre Lagos e Portimão.

A primeira edição foi um grande sucesso e neste momento encontramo-nos a planear a Odisseia 2021, mais ambiciosa e onde queremos testar e desafiar as nossas embarcações O evento terá o mesmo molde do seu antecessor, sendo composto por travessias em Portugal e/ou passará por uma travessia ou record internacional.

Técnico Solar Boat nas redes sociais:

Para onde nos leva o COVID -2019 em termos de mobilidade? - Opinião de Neli Valkanova

Para onde nos leva a COVID-19 em termos de mobilidade?

Neli Valkanova
Secretária-Geral da ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel

O ano de 2019 ano foi um ano muito importante para o setor automóvel, com muitas conquistas nas dimensões disruptivas da mobilidade, nomeadamente ao nível da condução autónoma, conectividade, eletrificação e mobilidade partilhada. 

As vendas de veículos elétricos (EV) estabeleceram um recorde global ao longo de 2019, e os EV tornaram-se muito mais relevantes na consciencialização do público dos principais mercados mundiais, entre os quais está incluída a Europa.

Diversas cidades europeias anunciaram e começaram a implementar regulamentos específicos de mobilidade, tendo o conceito da condução autónoma atingido novos patamares. A mobilidade partilhada entrou com força no mercado e a Uber e as aprovações de entregas feitas por drones foram pontos inovadores que criaram uma nova realidade com tendência sempre a evoluir. Até março de 2020.

A pandemia de COVID-19 atingiu o mundo como um terramoto, colocando vidas em perigo e desencadeando uma crise económica mundial. Na verdade, ainda estamos a sentir o seu efeito devastador nas nossas vidas. A pandemia de COVID-19 interrompeu a mobilidade e os seus efeitos perdurarão, com sorte, até ao próximo ano.

Importa refletir sobre o que se alterou e que tipo de mudanças podemos esperar.

De acordo com vários estudos, com quais estou de acordo,  podemos  apontar para três áreas que já estão e continuarão a sofrer mudanças: alterações nas preferências dos consumidores , digitalização e novas tecnologias e novas regulamentações (estes pontos moldarão o mercado em 2021).

Alterações nas preferências dos consumidores

Na era pandémica não precisamos de estudos específicos sobre o comportamento do consumidor para concluir que os consumidores estão intensamente focados na saúde e alteraram muitos hábitos e preferências de longa data para evitar contágios. Algo completamente natural e compreensível. Em termos práticos no setor de mobilidade, isso significa que muitos passageiros preferem meios de transporte considerados mais seguros e higiénicos. A utilização de carros particulares aumentou e a mobilidade partilhada quase desapareceu. Trabalhar em casa tornou-se a nova realidade, novamente com o objetivo de preservar a segurança, enquanto as viagens de negócios e todos os serviços de mobilidade associados a ela – voos, táxis, etc. – estão em clara diminuição.

Os consumidores fazem as suas escolhas de meio de transporte em função da saúde e esta tendência vai continuar no futuro; até diria que ficará na subconsciência do consumidor para futuras escolhas por tempo indeterminado ou para sempre.

Além da segurança, os consumidores estão cada vez mais focados nos canais digitais e nas questões de sustentabilidade. Sobretudo, a consciência de utilização de veículos elétricos aumentou e o resultado é o crescimento do número de vendas de EV. O acesso às opções de micromobilidade – mobilidade em meio urbano e entre curtas distâncias e os transportes utilizados de pequenas dimensões – bicicletas, e-scooters, etc. – torna-se parte das novas soluções encontradas.

Além de explorar novos produtos e opções de mobilidade, os consumidores estão interessados em novos serviços. Embora os consumidores ainda valorizem as visitas ao concessionário e as considerem como o principal fator que influencia as decisões de compra, os canais digitais estão a tornar-se mais importantes. Este dado é confirmado por uma pesquisa recente, que aponta que mais de 80% dos entrevistados usaram canais online durante o período de consideração de compra, e mais de 60% disseram que seria atraente ou muito atraente ter canais digitais para reserva, pagamento e revisão.

Digitalização e novas tecnologias

A digitalização e as novas tecnologias são um ponto positivo da pandemia, demonstrando que em cada crise há uma oportunidade, pois impulsionaram uma rapidíssima digitalização de qualquer negócio.

A ARAN representa mais de 2.300 empresas do setor automóvel, muitas delas oficinas de pequena e média dimensão. Confesso que nunca pensei que a digitalização pudesse ter acontecido com esta velocidade. As circunstâncias obrigaram e o futuro será esse. Novas tecnologias vão continuar a entrar com força em todas as áreas de mobilidade. Todos conhecemos os conceitos dos stands virtuais, os novos patamares de conectividade de veículos, construção de novos veículos; o que era antes ficção agora torna-se a realidade.

Sem dúvida que o ritmo da mudança continuará a acelerar em todas as áreas, incluindo a conectividade, a condução autónoma e o transporte urbano.

Novas regulamentações

Novas regras definidas pelas cidades mostram um caminho bem diferente para uma futura mobilidade. Alguns desenvolvimentos recentes confirmam que as cidades redefiniram as regras de mobilidade – criaram faixas de rodagem para conseguir mais espaço para bicicletas e scooters. Muitos, por exemplo, estão a endurecer as regulamentações de CO2 para veículos na tentativa de reduzir as mudanças climáticas.

A pandemia levou as cidades a redefinir conceitos de urbanismo. O desafio de olhar para a ideia de cidade em 15 minutos. É um conceito que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida criando cidades onde tudo o que um morador precisa pode ser alcançado em 15 minutos a pé ou de bicicleta. A cidade de 15 minutos requer viagens mínimas entre as casas, escritórios, restaurantes, parques, hospitais e espaços culturais. Paris é um exemplo de início de implementação deste conceito e não tenho dúvidas que outras cidades irão segui-la.

As perspetivas para 2021 e além

Certamente, ninguém poderia imaginar como o mundo mudaria em 2020. O próximo ano também trará muitas incertezas, mas uma coisa é certa: a mobilidade continuará a evoluir de maneiras emocionantes. Aqui estão os principais desenvolvimentos que esperamos:

Preferências expandidas do consumidor e um foco maior na sustentabilidade

Quando a pandemia de COVID-19 for controlada – é de se esperar em algum momento de 2021 –, os consumidores estarão mais dispostos a usar o transporte público e outras formas de mobilidade partilhada. Esperamos que a sustentabilidade continue a ser uma consideração importante, com mais consumidores optando por soluções elétricas e de micromobilidade, especialmente nas cidades. As vendas de carros podem continuar a diminuir desde o pico de 2019, à medida que mais consumidores consideram alternativas à propriedade de carros.

Interrupções de tecnologia contínuas e inovações amplamente disponíveis

A tecnologia automotiva continuará a evoluir em 2021 e os consumidores terão maior acesso às inovações.

O futuro está cheio de desafios e oportunidades; torna-se pois importante termos consciência de que a pandemia só veio acelerar a maior parte deles.

Jaguar será totalmente elétrica em 2025

A Jaguar Land Rover anunciou um novo plano estratégico global, Reimagine, centrado na eletrificação das duas marcas em arquiteturas distintas. A Jaguar será uma marca totalmente elétrica já em 2025. Em 2030, além de 100% das vendas da Jaguar, o grupo britânico pretende que 60% dos Land Rover vendidos sejam veículos de zero emissões.

A Jaguar passará, até meados da década, “por um renascimento, para emergir como uma marca de luxo elétrico puro”, com uma gama renovada e “tecnologias pioneiras”, de acordo com o grupo britânico. Consequentemente, os futuros modelos Jaguar serão construídos exclusivamente sobre uma arquitetura elétrica pura. O XJ deixará de fazer parte da oferta da marca.

Por seu turno, nos próximos cinco anos, a Land Rover irá desenvolver e lançar seis versões puramente elétricas, nas suas três gamas, Range Rover, Discovery e Defender. A primeira variante totalmente elétrica chegará ao mercado em 2024.

A Land Rover usará a plataforma Modular Longitudinal Architecture (MLA), que será utilizada simultaneamente para desenvolver automóveis 100% elétricos e eletrificar grupos propulsores com motores de combustão. Ao mesmo tempo, a marca utilizará também a plataforma Electric Modular Architecture (EMA), orientada para veículos elétricos puros, para implementar projetos de eletrificação avançada de motores de combustão interna.

Segundo a Jaguar Land Rover, esta nova estratégia a nível de arquiteturas permitirá o estabelecimento de personalidades distintas para as duas marcas.

No plano Reimagine encontra-se também inscrito o objetivo de atingir a neutralidade de emissões de carbono na cadeia de fornecimento, produtos e operações até 2039. Como parte desta meta, a Jaguar Land Rover prepara-se para adotar também soluções de célula de combustível a hidrogénio. Os primeiros protótipos estarão nas estradas do Reino Unido nos próximos doze meses.

De acordo com a Jaguar Land Rover, a estratégia permitir-lhe-á tornar-se um criador mais ágil de veículos e serviços de luxo, ao mesmo tempo que se torna “uma nova referência em impacto ambiental, social e comunitário para um negócio de luxo”. Para atingir este objetivo, uma equipa centralizada terá autonomia para desenvolver e acelerar inovações pioneiras em matéria de engenharia, produção, serviços e investimentos em economia circular.

Os compromissos anuais de cerca de 2,5 mil milhões de libras incluirão investimentos em tecnologias de eletrificação e o desenvolvimento de serviços conectados para melhorar as viagens e experiências dos clientes. Alguns serviços, como o modelo flexível de assinatura Pivotal serão implementados noutros mercados, após o lançamento no Reino Unido.

O plano Reimagine aponta também para uma simplificação de processos, através da consolidação do número de plataformas e modelos produzidos por fábrica, uma abordagem que a Jaguar Land Rover acredita poder ajudar a racionalizar o abastecimento e acelerar os investimentos em cadeias locais de economia circular.

Thierry Bolloré, CEO da Jaguar Land Rover, afirma: “Como empresa centrada no ser humano, podemos e iremos mover-nos muito mais rapidamente e com o propósito claro de não apenas reimaginar o luxo moderno, mas defini-lo para duas marcas distintas. Marcas que apresentam designs emocionalmente únicos, peças de arte se preferir, mas todos com tecnologias conectadas e materiais responsáveis que definem coletivamente novos padrões. Estamos a reimaginar um novo luxo moderno by design“.

Naquilo que pode ser visto como uma resposta ao Brexit, o plano reitera a manutenção das instalações de produção e montagem no mercado doméstico do Reino Unido, mas a empresa reduzirá substancialmente e racionalizará a sua infraestrutura não produtiva no país.

A Jaguar Land Rover também colaborará de forma mais estreita e com as empresas do Grupo Tata, da qual é subsidiária desde 2008, para reduzir os custos de desenvolvimento e melhorar a sustentabilidade, nomeadamente a nível de partilha de práticas em tecnologia de próxima geração, dados e desenvolvimento de software.

ZERO demonstra que veículos 100% elétricos compensam pelas emissões e custos de manutenção

O projeto MobZERO, dedicado à mobilidade sustentável, foi lançado ontem, 16 de fevereiro, com o apoio do Green Future Automagazine. Uma parceria da ZERO com a EDP, LeasePlan e CEiiA, tem como objetivos principais contribuir para a mudança de paradigma da mobilidade em Portugal e para o desenvolvimento de cidades e vilas portuguesas mais saudáveis, informar e esclarecer os cidadãos e empresas sobre a mobilidade elétrica, e contribuir para acelerar da descarbonização do setor dos transportes.

Tendo em conta que o sector é dos que mais contribui para a emissão de gases com efeito de estufa em Portugal – em 2018 representava cerca de 25% das emissões de dióxido de carbono equivalente do país –, a ZERO considera que a atuação deve ser realizada a diversos níveis, desde uma transição para uma mobilidade mais suave e uma maior utilização dos transportes coletivos em detrimento do transporte individual, a uma maior eletrificação dos modos de transporte, sejam eles individuais ou coletivos. A mobilidade elétrica é, assim, uma componente fundamental na transição para uma sociedade de baixo carbono e para a descarbonização do setor dos transportes.

Os compromissos que Portugal assumiu no Acordo de Paris e, consequentemente a nível Europeu e nacional, com um objetivo de neutralidade carbónica em 2050, fazem com que a atuação neste setor deva ser realizada de forma concreta e integrada para uma redução efetiva do seu peso nas emissões de gases com efeito de estufa, sendo essencial uma transição rápida e urgente para uma mobilidade menos poluente e menos dependente do petróleo. Para a ZERO, torna-se assim fundamental informar os cidadãos e as empresas sobre formas de atuação mais sustentáveis e económicas, nomeadamente com uma mobilidade mais partilhada,mais elétrica.

Especificamente, o projeto pretende divulgar formas de mobilidade mais sustentáveis, divulgar os veículos elétricos existentes no mercado nacional, em termos das suas características e vantagens ambientais e económicas, possibilitar que os cidadãos e as empresas façam escolhas informadas e tomem decisões baseadas em informação independente, e desmistificar mitos ainda existentes sobre a tecnologia elétrica.

Para alcançar estes objetivos, o projeto disponibiliza um conjunto de ferramentas, nomeadamente o site MobZERO.pt, com informação sobre modos suaves de mobilidade, transportes coletivos e mobilidade elétrica; um simulador comparativo de veículo 100% elétrico com veículos de combustão interna (gasolina e gasóleo), em termos de custos de aquisição e utilização, bem como das emissões de dióxido de carbono (CO2) e óxidos de azoto (NOx) – os principais poluentes atmosféricos.

O projeto MobZERO promoverá ainda várias atividades, como ações sobre mobilidade sustentável e mobilidade elétrica nas escolas e ações no quadro da Semana Europeia da Mobilidade, marcando também presença em outros eventos relacionados com esta área.

Um simulador que integra emissões e custos de manutenção.

O site MobZERO.pt disponibiliza um simulador que efetua uma comparação entre um veículo 100% elétrico disponível no mercado nacional e os veículos de combustão interna, a gasolina e a gasóleo, do mesmo segmento e subsegmento mais vendidos, também no mercado nacional (segundo dados oficiais da Associação Automóvel de Portugal, ACAP), no ano ou semestre anterior.

Os resultados do simulador permitem comparar várias componentes financeiras associadas à aquisição e utilização de um veículo automóvel, assim como as emissões de gases poluentes, para o tempo de retenção do mesmo, de acordo com o tipo de cliente, particular ou empresarial.

Os números mostram que, para a grande maioria dos modelos, os veículos 100% elétricos são mais vantajosos, quer em termos de emissões de gases poluentes, quer em relação aos custos totais de aquisição e utilização, que são comparáveis ou mesmo inferiores aos dos veículos a gasolina e gasóleo.

Por exemplo, considerando uma quilometragem anual de 10.000 quilómetros, um tempo de retenção do veículo de dez anos, valores oficiais de consumos de eletricidade e combustível das marcas e o incentivo do Estado à aquisição de veículo 100% elétrico, uma berlina 100% elétrica do segmento C (Compacto/Familiar Médio), que efetue os carregamentos em ambiente residencial ou empresarial, o simulador MobZERO apresenta um total de emissões de CO2 de 1 tonelada, e emissões de NOx de 2 quilogramas. Comparativamente, os veículos similares a gasolina e gasóleo apresentam respetivamente valores de 13 e 12 toneladas de CO2 e de 3 e 5 quilogramas de NOx.

No caso de se tratar de um cliente particular, os custos totais de aquisição e utilização ascendem a cerca de 39, 41 e 39 mil euros, para os veículos 100% elétrico, a gasolina e a gasóleo, respetivamente. Para um cliente empresarial, esses custos rondam os 26, 40 e 38 mil euros. Entre os custos totais, a componente dos custos de manutenção ronda os 1.200, 3.800 e 2.700 euros, respetivamente. Quanto à componente dos custos de eletricidade ou combustível, esta situa-se nos 3.000, 8.000 e 5.500 euros, para as três tipologias de veículos. Se o carregamento selecionado para o veículo 100% elétrico for carregamento Rápido na rede MOBI.E, o custo extra de eletricidade ronda os 1.000 euros.

No caso de um SUV 100% elétrico, também do segmento C, o mesmo comparativo de emissões de CO2 situa-se nas 1, 15 e 14 toneladas e de emissões de NOx nos 3, 3 e 5 quilogramas para os veículos 100% elétrico, a gasolina e a gasóleo, respetivamente. Os custos totais para clientes particulares situam-se nos 48, 44 e 43 mil euros, e em 32, 42 e 41 mil euros para os clientes empresariais.

Fonte: ZERO

BYD testa ‘shuttle’ autónomo em aeroporto de Tóquio

A BYD, em parceria com a maior companhia aérea do Japão, a All Nippon Airways (ANA), concluiu, no dia 12 de fevereiro, uma operação experimental de dez dias com um autocarro autónomo no Aeroporto Haneda, em Tóquio. Este é o primeiro autocarro autónomo da BYD testado e usado em cenários reais. O Aeroporto de Haneda torna-se também no primeiro aeroporto internacional do Japão a levar a cabo uma operação-piloto com veículos autónomos.

O autocarro, denominado BYD K9, pode transportar até 57 pessoas. Durante as operações de teste, a equipa do aeroporto realizou ensaios de condução autónoma próximos do Nível 3, numa área específica do aeroporto, para reúnir dados que os engenheiros utilizarão para melhorar as funções de condução autónoma e a eficiência operacional do veículo.

Realizado em conjunto pela ANA, BYD, BOLDLY e Advanced Smart Mobility, o projeto incluiu três fases de teste, entre 2018 a 2020. A ANA planeia iniciar as operações experimentais com passageiros ainda em 2021, e integrar o autocarro autónomo nas operações aeroportuárias diárias até 2025.

“Na ANA, estamos constantemente à procura de formas de aproveitar a tecnologia mais recente para melhorar as operações e a eficiência”, disse Masaki Yokai, vice-presidente sénior da ANA. “Além de representar um avanço significativo para os aeroportos, os autocarros autónomos totalmente elétricos levarão a menos emissões e à redução da pegada de carbono nos aeroportos. Estamos otimistas relativamente a estes testes, que nos darão as informações de que precisamos para continuar a melhorar estas tecnologias e permitirão à ANA manter a sua liderança em inovação autónoma”.

Liu Xueliang, diretor-geral de Vendas da BYD para a região Ásia-Pacífico, afirmou: “A BYD está muito honrada por se juntar à ANA na realização deste abrangente teste de condução autónoma no Aeroporto de Haneda. Acredito firmemente que esta cooperação quadripartida dará um excelente exemplo de uma aeroporto japonês inteligente e amigo do ambiente, para oferecer às pessoas uma experiência de viagem mais inteligente, segura e limpa, no futuro”.

A BYD tem vindo gradualmente a ganhar quota de mercado no Japão. Os autocarros BYD equipam as fortas de transportes públicos de várias cidades e territórios japoneses, como Quioto – a primeira cidade a receber autocarros da marca chinesa –, Tóquio, Nagasáqui, Okinawa, Fukushima, Iwate e Yamanashi.

Fonte: BYD

DS Automobiles lança em Portugal o topo de gama DS 9

A DS Automobiles lançou em Portugal o novo DS 9, uma berlina posicionada no topo da gama da marca francesa, comercializada exclusivamente na versão híbrida plug-in E-Tense.

O novo DS 9 E-Tense está equipado com um sistema de motorização que alia um motor a gasolina PureTech 1.6, sobrealimentado, a um motor elétrico, debitando uma potência combinada de 225 cavalos e disponibilizando 360 Nm de binário máximo.

Acoplado à caixa automática de oito velocidades, o motor elétrico desenvolve uma potência máxima de 80 kW (110 cavalos) e um binário máximo de 320 Nm. O sistema híbrido aciona o motor elétrico em várias ocasiões, nomeadamente no arranque do automóvel, quando o condutor pressiona mais o acelerador – por exemplo, nas ultrapassagens – e, evidentemente, no modo de condução elétrico de emissões zero, com velocidade limitada a 135 km/h. O modo Electric é sempre selecionado automaticamente no arranque, de forma a maximizar a eficiência

Este modo é complementado por um modo Hybrid, concebido para gerir automaticamente os diferentes tipos de energia: condução 100% elétrica, 100% a gasolina ou a combinação de ambos, se a situação o exigir. Já o modo E-Tense Sport aproveita ao máximo a potência disponível a partir da combinação do motor a combustão e do motor elétrico, ajustando o curso do pedal do acelerador, o regime de passagem da caixa de velocidades, a assistência da direção e a resposta da suspensão, controlada eletronicamente.

Naturalmente, o DS 9 E-Tense utiliza um sistema de regeneração de energia que recupera energia cinética para a bateria nas fases de desaceleração e travagem. O sistema possui uma função ‘B’ que aumenta o poder de desaceleração – e recuperação – do motor elétrico. Por seu turno, a função E-Save permite reservar níveis de energia na bateria, programáveis através do computador de bordo, para cumprir determinadas secções do percurso no modo puramente elétrico quando, por exemplo, o condutor sabe que vai entrar em zonas urbanas ou zonas de emissões reduzidas. 

Com uma bateria de 11,9 kWh, a autonomia do DS 9 E-Tense em modo puramente elétrico é de 56 quilómetros (WLTP). O consumo em ciclo misto é de 1,5 l/100 km, com emissões de 33-34 g/km de CO2. O carregador de bordo de 7,4 kW permite que a bateria seja carregada em 1h30, em pontos de carregamento domésticos ou públicos. Um cabo do tipo Modo 2, de 8 A, é fornecido de série.

Com 4,93 metros de comprimento, 1,85 metros de largura e jantes de 690 milímetros de diâmetro, o DS 9 assenta numa nova versão da arquitetura EMP2 (Efficient Modular Platform 2), com uma distância entre eixos inédita nesta plataforma, beneficiando os passageiros que viajam no banco traseiro, em matéria de espaço e conforto.

A oferta do novo híbrido plug-in DS 9 E-Tense no mercado português divide-se em dois níveis de equipamento, Performance Line + e Rivoli +. O equipamento de série é vasto: todos os DS 9 E-Tense possuem, por exemplo, a suspensão ativa DS Active Scan Suspension, alerta de desvio de trajetória com correção automática de direção, travagem automática de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, programador de velocidade com limitador, sensores de estacionamento e câmara traseira, sistema de faróis DS Active LED Vision, bancos dianteiros aquecidos com comando elétrico (memórias no do condutor), sistema de acesso e arranque sem chave, painel de instrumentos totalmente digital, sistema de informação e entretenimento com Mirror Link e navegação conectada, e jantes em liga leve de 19 polegadas.

O sistema DS Active Scan Suspension recorre a uma câmara dianteira para ‘ler’ da estrada, sensores de nível, acelerómetros e sensores do grupo motor/caixa para registar os movimentos e preparar o amortecimento de cada roda em função das imperfeições do piso. Esta ação combinada resulta, de acordo com a DS, em maior segurança e tranquilidade em andamento, propiciando maior conforto.

O DS Drive Assist do novo DS 9 E-Tense permite uma condução semiautónoma de Nível 2. A velocidade é controlada em função do tráfego, e o sistema utiliza vários sensores para posicionar o DS 9 no centro na sua faixa de rodagem. Utilizável até aos 180 km/h (dependendo da legislação de cada país), o sistema controla a velocidade e a direção, com a supervisão permanente do condutor. A gestão da velocidade é assumida pelo programador de velocidade adaptativo. Entre outras funções, o sistema controla automaticamente a condução em congestionamentos de tráfego, seguindo o veículo da frente no ‘pára-arranca’ sem necessidade de intervenção do condutor.

Por comparação com a Performance Line +, a versão Rivoli + oferece adicionalmente de série o sistema de alerta de cansaço do condutor DS Driver Attention Monitoring, sistema de posicionamento na faixa de rodagem, bancos dianteiros aquecidos, ventilados e com função de massagem, e sistema de climatização tri-zona, entre outros equipamentos.

A gama do novo DS 9 E-Tense em Portugal contempla ainda quatro interiores diversos. É comercializado com preços a partir de 59.100 euros.

Fonte: DS Automobiles

Cascais promove conversas ‘online’ sobre sustentabilidade ambiental

O Município de Cascais vai organizar uma série de conversas online, intituladas ‘Ambiente Cascais Live’, sobre sustentabilidade ambiental, abordando nas primeiras edições temas como Economia Circular, Plásticos: Números de Mudança, e Soluções Práticas Para Uma Vida Sem Lixo. De participação gratuita, estes primeiros webinars realizam-se nos dias 18 e 25 de fevereiro e 4 de março, às 17h00.

Nesse dia será apresentado o ‘iRec – Inovar a Reciclagem’, um projeto inaugurado recentemente que pretende promover a economia circular, através de um sistema de retorno para o consumidor, reintroduzindo os resíduos na cadeia económica como novos produtos, evitando assim o consumo de mais recursos naturais.

Para estes eventos digitais, a Cascais Ambiente convidará várias organizações dedicadas à proteção e sensibilização ambiental, como a associação Zero Waste Lab, a Circular Economy Portugal, o Movimento Tara Recuperável, o Movimento Claro Cascais, a Plastic Attack e a Zero Waste Youth. 

Nestas conversas serão desconstruídos alguns mitos sobre a economia circular e a reciclagem, e os participantes receberão ainda alguns conselhos e sugestões práticas para a redução de consumo e a reutilização de embalagens.

A programação dos próximos meses inclui outros temas, desde o impacto dos plásticos na vida selvagem à recuperação das espécies autóctones no concelho de Cascais.

Inscrições:

Economia Circular: Zero Waste Lab, Circular Economy Portugal e Movimento Tara Recuperável

Plásticos: Números de Mudança: Zero Waste Lab, Movimento CLARO Cascais e Plastick Attack

Práticas Para Uma Vida sem Lixo: Zero Waste Lab, Zero Waste Youth e Cascais Ambiente

Fonte: Cascais Ambiente

Kia atualiza plano estratégico, com foco nos EV e nas soluções de mobilidade

A Kia anunciou uma atualização da sua estratégia de ação futura ‘Plano S’, no decurso do ‘2021 CEO Investor Day’, realizado digitalmente a partir de Seoul.

Esta atualização da calendarização a médio e longo prazo foi apresentada por Ho Sung Song, presidente e CEO da Kia Corporation: “A Kia está a renascer em 2021, com um novo logótipo, um novo design e uma nova designação empresarial. A Kia vai transformar-se numa marca que entusiasma e inspira os clientes com experiências de mobilidade inovadoras”, referiu.

A “transformação da Kia” direciona a empresa para um portefólio de negócios mais amplo, visando redefinir todo o ecossistema da mobilidade, começando com a transição dos grupos motopropulsores com motor de combustão interna (ICE) para os eletrificados. A renovada estratégia ‘Plano S’ assenta em três pilares principais: impulsionar a transição para os veículos elétricos (EV), reforçar o negócio de veículos para fins específicos (PBV) e expandir os serviços de mobilidade do futuro.

Impulsionar a transição para EV

Em 2030, os automóveis amigos do ambiente, tais como os EV, os HEV e os PHEV, serão responsáveis por 40% da totalidade das vendas da Kia, que terá um objetivo de vendas anual de 1,6 milhões de unidades. Neste contexto, a Kia pretende aumentar as vendas de EV para as 880.000 unidades, até 2030, e tornar-se uma marca líder mundial.

Começando com o lançamento do seu primeiro EV com plataforma específica, que acontecerá no decurso de 2021, a Kia reforçará a sua gama de EV com onze novos modelos nos próximos cinco anos, até 2026 – sete EV dedicados, construídos a partir de uma plataforma especificamente concebida para este tipo de veículos, a Plataforma Modular Global Elétrica (E-GMP), e quatro baseados nas estruturas já utilizadas para os veículos com motor de combustão.

Os EV com base na E-GMP pretendem estabelecer novos padrões de referência na autonomia em modo 100% elétrico (AER), desempenho de condução, espaço interior e aplicação de tecnologia. Os EV funcionarão como dispositivos inteligentes, beneficiando de uma maior aplicação dos serviços de Telemática de Navegação Áudio e Vídeo (AVNT), Over-the-Air (OTA) e Funcionalidades a Pedido (FoD). 

O primeiro EV com plataforma específica da Kia, que tem o nome de código CV, será apresentado com tecnologia HDA2 (Assistência à Condução em Autoestrada, Nível 2). A partir de 2023, os EV da Kia irão beneficiar do Piloto Automático para Autoestrada (HDP), um desenvolvimento crucial de condução autónoma de Nível 3. 

Durante o próximo mês serão revelados mais detalhes de produto e mais especificações de performance do CV.

Reforçar o negócio de PBV

A Kia irá revelar o seu primeiro veículo para fins específicos (PBV) em 2022, ao qual se seguirão outros, consoante as necessidades de cada mercado. A empresa tem como objetivo conseguir atingir vendas na ordem do 1 milhão de unidades até 2030, para se tornar num dos líderes mundiais em matéria de PBV. Para este fim, a Kia irá desenvolver diversos veículos especializados, com base nas suas plataformas de skateboard específicas para este tipo de automóveis.

A Kia planeia expandir o seu negócio de PBV através da inovação aberta, cooperando com outras empresas para desenvolver micro/grandes plataformas para os setores de entregas por veículos não tripulados e de comércio eletrónico. A companhia irá igualmente apresentar plataformas e tecnologias de bordo pequenas e altamente adaptáveis, dado que prevê um aumento da procura destes serviços à escala mundial. 

Expandir os serviços de mobilidade do futuro 

A Kia pretende que os seus serviços de mobilidade ganhem vantagem competitiva ao apontarem e focarem-se em áreas-chave.

No domínio do business-to-consumer (B2C), a Kia irá expandir os serviços já existentes. Em Espanha, o seu serviço de car-sharing, Wible, irá sofrer uma expansão com o Wible Más e o Wible Empresas (designação provisória). O serviço de utilização de viaturas ‘KiaMobility’, lançado em setembro como projeto-piloto em Itália e na Rússia, será igualmente introduzido noutros mercados europeus.

No business-to-government (B2G) e no business-to-business (B2B), a Kia lançará um serviço baseado nos EV que combina as assinaturas com o car-sharing. Sob este novo conceito de serviços de mobilidade, os veículos serão utilizados para atividades empresariais durante a semana e alugados por particulares aos fins-de-semana.

O programa de assinaturas da marca, ‘Kia Flex’, lançado na Coreia em 2019, terá uma versão à escala mundial durante este ano, denominada ‘Kia Subscription’. Este serviço vai ser gerido pela Sixt Leasing, que foi adquirida pelo Hyundai Motor Group no ano passado, e os automóveis vão ser fornecidos pelas redes de concessionários regionais da empresa.  

Planos de negócio futuros 

A Kia prevê um crescimento dos seus lucros operacionais este ano, com base no aumento do volume de vendas e nas melhorias no Preço Médio de Venda (ASP) e gama de produtos. Espera atingir vendas globais, em 2021 (com base na venda por grosso) de 2.922.000 unidades, representando um aumento de 12,1% em relação a 2020; receitas de 49 mil milhões de euros, um aumento de 10,8% em relação ao período homólogo; e lucros operacionais 2,6 mil milhões de euros, um aumento de 70,1%.

Perante a maior rentabilidade dos novos modelos EV, a Kia reviu em alta os objetivos de margem operacional em relação aos números inicialmente anunciados no ano passado. A Kia tem agora como objetivo atingir 5,4% de margem operacional em 2021, e 7,9% em 2025. 

A Kia planeia aumentar o seu volume de vendas de médio e longo prazo para 3,8 milhões de unidades até 2025. A percentagem de vendas de veículos ecológicos, que se espera que venha a atingir os cerca de 10% das vendas totais em 2021, deverá aumentar para os 22% até 2025. No caso dos mercados emergentes, a Kia irá expandir a sua quota de mercado através da produção CKD (complete knock-down) local. 

A marca prevê que os progressos no Preço Médio de Venda (ASP) e mix de produtos, que levaram a um aumento da rentabilidade o ano passado, irão manter-se. Em particular, a quota de vendas de RV (veículos recreativos) da empresa deverá manter o seu crescimento, de 56% em 2020 para 65% em 2025. 

Com o lançamento do CV, a decorrer ainda este ano, espera-se que a Kia entre num novo nível de rentabilidade no que se refere aos EV. Em 2025, a empresa conta alcançar uma rentabilidade semelhante à que é proporcionada atualmente pelos veículos com motor de combustão interna. A Kia Corporation prevê ainda que a melhoria dos custos com os EV venha a ser continuamente reforçada através de economias de escala, devido à expansão do volume de EV e à diminuição dos custos com materiais, fruto do investimento em investigação e desenvolvimento. 

O esforço de investimento da Kia previsto para o período 2020-2025 é de 21,6 mil milhões de euros. A Kia irá manter o seu nível de investimento anual de cerca de 3,7 mil milhões de euros, embora reduzindo a alocação atual em segmentos de negócio tradicionais já existentes, ao mesmo tempo que aumenta gradualmente a sua proporção de investimento estratégico em projetos futuros. Além disso, a Kia vai expandir o seu investimento na área da investigação e desenvolvimento.

Fonte: Kia

Lexus já aceita pré-reservas para o seu primeiro modelo 100% elétrico

Lexus aceita pré-reservas para o seu primeiro 100% elétrico

A Lexus lançou uma plataforma de pré-reserva para o seu primeiro modelo 100% elétrico, o Lexus UX300e. Os clientes têm assim a possibilidade de conhecer o modelo de forma virtual e reservá-lo em três passos simples, sem necessidade de deslocação ao concessionário, em linha com as restrições motivadas pela pandemia de COVID-19.

Segundo a marca nipónica, a plataforma permite também comparar o primeiro modelo UX300e com o UX250h – automóvel com motorização híbrida.

As primeiras entregas do Lexus UX300e estão previstas para o próximo mês, sendo que a pré-reserva para os cliente nacionais poderá ser efetuada aqui.

Fonte: Lexus